Cultura de Ponta de Cateter

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Procedimentos Técnicos
Código: PROMIC-0008-1
Versão: 01
Pg: 1/4
TÍTULO: Cultura de Ponta de Cateter
ELABORADO POR
DE ACORDO
NOME
Dr. Renato de
Lacerda Barra
Filho
Dr. Ivo Fernandes
FUNÇÃO
ASSINATURA
Biomédico
01/10/2009
Gerente da Qualidade
Biomédico
20/10/2009
Dr. Jose Carlos
Diretor Executivo
dos Santos
HISTÓRICO DAS REVISÕES
Revisado por
Data
Assinatura
Aprovado por
APROVADO POR
Versão
Versão
1
Responsável
Ivo
DATA
REVALIDAÇÃO ANUAL
Data
Versão
01/10/2013
30/10/2009
Data
Responsável
Assinatura
Data
1. NOME/ SINONÍMIAS/ MNE
ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE CATETER INTRAVENOSO. CULTURA DE PONTA DE CATETER.
2. PRINCÍPIO DO TESTE
Desenvolvimento e quantificação de bactérias Gram negativas e Gram positivas, utilizando meio de
cultura apropriado (Agar Sangue). O AS é um meio rico, onde haverá o desenvolvimento tanto de
bactérias Gram positivas como de bactérias Gram negativas. Também é possível observar a hemólise.
Com o uso deste meio pode-se isolar os principais patógenos envolvidos na colonização de ponta de
catéter.
A ponta de cateter deve ser semeada em meios adequados, visando o isolamento e a
semiquantificação de bactérias e leveduras eventualmente presente. Este procedimento de cultura
semiquantitativa é importante para melhor avaliarmos se ocorre uma simples colonização ou se o
resultado sugere uma infecção.
A metodologia atualmente recomendada é descrita por Maki et al., na qual um resultado com
crescimento > 15 unidades formadoras de colônias de determinado microorganismo deve ser
considerado significativo de infecção.
3. SIGNIFICADO CLÍNICO
As infecções relacionadas a cateteres geralmente apresentam no seu local de inserção sinais
inflamatórios, como eritrema, presença de pús etc. Em algumas situações, devido ao paciente estar
apresentando febre e nenhum outro foco infeccioso a ser detectado, suspeita-se de possível infecção
do cateter, o que motiva sua remoção para realização de cultura. As infecções de cateteres são em
gerais importante e devem ser diagnosticadas rapidamente, pois é muito comum o desenvolvimento de
bacteriemias ou fungemias nestes pacientes.
4. COLETA E TRATAMENTO DA AMOSTRA
4.1. Coleta da amostra: Consultar manual de coleta.
4.2. Tipos de amostra:
•
•
•
Catéter central
Catéter periférico
Catéter arterial
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•
•
4.3.
4.4.
4.5.
4.6.
Swan-Ganz
Hickman.
Volume mínimo para análise: N/A
Rejeição de amostras: N/A
Condições de acondicionamento: consultar manual de coleta
Tratamento e pré-tratamento da amostra: N/A
5. MATERIAL REQUERIDO
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Estufa bacteriológica;
Microscópio ótico;
Bico de Bunsen;
Pinça estéril;
Tesoura estéril;
Luva de procedimento.
Óculos de proteção
Máscara
Jarra de anaerobiose
6. REAGENTES
N/A
7. PROCEDIMENTO DETALHADO
7.1. Semeadura e Isolamento:
7.1.1.
•
•
•
Semeadura
Retirar o catéter do tubo estéril com auxílio de uma pinça estéril (flambada e resfriada). Se
o catéter for maior que a placa cortar com uma tesoura estéril.
Colocar o catéter na superfície do AS.
Com o auxílio da pinça, rolar o catéter por toda a superfície do meio. Para frente e para
trás, duas vezes.
Obs.: É importante que o catéter esteja rolando na placa e não sendo esfregado. Isso é
fundamental para obtermos colônias isoladas.
Técnica de Maki para semeadura de catéter.
AS semeado pela técnica de Maki 35 +
1ºC em jarra à 10% de CO2
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Crescimento
Contar as colônias, ID e fazer o
antibiograrma*
Ausência de crescimento
Reincubar por mais 24
Crescimento
Reincubar a placa de As por mais
24h. Havendo crescimento de outro
tipo de microorganismo, ID e fazer o
antibiograma.
Ausência de crescimento
Contar as colônias,
ID e fazer o
antibiograma *
Negativo
Procedimento para triagem das placas semeadas.
* Realizar o antibiograma do microorganismo que apresentar mais de 15 UFC/placa: +
identificação; As = ágar sangue.
8. CÁLCULOS/ LIBERAÇÃO DOS RESULTADOS
Resultado negativo – não houve crescimento de microorganismos.
Resultado positivo – 10 UFC/placa de ..... (nome da bactéria isolada)
> 50 UFC/placa de .... (nome da bactéria isolada).
Nota que deve constar no resultado – “Cultura realizada pelo método de Maki et al., na qual são
consideradas significativas contagens > 15 UFC/placa”.
9. CONTROLE DE QUALIDADE
Os meios de cultura utilizados devem ser controlados para verificar se os microorganismos mais
freqüentemente isolados nestes materiais clínicos apresentam bom crescimento. Consultar Plano de
Qualidade.
10. INTERVALO DE REFERÊNCIA
N/A
11. INTERVALO CRÍTICO
Vide PGQ-018
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12. CONFIABILIDADE ANALÍTICA
N/A
13. INTERFERENTES
• Qualquer bactéria presente na pele pode vir a contaminar a amostra caso a coleta não seja realizada
adequadamente. Entre os contaminantes mais comuns estão os estafilococos coagulase negativa, os
difteróides e os estreptococos do grupo viridans.
• Microorganismos de crescimento lento podem ser não detectados por essa metodologia.
• Quando houver crescimento de microorganismo reconhecido como agentes de infecções (por
exemplo Staphylococcus aureus) em contagens inferiores às consideradas significativas, a melhor
conduta é consultar o médico do paciente para determinar se testes adicionais (antibiograma) devem
ser realizados.
14. INTERVENÇÕES
N/A
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
Oplustil P.; Carmen; Zoccoli M,;Cássia; Tobouti R.;Nina; Sinto I.;Sumiko – Procedimentos
Básicos em Microbiologia Clínica – 1ªEdição – Sarvier, 2000.
2. Murray.R. Patrick ; Baron, J. Ellen; Pfaller, A. Michael; Tenover, C. Fred; Yolken, H. Robert. –
Manual of Clinical Microbiology – 7ª Edição – American Society for Microbiology, 1999.
3. Koneman, W. Elmer; Allen, D. Stephen; Janda, M. William; Schreckenberger, C. Paul; Winn,
C. Washington Jr. – Diagnóstico Microbiológico – 5ª Edição – MEDSI – 2001.
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