CA de pulmão -Nódulo Solitário de Pulmão

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CA de pulmão
-Nódulo Solitário de Pulmão
-Carcinoma Broncogênico
A presença do nódulo gera a dúvida da presença de neoplasia (se sim, necessário cirurgia). Nos casos de nódulos a
conduta precisa ser mais conservadora, uma vez que muitos pacientes apresentam nódulos benignos.
O câncer de pulmão é uma neoplasia grave com alta incidência e alta mortalidade. Prevenção: abandono do
tabagismo. O diagnóstico precoce também é muito importante.
Definição de nódulo pulmonar: Lesão de forma esférica, menor que 3 cm, revelada por qualquer método de imagem,
predominantemente sólida, sem estar acompanhada de lesões sugestivas de metástases ou invasão de estruturas
vizinhas.
Nódulos Pulmonares Solitários
Granulomas (tuberculoma, histoplasmoma) 40%
Carcinomas Primários 40%
Metástases 7% - ex. melanoma
Hamartomas 5% - tumor benigno que contém tecidos de um órgão fora de sua localização habitual (cartilagem e
osso dentro do parênquima pulmonar).
Outros 8% - ex. artrite reumatóide, paracoco.
Nódulos solitários: 90%- benignos
10%- malignos
Quanto menor o tamanho do nódulo, mais chance de ser benigno.
Na presença de um nódulo pulmonar é necessário uma triagem pela história clínica:
Nódulo Benigno: < 35 anos, mulher, não tabagista, contato com tuberculose, sem história de câncer prévio ou na
família.
Nódulo Maligno: > 35 anos, homem (é questionável, pois hoje as mulheres fumam muito), tabagista, câncer extra
pulmonar, com história de câncer prévio ou na família.
Métodos de Imagem
Nódulo Benigno: Menor tamanho, contorno liso, conteúdo de gordura (hamartoma), calcificação central
(tuberculoma), calcificação total (tuberculoma), calcificação em pipoca ou lamelar (calcificações grosseiras hamartoma).
Nódulo Maligno: Maior tamanho, contorno espiculado, áreas de necrose, calcificação excêntrica (Ca de pulmão que
nasce em cicatriz), calcificação dispersa, calcificação fina.
Ca de pulmão nasce em cicatriz, por quê? Pulmão metaboliza bem carcinóides, mas na área de cicatriz a
metabolização não é eficiente.
Tuberculoma: aparece no Rx como uma imagem densa e bem delimitada. Para o diagnóstico, vc faz uma biópsia
excisional (retira apenas o nódulo, não retira o parênquima).
Mulher, com câncer de mama prévio tratado, fumante, com nódulo maligno pulmonar. Metástase ou câncer primário?
Pode ser câncer primário (mais comum, pois a metástase de câncer de mama é mais comum para osso e fígado).
Métodos de Imagem Utilizados: TC, PET-TC.
O PET-TC utiliza um marcador ligado à glicose. A célula neoplásica concentra esse marcador. Usado para diagnóstico
e estadiamento. Cuidado, pois alguns nódulos pequenos podem captar.
Slides:
 Rx de Tórax Pa e Perfil
 Rx de Tórax digitalizado
 Tomografia Computadorizada do Tórax


 Convencional
 Alta resolução
 Helicoidal
 Multislice
Ressonância Nuclear Magnética
Tomografia por Emissão de Positrons
Densitometria Simples
Densitometria Dinâmica
Nódulo Benigno
>200
<20
(PET Scan)
Nódulo Maligno
<200
>20
Quanto mais cálcio, mais alta a densitometria simples: benigno. A densitometria dinâmica indica o grau de
impregnação de contraste: os malignos se impregnam mais rápido (problema: alguns nódulos inflamatórios também se
impregnam).
Tuberculoma é pouco vascularizado, portanto capta pouco contraste: benigno.
Obtenção de material do nódulo (slides)
 Citologia de escarro
 Broncoscopia
 Lavado broncoalveolar
 Escovado e biópsia transbrônquica com fluoroscopia
 Punção biópsia transtorácica
 Cirurgia Torácica Vídeo Assistida ( CTVA )
 Toracotomia mínima / ampla
Broncoscopia no Nódulo Pulmonar
Chega somente a brônquios segmentares.
Rendimento proporcional ao tamanho da lesão e à localização. Em nódulos menores que 2cm, o diagnóstico é feito em
11% dos casos.
Ruim para nódulos pequenos e periféricos.
Punção Biópsia Transtorácica
Útil para nódulos periféricos. Em nódulos no meio do parênquima pode ser feito com risco de pneumotórax. É
contra-indicado em pacientes com DPOC.
Diante de um resultado negativo não podemos afirmar que seja nódulo benigno. Se negativo, fazer outro exame.
Bom para diagnóstico quando há suspeita de malignidade.
Diagnóstico de malignidade: 95%
benignidade: 5 a 89%
Cirurgia Torácica Vídeo Assistida (videotoracoscopia)
Mais eficaz em nódulos periféricos.
Necessita de internação e anestesia (método invasivo).
É necessário palpar o nódulo, e, algumas vezes, isso é difícil.
Toracotomia
Alta suspeita de malignidade, paciente apto, lesões próximas a 3cm, lesões inadequadas para CTVA, ou CTVA não
disponível.
Útil em nódulo de localização difícil, que está muito aderido à parede torácica.
Dinamismo do Nódulo – Visão Tradicional (evolução do nódulo)
Baseada na observação de duas radiografias feitas com determinado intervalo de tempo para comparação.
Nódulo benigno: estável, pode involuir, tempo de dobra < 40 dias (cresce muito rápido) e maior que 450 dias (nesse
caso pode ser inflamatório).
Nódulo maligno: instável, raramente involui, tempo de dobra > 40 dias e < 450 dias.
Carcinóide típico e carcinoma broncoalveolar: nódulos malignos com crescimento lento.
O volume do nódulo é utilizado para o cálculo do tempo de dobra. O tempo de dobra não é muito valorizado, mas
pode ser utilizado para avaliação da agressividade biológica do tumor.
Obs.: quanto maior a velocidade de aumento do volume, maior a agressividade. Quanto maior a avidez pela glicose no
PET-TC, maior é a malignidade.
Carcinoma Broncogênico
Neoplasia maligna que se origina do epitélio respiratório.
Linfomas, mesoteliomas e sarcomas são neoplasias pulmonares raras não epiteliais.
90% das neoplasias malignas de pulmão.
Podem ser divididos em pequenas células (menos freqüentes, porém alta mortalidade) e não pequenas células (mais
freqüente, porém menor mortalidade).
Rx: massa, normalmente maior que 3cm.
Epidemiologia
Incidência iniciada no início do século XX, pelo aumento da longevidade da população.
É a segunda neoplasia maligna em homens (CA de próstata em homens e CA de mama em mulheres).
Apresenta elevada mortalidade, a sobrevida em 5anos é apenas de 14%.
50% dos pacientes são diagnosticados com metástase a distância, podendo a sintomatologia inicial ser decorrente
da metástase. 15% - doença local e 25% - linfonodos regionais.
Só é menos maligno que os cânceres de esôfago, estômago e pâncreas.
Etiologia
Principal fator de risco é o tabagismo, em cargas tabágicas maiores que 20maços.ano.
Com mesma carga tabágica as mulheres apresentam maior incidência.
Nos indivíduos que pararam de fumar há 15 - 20 anos existe uma redução significativa do risco; continuando ainda
um pouco maior do que o da população que nunca fumou.
Fatores de risco: DPOC (tendência maior à retenção de fumaça pela broncoconstrição, com maior exposição),
fibrose pulmonar, exposição ao asbesto, exposição ao radônio e carbono 14.
Tipos Histológicos
Não pequenas células: adenocarcinoma (mais comum nos EUA), carcinoma epidermóide ou escamoso (mais comum no
Brasil), carcinoma indiferenciado de grandes células.
Pequenas células (mais agressivo)
Adenocarcinoma
35% dos pacientes, sexo feminino, jovens e não fumantes.
Localização periférica. É o subtipo mais encontrado na citopatologia positiva do líquido pleural e no aspirado nodular
transtorácico. Evolui rapidamente para metástase pleural. Causa comum de osteoartropatia hipertrófica.
Pode apresentar áreas de retração e caudas pleurais, pela fibrose ao redor do tumor.
Carcinoma bronquíolo alveolar: subtipo de adenocarcinoma. Deriva de células alveolares e apresenta-se como massa,
lesão difusa multinodular ou infiltrados alveolares (se assemelha a uma pneumonia-condensação). Favorece a
pneumonia pela menor aeração local. Pode coexistir como uma forma difusa (semelhante à TB miliar). Gerador de
poucas metástases, matando o paciente por redução da reserva respiratória. Um tratamento é o transplante
pulmonar. Não está associado ao fumo.
Carcinoma Epidermóide
30% dos casos, homens fumantes, localização central ou proximal, tumoração exofítica, melhor visualizada à
broncoscopia (uma vez que cresce em brônquios maiores). Hipercalcemia paraneoplásica (secreção do peptídeo PTHsímile), cavitação em 10-20% dos casos (confusão com tuberculose). TU irregular.
Carcinoma Indiferenciado de Grandes Células
10% dos casos – é o menos comum. Pior prognóstico entre os carcinomas não pequenas células. Localização mais
periférica.
Presença de cavitação em 10% dos casos. Pode gerar tumor de Pancoast.
Carcinoma de Pequenas Células
20% dos casos.
Prognóstico ruim, com recorrência frequente.
Apresenta localização central, com metástase à distância em 70% dos casos (para mediastino e órgãos viscerais).
Apresenta síndromes paraneoplásicas (síndrome da veia cava superior).
É considerado um tumor neuroendócrino.
Sintomas do Carcinoma Broncogênico
Assintomático: nódulo na radiografia de tórax (15%).
Sintomas do tumor: tosse (75%), hemoptise (35%), chiado localizado (obstrução brônquica).
Invasão intratorácica: dor torácica (invasão da parede parietal), dispnéia, rouquidão, síndrome da veia cava
superior, síndrome de Pancoast (dor em ombro com irradiação para a região cubital, ptose palpebral, enoftalmia,
miose).
Metástase à distância: dor óssea, cefaléia, náuseas e vômitos, déficit neurológico focal.
Síndrome paraneoplásica em 10% dos casos.
Síndrome de Pantocoast-Tobias
TU de ápice pulmonar
Dor no ombro e/ou escápula ipsilateral, dor na distribuição do nervo ulnar, distribuição radiológica da primeira e
segunda costelas. Raízes C8 e T1.
Tumor epidermóide mais comum.
Síndrome de Claude Bernard Horner – miose, ptose, enoftalmia, anidrose facial ipsilateral (compressão do simpático
cervical).
Síndrome da Veia Cava Superior
Veia cava com paredes moles. Massas conseguem invadir a parede ou comprimí-la.
Edema e congestão facial, edema das extremidades superiores, circulação colateral proeminente visível na região
superior do tórax, além de turgência jugular, tosse, síncope e ortopnéia.
Ocorre em carcinoma de pequenas células.
Rx de tórax com mediastino alargado, massa pulmonar em lobo superior direito e derrame pleural ipsilateral.
Incidência - homens entre 50 e 70 anos;
Outras causas: linfomas Hodgkin, não-Hodgkin, mediastinite fibrosante pós-infecção fúngica ou micobacteriana ou a
trombose da cava (permanência de um catéter venoso profundo);
Diagnóstico pela biópsia ou citologia (punção)
Tratamento: RT ou QT
Sobrevida curta.
Complicações Locais
DP, cavitação com bordos irregulares, atelectasia, pneumonia pós-obstrutiva.
O tumor central obstrui o brônquio e predispõe à pneumonia. Pneumonia sempre no mesmo lobo suspeitar de Ca de
pulmão.
Disseminação Metastática
30-40% de CA não pequenas células são passíveis de cura. 33% - metástase a distância.
Carcinoma indiferenciado de pequenas células - 70% metástases
Locais mais frequentemente envolvidos (“foca”): ossos, fígado, cérebro, adrenais, pulmão.
Metástases ósseas – osteolíticas – costelas, corpos vertebrais e ossos longos.
Metástases hepáticas – carcinoma de pequenas células.
SNC podem envolver hemisférios cerebrais, o cerebelo e as meninges. Sintomas podem ser focais (convulsões) ou
não focais (cefaléia).
Se houver metástase cerebral única, pode ressecar a massa pulmonar e a cerebral.
Diagnóstico
Rx de tórax em tabagistas.
Citologia de escarro: sensibilidade de 60-70% para tumores de localização central;
Histopatológico:
Biópsia brônquica ou transbrônquica através de broncofibroscopia: para nódulo central > 2cm.
Biópsia transtorácico por agulha guiada por TC: para nódulo periférico > 2cm.
Biópsia guiada por vídeo-toracoscopia e a céu aberto.
Estadiamento
TC de tórax – andar superior do abdome e TC/RNM de crânio.
Cintilografia óssea (dor, fosfatase alcalina).
PET-TC.
Broncofibroscopia.
US endoscópico (EUS).
US broncoscópico (EBUS).
Mediastinoscopia com biópsia.
Aspirado medular (CA de pequenas células).
Linfonodos Mediastinais
Mediastinoscopia ou EBUS= para ver linfonodo metastático.
Em CA de pulmão com metástase a quimioterapia e a radioterapia devem ser feitas antes da cirurgia de ressecção
para avaliar a regressão do linfonodo. Se o linfonodo regride, a micrometástase também foi atingida e combatida,
indicando controle da disseminação. Nesses casos o próximo passo é a cirurgia.
Metástase para linfonodo é grave pois precede a metástase sistêmica. Quando um linfonodo mediastinal vem
positivo, provavelmente já há presença de células malignas circulantes.
Se o exame de imagem não apresenta crescimento linfonodal, mas durante o procedimento um linfonodo é achado,
realiza-se a radioterapia adjuvante (pós cirúrgica).
Linfonodos:
1:pré-traqueal
2R e 2L:paratraqueal alto
4L: paratraqueal
7:pré-carinal
8:Peri-esofagiano
9:ligamento triangular
10R e 10L:próximos ao brônquio
5:janela aórtica
6:para-aórtico
Estadiamento do câncer de pulmão
T – Tumor primário
Tx – citologia positiva sem evidência de tumor
T0 – sem evidência de tumor primário
Tis – carcinoma in situ
T1 – tumor < 3cm, sem invasão do brônquio lobar
T2 – tumor > 3cm ou de qualquer tamanho, com invasão da pleura visceral, ou pneumonite obstrutiva ou atelectasia.
Tumor em brônquio lobar ou pelo menos 2cm da carina principal.
T3 – tumor de qualquer tamanho com extensão direta à parede torácica, ao diafragma, à pleura mediastinal ou ao
pericárdio. Tumor com atelectasia ou pneumonite obstrutiva de todo o pulmão.
T4 – Tumor de qualquer tamanho, com invasão do mediastino, do coração, dos grandes vasos, da traquéia, do
esôfago, de corpos vertebrais ou carina principal ou associado a derrame pleural maligno.
Envolvimento linfonodal
N0 – sem metástase.
N1 – peribrônquicos ou hilares.
N2 – mediastinal ipsilateral +/ ou subcarinais
N3 – mediastino contra-lateral, , hilares contralaterais, supraclaviculares ou pré-escalênicos.
M –Metástases à distância
ESTADIAMENTO
0 –carcinoma in situ
IA – T1N0M0
IB – T2N0M0
IIA – T1N1M0
IIB – T2N1M0
T3N0M0
IIIA - T3N1M0
T1-3 N2 M0
IIIB – T4 N1-3 M0
T1-4 N3 M0
IV - M1
Mudanças que ocorreram na nova edição:
T1------------T1a - Tumor de 2cm
T1------------T1b – Tumor entre 2 e 3 cm.
T2------------T2a – Tumor entre 3 e 5 cm.
T2------------T2b – Tumor entre 5 e 7 cm.
T2/T4--------T3 – Tumor maior que 7cm, nódulo separado em lobo primário.
M1------------T4 – Nódulos separados em diferentes áreas no mesmo lobo.
T4-------------M1a – efusão pericárdica e pleural.
Critério de Operabilidade
Contra-indicações:
Câncer não pequenas células:
- Metástases contralaterais ou extra-torácicas; N3 – linfonodos mediastinais contralaterais e supraclavicular.
- Síndrome de veia cava superior.
- DP maligno.
- Tamponamento pericárdico.
- Tumor endobrônquico bilateral.
- Envolvimento do tronco pulmonar principal.
- Paralisia de cordas vocais (direita – invasão alta, do nervo recorrente) e nervo frênico.
- Tumor dentro de 2cm da carina (N0 obrigatoriamente)
Estadiamento Fisiológico
Avaliar se o paciente apresenta condições respiratória para sobreviver com menos parênquima pulmonar.
Comorbidades: DPOC, cardiopatias, fumo, tratar anemias, infecções e arritmias.
Contra-indicação: IAM dentro de 6 meses, VEF1<1L, retenção de CO2 e hipertensão pulmonar grave.
VEF1>2,5L permite pneumectomia.
Avanços no tratamento do câncer:
QT tornou-se mais eficiente com efeitos colaterais mais controlados e algumas terapêuticas moleculares têm
apresentado resultados positivos.
RT vem se tornando mais precisa e com menor dano colateral, permitindo maiores doses (irradiação modulada,
permitindo o tratamento de tumores com profundidades diferentes, não precisando para isso super expor a área
com tumor mais superficial).
As indicações dos tratamentos vêm delimitando grupos cada vez menores, tendendo à individualização e
biomarcadores vêm se tornando cada vez mais disponíveis.
A incorporação da imagem molecular vem favorecendo maior precisão na indicação e o acompanhamento
individualizado da terapêutica.
Ressecções
A base do tratamento do Ca de pulmão é a ressecção.
Lobectomia, Broncoplastia e angioplastia, Pneumonectomia, Ressecção atípica e segmentectomia anatômica,
Ressecção por CTVA, Linfadenectomia mediastinal, Ressecção de estruturas contíguas: parede torácica, diafragma,
pericárdio, carina, veia pulmonar intrapericárdica, átrio esquerdo, tronco da artéria pulmonar, veia cava superior,
aorta, esôfago e vértebra torácica.
No CA de pulmão a cirurgia está indicada para os estágios I a IIb e T3 N1.
Doença N2 limitada com diagnóstico no pré-operatório realiza-se a terapia neo-adjuvante. Se a resposta for boa, a
cirurgia está indicada.
Doença N2 descoberta durante a cirurgia: QT adjuvante.
T4N0 ou N1, M1a e M1b: a cirurgia pode participar em casos muito selecionados.
O principal avanço técnico na cirurgia de CA de pulmão é a cirurgia minimamente invasiva (pleuroscopia).
Cirurgia torácica vídeo assistida – CTVA (videotoracoscopia)
Acesso à cavidade torácica para retirada da peça, introdução instrumental convencional ou palpação. 5 a 8cm sem
afastamento costal.
Acessos através de portais para introdução da ótica e material de vídeo-toracoscopia.
Útil para: Estadiamento, ressecção, retirada de metástase.
Indicações da CTVA no Ca de pulmão: Câncer de pulmão primário (estagiamento, ressecções, geralmente até 4
cm, ocasionalmente T3 devido a dois tumores no mesmo lobo), Outros tumores primários, Metástases Pulmonares
(Única- controvérsia, múltiplas?).
Vantagens: diminuição do tempo operatório, redução da fuga área e do tempo de dreno, diminuição do tempo de
hospitalização, sem aumento da morbidade e mortalidade no período de transição.
Fatores limitantes: palpação do nódulo (deixar de localizar e ressecar um ou mais nódulos não visto(s) pela
Tomografia Computadorizada Helicoidal pré-operatória) e dificuldade das suturas.
O problema da metástase pulmonar e a CTVA: o problema central da CTVA é a falta da palpação.
No estágio I de Ca de pulmão, a cirurgia por vídeo é a mais favorável.
Tratamento cirúgico do Ca de pulmão – estágio III e IV
Estágio IIIA – não pequenas células: N2 pode ser dividido em:
 N2 ( N2 ao estadiamento clínico)
 Cirurgia conduz a sobrevida de 9% em 5 anos
 Terapêutica neoadjuvante é obrigatória
 N2 “ ressecável” ( N2 ao estadiamento patológico pós operatório)
 Sobrevida prolongada de 20 a 30 % em 5 anos
 Ressecção completa, invasão intracapsular, invasão microscópica, confinado a estações
ganglionares de um só nível ou de nível mediastinal baixo
Procedimento Ribeiro-Neto (“cirurgia da gaiola”): usado em tumores aderidos à parede. Retira os músculos
intercostais, descolando das costelas. Depois, resseca o tumor.
Tumores T4:
Os casos para ressecção devem ser selecionados e com N2 negativo. A cirurgia é feita desde que não haja invasão
do mediatino.
A ressecção precisa ser completa.
A mortalidade da ressecção no T4 é maior que em estágios inferiores
-Estruturas passíveis de ressecção:
 Carina
 Veia Cava Superior
 Segmento Aórtico
 Tronco da Artéria pulmonar
 Segmento do Átrio esquerdo
 Vértebra ou Hemi-vértebra
 Esôfago
 Pleura e Diafragma
Se invade outros órgãos, vc pode ressecar eles.
Robótica
Visão 3D, mais graus de liberdade e precisão dos movimentos, elimina tremores, escalas de precisão, navegação,
procedimentos à distância, mais facilidade de aprendizado.
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