PERGUNTAS FREQUENTES 1. Há algum perigo em se levar flores aos pacientes internados em hospitais? Não. Em princípio, a pessoa doente precisa de flores para tornar o ambiente hospitalar mais leve. O único cuidado é tirar as flores do quarto à noite, deixando-as no corredor, pois elas respiram e, à noite, eliminam gás carbônico. Outro cuidado é que a pessoa que troca a água das flores deve lavar as mãos, depois de fazer isso. No mais, flores são bem-vindas, sendo evitadas apenas em unidades críticas (UTI – Unidade de Tratamento Intensivo, Neonatologia e Unidade de Quimioterapia). 2) Posso sentar na cama da pessoa que está no hospital? Não! Deve-se evitar sentar na cama dos doentes, porque trazemos bactérias de casa nas roupas. O hospital tem bactérias próprias, que não devem se misturar. 3) Crianças podem visitar doentes em hospitais? Podem, sob supervisão, mas não devem. Crianças de colo não deverão engatinhar no piso do hospital. Os hospitais, hoje, têm bactérias muito resistentes e as crianças não sabem que não devem colocar coisas do chão na boca. Se a criança fizer uma visita em um hospital, deverá ficar no colo de um adulto. Caso toque em alguma superfície, deve ter suas mãozinhas lavadas. Por isso, os hospitais permitem visitas de crianças acima de 12 anos, que já compreendem que não podem mexer em tudo que veem e que vão lavar as mãos, antes de ir embora. 4) Como posso contribuir para evitar a infecção hospitalar? Todas as pessoas que entram em hospitais e visitam pacientes devem lavar as mãos, antes e depois da visita, evitando sentar na cama do paciente. Essa simples medida pode ajudar muito na prevenção da infecção hospitalar. A maioria (80%) das infecções hospitalares é prevenida com a simples higiene das mãos. 5) Posso levar alimentos aos pacientes? De preferência, não. Se levar alguma coisa de comer, é melhor perguntar se a pessoa não está de dieta ou o que ela pode comer. Escolha levar uma revista, um livro, um brinquedo, e nada de comer. Além disso, o resto dos alimentos no quarto pode contribuir para atrair insetos e roedores. 6) Se eu estiver gripado, posso visitar os doentes? Se gripado ou com alguma lesão na pele, é melhor que não. Os pacientes nos hospitais estão mais vulneráveis que as pessoas com saúde. Por isso, é bom evitar que eles se exponham a mais uma doença. 7) A infecção hospitalar é sempre culpa do hospital? Não. Nem sempre, a infecção hospitalar ocorre por falha do hospital. Algumas infecções ocorrem por debilidade do paciente, seja pela própria doença, pela idade avançada, pelo baixo peso ou mesmo pelo tratamento que ele deve receber, por exemplo, quimioterapia, radioterapia (só para exemplificar). 8) Existe algum hospital no mundo com infecção hospitalar zero? Não, isso não é possível! Desde que um paciente entre no hospital, pode ocorrer uma infecção hospitalar, mesmo no melhor hospital do mundo, sem que haja culpa do hospital. Às vezes, é a doença da pessoa que favorece a ela pegar uma infecção, mesmo que se tomem todos os cuidados para que isso não ocorra. 9) Quais são as infecções hospitalares mais comuns? As mais comuns são: a infecção urinária (na pessoa que precisa de uma sonda na bexiga), a infecção cirúrgica (não se tem como evitar a necessidade de uma cirurgia), a pneumonia (mais comum nos que fumam e nos idosos) e a infecção de catéter (quando é preciso tomar soro na veia). 10) Pacientes em isolamento podem receber visitas? Sim, mas o visitante deve, primeiro, perguntar à enfermagem que tipo de cuidados tomar para não se contaminar. 11) Se o paciente recebeu alta e saiu com uma bactéria resistente do hospital, quais são os cuidados em casa? Os cuidados são sempre os mesmos: lavar as mãos, antes e depois de atender o paciente. As pessoas em casa não correm riscos com essa bactéria, porque estão saudáveis. O maior problema é dentro do hospital, para evitar a transmissão a outros pacientes internados. 12) Se estou acompanhando uma pessoa no hospital, posso visitar outros doentes? De preferência, não se deve visitar outros doentes. Nem sempre, se sabe, logo de início, que aquele doente tem algum tipo de germe. Se a pessoa não tomou os cuidados devidos, pode disseminar para o seu parente uma bactéria que só vai ser conhecida depois de alguns dias de internado.