Streptococcus pyogenes é uma espécie de bactérias gram positivas

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Streptococcus pyogenes é uma espécie de bactérias gram positivas, cocos, pertencente ao gênero Streptococcus, do
grupo A de Lancefield. Os S.pyogenes caracteristicamente apresentam-se como cocos de 0,6 a 1,0µm de diâmetro, eles
se dividem em um único plano e deste modo aparecem aos pares ou em cadeias (especialmente em meios de cultura
líquidos ou em materiais clínicos).
A estrutura da parede celular dos estreptococos do grupo A é composta de unidades repetidas de N-acetil glicosamina e
ácido N-acetil murâmico (peptidoglicano padrão). Em cultura de agar sangue causam beta-hemólise, halo claro a volta
de suas colônias de hemólise.
Os S.pyogenes são imóveis e crescem otimamente a 37ºC e são inibidos em alta concentração de glicose.
Os produtos solúveis extracelulares ou toxinas dos estreptococos, em especial do S.pyogenes, tem sido estudado
intensamente. A estreptolisina S é uma citolisina estável ao oxigênio, ao passo que a estreptolisina O é uma citolisina
lábil ao oxigênio. Ambas são leucotóxicas. A hialuronidase pode digerir o ácido hialurônico dos tecidos conectivos do
hospedeiro, bem como a sua própria cápsula. As estreptoquinases participam da lise da fibrina. As estreptodornases AD possuem atividade desoxirribonuclease. Este amplo arsenal de subprodutos é importante na patogênese dos
S.pyogenes, aumentando sua virulência. Três endotoxinas pirogênicas dos S.pyogenes também foram reconhecidas
(tipos A, B e C). Estas toxinas atuam como superantígenos, e ativam os linfócitos de forma não específica, provocando
uma resposta imunitária desapropriada, com febre, e até choque e insuficiência de órgãos.
Outro fator de virulência associado ao S.pyogenes, glomerulonefrite pós estreptocócica, causa danos renais devido aos
complexos de antígenos do S.pyogenes com anticorpos. Há hipertensão arterial, hematúria, proteinúria. Em adultos
pode haver perda progressiva da função e insuficiência renal crônica.
Principais doenças causadas:
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Faringite: a maioria dos casos é causada por vírus, porém dos casos ocasionados por bactérias, 90% são
devido às da espécie S.pyogenes. Após 2 a 4 dias de incubação, aparece subitamente febre, dores de
garganta, mal-estar e dores de cabeça. É frequente a inflamação avermelhada e edematosa da faringe ser
visível;
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Escarlatina: complicação da faringe. Após 1 a 2 dias do aparecimento da faringite surgem eritemas no peito
que se espalham. A língua é inicialmente amarela e depois vermelha viva;
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Fasciite necrosante: infecção profunda, espalha-se até as fáscias dos músculos esqueléticos. O tratamento
não pode depender do antibiótico e é de emergência com cirurgia;
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Erisipela: infecção da pele com bolhas, vermelhidão e calor;
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Impetigo ou pioderma: é uma inflamação supurativa (com pus). Há formação de pústulas que se rompem
deixando exposto a tela intradérmica, fazendo da região um sítio para infecções secundárias;
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Síndrome do choque tóxico: devido a disseminação no sangue. Há febre, mal-estar e outros sintomas
inespecíficos seguidos de hipotensão, choque séptico e insuficiência de múltiplos órgãos. A taxa de
mortalidade é alta, chegando a 50%;
Uma das complicações da doença estreptocócica, é a febre reumática. É uma doença autoimune desencadeada em
raros casos de infecção por S.pyogenes. Após resolução da doença infecciosa, há inflamação do coração e
articulações. Julga-se que a causa é a semelhança de alguns antígenos do S.pyogenes com moléculas presentes no
coração e articulações. Após a resposta vigorosa contra a infecção pelo microrganismo, o sistema imunológico ataca
suas próprias estruturas do indivíduo.
As recomendações internacionais sugerem para a maioria dos casos de faringite estreptocócica não só o
acompanhamento clínico, mas também o uso de testes laboratoriais para confirmar a presença da bactéria na
orofaringe. Nos países desenvolvidos, a cultura e os testes rápidos de detecção do antígeno estreptocócico em material
colhido de orofaringe são preconizados de rotina, o que não acontece em nosso país, onde a maioria dos casos de
faringoamidalite fica sem acompanhamento laboratorial. Geralmente, são verificados apenas os sinais e sintomas
clínicos do paciente que, levam à prescrição desnecessária de agentes antimicrobianos.
A cultura é ainda reconhecida como a técnica padrão para investigar a presença de S.pyogenes na orofaringe. Um swab
colhido diretamente da superfície das amídalas e da parede posterior da faringe, quando cultivado em agar sangue
apresenta sensibilidade de 90 a 95%.
Existem os testes rápidos que apresentam excelente especificidade quando comparados a cultura em agar sangue (>
95%), e, assim, a terapia antimicrobiana pode ser iniciada com base nos resultados positivos destes testes.
O teste rápido – STREP A – marca INLAB – ref. 9966-Y, utiliza a técnica rápida imunocromatográfica, uma excelente e
rápida ferramenta para detecção do antígeno do S.pyogenes.
Características:
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Teste com alta sensibilidade e especifidade, 96,5% e 98,5%
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Sem reação cruzada com outros grupos Lancefield
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Excelente opção para triagem e identificação do S.pyogenes.
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Kit completo contém:
▪ dispositivos teste
▪ reagentes para extração do antígeno
▪ tubos plásticos para extração
▪ swabs para coleta de orofaringe
▪ controle positivo contendo suspensão de S.pyogenes.
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