curso: mundo contemporâneo profª mestre: ângela vaz omatti aguiar

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FACULDADE
“DON DOMENICO“
CURSO: MUNDO CONTEMPORÂNEO
PROFª MESTRE: ÂNGELA VAZ OMATTI AGUIAR
ALUNO: FERNANDO FERREIRA DE BRITO - RM 6035
G U A R U J Á
ONTEM...
E HOJE.
Guarujá (SP) apoia o Programa Mundial de Educação Ambiental
Aproveitar os recursos naturais dentro do ecossistema característico de
cada região e aproximar os universitários dos problemas naturais,
trazendo soluções. Estes são alguns dos objetivos do Programa Mundial
de Ed
21 de Fevereiro de 2007. Publicado por Vininha F. Carvalho
Aproveitar os recursos naturais dentro do ecossistema característico de cada região e
aproximar os universitários dos problemas naturais, trazendo soluções. Estes são alguns dos
objetivos do Programa Mundial de Educação Ambiental, Embaixadores do Meio Ambiente, da
ONG Ocean Future Society (OFS), que será implantado no próximo dia 23/02, em Guarujá
(SP).
Jean Michel Cousteau, presidente da OFS, virá ao Brasil para fazer o lançamento da pedra
fundamental do programa mundial, às 10 horas, na Unidade Industrial da Dow Brasil, em Guarujá.
Em agosto do ano passado, Jean Cousteau, que é oceanógrafo e pesquisador, veio ao Brasil a
convite da Dow Brasil para conhecer o trabalho realizado pelo projeto Mangue Limpo,
desenvolvido em parceria com o Curso de Ciências Biológicas (Biologia Marinha) da Universidade
Santa Cecília (UNISANTA).
O programa Embaixadores do Meio Ambiente, já desenvolvido em cidades de diferentes países,
como Califórnia, São Francisco e Hawaii, será adequado às atividades já realizadas pelo Mangue
Limpo, que aliás, contribuíram para a formalização do projeto mundial.
Segundo o professor do Curso de Ciências Biológicas, Orlando Couto Júnior, esta é uma parceria
importante para a Universidade e principalmente para os alunos.
"A equipe da UNISANTA fará parte do grupo de estudos que irá elaborar o cronograma de todas as
atividades desenvolvidas ao longo do projeto Embaixadores do Meio Ambiente", disse o professor.
Esse grupo terá ainda a participação de representantes da Prefeitura Municipal do Guarujá e de
líderes da Dow Brasil.
Mangue Limpo :
Pelo quarto ano consecutivo a UNISANTA renovou o contrato com a Dow Brasil Sudeste Industrial
LTDA para o desenvolvimento do Programa Mangue Limpo. Idealizado pelo Painel Consultivo
Comunitário do Guarujá, o programa atua há quatorze anos, no município, com ações voltadas
para as áreas da saúde, educação, segurança e meio ambiente. Da UNISANTA, fazem parte do
projeto professores e alunos do 2º, 3º e 4º anos do Curso de Ciências Biológicas.
Atividades :
A UNISANTA é responsável pelo desenvolvimento de modelos de cultivos de organismos aquáticos;
a produção de substratos específicos para o crescimento das mudas de manguezal; o
desenvolvimento de textos técnicos para a elaboração de um livro referente ao manguezal e
trabalhos de Educação Ambiental dentro do Museu do Mangue.
Os biólogos e alunos do curso realizam ainda o estudo de fauna e flora do manguezal; o replantio
e o monitoramento nas áreas degradadas ao longo do Rio Santo Amaro.
Os alunos construíram um mini-museu para exposições de organismos como peixes, moluscos e
caranguejos taxidermizados e a exposição de plantas através de exsicatas (pastas para o
armazenamento de amostras de plantas).
Os visitantes, escolas municipais e estaduais que fazem parte do Painel podem conferir ainda
uma estação de larvicultura na qual são desenvolvidas pesquisas científicas, como a do
repovoamento de alevinos de robalo, pitu e camarão rosa.
O programa contempla ainda a capacitação de pescadores artesanais. Eles recebem informações
sobre como montar e cuidar de tanques para a criação própria do camarão para a pesca, sem
retirá-los do meio ambiente. Em 2005, o programa recebeu a visita de 15 escolas que
colaboraram com a plantação de 2.500 mudas de plantas nativas no mangue.
Para obter mais informações sobre o programa Embaixadores do meio Ambiente basta acessar o
site www.oceanfutures.org.
Tipos de Manguezais no Município de Guarujá
Os manguezais podem ser caracterizados de três maneiras: mangue-preto ou de
siriúba (Avicennia schaueriana), com pneumatóforos que possibilitam as raízes respirarem
quando as águas as cobrem, mangue vermelho (Rhizophora mangle), com raízes-escora e
mangue branco ou tinteira (Laguncularia racemosa), que também apresentam
pneumatóforos, porém menos desenvolvidos e em menor número.
Valor Ecológico e Sócio-Econômico dos Manguezais:
As áreas dos manguezais são de extrema importância para as populações, sendo
altamente produtivas e economicamente importantes, delas provêm boa parte das
proteínas, mariscos e peixes tão essenciais para alimentação.
Sua área pode ser utilizada para turismo ecológico, educação ambiental, piscicultura e
criação de outras espécies marinhas, além de sua principal função de berçário de várias
espécies vegetais e animais.
Regula o fluxo dos mananciais hídricos, assegura a fertilidade do solo, controla o
clima, protege escarpas e encostas das serras, além de preservar um patrimônio histórico e
cultural imenso.
Entre os benefícios culturais estão a recreação, o conhecimento científico, a educação
e o valor estético. Navegação, pesca, natação e observação de pássaros são apenas algumas
das numerosas atividades recreativas que os cidadãos podem desfrutar nos estuários.
Nota-se que o manguezal tem muito a oferecer, porém, é preciso ser utilizado de
maneira racional, de forma sustentada, atendendo às suas necessidades de recomposição,
como período de desovas, perfloração das espécies vegetais, entre outros.
Legislação:
De acordo com o SEMA (1984), os manguezais e o mar são ecossistemas brasileiros
bem representativos, seu alto grau de degradação compromete nosso mar territorial.
Os principais fatores de degradação, apontam para o relacionamento incorreto entre o
homem e o meio ambiente, sendo destacados:
a) poluição do estuário, mediante o lançamento de rejeitos industriais e a deposição de
esgotos domésticos;
b) expansão imobiliária, atividades turísticas, projetos de aqüicultura e de salinas;
c) lixo e aterro;
d) desmatamento para exploração de madeira;
e) portos e terminais;
f) acidentes com derramamento de petróleo e outras substâncias.
O manguezal dispõe de leis para sua proteção, tanto a nível federal como, estadual e
ou municipal. Essas Leis e Decretos refletem uma grande preocupação em proteger os
recursos costeiros do litoral brasileiro.
Os manguezais são áreas protegidas ou de preservação permanente ou reservas
ecológicas, conforme o Código Florestal, Lei n. 4.771, Art. 2, de 15/09/1965, Art. 18 da
Lei n 6.938, de 17/01/1981, Decreto n 89336, de 31 de janeiro de 1984 e resolução
CONAMA nº 004, de 18/09/1985, representando por si só, um grande obstáculo contra a
degradação desse ecossistema.
Porém, na prática, a legislação tem mostrado pouca eficácia na salvaguarda desses recursos
naturais.
Mangue:
Ficou evidente que há falta de fiscalização na área de preservação e também há falta
conscientização por parte da população, uma vez que o lixo encontrado no manguezal era
aparentemente de origem doméstica, sendo os locais mais próximos das casas muito mais
poluídos do que os mais afastados.
Trata-se de um bairro simples, as ruas não são asfaltadas, há casas tanto de madeira
quanto de tijolos, havendo, também, a construções de novas casas e pequeno comércio
local.
Estas observações nos levam a crer que a tendência é o aumento da poluição, da
sedimentação (aterros), diminuição da fauna, sendo o maior contribuinte a urbanização
realizada indiscriminadamente, levando portanto, à destruição das áreas de manguezais.
Entrevista com moradores:
Entrevistamos o Sr. Pedro (61 anos), morador do bairro Santa Rosa -Gjá. Há mais de 50
anos, quem afirmou que todo aquele bairro e outros vizinhos eram manguezais e mesmo
agora, depois de aterrados é difícil a plantação de qualquer tipo de vegetal, devido a grande
quantidade de sal presente no solo.
Houve uma progressiva valorização do local com ao passar dos anos, pela proximidade
com as praias. As construções, muitas vezes, acabam por obstruir a passagem dos
moradores locais e provocam alterações no ambiente. São encontrados vários animais,
principalmente, de pequeno e médio porte.
Características Gerais:
Solo:
De forma geral, o solo do mangue é lodoso, denso, com
partículas bem unidas, havendo pouca circulação de água e de
oxigênio.
Estão presentes milhares de bactérias anaeróbias. A superfície,
possui coloração cinza, e a camada interna, é de coloração
preta, sendo encontradas bactérias anaeróbias.
Presença de Bactérias:
As bactérias anaeróbias decompõem a matéria orgânica,
originando mau cheiro, dado pela produção de enxofre, o que
leva as pessoas a crerem de forma errônea, que o manguezal é
lixo, ou inútil.
Água:
Salobra, mistura de água doce e salgada.
Vegetação:
Espécies de árvores com características próprias, adaptadas à
presença de grande quantidade de sal e às formas diferentes de
captura de oxigênio.
Importância ecológica:
São berçários para inúmeras espécies animais, filtros
ecológicos e responsáveis por um ciclo de matéria orgânica.
Isso devido à presença de bactérias, aves, peixes, crustáceos,
mamíferos, árvores e outros organismos que pertencem à teia
alimentar, permitindo que este sistema funcione
adequadamente, mantendo – se ecologicamente equilibrado e
assim exercer suas funções.
Foram identificadas árvores do gênero Laguncularia e Rhizophora, esta em fase de
florescimento (figura 1). Não foram encontradas árvores do gênero Avicennia.
Figura 1 – Flor de Rhizophora no detalhe.
Vários locais estão sendo aterrados devido à expansão populacional, sendo constatado
a existência de uma parcela expressiva de lixo de origem doméstico (figura 5),
caracterizando a degradação do meio.
FOTO DO RIO SANTO AMARO
As plantas de mangue apresentam uma morfologia especial que determinam
características singulares. As folhas são suculentas, com a presença de glândulas de
secreção de sal, a Rhizophora (figura 2) possui folhas largas e ápice arredondado, enquanto
que as folhas da Laguncularia, são estreitas.
.
Figura 2 - Folha de Rhizophora. (B) Folha de Lagungularia
A presença de pneumatóforos ou raízes respiratórias (figura 3), típicas de
Laguncularia com função de obtenção de oxigênio necessário à respiração e raízes-escora
presentes na Rhizophora, que partem quase do meio do tronco, perto dos galhos mais
baixos e se enterram na lama fina, dando maior sustentação.
Figura 3 – Representação dos pneumatóforos encontrados na área de estudo.
A disseminação de sementes, o que permite a propagação vegetativa, e a presença de
plântulas, resultado da germinação dos propágulos (figura 4), que se enterram no solo
lodoso.
Figura 4 – (A) Semente, (B) Propágulo, (C) Propágulo desenvolvido, (D) Plântula.
Os manguezais são habitados em toda a sua extensão por diversos animais, alguns
nem sempre exclusivos desse ecossistema. Foram identificados diversos animais típicos,
como bivalves filtradores, aves, peixes, caranguejos maria-mulata (Goniopsis) e
chamamaré
(Uca), sendo realizado a sexagem e verificada a presença de fêmeas ovígeras, além
da presença de pegadas de animais e esqueletos.
CONCLUSÓES
O grande descaso com que vêm sendo tratadas as áreas de Mata Atlântica, Serra do
Mar e manguezais, faz com que seja urgente o levantamento dos benefícios ecológico,
social e econômico gerados por esses ecossistemas e a aplicação da legislação vigente.
Os resultados obtidos apontam para o relacionamento incorreto entre o homem e o
meio ambiente, destacando que os impactos sobre os manguezais são de duas
categorias:
a) poluição do estuário, mediante o lançamento de resíduos, a deposição de esgotos
domésticos e a especulação imobiliária;
b) degradação que ocorre pela invasão dos manguezais.
PALAFITAS EM ÁREAS DE MANGUES
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LIXO NAS ÁREAS DE MANGUES
ALAGAMENTOS EM ÁREAS DE MANGUES
DESMATAMENTO EM ÁREAS DE MANGUES
FOTO DO RIO SANTO AMARO (MANGUE)
LOGOTIPO DE PRESERVAÇÃO
TIPOS DE MANGUES - RAÍZES DAS ÁRVORES ALTAS
LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DAS ÁREAS DE MANGUES POR “ONGS”
REPLANTIO DE MUDAS DAS ESPÉCIES NATIVAS DOS MANGUES
RAÍZES DAS PLANTAS NATIVAS DOS MANGUES
FAVELIZAÇÃO NAS ÁREAS DE MANGUES
CARANGUEJO
PÔR DO SOL EM GUARUJÁ
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