0 FACULDADE REDENTOR - ITAPERUNA/RJ INSTITUTO DENTALIS MARGARETH COUTINHO CHEQUER CABRAL TRATAMENTO ORTODÔNTICO DA MORDIDA ABERTA ITAPERUNA 2012 1 MARGARETH COUTINHO CHEQUER CABRAL TRATAMENTO ORTODÔNTICO DA MORDIDA ABERTA Monografia apresentada ao curso de ortodontia Redentor. ITAPERUNA 2012 da Faculdade 2 Dedico este trabalho a meu amado esposo Vilmar Júnior meu maior incentivador e que com amor e paciência soube administrar com sabedoria minha ausência em tantos momentos. Às minhas filhas Gabriela e Rafaela, minhas queridas, que tanto me ajudaram na digitação dos artigos e que tantas vezes cheguei cansada do curso e era esperada com um lanchinho gostoso e uma massagem para relaxar e aos meus pais José Jorge (in memorian) e Neuza, que se não fosse por esses amores, não teria chegado até aqui, pois me proporcionaram o ofício da odontologia. 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, meu Criador, meu Pai Eterno, que com cuidado e amor tem me guardado. Ao Sávio, meu irmão em Cristo Jesus que tanto me incentivou. À toda equipe Dentalis. Aos mestres Alexandre Ponce e Ana Luiza, obrigada por tanto empenho, profissionalismo e dedicação. Aos professores Hélder Luiz e João Bosco, pela sua infinita paciência e carinho. Ao professor Tasso Coutinho, pela grande contribuição nesta empreitada. 4 “Onde há um sonho, há caminhos nos quais a perfeição está além. Caminhos que reúnem em si virtudes e defeitos, e para cada passo dado, em falso ou não, haverá sempre um recomeço.” (ARAÚJO, 2010). 5 SUMÁRIO LISTA DE ILUSTRAÇÕES 06 RESUMO 07 ABSTRACT 08 1- INTRODUÇÃO 09 2- PROPOSIÇÃO 11 3- REVISÃO DE LITERATURA 12 3.1 MORDIDA ABERTA – AMOSTRAS – MORFOLOGIA- ESTABILIDADE E MECÂNICA 12 3.2 ESTUDOS DE CASOS - MINI IMPLANTES 60 4- DISCUSSÃO 62 5- CONCLUSÃO 64 6- REFERÊNCIAS 65 6 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- A, Implante usado como ancoragem ortodôntica; B, Ilustração esquemática da intrusão de molar Figura 1- Biomecânica para intrusão de molar maxilar usando mini-implantes. Os parafusos são colocados tanto na palatina quanto no lado vestibular. A, Vista bucal. B, Vista palatina. C, Vista transversal. Figura 1- O aparelho RMI tem 2 elásticos. Suas extremidades são fixas nos tubos extra-orais dos primeiros molares superiores e inferiores com L-shaped pinos. Figura 1- O aparelho quadri-hélix com berço para língua Figura 2- A, Vista oclusal maxilar, com acrílico inter-oclusal. B, Vista mandibular, mostrando alívio na região lingual. Modificado com permissão de MacNamara e Brudon. Figura 1- Q-H/C (O quadri-hélix/berço). Figura 2- RP/C (Placa removível com berço). Figura 2- Superposição da amostra, mostrando significante mudança. A, Grupo experimental. B, Grupo controle. Figura 1- Fotografia intraoral tirada antes do ajuste oclusal mostrando a mordida aberta anterior. Figura 2- Fotografia intraoral mostrando o ajuste oclusal depois, mostrando a correção da mordida aberta anterior, com overbite positivo. Figura- Pontos de referência na cefalometria. Figura- Medições da overbite: a distância entre a borda incisal maxilar e mandibular dos incisivos centrais, perpendiculares plano oclusal funcional. Figura 1- Mini-implantes leibinger, parafuso e chave para parafuso. Figura 2- Diagrama da inserção da miniplaca na maxila. Fig. 3- Análise panorâmica do diagrama com elástico de tração conectado no tubo molar. de intrusão. Figura 1- A cirurgia. 7 RESUMO A proposta deste estudo foi realizar uma revisão na literatura sobre o tratamento ortodôntico da mordida aberta levando a reflexão sobre a movimentação ortodôntica com os aparelhos na mordida aberta, associando a função específica aos respectivos locais de inserção de acordo com a morfologia, estabilidade e mecânica observando a eliminação dos hábitos deletérios e funcionais associados ao quadro da maloclusão. A mordida aberta anterior é uma das más oclusões de maior comprometimento estético funcional, além das alterações dentárias e esqueléticas. Essa má oclusão mostra vários fatores etiológicos como à irrupção incompleta dos dentes anteriores, alterações nos tecidos linfóides da região da orofaringe que levam a dificuldades respiratórias e ao mau posicionamento da língua, persistência de um padrão de deglutição infantil e presença de hábitos bucais deletérios tais como sucção digital ou de chupeta. Concluiu-se que se houver um planejamento do tratamento compensatório da mordida aberta, e considerando o grau de exposição incisal, bem como a condição periodontal dos dentes anteriores, principalmente quando se pretende extruí-los poderá ter um bom resultado no tratamento. PALAVRAS-CHAVE: maloclusão. Mordida aberta; morfologia; estabilidade; mecânica; 8 ABSTRACT The purpose of this study was to review the literature on the orthodontic treatment of open bite leading to reflection on the movement with orthodontic appliances in the open bite, associating the specific function to the respective insertion sites according to morphology, mechanical stability and observing the elimination of harmful habits and functional framework associated with malocclusion. The anterior open bite malocclusion is one of the highest aesthetic functional impairment, in addition to dental and skeletal changes. This malocclusion shows several etiological factors such as incomplete eruption of the anterior teeth, changes in the lymphoid tissues of the or pharynx leading to breathing difficulties and poor positioning of the tongue, the persistence of a child swallowing pattern and presence of oral habits such as thumb sucking or pacifier. It was concluded that if there is a compensatory plan treatment of open bite, and considering the degree of incisal exposure, and the periodontal condition of anterior teeth, especial lichen you want to extrude them may have good treatment outcomes. KEY WORDS: Open bite, morphology, stability, mechanical; malocclusion. 9 1- INTRODUÇÃO A mordida aberta define-se como a dimensão vertical negativa entre os dentes superiores e inferiores, manifestando-se tanto na região anterior como na posterior ou, mais raramente, em todo arco dentário. A Mordida Aberta Anterior é uma das más oclusões de maior comprometimento estético funcional, além das alterações dentárias e esqueléticas. É uma discrepância de natureza vertical, apresenta um prognóstico de bom a deficiente dependendo de sua gravidade e da etiologia a ela associada (Almeida et al, 2003). Essa má oclusão apresenta vários fatores etiológicos como à irrupção incompleta dos dentes anteriores, alterações nos tecidos linfóides da região da orofaringe que levam a dificuldades respiratórias e ao mau posicionamento da língua, persistência de um padrão de deglutição infantil e presença de hábitos bucais deletérios tais como sucção digital ou de chupeta. O hábito de sucção digital é considerado deletério para a forma dos arcos dentários, porque a sua incidência pode provocar um desequilíbrio muscular em toda a cavidade bucal causando o aparecimento de deformidades no sentido vertical e transversal das arcadas. Esses problemas são considerados reversíveis pela ação da própria musculatura peribucal quando esses hábitos são retirados até os 3 ou 4 anos de idade. A partir dessa idade, com a erupção dos incisivos permanentes, as deformidades podem se tornar mais severas, necessitando da terapia ortodôntica para corrigi-las (Profitt; Fields, 1995). A maloclusão de Classe II, divisão 1 atinge a maior parte da população que procura tratamento ortodôntico, segundo Silva Filho, Freitas e Cavassan, apresentando-se em 40% da mesma, com uma etiologia multifatorial e muitas vezes encontra-se associada a outros problemas como a atresia da maxila e a mordida aberta. 10 A frequência da mordida aberta alcança, aproximadamente, 16% da população melanoderma e 4% da população leucoderma americana. Isso foi apresentado em um estudo realizado em jovens brasileiros a respeito da incidência dessa maloclusão, onde mostraram que em 2416 estudantes da região de BauruSP, que encontram-se no estágio de dentadura mista, entre 7 e 11 anos de idade, 18,75% do total das maloclusões encontrados nessa fase é de mordida aberta. A porcentagem desse tipo de maloclusão tende a decrescer na fase da adolescência. (Almeida et al 1998). A mordida aberta anterior pode ser resultante de causas diversas como: irrupção incompleta dos dentes anteriores, alterações nos tecidos linfóides da região da nasofaringe que levam à dificuldades respiratórias e ao mau posicionamento da língua, persistência de um padrão de deglutição infantil e presença de hábitos bucais deletérios renitentes, ou seja, ela se desenvolve como o resultado da interação de fatores etiológicos diversos, relacionados a presença de hábitos bucais, principalmente a sucção digital e de chupeta, posicionamento lingual atípico, respiração bucal e interposição labial entre incisivos (Almeida et al 1999). Observa-se que a mordida aberta apresenta um prognóstico que varia de bom a incerto, dependendo de sua gravidade a ela associada. Para o tratamento desta maloclusão é necessário um exame detalhado do paciente observando a faixa etária, os fatores predisponentes, com o intuito de tentar eliminar os hábitos deletérios e os funcionais associados ao quadro da maloclusão o mais cedo possível. O objetivo desse trabalho consiste em revisar alguns autores a respeito dos tipos de tratamentos mais usualmente empregados para a correção da mordida aberta. 11 2- PROPOSIÇÃO A proposta deste estudo foi realizar uma revisão na literatura de diversos autores sobre o tratamento ortodôntico da mordida aberta levando a reflexão sobre: A) Quais os aparelhos auxiliares que podem ser utilizados com sucesso no tratamento da Mordida Aberta? B) Pode-se esperar que o tratamento da Mordida Aberta seja estável a longo prazo? C) Se a mecânica ortodôntica se apresenta eficiente na correção da Mordida Aberta, mesmo sem a necessidade de cirurgia ortognática. 12 3- REVISÃO DE LITERATURA 3.1 MORDIDA MECÂNICA. ABERTA; AMOSTRAS; MORFOLOGIA; ESTABILIDADE E Bastos (1992) realizou um estudo retrospectivo da mordida aberta anterior foi realizado a partir de uma amostra de 4873 fichas clínicas de pacientes com idade entre 4 e 12 anos no período de janeiro de 1980 a janeiro de 1990. Foram traçados objetivos visando identificar a prevalência da mordida aberta anterior e sua relação com os períodos de dentição e gênero, a frequência dos hábitos e disfunções orofaciais, bem como as formas de tratamento propostas. Os resultados indicaram uma prevalência de mordida aberta anterior de 15,72%, sendo que taxas mais elevadas foram observadas nas dentições decídua e mista, apresentando diferença estatisticamente significante quando comparadas com a prevalência encontrada na dentição permanente. A diferença na prevalência de mordida aberta anterior, existente entre os gêneros, foi considerada estatisticamente não significativa. Os hábitos de sucção apresentaram valores elevados de freqüência entre os pacientes portadores de mordida aberta I anterior, principalmente na dentição decídua. Na dentição mista destacaram-se também as disfunções orais associadas, presentes na forma de interposição lingual e respiração bucal, fonação e deglutição atípicas e ainda interposição lingual associada à fonação atípica. Telles & Parra (1999) fizeram um estudo da mordida aberta em classe I e II e com extrusão de dentes posteriores. Usaram para esse estudo 20 pacientes submetidos a tratamento ortodôntico junto a paratologia fixa, associado a terapia extrabucal. Para os casos de classe I e II usou-se a extração de 4 segundos prémolares e os casos de extrusão de dentes posteriores superiores, a intrusão dos molares superiores, utilizando-se o higerpull (extrabucal de tração alta) ou uso de elásticos verticais na região anterior ou ambas. A mentoneira também é considerada como uma das formas de tratamento. Os números foram usados com o intuito de ajudar a correção da mordida aberta e empregou-se elásticos intermaxilares verticais ou cruzadas na região anterior, para melhorar a relação vertical maxilomandibular. Os autores observaram que ao final do tratamento, todos os pacientes possuíam um perfil mais agradável, oclusão considerada equilibrada, por relação dos planos inclinados axiais adequadas, além de corretas sobressaliência e 13 sobre mordida. A mordida aberta anterior foi reduzida significativamente como resultado da terapia aplicada, permanecendo a mesma constante no período póscontenção. Chang et al (1999) estudaram avaliação cefalométrica do tratamento da mordida aberta. O grupo de tratamento foi composto de 16 pacientes jovens com mordida aberta tratados por meio da técnica de MEAW (técnica de fio múltiplo em arco quadrangular). Para eliminar o fator de crescimento, estes pacientes foram selecionados com base nos raios-x de pulso e na curva de crescimento peso-altura. Além disto, os casos de extração foram excluídos deste estudo para eliminar os efeitos que podem ser causados pelo tratamento com extração. Os 16 pacientes foram divididos em 4 indivíduos do gênero masculino e 12 do gênero feminino com idade média de 18,1 anos, na fase pré-tratamento e 19,8 anos na fase póstratamento.Oito casos foram de classe I e os outros oito eram de más oclusões de classe II. A duração média do tratamento foi de 1,6 anos e a duração média da terapia MEAW foi de 6 meses. O fator do alargamento foi encontrado em 5,6%, em todos os filmes, que garantiu a consistência da imagem. Trinta e nove pontos de referência foram marcados num traçado. Os cefalogramas pré e pós - tratamentos foram identificados e marcados para, simultaneamente, assegurar a coerência na determinação dos pontos de referência. Os pontos de referência foram digitalizados no computador. Oito esqueletos, 10 dento alveolar, 4 de plano oclusal e 17 medidas angulares do dente foram calculadas por um programa informático criado e usado pelo nosso departamento. Para reduzir o erro, todas as medições foram tabuladas por duas vezes em intervalos de uma semana e uma média das duas medições foi registrada. Além disso, o erro intra-observador através da medição do índice de confiabilidade foi avaliado. Pode-se concluir nesse estudo que as alterações do tratamento ocorreram principalmente na região dento alveolar. As mudanças de tratamento são alterações do plano oclusal acompanhado de verticalização dos dentes posteriores, e as mudanças de tratamento são semelhantes a uma compensação dentoalveolar natural. Nogueira (2004) avaliou a atividade muscular perioral em indivíduos submetidos ao tratamento ortodôntico associado a um acessório denominado esporão lingual colado, utilizado no tratamento de deglutição alterada com 14 interposição lingual nas maloclusões de Angle Classe I, II e III. A amostra foi composta por 36 indivíduos de ambos os gêneros, dos 7 aos 20 anos, agrupada de acordo com a faixa etária em pares dentro de suas respectivas maloclusões. Dezoito receberam tratamento ortodôntico associado ao esporão lingual colado (Grupo E), e dezoito receberam somente tratamento ortodôntico (Grupo C). Todos foram submetidos ao exame de eletromiografia, antes e apos de 10 meses do inicio do tratamento ortodôntico, dos músculos: temporal anterior, masseter, orbicular da boca, feixe semi-orbicular inferior e digastrico anterior. Foram registrados a amplitude e o tempo da contração muscular. No Grupo (C), houve aumento significativo da amplitude da contração muscular do músculo temporal anterior (p < 0,05), e aumento significativo do tempo de contração muscular dos músculos orbicular da boca, feixe semi-orbicular inferior (p < 0,01), e digastrico anterior, (p < 0,05). No Grupo (E) houve redução significativa da amplitude dos potenciais elétricos do músculo orbicular da boca, feixe semi-orbicular inferior (p < 0,01), e masseter, (p < 0,05), e aumento significativo do tempo de contração muscular dos músculos digastrico anterior (p < 0,05) e temporal anterior (p < 0,05). Clinicamente, todos os indivíduos submetidos ao tratamento com o esporão colado (Grupo E) apresentaram boa adaptação ao material que não provocou trauma lingual nos indivíduos da amostra. Todos os indivíduos relataram a mudança de postura lingual durante o repouso, deglutição e, ou fonação, relatando que se a língua tocasse nos esporões ela recebia um estimulo desconfortável. Defraia et al (2007) estudaram os efeitos do tratamento ortodôntico precoce da má oclusão de mordida aberta esquelética com com bionator: um estudo cefalométrico. O grupo tratado (GT) foi obtido a partir de um grupo de pacientes tratados. Estes pacientes com mordida aberta foram tratados com Bionator por cerca de 18 meses. O aparelho foi usado durante a noite como dispositivo de retenção. Telerradiografias laterais do GT foram analisadas independentemente dos resultados do tratamento. Os pacientes tinham as seguintes características (1) ângulo do plano mandibular inicial relacionado com o plano de Frankfurt (MPA) 25° ou mais, (2) 2 consecutivas telerradiografias laterais de boa qualidade com marca de visualização adequada e pouca ou nenhuma rotação da cabeça, tomadas antes do tratamento (T1) e após a terapia e retenção (T2) e (3) sem dentes permanentes extraídos antes ou durante o tratamento. O grupo contou com 20 pacientes tratados, 15 sendo destes: 9 do gênero feminino e 11 do gênero masculino. As idades foram de +/- 8,3 anos e 10 meses no T1 e 10,8 +/- 1,5 anos no T2. A duração média de observação foi de 2,5 +/- 1,2 anos. A amostra foi composta por seis indivíduos com oclusão classe I e 14 indivíduos portadores de classe II. O Bionator tem blocos acrílicos de mordida posterior para impedir a extrusão dos dentes posteriores. A mordida de construção é tão baixa quanto possível, mas uma ligeira abertura permite a interposição posterior de blocos de acrílico de mordida para os dentes posteriores, para evitar a sua extrusão. A parte de acrílico da parte inferior se estende até a região do incisivo lingual como escudo, fechando o espaço sem tocar nos dentes maxilares anteriores. Esta parte do aparelho é destinada a inibir os movimentos da língua. O exame da barra palatina tem a configuração do Bionator padrão, para mover a língua em posição mais posterior ou caudal. O arco vestibular é colocado em altura correta do fechamento do lábio, estimulando os lábios a alcançar o selo competente. Todos os pacientes deste estudo foram solicitados a usar o aparelho 24 horas por dia (exceto durante refeições e práticas de esportes), até o final do tratamento. Sua conformidade com as instruções, no entanto, variou. O GT foi de 23 pacientes selecionados. Esses pacientes tinham cefalogramas T1 e T2 disponíveis. A amostra foi constituída de 13 indivíduos do gênero feminino e 10 indivíduos do gênero masculino. As idades médias foram de 9,1 +/- 1,6 anos no T1 e 11,8 +/- 1,3 anos no T2. A duração do tempo médio observado foi de 2,8 +/- 1,1 anos. (O grupo controle GC) pareado com o grupo tratado (GT) assim como padrões faciais divergentes (MPA-25°), com média de idades em T1 e T2, e com média de observação. Os cefalogramas do T1 e T2 foram traçados por um investigador (GR) e outro investigador (ED) verificou a localização do marco. Os eventuais desacordos foram resolvidos ao retratar o marco ou a estrutura para a satisfação de ambos os observadores. Análise assistida por computador das telerradiografias laterais de série dos dois grupos foi realizada por uma mesa digitalizadora (2210, Numonics, Londsdale, Pa) e digitalização de software. O fator de ampliação dos cefalogramas foi padronizado em 10%. A análise cefalométrica composta por 36 variáveis foi gerada. Superposições maxilares e mandibulares permitiram a medição dos movimentos dos molares superiores e inferiores e dos incisivos. Para sobrepor a maxila ao longo do plano palatal as superfícies superior e inferior do palato duro e as estruturas internas da maxila superior até os incisivos foram utilizados como pontos de referência, essa superposição do movimento dos incisivos superiores e molares 16 na maxila pode ser avaliada. A sobreposição da mandíbula foi realizada por meio do canal mandibular e os germes do dente posterior e as estruturas internas da sínfise e do contorno anterior do queixo feito anteriormente. Esta sobreposição permitiu que o movimento dos dentes na mandíbula fossem medidos na mandíbula e concluíram que os resultados mostraram modesta eficácia ao tratamento precoce da mordida aberta esquelética com Bionator. O resultado principal favorável foi a melhoria no GT, com a divergência intermaxilar em relação GC. Nenhum efeito favorável na extrusão dos dentes posteriores foi encontrado. Almeida et al (2002) realizaram o tratamento de um paciente do gênero masculino 8 anos e 6 meses, Classe I de Angle, com uma mordida aberta esquelética associada a mordida cruzada bilateral e deglutição alterada. O tratamento foi realizado inicialmente com aparelho disjuntor de Haas, com grade fixa. Logo após foi instalado um esporão inferior, confeccionado com pequenos segmentos de fio de aço soldados a um arco lingual, para o controle dos fatores locais associados a mordida aberta, habito e língua. Para o controle do crescimento vertical e extrusão dos molares foi utilizado ao mesmo tempo em que se utilizou o esporão, um aparelho de Thurow modificado, utilizado por um período diário de 18 horas com uma forca de 600 gramas. Nos seis primeiros meses, foi corrigida a discrepância transversal por meio da disjunção palatina, ao mesmo tempo em que a grade controlava a interposição lingual e o habito de sucção. A partir da instalação do Thurow modificado e do esporão, houve uma redução gradativa da mordida aberta anterior, com o esporão eliminando a pressão anormal da língua responsável pela manutenção da mordida aberta. Justus (2001) apresentou um estudo clinico e cefalometrico com uma amostra composta por três pacientes com mordida aberta anterior. O primeiro um indivíduo do gênero masculino com nove anos de idade, com uma mordida aberta anterior devido a postura de descanso da língua entre as arcadas. O tratamento proposto foi um arco lingual soldado a bandas nos primeiros molares permanentes superiores, no qual foram soldados nove pequenos esporões dispostos na região anterior, apoiado nos molares foi inserido um arco extrabucal de tração occipital. Os resultados obtidos foram o fechamento da mordida e mudança na postura lingual na deglutição e repouso com estabilidade apos 30 meses. O segundo caso foi de um 17 individuo do gênero feminino oito anos, com uma maloclusão de Classe I de Angle, mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior direita. O tratamento realizado foi o descruzamento da mordida por meio de expansão rápida da maxila, seguido pela colocação de um arco lingual superior soldado a bandas nos primeiros molares permanentes superiores. Foram soldados a este arco lingual, cinco pequenos esporões linguais. Os resultados obtidos foram o fechamento da mordida aberta anterior com obtenção de uma boa oclusão e estabilidade mostrada por meio de fotografias e telerradiografias em norma lateral, 17 anos pós-tratamento. O terceiro caso foi de um indivíduo do gênero feminino, 34 anos, com uma mordida aberta esquelética de 5 mm. Apresentava um perfil convexo e uma postura lingual entre as arcadas superior e inferior. Na parte dentaria a paciente apresentava a perda dos primeiros molares permanentes inferiores. O plano de tratamento incluiu a extração dos primeiros pré-molares superiores e fechamento dos espaços das perdas dos molares inferiores e das extrações superiores, colocação de um arco lingual superior com esporões para o controle da postura lingual e o uso de um aparelho extrabucal occipital noturno. Os resultados obtidos foram o fechamento da mordida aberta anterior e mudança da postura lingual demonstrando estabilidade 11 anos póstratamento por meio de fotografias e telerradiografias em norma lateral. Fujiki et al (2004) observaram a relação entre a morfologia maxillofacial e o movimento da língua na deglutição em pacientes com mordida aberta anterior. Foram usados 10 pacientes do gênero feminino (idades de 15 a 24) com mordida aberta anterior e 10 pacientes do gênero feminino (idades 23 a 24) com transpasses normais em controle. Elas foram selecionadas por suas idades, eram superiores a 15 anos, quando o crescimento maxilar é provavelmente perto da conclusão dos indivíduos do gênero feminino. Os pacientes com mordida aberta anterior tinham uma abertura definitiva entre as bordas superiores e inferiores incisal quando as medidas foram feitas em relação ao plano oclusal em telerradiografias. Nenhum paciente tinha zero ou transpasse negativo. Para cada assunto, um cefalograma lateral foi tirado com a mandíbula na posição de intercuspidação do padrão. Telerradiografias laterais foram traçadas em papel vegetal, e as medições angulares e lineares foram analisadas. Para cinerradiografia, um marcador de chumbo foi fixado na ponta da língua e colar de bário (peso de 100% vol, Barytgensol, Fushimi Farmacêutica, Kagawa, no Japão) foi aplicado à parte nasal da faringe de cada 18 indivíduo. Cada um foi sentado em uma cadeira lateral ao intensificador de imagem, com a cabeça estabilizada por um cefalostato ligado ao principal. Cada paciente foi orientado a ingerir 10 ml de bário líquido diluído em 10% (wt/vol) de água, e fixaram o olhar em um espelho na outra face frontal. Gravações cinerradiográficas foram obtidas em 68/65 quilos, com um 9 no intensificador de imagem (DIGITEX 2400 UX.Shimadzu, Kyoto, Japão) e colimação adequada, de modo que a imagem lateral poderia ser obtido de toda a boca e faringe. Imagens cinerradiográficas foram gravadas em película de 35 mm de imagem, a 30 ou 60 quadros por segundo. Os eventos da deglutição foram registrados três vezes. A imagem cinerradiográfica foi analisada em câmera lenta e pela análise do quadro único com capacidade de reprodução do projetor cineângio (CAP35B, ELK, Japão). Nós estabelecemos as seguintes fases da deglutição: fase 1: a perda de contato do dorso da língua com o plano mole; fase 2: há passagem do bolo alimentar em toda a margem posterior/inferior do ramo da mandíbula; fase 3: há passagem do bolo de cabeça através da abertura do esôfago. Imagens cinerradiográficas foram traçadas em papel vegetal, e as medidas lineares em cada fase. Depois disso, os movimentos dos pontos da língua foram calculados subtraindo os valores do estágio 1 para o estágio 2 e os valores do estágio 2 para o estágio 3. O movimento deglutativo da língua foi altamente variável entre os indivíduos. Os dados foram registrados três vezes para cada tema, em média. Traçados e medições foram feitas pelo investigador I (TF). Radiografias foram traçadas e medidas duas vezes para cada sujeito em 2 ocasiões separadas, pelo menos. Imagens cinerradiográficas também foram traçadas e medidas duas vezes sobre um quadro durante a deglutição em cada indivíduo, em duas ocasiões separadas pelo menos, com um mês de intervalo. O erro de método foi determinado pela fórmula de Dahlberg, MEV2. d=~/2n, onde n é o número de indivíduos e d é a diferença entre as medições de um par. O erro do método não excedeu 0,6 mm e 0,4° em telerradiografias e 0,012 em cinerradiografias. Os dados em telerradiografias e cinerradiografia foram comparados entre os pacientes com mordida aberta anterior e usando um teste U Mann Whitney. A relação entre cada valor obtido pela radiografia cefalométrica e cinerradiografia foi avaliada por análise de correlação simples entre os pacientes e os controles. Para a análise de correlação simples, um valor P de 0,005 ou menos foi considerado estatisticamente significativo. Os pacientes com mordida aberta anterior apresentaram maiores ângulos do plano mandibular, ângulo goníaco e 19 altura inferior da face do que os de controle, indicando mordidas abertas esqueléticas. Estes pacientes tiveram correlações entre o movimento do dorso da língua durante a deglutição e a inclinação do plano mandibular. Straub informou que o movimento anormal da língua durante a deglutição pode causar mordida aberta anterior com um grande ângulo do plano mandibular durante o crescimento da mandíbula. Concluíram que este estudo mostrou que os pacientes tiveram correlações significativas entre o ângulo do plano mandibular, altura do ramo da dimensão da mandíbula, ou ântero-posterior do maxilar e movimento da parte anterior do dorso da língua durante a deglutição. Houve também correlações significativas entre o ângulo do plano mandibular, ângulo goníaco, ou a altura do ramo da mandíbula e a mudança no contato entre a língua e o palato durante a deglutição. O estudo sugere, assim, que os movimentos deglutativos da língua em pacientes com mordida aberta anterior estão estreitamente relacionados com as suas características morfológicas. Espeland et al (2008) estudaram a estabilidade de três anos da correção da mordida aberta por uma peça de reconstrução da maxila por osteotomia. A amostra foi composta por 40 pacientes (16 do gênero masculino e 24 do gênero feminino), que tinham uma peça de osteotomia Le Fort I como o único procedimento cirúrgico para corrigir a mordida aberta. Todos os pacientes foram atendidos, durante um período de 3 anos. Os registros foram coletados uma semana antes da cirurgia (T1), dentro de 1 semana após a cirurgia (T2), e em 4 revisões de acompanhamento: 2 meses (T3), seis meses (T4), um ano (T5), e 3 anos (T6). A cirurgia foi realizada após o crescimento ter sido declinado aos níveis de adultos. A idade na cirurgia variou entre 16,2 a 52,2 anos (média de 25,8, DP, 9,5 anos). Todos os pacientes foram submetidos a um curso de tratamento ortodôntico fixo pré-operatório e pósoperatório. Informações detalhadas sobre pré-operatório e pós-cirúrgico do tratamento ortodôntico não foi coletado para amostra. No entanto, no seguimento pós-operatório, todos os pacientes tiveram aparelhos ortodônticos em dois meses após a cirurgia, e 15 em três indivíduos tiveram aparelhos entre 6 e 12 meses depois da cirurgia, respectivamente. Isso indica que a duração do tratamento no pósoperatório foi comparável a média de 5,9 meses em um estudo anterior de pacientes acompanhados pela mesma equipe. Para todos os pacientes no estudo, um padrão de osteotomia Le Fort I foi realizado. Uma equipe de cinco cirurgiões estavam 20 envolvidos nas cirurgias. Marcas de referência foram feitas sobre os aspectos laterais da maxila antes que os cortes cirúrgicos fossem feitos. Após a mobilização, a maxila foi deslocada para sua posição planejada, utilizando marcas de referência e oclusão do paciente como guia. As arcadas superior e inferior foram ligadas entre si temporariamente para facilitar a fixação da lâmina. A fixação foi conseguida através de quatro mini lâminas em forma de L, 2 em cada lateral da maxila. O sistema de galvanização (Leibinger CMF Modular Wurzburg Stryker, Freiburg, Alemanha), consistiu de 1,0 mm de placas, e 4 parafusos (diâmetro, 2,0 mm) e foram utilizados para cada placa, dois acima e dois abaixo do corte cirúrgico. Após a fixação, a colocação de fios entre arcos foi realizada e a oclusão e a posição dos côndilos foram verificadas. Elásticos leves maxilomandibular no pós-operatório entre arcos são usados somente se forem indicados para facilitar o ajustamento oclusal. O cefalostato foi o mesmo para todas as radiografias, e as telerradiografias foram tomadas em uma posição padrão, com os dentes em oclusão. Nenhum ajuste foi feito para ampliação (5,6%). A radiografia de 2 meses estava faltando para 3 pacientes, seis meses para um paciente, e um ano para um paciente. Todas as telerradiografias foram traçadas pelo mesmo examinador (P.A.D.) em papel de acetato. Os traçados foram escaneados e digitalizados usando o Quick Ceph Imagem 2000, pacote de software. Uma análise personalizada foi utilizada, e os marcos foram digitalizadas em sequência. A linha de referência horizontal (eixo-x) foi construída através da sela turca, 7° volta da linha de násio sela. Esta linha é uma aproximação do plano horizontal Frankfurt. O eixo y perpendicular ao eixo x passou por sela turca. Com a radiografia pré-operatória, um modelo da maxila foi construído usando os contornos ósseos do palato, que foi usado sobreposto em radiografias posteriores para identificar os marcos maxilares. Alterações pós-cirúrgicas da espinha nasal anterior (ANS) são comumente vistas com osteotomias Le Fort I. A superposição de radiografias sequenciais foi realizada usando a base das estruturas cranianas, incluindo a lâmina cribiforme e a parede da sela túrcica anterior. Apreciação de movimentos cirúrgicos verticais esqueléticos e a recidiva foram restritos a três marcos: ANS, representando a maxila anterior; espinha nasal posterior (PNS), representando a maxila posterior; e Menton (Me), representando o queixo. Além disso, alterações verticais dos incisivos superiores e inferiores foram medidas em incisão Superius (Is) e incisão Inferius (Ii), respectivamente (Fig. 1). A reprodutibilidade dos pontos cefalométricos e medidas foram previamente 21 analisados por um grupo de pacientes submetidos à cirurgia Le Fort I. As variâncias dos erros de cálculo expressas por Dahlberg variaram de 0,03 mm (transpasse horizontal) para 1,03 mm (PG eixo y) para as variáveis utilizadas neste estudo. Os coeficientes de confiabilidade foram entre 97,8 (ANS para eixo-x) e 99,8 (Me eixo-x, é a do eixo x, transpasse horizontal). Quando erro sistemático foi avaliado através de testes T pareado, 3 variáveis apresentaram diferenças ao nível de 5% do padrão de significância (PG eixo-y, MIJNSL, li a do eixo-y). E concluiu-se com esse estudo que: 1-não foi usada fixação maxilomandibular no pós-operatório. 2-movimento superior da maxila posterior de 2 mm ou recidiva maior em cerca de um terço. 3movimento inferior da maxila anterior de 2 mm ou recidiva maior em cerca de dois terços. 4-a maioria das recidivas ocorreram durante os primeiros seis meses após a cirurgia. 5-recidiva esquelética foi neutralizada pela compensação dentoalveolar, o que contribuiu para aproximadamente 50% da correção da sobremordida. Kuroda et al (2007) avaliaram o tratamento de mordida aberta grave com ancoragem esquelética em adultos: comparação com os resultados da cirurgia ortognática. Os pacientes foram 23 não crescentes (as idades, 16-46 anos, média de 21,6 anos DP 7,3 anos) com mordida aberta anterior maior de 3,0 mm (média 5,2 mm; SD 2,3 mm) com Classe I esquelética ou classe II. (ângulo ANB > 1,5°) baseado nas relações da mandíbula. Dez pacientes do gênero feminino foram tratados ortodonticamente com impactação de molar usando ancoragem esquelética. Um paciente teve uma desordem têmporo-mandibular antes do tratamento. A média de sobre-mordida em pré-tratamento foi de 5,2mm e o ângulo do plano mandibular foi de 38,8°. As mini-placas (SAS sistema; Dentsply-Sankin, Tóquio, Japão) ou os mini-implante de titânio (mini-implante de titânio (parafuso de fixação inter-maxilar, Keisei Medical Industrial, Tóquio, Japão; com diâmetro de 2,3 mm; e comprimento de 11 mm), foram colocados sob anestesia local. A carga foi aplicada por cadeia elástica ortodôntica, estimada em 150 g, com início em 4 semanas após a cirurgia de fixação. Em todos os pacientes com ancoragem esquelética, um aparelho em arco trans-palatal ou um aparelho lingual foi colocado entre os primeiros molares para compensar o torque da coroa bucal, que seria causado pala força de intrusão. Treze pacientes (4 indivíduos do gênero masculino e 9 do gênero feminino) foram tratados com um procedimento cirúrgico-ortodôntico. A média de sobremordida em pré-tratamento foi - 5,1 mm, e o ângulo do plano 22 mandibular foi de 39,5°(SD 6,4°). Cirurgia ortognática foi realizada sob anestesia geral no mesmo Hospital. Todos os pacientes cirúrgicos tinham osteotomia Le Fort I para a maxila; nove deles tinham ramos intra-oral verticais de osteotomia (IVRO) e 5 tinham osteotomia do ramo sagital (SSRO) para a mandíbula. A duração média de internação foi de 2 semanas. Telerradiografias laterais no pré-tratamento e póstratamento foram utilizadas para analisa cefalométrica. Oito medidas angulares e doze medidas lineares foram feitas para avaliar as alterações esqueléticas e dentárias , antes e após o tratamento ortodôntico. Com isso, concluiu-se que o tratamento ortodôntico pode ser combinado com qualquer ancoragem esquelética ou cirurgia ortognática para conseguir resultados aceitáveis, aumentando a mordida aberta e reduzindo a altura facial total em pacientes com mordida aberta grave. No entanto, a intrusão de molar com ancoragem esquelética não exige alongamento incisal para aumentar a sobre-mordida e reduzir a altura facial inferior por rotação anti-horária da mandíbula. Portanto, sugerimos que o tratamento ortodôntico com ancoragem esquelética é mais simples e útil do que com a cirurgia ortognática no tratamento da mordida aberta grave. 23 Fig. 1. A, Implante usado como ancoragem ortodôntica; B, Ilustração esquemática da intrusão de molar Fonte: Kuroda et al (2007) Baek et al (2010) estudaram a estabilidade a longo prazo da mordida aberta anterior por intrusão de dentes posteriores superiores. Pacientes que foram tratados com mini-implantes nos dentes posteriores superiores e acompanhados por pelo menos três anos. Foram selecionados de acordo com os seguintes critérios: 1- com diagnóstico de mordida aberta incisiva < que – 1 mm, 2- ângulo SN-MP > que 40°, e 3- Classe I ou classe II esquelética ântero-posterior discrepante. Nove pacientes (um do gênero masculino e oito do gênero feminino) reuniram estes critérios e foram incluídos nesse estudo. Três desses pacientes apresentavam extração de pré-molar. A idade média no início do tratamento foi de 23,7 anos e o tempo médio de tratamento foi de 28,8 meses. O período médio durante o qual os mini-implantes foram fixados foi de 5,4 meses, e o período médio de retenção foi de 41 meses. Todos os pacientes receberam retentores linguais fixos; nos pacientes de extração foi fixado entre os pré-molares e os pacientes sem extração, entre os caninos. Além disso, eles também receberam os retentores circunferenciais usuais de retenção. Os retentores foram aplicados em ambos, maxila e mandíbula o dia todo durante os primeiros seis meses após o tratamento e só noite depois disso. Dois métodos foram usados para intrusão dos molares maxilares. O primeiro método foi mini-implante colocados nas laterais vestibular e palatina, entre as raízes do segundo pré-molar superior e primeiro molar, e entre as raízes dos primeiros molares superiores e segundo. Depois de um período de 1-2 semanas, uma força intrusiva foi aplicada diretamente sobre os molares com elásticos em cadeia. O segundo método foi a colocação de mini-implantes vestibular lateral, entre as raízes do segundo pré-molar superior e primeiro molar, e entre as raízes dos primeiros molares superiores e segundo. Arcos rígidos transpalatais foram colocados antes de aplicar uma força intrusiva, para evitar tombamento bucal dos dentes. Cefalometrias laterais foram realizadas e armazenadas em imagem digital. Radiografias cefalométricas foram tomadas na avaliação inicial (T1), após o tratamento (T2), um ano após o tratamento (T3), e três anos após o tratamento (T4). Foi concluído com esse estudo que 1esqueleticamente, rotação anti-horária da mandíbula após o tratamento, e por sua 24 vez, tendência a melhora esquelética da má oclusão de classe II para I. 2-mais de 80% de recidiva dos primeiros molares superiores ocorreram durante o primeiro ano de retenção. 3-uma quantidade significativa de recaída da mordida aberta ocorreu no final do primeiro ano de retenção, mas não entre o final do primeiro ano e o terceiro ano, 4- não houve correlação entre a quantidade de mordida aberta, ângulo do plano mandibular, ou altura facial anterior e recaída da sobre mordida póstratamento. No entanto, houve uma correlação significativa entre a quantidade de correção da sobre mordida alcançada pelo tratamento e da extensão de recidiva. Fig. 1- Biomecânica para intrusão de molar maxilar usando mini-implantes. Os parafusos são colocados tanto na palatina quanto no lado vestibular. A, Vista bucal. B, Vista palatina. C, Vista transversal. Fonte: Baek et al (2010) Smithpeter & Covell (2010) estudaram a recidiva da mordida aberta tratada com aparelhos ortodônticos com e sem terapia mio-funcional orofacial (OMT). Todos os indivíduos desse estudo foram encaminhados por ortodontistas para um 25 tratamento OMT particular por causa da mordida aberta anterior (classe I ou classe II). A mordida aberta foi medida até o número inteiro mais próximo com uma discrepância vertical entre as bordas incisais dos incisivos centrais inferiores e da superfície lingual dos incisivos superiores. O grupo experimental de pacientes com tratamento ortodôntico e OMT foi comparado com o grupo controle, que receberam apenas tratamento ortodôntico. O grupo consistiu de 49 pacientes encaminhados por 28 tratamentos ortodônticos para uma terapia mio-funcional orofacial (OMT), após recidiva. Eles incluíram 15 do gênero masculino e 34 do gênero feminino, com idade média de 17 anos e 8 meses (SD, 7 anos 9 meses, variando de 10-41 anos) no exame OMT. Na demanda, 44(90%) dos indivíduos do grupo de controle foram relatados por seus ortodontistas ter fechado a mordida aberta; 3 indivíduos permaneceram abertos 0,5-2,0 mm (média de 1,2 mm), e 2 indivíduos não foram fechados, mas a quantidade de mordida aberta no momento do relato não foi registrado. Oitenta e quatro por cento dos indivíduos ou suas famílias ficou notada a abertura de suas mordidas dentro de 2 anos após demanda, embora apenas 58% foram medidos profissionalmente dentro de 2 anos. O tempo entre o tratamento ortodôntico ativo e o exame OMT variou de 2 meses para 23 anos (média de 3 anos 11 meses; SD 5 anos 11 meses) A distribuição das quantidades de recidiva em indivíduos do grupo de controle foi relativamente simétrico em comparação com os indivíduos experimentais. Quarenta e cinco dos quarenta e nove pacientes do grupo de controle não foram vistos novamente na prática OMT, mas quatro pacientes optaram por receber re-tratamento OMT e ortodôntico e também passou a fazer parte da corte experimental. O grupo experimental composto por 27 indivíduos que haviam sido encaminhados para a OMT, de vinte práticas ortodônticas, antes ou durante o tratamento ortodôntico. Eles incluíram 5 do gênero masculino e 22 do gênero feminino com idade média de 14 anos e 1 mês, quando o OMT foi concluído entre 1981 e 2003. Quatro indivíduos tiveram uma recidiva após o tratamento ortodôntico ativo e 23 indivíduos sem história prévia de tratamento ortodôntico fixo. Os pacientes foram tratados por miologistas orofacial em uma prática, que utilizou uma abordagem padronizada conforme as instruções do primeiro autor. Eles foram reavaliados 5 meses a 20 anos após o tratamento ortodôntico. Suas idades no seguimento para o grupo experimental foram de 14 a 39 anos; (¨% dos pacientes foram medidos com tempo mínimo de dois anos após sua visita para OMT). Medições da sobremordida foram feitas por qualquer terapeuta de OMT ou 26 ortodontista. Todos os exames iniciais e finais incluíram uma revisão do histórico médico e odontológico, medição da quantidade de mordida aberta, a obtenção de fotografias intra-orais frontal, orais e documentação de características fisiológicas, incluindo a postura habitual dos lábios (aberto ou fechado), os padrões de engolir da língua (protrusão ou palatal), postura lingual em repouso (baixa direta ou palatal), hábitos orais (sucção digital lamber ou morder os lábios ou nenhum deles), e erros de articulação da fala. Recitação do alfabeto e da fala coloquial foram analisados quanto à precisão da língua e os movimentos dos lábios e produção de som. Cada item nas avaliações teve um valor numérico de 0 a 4; e a soma categorizada de acordo com os temas leve, disfunção moderada, grave ou profunda. Para o grupo experimental, o regime de tratamento OMT foi envolvido seletivamente pela prescrição de exercícios (49 opções de exercício) para a normalização dos músculos orofaciais para descanso, engolir comer, beber e falar. Exercícios, semelhante ao programa de reparação de Weiss & Houten van, foram impressos e em vídeo para prática em casa. O número de exercícios OMT e sessões para cada paciente foi determinada pela gravidade dos erros da fala, hábitos orais, condições médicas e paciente de motivação e resposta aos exercícios. Em cada visita, o terapeuta miofuncional orofacial avalia a adesão do paciente e motivação na sessão final de OMT. Quantidades de recidiva foram quantificadas clinicamente e as médias comparadas entre os grupos. Para analisar se houve qualquer viés sistemática entre as 2 medições feitas por profissionais terapeutas mio-funcionais orofacial VS ortodontistas. Medições da sobre-mordida dos indivíduos experimentais foram comparados com as suas medidas originais e com os grupos de controle. Na corte experimental, as diferenças de redução da mordida aberta dos pacientes que anteriormente não tinham recebido tratamento ortodôntico foram comparadas com indivíduos que tiveram tratamento ortodôntico. Com base no modelo de Kim et al, ficou sugerido que a idade pode ser um fator, os indivíduos que tinham menos de 16 anos após OMT foram comparados com indivíduos mais velhos. Diferenças de mordida aberta e redução de recidivas, também foram comparadas entre gêneros. Correlações foram feitas entre o número de sessões de OMT e mordida aberta inicial, hábitos orais, os erros da fala e da recidiva. Concluiu-se que o tratamento ortodôntico eficaz no fechamento e manutenção da mordida aberta dental na maloclusão de classe I e classe II, o IR reduziu drasticamente a recorrência de mordida aberta em pacientes que tiveram frente a postura de língua e impulso de 27 língua. A correção baixa de postura de língua e a pressão da língua na engolida minimizou o risco de recidiva ortodôntica. Erros de fala e hábitos orais foram associados com recaída, mas muitas vezes eram corrigíveis com a OMT. Erros de fala da retenção não exclui necessariamente a correção da postura de língua em descaso nas engolidas, além da mordida dental aberta anterior, comum denominador em ambos os grupos ao exame inicial de OMT foram para o repouso da postura da língua e o impulso da língua ao engolir e os denominadores comuns só nas disciplinas experimentais estáveis foram a postura palatal e ao engolir da língua. Aynur Aras (2002) fez um estudo prospecto utilizando as radiografias cefalométricas laterais do pré e pós-tratamento de 32 pacientes com mordida aberta esquelética. Em todos pacientes, o tratamento ortodôntico com extração foi realizado. Os pacientes foram agrupados de acordo com os procedimentos de extração. Quinze indivíduos (6 do gênero masculino e 9 do gênero feminino) que apresentavam mordida aberta, com o envolvimento dos dentes anteriores, se submeteram apenas ao tratamento com extração dos quatro primeiros pré-molares (Grupo E4). Os 17 pacientes remanescentes apresentavam um MAA estendendo-se até os segundos pré-molares ou primeiros molares. Nove (3 do gênero masculino e 6 do gênero feminino) dos 17 pacientes foram tratados com a extração dos quatro segundos pré-molares (Grupo E5) e oito indivíduos (3 do gênero masculino e 5 do gênero feminino) com extração dos primeiros molares (Grupo E6). Ao se formar os grupos E5 e E6 tomou-se cuidado no sentido de garantir que os primeiros molares fossem saudáveis. Consequentemente, no Grupo 6, a presença de cárie profunda ou restauração no mínimo em um dente, ou hipoplasia do esmalte, ditaram a opção pela extração dos quatro primeiros molares. A idade do pré-tratamento foi de 14.85 +/- 1.05 anos para o Grupo E4, 15.04 +/- 1.20 para o E5 e 14.61 +/- 0.87 para o E6. De acordo com as radiografias de mão e punho, os pacientes estavam em estágios de desenvolvimento entre MP3-H (o início da fusão da epífise e metáfise da falange média do terceiro dedo) e R-IJ (fusão da epífise distal e metáfise, ou rádio estava praticamente completo); isto é, tratava-se do período de desaceleração do surto do crescimento puberal ou quase final do mesmo. Em todos os grupos, outro critério de seleção foi o uso do maior espaço de extração para a movimentação dos dentes posteriores para frente. Todos os pacientes apresentavam um transpasse horizontal 28 de 0-5 m, apinhamento de leve a moderado e uma relação molar Classe I ou Classe II. Nenhum aparelho extrabucal foi utilizado. Todos os pacientes se submeteram ao tratamento ortodôntico rotineiro com aparelhos straight-wire realizado pelo mesmo ortodontista. Os espaços das extrações foram fechados com molas no arco contínuo, e a aplicação de elásticos inter-maxilares Classe II e Classe III foi evitada. Uma dobra “gable” de 30 graus foi posicionada no arco imediatamente distal ao dente em frente ao espaço de extração, e ajustado quando necessário para manter a translação durante o fechamento do espaço. Todas as radiografias cefalométricas foram tomadas no mesmo cefalostato. As estruturas que surgiram como imagens bilaterais foram identificadas dividindo-se os esboços das imagens. Duas mensurações cefalométricas angulares, oito lineares, e uma proporção foram selecionadas para avaliar as alterações verticais. As mensurações angulares e lineares foram calculadas o mais próximo de 0.5 mm e 0.5 graus nas radiografias cefalométricas. Janson et al (2003) estudaram a estabilidade do tratamento sem extração em dentição permanente na mordida anterior. O grupo experimental formado para este estudo foi de 21 indivíduos (16 do gênero feminino e 5 do gênero masculino) com idade média no pré-tratamento de 12,4 anos (variando de 10,8 – 16,3). O principal critério de seleção para esse grupo foi uma mordida aberta anterior pelo menos 1 mm. Critérios adicionais foram que todos os dentes superiores e inferiores até os segundos molares e sem extrações, um aparelho de arco retangular combinado com elásticos verticais. Dois grupos de controle foram usados. Para o grupo de controle 1, os dados de 18 indivíduos do gênero feminino com idade média de 18 anos com oclusões ao acaso e sem tratamento ortodôntico prévio, só foram utilizados para caracterizar o grupo experimental na fase de pré-tratamento. O grupo de controle 2, com 21 indivíduos (9 do gênero masculino e 12 do gênero feminino) com oclusão normal e idade média inicial de 14,6 anos (comparado com o grupo experimental na fase pós-tratamento). Esses grupos foram selecionados a partir da amostra do estudo longitudinal de crescimento do departamento de ortodontia. O tratamento foi realizado com a técnica de arco retangular padrão, que é caracterizada com uso de 0.022” x 0.028” com braquetes convencionais. Para nivelamento e alinhamento na sequência habitual começa com o fio de 0.015” – torção flexível ou 0.016” em fio de níquel-titânio seguido de 0.016, 0.018” e 0.020” (Fio de aço inoxidável) detalhamento 29 da posição dos dentes e do fio de procedimento de acabamento realizado por 0.019” x 0.025” ou 0.021” x 0.025” em fios retangulares e 0.018” em volta dos fios respectivamente. Elásticos inter-maxilares (3/16) foram usados para fechar a mordida anterior durante uma média de 4,4 meses (intervalo de 15 dias a um ano SD= 3,5 meses). Não foram utilizados auxiliares para controlar a dimensão vertical. Treze pacientes foram submetidos à expansão maxilar com aparelhos HYRAX ou HAAS para corrigir a mordida cruzada posterior. Após o período de tratamento ativo, um retentor de HAWLEY foi utilizado no arco superior e um ligamento de 3x3 de contenção no arco inferior TMF foi recomendado para corrigir a postura da língua e da função. Os períodos médios foram de 2,4 anos entre o pré-tratamento e (T1) e imediatamente após o tratamento (T2) 5 anos entre (T2) e segmentos (T3). Telerradiografias laterais do grupo experimental foram obtidas de cada indivíduo em T1, T2 e T3, após um período médio de cinco anos. A reabsorção radicular é geralmente uma preocupação quando mal oclusões são tratadas. A avaliação complementar de reabsorção radicular foi conduzida para estudar os efeitos sobre as raízes na mecanoterapia usada, morfologia das raízes dos incisivos superiores, centrais e laterais foi avaliada antes e após o tratamento de acordo com o método de Levander e Malmgren em radiografias periapicais. Vinte radiografias selecionadas aleatoriamente foram traçadas, redigitalizadas e reavaliadas pelo examinador Sarne. Coeficientes de correlação de Pearson foram calculados para determinar as relações entre as alterações, no período pós-contenção: gravidade inicial da mordida aberta, a quantidade de correção obtida com o tratamento ortodôntico e as mudanças pós-contenção em todas as variáveis. Os resultados foram considerados significativos para P < 0,05. Uma recidiva clinicamente significativa da mordida aberta anterior foi definida como uma sobremordida negativa entre os incisivos superiores e inferiores em T3. Portanto, para estabelecer um parâmetro clínico quanto a probabilidade de estabilidade da mordida aberta, o percentual de pacientes com e sem recidivas clinicamente significativas foram calculadas a partir do número total de pacientes estudados. Concluíram com base nos resultados desse estudo e de acordo coma metodologia utilizada para avaliar a estabilidade do tratamento da mordida aberta sem extração na dentição permanente, uma média de cinco anos após o tratamento pode concluir o seguinte: 1- uma redução estatisticamente significante do transpasse foi obtida com o tratamento. 2-os principais fatores que contribuem para a diminuição da 30 sobremordida anterior foram o menos desenvolvimento vertical dos incisivos superiores e inferiores quando comparado com o grupo de controle e o desenvolvimento vertical dos dentes posteriores da mandíbula durante o período pós-contenção. 3- nenhuma correlação foi encontrada entre a diminuição da sobremordida anterior, no período pós-contenção e da gravidade da mordida aberta inicial ou a quantidade de correção da mordida aberta. 4- houve estabilidade clinicamente significativa do tratamento da mordida aberta sem extração na dentição permanente em 61,9% dos pacientes. Carano et al (2005) fizeram um estudo, para o tratamento da mordida aberta esquelética com um aparelho para intrusão de molar, com pacientes não colaboradores. Usaram para esse estudo o aparelho RMI (ilustrado na figura I). Esse aparelho possui dois elásticos que são presos por pinos em forma de L nos primeiros molares superiores, a reta final prende no tubo molar, e o ponto final angulado no tubo mandibular. Quando o paciente fecha a boca, os módulos são flexionados e emprega uma força intrusiva imediata de 800g de cada lado. Este nível de força decai para 450g no final da primeira semana e 250g no final da segunda semana. Por esse motivo, a força intrusiva em um dos lados do lábio dos molares, gera momentos de crescimento bucal, e o aparelho RMI é sempre colocado com arcos em brasagem lingual. Nossa amostra foi composta por 19 pacientes (11 na dentição mista; 7 indivíduos do gênero feminino, 4 do gênero masculino; idade média de 11,9 anos, SD 1,8 anos; e 8 na dentição permanente; 5 mulheres e 3 homens; média de idade de 19,9 anos, SD 3,9 anos), foram tratados consecutivamente com RMI. Nos pacientes em crescimento, o RMI foi combinado com a estabilização de arcos em brasagem maxilar e mandibular; em oito dos onze pacientes em crescimento, um aparelho spring-jet, que foi usado para expandir a unidade maxilar com uma força constante de 470g. Em nove dos onze pacientes em crescimento, os dentes decíduos interferiram nos objetivos do tratamento. Enquanto os primeiros molares permanentes, maxilar e mandibular foram intruídos, os molares decíduos foram mantidos em suas posições e, quando eles entraram em contato com seu antagonista, não permitiram que a mandíbula fechasse. Porque a rapidez da intrusão de molares durante a ativação do RMI não poderia ter sido equilibrada pela redução de esmalte, os dentes foram extraídos. O único objetivo para a extração dos dentes decíduos foi para eliminar interferências oclusais. Todos os 31 pacientes foram tratados com o RMI combinado com a estabilização de arcos em brasagem maxilar e, mandibular, sem o uso dos elásticos anteriores verticais. Em seis dos oito adultos, o RMI combinado com palato e com arco de brasagem lingual foi colocado e fixado com aparelhos e multbrackets, incluindo os molares da maxila. A variação em procedimentos clínicos foi necessária porque em alguns pacientes, o primeiro e o segundo molares foram o único contato com os dentes, e, portanto, o RMI teria diretamente redução previa da altura vertical por consolidar o primeiro e segundo molar com fios de formato retangular e simplesmente intruir dentes simultaneamente. A correção ortodôntica e ortopédica foi completamente usada de quatro a cinco meses de tratamento com o RMI; nesse momento, os módulos foram removidos e os arcos, palatal e lingual, mantidos por retenção de propósito. Nos outros pacientes, quando o pré-molar fica também em contato e a mordida aberta anterior foi nos primeiros pré-molares, a preparação preliminar de ambos os arcos foi necessária antes de colocar o RMI (semelhante à preparação de um paciente para cirurgia). Em cinco pacientes, a intrusão foi obtida simultaneamente para o primeiro e segundo molar (consolidada com fios retangulares) em ambos os arcos com aplicação da força só em primeiro molares (os terceiros molares foram extraídos). Em três pacientes, os segundos molares superiores e os terceiros molares inferiores foram extraídos e, RMI, foi instalado nos primeiros molares superiores para os primeiros molares inferiores, que foi consolidado como segundo molar. A extração do segundo molar superior foi considerada apenas quando os terceiros molares fossem bem desenvolvidos e houvesse uma má oclusão de Classe II a ser corrigida. No caso das extrações do segundo molar superior, teve dois efeitos benéficos: redução do número de dentes para ser intruído e facilitação à retração do arco superior em correções graves de Classe II. Conclui-se que, experiências clínicas iniciais com o dispositivo RMI são promissores, mas, um projeto mais estruturado de investigação é necessário para demonstrar a estabilidade dos resultados a longo prazo. Este dispositivo de intrusão molar abre novos horizontes no excesso de tratamento vertical. Um estudo futuro com investigações acompanhadas contribuirá com valiosas informações sobre estabilidade. 32 Fig 1. O aparelho RMI tem 2 elásticos. Suas extremidades são fixas nos tubos extra-orais dos primeiros molares superiores e inferiores com L-shaped pinos. Fonte: Carano et al (2005) Cozza et al (2007) avaliaram dois protocolos de tratamento precoce para má oclusões de mordidas abertas. Usaram para tal estudo com as seguintes características: (1) mordida aberta esquelética como derivados da análise cefalométrica antes do tratamento (T1), e o ângulo do plano mandibular em relação à Frankfurt (MPA) de 25° ou superior; (2) sem dentes permanentes extraídos antes ou durante o tratamento; (3) duas telerradiografias consecutivas laterais de boa qualidade com zero marco adequado de visualização e com a rotação mínima ou nenhuma de cabeça foram tomadas em T1 um ano após o tratamento ativo (TI) e (4) estágio de maturidade esquelética pré-púberes tanto em T1 quanto em T2 (de acordo com o método de maturação vertebral cervical). A amostra Q-H/C (quadrihélix/crib) foi composta por 21 pacientes, 15 do gênero feminino e seis do gênero masculino. A idade média de T1 foi de 8,4 +/– 1,6 anos, e a duração média do intervalo de tratamento foi de 26 +/– 9 meses. A amostra inclui nove indivíduos com oclusão classe I, 11 indivíduos com má oclusão de classe II, e um indivíduo com má oclusão classe III. A amostra para Bionator (OBB) consistiu de 20 indivíduos, nove do gênero feminino e 11 do gênero masculino. As idades médias foram de 8.3 anos +/– 10 meses em T1 e 10,8 anos +/-1,5 anos em T2. A duração média da observação foi de 2,5 +/– 1,2 anos. A amostra incluiu cinco indivíduos com oclusão classe I, 14 indivíduos classe II, e um indivíduo com má oclusão classe III. Q-H/C foi utilizado neste estudo e foi feito de aço inoxidável de 0,036 soldado às bandas dos segundos molares decíduos ou nos primeiros malares permanentes. Os braços do aparelho lingual foram estendidos mesialmente aos caninos decíduos ou até mesmo para os incisivos permanentes. As hélices anteriores foram estendidas, o mais à 33 frente possível no palato. Estímulos para a inibição de empuxo da língua foram formados a partir de três segmentos de 0,036 em fio de aço inoxidável soldada à ponte anterior do quadri-helix. Os segmentos de fios foram inclinados à lingual para evitar incidências sobre a mucosa sublingual. A ativação do Q-H/C foi equivalente à largura vestíbulo-lingual de um molar. O aparelho foi usado por uma média de 18 meses. Os pacientes não receberam tratamento ativo até T2O OBB tem blocos posteriores de mordida em acrílico para evitar a extrusão dos dentes posteriores. A parte em acrílico na extensão da parte inferior lingual a região dos incisivos superiores como um escudo lingual, fechando o espaço anterior sem tocar os dentes superiores. Esta parte do aparelho se destina a inibir o movimento da língua. A barra palatina tem a mesma configuração, como o bionator padrão para mover a língua em uma posição mais posterior ou caudal. O arco labial é colocado na altura correta do selamento labial, estimulando assim os lábios para conseguir um selamento competente. As telerradiografias para T1 e T2 foram traçadas a mão por um investigador (LF) e outro investigador (TB) verificou os locais de referência. Quaisquer divergências foram resolvidas por retratar o marco ou estrutura para a satisfação de ambos os observadores. Software cefalométricos foram usados para um regime de digitalização personalizados, que incluiu 78 marcos e 4 marcadores fiduciais. Este programa permitiu análise dos dados cefalométricos e sobreposição dos cefalogramas de série de acordo com as necessidades específicas deste estudo. Os cefalogramas laterais de cada paciente em T1 e T2 foram digitalizados, e 50 variáveis foram geradas para cada filme. O fator de ampliação foi padronizado em 10%. A análise de sobreposição cefalométrica e regional foi realizada em cada cefalograma. As superposições da base do crânio foram realizadas, alinhando a linha násio-básio e o registro no aspecto mais posterior da fissura ptérigomaxilar. Além disso, o contorno posterior do crânio foi utilizado para verificar a sobreposição das estruturas de base do crânio. A partir desta sobreposição, as mudanças nas posições da maxila e da mandíbula foram medidas. Para sobrepor a maxila ao longo do plano palatal, as superfícies superior e inferior do palato duro e as estruturas internas da maxila aos incisivos, foram usados como pontos de referência. A partir desta sobreposição, o movimento dos incisivos superiores e os molares na maxila puderam ser avaliados. A superposição mandibular foi realizada usando o canal mandibular e os germes dentários posteriormente e as estruturas internas da sínfise e do contorno anterior do queixo anteriormente. Esta superposição permitiu a 34 medida do movimento dos dentes. A comparação entre os dois protocolos de tratamento para má oclusões de mordidas abertas mostraram que o tratamento com Q-H/C é mais eficaz do que com OBB para melhoria da mordida aberta, mais em associação com a extrusão e inclinação palatina dos incisivos superiores. Fig 1. O aparelho quadri-hélix com berço para língua. Fig 2. A, Vista oclusal maxilar, com acrílico inter-oclusal. B, Vista mandibular, mostrando alívio na região lingual. Modificado com permissão de MacNamara e Brudon. Fonte: Cozza et al (2007) Deguchi et al (2011) estudaram a comparação de resultados de tratamento ortodôntico em adultos com mordida aberta esqueletal, entre tratamento convencional com arco reto e implantes como ancoragem ortodôntica.Usaram para este estudo 30 pacientes adultos (faixa etária entre 18 a 46 anos) de 2002 a 2005, com mordida aberta anterior de mais de 3,0 mm (variando de - 3,0 a -7,5mm) Foram excluídos os pacientes com menos de 18 anos no início do tratamento, os quais sem registros adequados, foram transferidos de outras clínicas ou aqueles que tiveram o 35 tratamento da fase 1. Pacientes submetidos ao tratamento convencional com arco retangular sem implantes como ancoragem concluíram em 15 mulheres (idade média de 22,9 +/– 4.9 anos; mordida aberta média, -4,6 mm +/– 1,5 mm, variando de -3,0 a -7,5 mm). No grupo A 4 pacientes foram Classe I e 11 foram Classe II. Todos os pacientes foram tratados com extrações dos pré-molares. O grupo A não foi tratado com uma combinação de elásticos anteriores e arcos de acentuada ou as técnicas múltiplas do arco retangular. Alto uso do AEB também foi utilizado em todos os pacientes nesse estudo. Além disso, antes do início do tratamento, todos os pacientes foram avaliados com uma lista de verificação miofuncional, que: 1tamanho das adenóides, 2-a presença de reflexo de vômito, 3-tamanho da língua, 4qualquer anormalidade no freio lingual, 5- a posição da língua em repouso, 6condição do lábio durante o repouso, 7-nenhuma estirpe dos lábios e do queixo, 8se o paciente morde durante a deglutição, 9-o estado do palato (duro ou macio) durante o descanso e a deglutição, 10- atividade do músculo masseter, 11- abertura dos lábios, 12- abertura máxima, 13- presença de respiração pela boca. Os pacientes também responderam um questionário sobre a história de seus hábitos. Outro grupo de 15 pacientes do gênero feminino (idade média de 25,7 +/– 6,4 anos; com mordida aberta média de -4,4 +/- -1,2 mm, variando de – 3,0 a – 7,4 mm) foi tratado com mini-implantes como ancoragem (grupo A1). O grupo A1 também consistiu de 5 pacientes com Classe I e 10 pacientes com Classe II. Todos foram tratados com extração dos pré-molares. No grupo A1 mini-implantes (Absoanchar, Dentos, Taegu, Coréia, diâmetro 1,3 mm, comprimento 6,8 mm; Gebrider Maitin, Alemanha, diâmetro 1,5 mm, comprimento 9,0 mm) foram colocados sob anestesia local, entre o primeiro ou o segundo pré-molar, ou ainda, entre o primeiro e o segundo molar. Os mini-implantes foram colocados de 0 a 4 semanas após a colocação. Antes dos mini-implantes, arcos seccionados de 0,016 x 0,022 em aço inox foram colocados a partir do segundo pré-molar ao segundo molar. Intrusão foi realizada usando uma cadeia de fios ou de ligaduras aos mini-implantes. Teleradiografias foram tomadas antes e depois do tratamento para as avaliações cefalométricas e análise de tecidos moles em ambos os grupos. Todos os traçados cefalométricos e medidas foram feitos pelo mesmo examinador. Todas as medidas cefalométricas foram repetidas após 4 semanas. Conclui-se que: 1- o grupo A não, foi conectado por extrusão dos incisivos e dos molares, resultando em rotação no sentido horário do ângulo do plano mandibular. 2-no grupo A1, os pacientes tinham 36 mordida aberta, rotação anti-horária do ângulo do plano mandibular devido à intrusão dos molares. 3-as análises dos tecidos moles apresentaram alterações mais favoráveis no grupo A1 comparado com o grupo A não. 4-não houve diferenças significativas nos índices oclusais entre os grupos A não e A1, sugerindo que a oclusão ideal pode ser alcançada por ambos os métodos. 5-Após 2 anos de retenção, houve uma tendência recidiva no grupo A1, a partir da perspectiva do esqueleto. 6-do ponto de vista odontológico, no grupo A1 novas abordagens, tais como o uso de retenções oclusais em molares inferiores, sobrecorreção no overjet e o uso de terapia miofuncional, pode ser recomendado para a mordida aberta esquelética em alguns pacientes. Além disso, se mini-implantes foram utilizados na mandíbula, eles podem ser mantidos por mais tempo durante a fase inicial de retenção. Freitas et al (2004) estudaram a estabilidade a longo prazo da mordida aberta anterior com extração em dentição permanente. O grupo experimental consiste de 31 pacientes, sendo 23 do gênero feminino e 8 do gênero masculino, com idade média de 13.22 anos em estágio pré-tratamento. O principal critério de seleção para esse grupo foi uma mordida aberta anterior de no mínimo 1 mm Um critério adicional foi o de que os pacientes tivessem todos os dentes da maxila e da mandíbula com segundos molares e passaram por extração e tratamentos com aparelhos de Edgwise (arco ou fio retangular), associados com elásticos verticais anteriores. Dezesseis pacientes tinham classe I de Angle e dezesseis tinham classe II. Vinte e quatro foram tratados com extração dos 4 primeiros pré-molares, dois foram tratados com extração dos 4 segundos pré-molares, 1 foi tratado com 2 extrações dos segundos pré-molares na maxila e 2 extrações dos primeiros pré-molares na mandíbula e 4 foram tratados com 2 extrações de pré-molar na maxila . Sete passaram por expansão maxilar com aparelhos Hirax ou Hass, para correção de mordida cruzada posterior ou para ajudar a providenciar espaço na arcada superior. Para o primeiro grupo de controle os dados de 15 indivíduos do gênero feminino (idade média de 13 anos) com oclusão ao acaso e sem prévio tratamento ortodôntico, foram utilizados apenas para caracterizar o grupo na fase do prétratamento. O segundo grupo consiste de 21 indivíduos (9 do gênero masculino e 12 do gênero feminino) com oclusão normal e idade média inicial de 14 ,6 anos (comparável com o grupo experimental na fase pós-tratamento). O tratamento foi 37 realizado com a técnica de edgewise com uso de fios de 0,022” x 0,028” associados a braquetes convencionais, com ancoragem extra-oral. Giuntini et al (2008) estudaram as mudanças ósseas associadas com aplicação de aparelho fixo e móvel em pacientes com mordida aberta na dentição mista. Esse estudo utilizou 2 amostras cada uma com 20 indivíduos. O grupo Q-H/C consistiu de 15 meninas e 5 meninos; 9 Classe I de Angle, 10 Classe II e um Classe III. No grupo RP/C, 11meninas e 9 meninos; 10 Classe I, 9 Classe II e 1 Classe III. A idade média de T1 e T2 foi de 8,4 anos e, a duração média do tratamento de 1,5 anos em ambos os grupos. A amostra Q-H/C (quadri-helix/crib) foi obtida a partir de um grupo de pacientes tratados consecutivamente a partir de uma prática ortodôntica, enquanto que a amostra RP/C (placa removível com berço) foi composta por pacientes tratados. Telerradiografias laterais de todos os pacientes analisados independentemente dos resultados do tratamento foram obtidas. Os pacientes (tabela 1) tiveram o seguinte: hábito de sucção do polegar antes do tratamento (T1), mordida aberta dentoesqueletal em T1 (mordida aberta negativa e MPA maior ou igual a 2.25), sem dentes permanentes extraídos antes ou durante o tratamento, 2 cefalogramas laterais consecutivos de boa qualidade foram tirados em T1 e pós-tratamento (T2), e maturidade esquelética pré-pubertal em ambos os grupos ( T1 e T2). A QH/C utilizada nesse estudo, foi feita de aço inoxidável de 0.036 soldado às bandas dos segundos molares decíduos ou primeiros molares permanentes. Os braços do aparelho lingual foram estendidos mesialmente aos caninos decíduos ou até mesmo para os incisivos permanentes. Inibição do empuxo da língua foi formada a partir de três seguimentos de fio aço inoxidável 0.036 soldado a ponte anterior do QH. A ativação do QH foi equivalente a largura vestíbulo lingual de um molar. O aparelho era usado por um período médio de 18 meses e foi reativado uma ou duas vezes durante o tratamento para alcançar a sobrecorreção das relações transversais. A placa removível constituiu de uma placa superior de Schwarz modificada por grampos de Adams nos primeiro molares superiores e fechos de bola entre os primeiros e segundo molares decíduos. Componentes adicionais foram uma linha média para fuso Jack, um berço composto por ganchos modelados com fios de aço inoxidável de 0.036, e um fio labial (em aço inoxidável 0.036) com ganchos distais aos caninos superiores. O parafuso Jack foi ativado uma vez por semana para expansão lenta. O aparelho foi usado 16h por dia por um 38 período médio de 16 meses. Todos os pacientes cumpriram as regras. Os cefalogramas T1 e T2 foram traçados à mão por um investigador VG e verificado para localização marcada de uma segunda (LF). Exame cefalométricos em software (Viewbox, versão 3.0, Software Dhal, Grécia). Foram usados para um regime de digitalização personalizados, que inclui 78 marcos e 4 marcadores fiduciais. Teleradiografias laterais em T1 e T2 foram digitalizadas e 50 variáveis, foram geradas para cada filme. O fator de ampliação dos cefalogramas foi padronizado em 10%. A análise de sobreposição foi realizada em cada cefalograma para investigar mudanças dento-alveolares nas bases ósseas. Concluiu-se que o QH/C e os aparelhos RP/C induziram efeitos dentais favoráveis. No entanto um acordo livre de aparelho, como QH/C produziu alterações esqueléticas verticais mais favoráveis. Fig 1. Q-H/C (O quadri-hélix/berço). Fig 2. RP/C (Placa removível com berço). Fonte: Giuntini et al (2008) Greenlee et al (2011), estudaram a estabilidade do tratamento da maloclusão para mordida aberta anterior. Usaram para este estudo uma busca eletrônica que foi realizada para identificar todos os estudos elegíveis para inclusão na análise de revisão e meta, de acordo com os critérios descritos abaixo. Um bibliotecário de ciências da saúde foi consultado, e amplas buscas eletrônicas PubMed (1949, maio de 2009), ”EMBASE (1988 maio de 2009), e da Biblioteca Cochrane foram realizados para retornar o maior número de acertos. Palavras-chave utilizados são apresentados na tabela 1. Todas as línguas foram revistas e os artigos pertinentes foram traduzidos e analisados. Critérios de inclusão para seleção final foram: 1seres humanos; 2- a estabilidade dos resultados avaliados no seguimento póstratamento maior que 1 ano, 3- sobremordida negativa (OB) ou pré-intervenção de mordida aberta, tal como definido por medidas verticais, e 4- a terapia corretiva para 39 oclusão da mordida aberta ou não descrito adequadamente. Os critérios de exclusão foram: 1- relatos de caso com 5 temas, 2- editoriais ou artigos de opinião ou filosofia, sem novos dados, 3- indivíduos com outras doenças ou anomalias craniofaciais que influenciam potencialmente na estabilidade ou complica o tratamento (síndromes, doenças periodontais, fenda no lábio ou palato, trauma) e 4- medidas mistas da mordida aberta (combinando medidas horizontal e vertical). Todos os artigos que aparecem para atender os critérios de inclusão foram revisados, e as diferenças foram resolvidas por consenso. A pesquisa foi realizada nos jornais mais importantes no campo: Jornal Americano de Ortodontia e Ortopedia Dento facial e Ângulo Ortodontista. A procura da lista de referências também foi realizada em estudos incluídos. Uma pesquisa limitada da literatura (não publicado) foi realizada através da Biblioteca de Washington de teses ortodônticas. Artigos com o mesmo conjunto de dados foram combinados com o mais recente artigo relatado. A última pesquisa foi realizada em abril de 2009. Nenhum estudo com acompanhamento a longo prazo por um controle de grupo foi feito para demonstrar a eficácia da intervenção. Todos os estudos que satisfazem os critérios de inclusão foram, estudos de acompanhamento de uma série de pacientes que receberam uma forma de tratamento (cirúrgica ou não cirúrgica) e portanto, não permitem interferências sobre a eficácia comparativa de alternativa ou comparações com nenhum tratamento. Os tamanhos de amostras foram baixos. A maioria dos estudos não descreve a sua metodologia para assuntos selecionados, e a maioria não tinha endereço certo. A lista de avaliação da qualidade metodológica foi desenvolvida após o estudo de Nguyen, analisando o estudo de sinal, o conteúdo do estudo, análise estatística e conclusões. Cada estudo foi marcado pelos mesmos dois pesquisadores, e as discrepâncias foram resolvidas por discussão e consenso. A pontuação máxima da qualidade possível era 20. Formulários de coleta de dados e planilhas eletrônicas foram utilizados para captação de dados. Houve algumas variações na metodologia utilizada para medir a OB. Dos 16 estudos incluídos, 14 OB medidos em radiografia cefalométricas, seja perpendicular ao plano oclusal (10 estudos) ou a partir de S’ para N (7° para baixo da célula násio) (2 estudos), e ao longo da linha násio-mento (2 estudos). Dois artigos usando medidas diretas sobre gesso ou pacientes para qualificar o OB. Três artigos cirúrgicos não relataram estimados pós-intervenção ou variações de OB. Esses dados foram calculados a partir do estudo de tabelas entre os pontos de mudanças relatadas do tempo e da 40 variância da mudança relatada usada. A pesar da falta de prova ser elevada, o resumo dos dados disponíveis tem uma parcela de valor. Valores médios de OB em cada momento foram agrupados usando um modelo de efeitos aleatórios. Testes de homogeneidade e estatística foram calculados para avaliar a heterogeneidade dos estudos. O modelo de efeitos aleatório, em parte, responsáveis pela heterogeneidade entre os artigos ao estimar a precisão das estimativas de síntese permitindo uma distribuição do parâmetro verdadeiro se estimada entre os estudos, ao invés de assumir apenas um valor de parâmetro verdadeiro; 95% dos valores de C1 foram calculados para indicar a precisão dos meios assim agrupados. Uma análise secundária olhou para o sucesso dicotômico como uma porcentagem de indivíduos estável ao longo do prazo do acompanhamento. As porcentagens de pacientes notificados com sobreposição positiva na maior parte do acompanhamento foram calculadas e conclui-se que não há nenhuma evidência de alto nível controlado para estabilidade e eficácia terapêutica do tratamento da MAA ou para qualquer procedimento cirúrgico ou técnica não cirúrgica. Uma análise de estudos de casos de longa duração, tiveram acompanhamentos de pelo menos 1 ano e indicaram que ambos os tratamentos podem fechar mordidas abertas e estão propensas a alguma recidiva. Estabilidade com qualquer modalidade de tratamento é superior a 75% a suposição que o tratamento não cirúrgico da MAA pode ser infundado, mas estudos superiores controlados devem ser realizados para confirmar essa teoria. Iscan et al (2002) estudaram os efeitos da mentoneira vertical na morfologia mandibular e também nas estruturas dentoalveolar em pacientes com alto ângulo de má oclusão na mordida aberta. A má oclusão da mordida aberta é influenciada por vários fatores etiológicos, afetando o esqueleto craniofacial tanto quanto o dentoalveolar e o tecido mole. Pacientes com mordida aberta possuem características da rotação da mandíbula tanto invertidas como inclinadas, diminuição do crescimento vertical nas estruturas dentoalveolares posteriores, curta altura facial posterior, diminuição da altura facial anterior, rotação inclinada da porção posterior do plano palatal e rotação para cima e para frente da maxila anterior. Os objetos do tratamento de pacientes com mordida aberta esquelética incluem a prevenção e o desenvolvimento das regiões superior e inferior dentoalveolar posterior e o desenvolvimento inclinado da maxila, aumentando o desenvolvimento inclinado da 41 maxila, aumentando o desenvolvimento vertical dos ramos mandibulares e do côndilo e obtendo uma auto-rotação da mandíbula anterior. A mentoneira vertical tem sido usava para obter uma rotação anterior da mandíbula, com o vetor de força resultante passando através da parte anterior do corpo mandibular e 3 cm da parte externa do canto do olho. Foram usados para esse estudo trinta e cinco indivíduos 23 indivíduos do gênero feminino e 12 do gênero masculino, com má oclusão e esqueleto em classe I e II e mordida aberta. Indivíduos com alto potencial de crescimento, tendo ângulos do plano mandibular (SN; GoGN) maior que 38º e ângulo ANB indicando um esqueleto classe I e II foram incluídos. Nenhum indivíduo precisava de cirurgia para desobstrução das vias nasais. O grupo experimental conquista de 12 indivíduos do gênero feminino e 6 do gênero masculino, o grupo controle de 17 (11 do gênero feminino e 6 do gênero masculino) indivíduos com mordida aberta, derivados dos arquivos do nosso departamento, foram combinados com o grupo experimental de acordo com o gênero, o ângulo do plano mandibular, o ângulo ANB e a quantidade de mordida aberta. O pré-tratamento de idades cronológicas foram 8.08 a 11.11 anos e as idades esqueléticas foram de 7.00 a 10.00 anos no grupo experimental. O pré- tratamento de idades cronológicas foi de 8.40 a 11.60 anos no grupo controle. Os significados cronológicos das idades foi de 9.48 anos (SDO.98) no grupo experimental e de 10.88 (SDO.39) no grupo controle, antes do estudo. Os significados das idades esqueléticas foram de 8.43 anos (SDO.94) no grupo experimental e 9.99 anos (SDJ.53) no grupo controle mentoneiras verticais foram vestidas por 16 horas por dia por indivíduos do grupo experimental, com 400g de força aplicada de cada lado; o vetor de força passou através da região anterior e inferior do corpo mandibular e a 3 cm do canto externo do olho. A mentoneira vertical foi usada até que um transpasse vertical fosse obtido, exceto 2 indivíduos, e o tempo do tratamento foi de 6 a 12 messes. Foi estudado o pré-tratamento e o pós-tratamento das radiografias cefalométricas laterais e mãopunho de 18 pacientes tratados com mentoneira vertical. As radiografias cefalométricas laterais e mão-punho de 17 indivíduos controlados, os quais foram acompanhados por 7 a 12 meses, também foram usadas. E concluíram que mordidas abertas esqueléticas e dentais foram corrigidas com sucesso usando a mentoneira vertical. O ângulo do plano mandibular diminuiu significativamente. O ângulo gonial fechou, a inclinação do ângulo ramal diminuiu, e a inclinação do corpo aumentou tudo indicando uma rotação anterior da mandíbula. A rotação anterior da 42 mandíbula ocorreu como resultado da inibição do crescimento mandibular anterior da região dentoalveolar. A erupção do incisivo mandibular teve um papel importante na correção da mordia aberta no grupo com mentoneira vertical. Fig. 2 – Superposição da amostra, mostrando significante mudança. A, Grupo experimental. B, Grupo controle. Fonte: Iscan et al (2002). Janson et al (2006) estudaram a estabilidade do tratamento da mordida aberta anterior com e sem extração. Usaram para esse estudo dois grupos de pacientes de ambos os gêneros. O grupo 1 consistiu de 21 indivíduos (16 do gênero feminino e 5 do gênero masculino), com má oclusão de Classe I e uma média de idade de 12,4 anos do pré-tratamento (T1), tratado com extrações. Treze pacientes fizeram expansão da maxila com aparelhos de Hyrax ou Hass para corrigir mordida cruzada posterior ou para providenciar espaço na arcada maxilar. A média de tratamento foi de 2,4 anos entre T1 e pós-tratamento (T2). O período médio do póstratamento foi de 5,22 anos. O grupo 2 consistiu de 31 pacientes (23 do gênero feminino e 8 do gênero masculino), com média de idade de 13,22 anos para T1 43 tratado com extrações. A média de tratamento foi de 2,46 anos entre T1 e T2. O período médio do pós-tratamento para esse grupo foi de 8,35 anos. Dezesseis pacientes tinham má-oclusão Classe I de Angle e quinze tinham má-oclusão de Classe II. Vinte e quatro foram tratados com extração dos quatro primeiros prémolares, dois foram tratados com extração de quatro segundos pré- molares e um foi tratado com duas extrações de segundos pré-molares superiores e duas extrações dos primeiros pré-molares inferiores e quatro foram tratados com duas extrações de pré-molar superior. Sete fizeram expansão da maxila com aparelhos de Hyrax ou Hass para corrigir mordida posterior ou para corrigir falta de espaço na arcada superior. O critério de seleção para ambos os grupos foi uma mordida aberta de até 1 mm. Um critério adicional incluiu que tanto a maxila quanto a mandíbula tivessem os segundos molares e que fossem tratados com aparelhos de Edgwise, associado com elásticos verticais anteriores. O tratamento foi conduzido com a técnica de Edgwise, caracterizado com o uso de braquetes convencionais 0.022” x 0.028”. A usual sequência de fios iniciou-se com o fio 0.015” twist-flex ou 0.016” de nitinol, seguido por 0.016”, 0.018”, e 0.020”. No grupo 2, a retração anterior foi realizada com fio de 0.019” x 0.025” ou 0.012” x 0.025”, fios retangulares e extra-oral headgear e lip bumper para reforçar ancoragem. Extra-oral foi também usado para correção de classe II ou reforço de ancoragem. Dezenove pacientes usaram puxada alta, dez puxada cervical e dois não usaram nenhum tipo de puxada. Elásticos intermaxilares 3/16 inch foram usados para ajudar a fechar a mordida aberta anterior. Não foram usados auxiliares para controle da dimensão vertical. Depois do tratamento foi usado um Hawley na maxila e uma contenção colada 3x3 na mandíbula. Terapia miofuncional foi recomendada para corrigir função e postura da lingual. Cefalogramas laterais foram obtidos em ambos os grupos em três estágios: T1, T2 e depois por um período médio de 5,22 anos para o grupo 1 e 8,35 anos para o grupo 2. Conclui-se com esse estudo que hipóteses nulas foram rejeitadas porque o tratamento da mordida aberta com extração proporcionou maior estabilidade da correção de mordida do que o tratamento sem extração. No entanto, não houve diferença estatisticamente significativa entre os percentuais de pacientes com recaída clínica significativa entre os grupos. Janson et al (2008) avaliaram o tratamento da mordida aberta anterior com ajuste oclusal. A amostra foi composta por 20 pacientes que apresentavam recidiva 44 da mordida aberta anteriores (-1,06 mm). O ajuste oclusal foi realizado até que uma sobre mordida positiva fosse estabelecida. As alterações cefalométricas foram avaliadas em telerradiografias laterais tiradas antes e após o ajuste oclusal. A análise da oclusão funcional consistiu em avaliar a orientação anterior e canina imediata e o número de dentes em contato antes e após o procedimento. Sensibilidade dentaria foi antes, logo após e 4,61 meses após o ajuste oclusal. As alterações no pré-tratamento e pós-tratamento e o número de dentes em contato foram comparados. Porcentagens de orientação anterior e canina, antes e após o procedimento de ajuste foram comparadas com o teste de McNemar. Para comparar a sensibilidade dentária em vários estágios, o teste não paramétrico de Friedman foi utilizado, seguido pelo teste de Wilcoxon. O ajuste oclusal como uma abordagem para tratar a má oclusão de mordida aberta em certos pacientes produziu as seguintes alterações: 2,38 mm de aumento da sobre mordida, uma redução de 1,29 mm de esmalte dos segundos molares, aumento de pontos de contato em CR, aumento significativo no número de pacientes com guia imediata anterior e canina, e um aumento significativo na sensibilidade dentária imediata após o procedimento após 4,61 meses. Fig. 1- Fotografia intraoral tirada antes do ajuste oclusal mostrando a mordida aberta anterior. Fig. 2- Fotografia intraoral mostrando o ajuste oclusal depois, mostrando a correção da mordida aberta anterior, com overbite positivo. Fonte: Janson (2008) 45 Jensen & Ruf (2010) estudaram a taxa de sucesso do tratamento com cirurgia ortodôntica-ortognática em mordida aberta anterior. Foi usado para esse estudo um total de 41 pacientes com mordida aberta. Vinte e seis pacientes foram excluídos do estudo porque desistiram do tratamento cirúrgico (n=22), síndromes (n=2), e documentação incompleta (n=2). Dos 15 pacientes restantes Classe I (n=1), Classe II (n=9), e Classe III (n=5) tinham mordida aberta (9 do gênero masculino e 6 do gênero feminino) com idade pré-tratamento de 19,9 +/– 4,03 anos (oscilando entre 15 a 28 anos) foram examinados retrospectivamente. Todos os pacientes foram submetidos a tratamento com aparelho fixo e tratamento pré-cirúrgico e póscirúrgico. O sistema usado para todos os pacientes foi um sistema de braquete TipEdge (TP Orthodontics, LaPort, Ind) com um slot 0.22”. Nenhum paciente recebeu terapia miofuncional durante e nem depois do tratamento. Telerradiografias laterais de antes do tratamento (T1), após o tratamento ortodôntico cirúrgico (T2) e contenção, após remoção do aparelho (T3) foram avaliadas. A duração média do período de contenção foi de 18 meses (oscilando entre 10 a 26 meses). Todas as radiografias foram traçadas e avaliadas pelo mesmo investigador (U.J.). Parâmetros de padrão cefalométrico, transpasse horizontal (OJ) e transpasse vertical (OB), foram medidos (Fig. 1). Transpasse vertical (OB) foi classificado como normal (2-3.5 mm), borderline (0-1,5 mm), ou recidiva (< 0 mm), e transpasse horizontal (OJ) como normal (2-3.5 mm) ou de recidiva (>- 4 e 1.5 mm). Além disso, o contato interincisal foi avaliado visualmente. Concluindo-se com isso que o tratamento orto-cirúrgico de pacientes com mordida aberta melhora o transpasse vertical, mas um resultado excelente no tratamento com transpasse horizontal (OJ) normal, sobreposição incisal e contato incisal, foi achado em somente 40% dos pacientes. Portanto, os objetivos do tratamento para os futuros pacientes cirúrgicos de mordida aberta anterior deve ser ajustada em conformidade. Klocke et al (2002) estudaram as mudanças no desenvolvimento crânio-facial em indivíduos com mordida aberta em dentição decídua. Os indivíduos observados neste estudo eram brancos e não tinham recebido tratamento ortodôntico. A seleção das amostras de mordida aberta foi baseada no incisivo decíduo com transpasse lateral negativo. Quando medidos para o plano oclusal na idade de cinco anos. Quatorze indivíduos com transpasse vertical negativo foram escolhidos. A mordida aberta era moderada com uma significância de -0.7 mm (-0.1 a 2.4 mm). Um grupo 46 de controle (n=14) foi escolhido baseado em um traspasse vertical normal nessa idade (significância de transpasse vertical de 1.9 mm; intervalo de 1.5 a 2.3). Todos os indivíduos tinham um transpasse horizontal positivo. Dos quatorze indivíduos com mordida aberta aos cinco anos de idade, três tiveram transpasse vertical negativo aos nove anos, aos doze e somente um ainda tinha mordida aberta. A análise cefalométrica foi baseada nos seguintes pontos de vista (Fig.): borda incisal do incisivo inferior (Is), borda incisal do incisivo inferior (Ii), borda incisal do incisivo inferior decíduo (Iip), ponta da cúspide mesial do primeiro molar superior (Ms), ponta da cúspide mesial do primeiro molar inferior (Mi), ponta da cúspide mesial do segundo molar decíduo superior (Msp), ponta da cúspide mesial do segundo molar decíduo inferior (Mip), ponto A (A), ponto B (B), sela (S), násio (N), pório (Por), orbital (Or), articular (Ar), ponto de interseção do contorno dorsal do côndilo mandibular e o osso temporal, gônio (Go), espinha nasal posterior (PNS), e gnático (Gn). Um plano oclusal (OP) foi definido como uma bissetriz sobreposta as cúspides Ms e Mi posterior e overbite Is-Ii anteriormente. O plano oclusal dos dentes decíduos (OPp) foi construído bisseccionado Msp-Ms, e posteriormente Isp e Iip anteriormente. Todos os pontos de referência na cefalometria foram tratados com um cursor de fio cruzado para marcar os pontos de referência com o sistema Planner Dentofacial. As medidas lineares para avaliar as relações entre incisivos: overbite (distância Isp-Ipi medido paralelo a OPp até idade de 5 anos, distância Is-Ii medido paralelo a OP até a idade de 9 e 12 anos). Medições lineares para avaliar o crescimento vertical: ANS-Me, N-Me, e Ar-Go. Medições angulares para avaliar o aumento do padrão sagital: SNA, SNB e ANB. Medições angulares para avaliar o crescimento vertical: S-N MP (linha sela násio para plano mandibular Go-Me); S-N PP (linha sela násio para plano palatino ANS-PNS); PP-MP (plano palatino ANSPNS para plano mandibular Go-Me); NS-Gn (y-axis); e overbite (ODI) de acordo com Kim (1974): medições calculadas combinadas como a soma dos ângulos entre a linha A até o ponto B e plano mandibular Go-Me, e o ângulo entre plano horizontal Por-Or. Medições angulares para avaliar a morfologia mandibular: Ar-Go-Me (ângulo gonial), Ar-Go-N (ângulo gonial superior), e N-Go-Me (ângulo gonial inferior). A fórmula de Dahlberg (1940) foi usada para calcular o erro do método em 25 radiografias selecionadas ao acaso. O método do erro foi achado para estar 0.49° para medições angulares e 0.45 mm para as medições lineares. Para o overbite e cada variação da cefalometria e cada grupo, recursos e devido padrão foram 47 calculados em idades 5, 9 e 12 anos. A data dos dois grupos em idades diferentes foram comparadas por um Mann-Whitney U teste para amostras independentes (P < .05). A comparação dos dois grupos nas idades de cinco, nove e doze, mostrou diferenças significativas no transpasse vertical em todas as idades. O transpasse vertical no grupo com mordida aberta em dentição decídua aumentou com a idade, mas manteve-se menor do que no grupo controlado. As amostras com mordida aberta na dentição decídua no presente estudo foi caracterizada por um transpasse vertical de ligeiro a moderado. Embora os hábitos não tenham sido observados por causa da pouca idade dos indivíduos, sucção digital e outros hábitos não podem ser excluídos. O presente estudo mostrou um aumento no transpasse no grupo com mordida aberta, resultando em um transpasse vertical positivo aos 12 anos de idade em 13 dos 14 indivíduos analisados. Esses resultados estão de acordo com resultados encontrados por Worms (1971), quem mostrou que as mordidas abertas mais precoces são auto-corrigidas. Na presente amostra, um padrão fundamental de transpasse vertical estava presente no grupo com mordida aberta na dentição decídua que persistir até mesmo ao transpasse vertical que geralmente se autocorrige. Não existe nenhum método aceito para identificar os pacientes com tendência a desenvolver traspasse vertical e concluíram que: 1- 13 dos 14 com mordida aberta na idade de 5 anos foram caracterizados por um transpasse vertical positivo, quando chegaram a idade de 12 anos. No entanto, o transpasse vertical aos 12 anos foi menor quando comparado com o grupo de controle. 2- Antes as características da mordida aberta em dentição decídua, incluíam menores medições para indicador de profundidade do transpasse vertical e para o ângulo ANB. Durante o processo de análise, as amostras de mordida aberta em dentição decídua foram também caracterizadas por menor altura dos ramos Ar-Go. 3- A partir disso, admitese que existe um padrão fundamental esquelético no grupo com mordida aberta em dentição decídua que está presente durante o processo de análise. 48 Fig. Pontos de referência na cefalometria. Fonte: Klocke (2002) Maia et al (2010) estudaram a estabilidade da cirurgia ortodôntica para correção da mordida aberta. A amostra incluiu 39 pacientes (17 do gênero masculino e 22 do gênero feminino), que foram selecionados, retrospectivamente a partir dos arquivos de 4 consultórios ortodônticos privados pertencentes a um ortodontista (FAM). O critério de seleção principal era que os pacientes tivessem uma mordida aberta anterior de pelo menos 1 mm, tratados ortodonticamente e cirurgicamente. Critérios adicionais foram: (1) sem tratamento ortodôntico prévio; (2) sobremordida positiva após o tratamento; (3) aparelhos fixos removidos, pelo menos, um ano após a cirurgia ortognática; (4) protocolos de contenção semelhantes; (5) trauma facial que não poderia ter alterado crescimento das bases apicais; (6) nenhuma deformidade facial devido à patologia bucofacial, síndromes genéticas, ou de outras deformidades congênitas; e (7) tomadas sequenciais telerradiografadas em três etapas: pré-tratamento (T1), pós-tratamento (T2), e a duração de pelo menos dois anos após o tratamento (T3). A discrepância ântero-posterior associado com má oclusão da mordida aberta foi distribuída da seguinte forma: Classe I (n=3), Classe II (n=20) e Classe III (n=16). A cirurgia ortognática foi restrita à maxila em 10 pacientes (6 Classe II, 4 Classe III) com uma peça Le Fort I. O reposicionamento de impactação composta ou apenas com o avanço e a rotação do plano palatino de acordo com a discrepância dento esqueléticas do paciente e o desequilíbrio no perfil. Em 9 pacientes (5 Classe III, 4 Classe II), a intervenção cirúrgica foi limitada a mandíbula. Osteotomia sagital bilateral (BSSO) foi realizada, e reposicionamento mandibular seguido de uma rotação anti-horário com avanço ou recuo, de acordo com a discrepância ântero-posterior. Em 20 pacientes (3 Classe I, 10 Classe II, 7 49 Classe III), uma peça LeFort I combinando osteotomia com BSSO foi usado para fornecer o reposicionamento maxilomandibular da cirurgia planejada. A correção da relação transversal não foi realizada durante a osteotomia Le Fort. A discrepância transversal do maxilar foi corrigida pela expansão rápida da maxila (ERM), antes da osteotomia Le Fort I em 25 pacientes. A fixação cirúrgica de segmentos ósseos foi obtida com ligaduras de fio intra-ósseo (64,1%). Em 14 pacientes (35,9%), a osteotomia foi realizada com fixação interna rígida (RIF), utilizando miniplacas e parafusos na linha da osteotomia. Os pacientes estabilizados com fio intra, tinham fixação intermaxilar com elásticos intermaxilares anexados ao aparelho fixo durante a fase pós-operatória de 8 semanas. O tratamento ortodôntico pré-cirúrgico composto de nivelamento e alinhamento com aparelhos fixos pré-ajustados. Planejamento de tratamento incluiu extrações de pré-molares em 11 pacientes para corrigir apinhamento ou Classe I e Classe III e compensação dentária durante a fase pré-cirúrgica ortodôntica. Todos os pacientes foram tratados pela mesma equipe de profissionais, incluindo dois cirurgiões. A idade média dos pacientes após o tratamento combinado ortodôntico-cirúrgico foi 24,07 anos (variação, 15.3-45.77 anos). O protocolo de contenção incluía apenas uma placa retentora Hawley maxilar durante o ano pós-tratamento em primeiro lugar, e em um retentor mandibular ligados para estabilizar o alinhamento do incisivo inferior, por um período médio de três anos. Como a amostra foi constituída de pacientes com Classe I, Classe II, e má oclusão de Classe III e específicos procedimentos cirúrgicos para corrigir certas discrepâncias ântero-posterior podem influenciar na recidiva, os pacientes com Classe I e Classe II, tornaram-se um sub-grupo (Classe III), e pacientes Classe III formaram outro sub-grupo. A avaliação pré-cirúrgica mostrou que 36 tiveram articulações temporomandibulares assintomáticas, e 3 tiveram alguns sintomas de disfunção temporomandibular (DTM). Um deles tinha Classe III, um tinha Classe II, e um Classe I. Em T2 e T3, as condições pré-cirúrgicas assintomáticos dos pacientes ficaram inalteradas, enquanto os 3 pacientes com sintomas de DTM tiveram alguma melhora. Além disso, nenhum paciente na amostra teve recidiva da mordida aberta devido à reabsorção condilar. O intervalo na continuação do pós-tratamento começou após o tratamento ortodôntico e prorrogado para o último ponto do póstratamento do paciente, que teve um tempo médio de 8,22 anos (intervalo de 2.0118.89 anos). Telerradiografias de cada paciente foram obtidas em T1, T2 e T3. Devido ao longo período de tempo de intervalo, as telerradiografias laterais foram 50 obtidas com várias máquinas de raios-X e diferentes ampliações dos fatores, variando de 7% para 12,6%. Os traçados cefalométricos e identificações de referência foram realizadas por um investigador (FAM) e, em seguida digitalizado com um digitalizador XNT Accugrid (A30TLF modelo, Numonics, Montgomeryville, PA). Estes dados foram analisados com o software Dentofacial Planner (versão 7.02, Dentofacial Planner) que corrigiu os fatores de ampliação. Algumas medidas cefalométricas estão demonstradas na Fig. Vinte e nove das 117 telerradiografias foram selecionadas aleatoriamente, e foram redigitalizadas pelo mesmo examinador. A primeira e segunda medidas cefalométricas foram utilizadas para calcular os erros casuais sistemáticos. Com isso concluiu-se que houve recidiva da mordida aberta estatisticamente significativos a longo prazo no total da amostra e no sub-grupo de Classe I-II. Não foram clinicamente significantes valores de estabilidade na correção da mordida aberta a longo prazo de 64,11%, 47,82% e 87,50% no total da amostra, o sub-grupo de Classe III, respectivamente. Fig. Medições da overbite: a distância entre a borda incisal maxilar e mandibular dos incisivos centrais, perpendiculares plano oclusal funcional. Fonte: Maia (2010) 51 Sherwood et al (2002) estudaram o fechamento da mordida aberta anterior por intrusão de molares com fixação de miniplacas de titânio. Os pacientes selecionados para este estudo foram quatro adultos (2 indivíduos do gênero masculino e 2 do gênero feminino), que tiveram grandes mordidas abertas e sem histórico de hábitos. Eles tinham recusado cirurgia ortognática e elegeram a miniplaca assistida como um tratamento ortodôntico menos invasivo. Uma análise Burstone de radiografia cefalométrica lateral de cada paciente foi determinante para definir se a maxila ou mandíbula teve hiperplasia dentoalveolar vertical posterior associada à mordida aberta anterior. Todos os pacientes demonstraram algum aumento no segmento dentoalveolar vertical, tanto maxilar quanto mandibular. Após a obtenção do consentimento, miniplacas leibinger de titânio (Fig. 1) foram colocados e utilizados como ancoragem ortodôntica para aplicar forças intrusivas para os molares. A colocação das miniplacas de titânio foi feita sob anestesia local. Uma incisão de 2 cm foi feita na região vestibular dos primeiros molares para a adaptação das mini-placas. Um retalho mucoperiosteal de espessura total foi rebatido e o osso foi exposto sobre o arco zigomático na maxila ou no corpo da mandíbula. Uma placa em forma de L, Y ou t foi selecionada e contornada à superfície do osso. Miniplaca de tamanho e forma foram baseados no comprimento das raízes adjacentes molares e no contorno e densidade do osso subjacente. A placa foi posicionada de modo que apenas a última alça da perna vertical (mais oclusal) fosse projetada através da incisão da mucosa na cavidade oral. Esta alça apical teve vários milímetros nos suportes para os molares e os dentes adjacentes por exigir maior quantidade de intrusão (Figs. 2 e 4, B). Dois parafusos autoatarrachantes foram colocados para proteger a placa do osso. As incisões foram fechadas primariamente em torno da miniplaca, garantindo que a alça oclusal fosse exposta a margem da ferida. Oito semanas foram permitidas para a cura, integração e adaptação antes aplicação de forças para miniplacas. Durante a cicatrização e estabilização, o nivelamento ortodôntico foi realizado em três partes independentes da arcada dentária. Dois segmentos bucais e um anterior, independentemente do segmento, foram nivelados com fios seccionais, evoluindo para 0,016” x 0,022” em arcos de fios de aço inoxidável seccional, colocados nas fendas do arco quadrangular dos segmentos. Este tratamento transversal impediu as forças anteriores de erupção que teriam ocorrido com um arco contínuo. Dois meses após a colocação de miniplaca (T2), modelos da documentação do padrão ortodôntico 52 foram reunidos, fotografias e radiografias cefalométricas laterais e panorâmicas. Intrusão foi iniciada. Um fio elástico foi revestido e passado pela alça exposta da miniplaca do implante e amarrada firmemente ao suporte mais próximo dos molares da força intrusiva vertical (Fig. 2). Para impedir a inclinação vestibular dos segmento molares da força vertical do fio elástico, uma constrição secundário 0,020” em arco australiano foi utilizado. Ele só foi inserido nos tubos auxiliares de ambos os molares e levemente ligados ao fio transversal anterior na linha média dentária. Pode-se girar livremente no plano vertical posterior como os molares intruídos sem afetar o segmento anterior. Forças de intrusão foram continuados para 5,5 meses (média) e terminou quando a correção da mordida aberta anterior adequada foi detectada visualmente, ou os incisivos estavam em contato. Molares intruídos foram estabilizados, amarrando um fio de ligadura do suporte do tubo molar ao ciclo de mini-placas. A estabilização foi mantida pelo menos, quatro meses e removido dois meses antes da descolagem. Registros de contenção ortodôntico padrão foram coletados (T3), e as miniplacas foram retiradas no início da fase de contenção. Radiografias panorâmicas, fornecem as mais facilmente imagens perceptíveis para a identificação, localização e medida porque elas mostram todo o segmento odontológico, os alvéolos, e as mini-placas em cada lado. Além disso, não há sobreposição de imagens do lado contralateral como com um cefalograma lateral. Raios-X panorâmicos (T2 e T3) foram corrigidos para ampliação com a versão da Indiana University School of Dentistry’s da imagem do software 1.5 usando as dimensões da mini-placa para padronização e calibração da imagem distorcida. Mini-placas, mais próximas dos molares, e que acompanham as bandas dos molares foram traçadas, e uma linha de eixo longitudinal (Lal) foi construída no eixo mais longo (média) do braço vertical da miniplaca (Fig. 3) O ponto mais superior da miniplaca contactado dessa linha marcou o ponto da miniplaca (MPP). Outra linha, a linha de miniplaca (MPL), foi desenhada desse ponto perpendicular para a linha vertical dos dentes. Na margem oclusal ou gengival mais perceptíveis da banda do molar, um ponto, ponto de banda (PB), foi identificado no ponto mesiodistal central da imagem da banda. Outra linha vertical foi elaborada por esse ponto perpendicular à linha horizontal da miniplaca (MPL) e paralela ao Lal. O ponto de interseção na Mpl foi indicado como (PI). A distância entre BP e a PI foi traçada por radiografias panorâmicas de pré-intrusão e pós-intrusão (T2 e T3). As medições foram tabuladas e as diferenças calculadas (T II). A diferença indicou a distância de intrusão. 53 Radiografias cefalométricas (T2 e T3) foram analisadas para avaliar as alterações na altura facial anterior, e plano mandibular e ângulo do plano oclusal. Uma diminuição nestas medições indicaram uma rotação anti-horária e fechamento da mandíbula, com um consequente fechamento da mordida aberta. Traçados de superposição cefalométrica lateral mostraram essas mudanças nos relacionamentos, bem como relação de mudanças nas posições vertical e incisivas. E concluiu-se com esse estudo que as miniplacas de titânio, usadas neste estudo, ofereceram ancoragem esqueletal estável para intruir molares. Verdadeira intrusão dos molares pode ser realizada em adultos. Houve mudanças em conformidade no plano oclusal em pacientes com mordida aberta. Mordida aberta anterior pode ser fechada ortodonticamente pela intrusão de dentes posteriores, resultando em redução da altura da face vertical anterior, diminuição do ângulo mandibular, e rotação antihorária da mandíbula. Fig. 1- Mini-implantes leibinger, parafuso e chave para parafuso. Fig. 2- Diagrama da inserção da miniplaca na maxila. Fig. 3- Análise panorâmica do diagrama com elástico de tração conectado no tubo molar. de intrusão. Fonte: Sherwood (2002) 54 Pedrin et al (2006) fizeram um estudo prospectivo dos efeitos do tratamento de um aparelho removível com berço palatal combinado com terapia de alta tração chincup em pacientes com mordida aberta anterior. Para esse estudo foi usado um grupo de controle constituído por 30 crianças não tratadas, com média de mordida aberta anterior inicial de Classe I de 3,5 mm. A amostra dos tratados foi compota por 30 crianças com média de mordida aberta anterior inicial de Classe I de 4,01 mm. Eles foram tratados com aparelhos removíveis com berço palatal associado com terapia de alta tração chincup. A média inicial das características cefalométricas de ambos os grupos foram relatados em uma tabela. Os indivíduos foram consecutivamente selecionados de acordo com os seguintes critérios: crianças com idades entre 7 e 10 anos, com má oclusão de mordia aberta anterior Classe I (> 1,00 mm), e nenhuma agenesia, nenhuma perda de dentes permanentes, apinhamento, atresia maxilar, ou mordida cruzada posterior funcional. Hábitos orais não foram estudados. A média da maturação das vértebras cervicais na etapa 16 para todos os grupos na fase I. O aparelho removível usado foi descrito anteriormente por Almeida et al. Uma tração alta chincup com 450-550g de força por lado foi utilizado. Os pacientes foram orientados a usar os aparelhos de 14 a 16 horas por dia, por 12 meses. Para avaliar a distribuição dos dados, estes foram analisados com o teste de Kolmogorov-Smirnov. Na análise de uma distribuição normal dos dados, um teste tpareado foi usado para analisar dimorfismo sexual e morfologia entre os grupos de pré-tratamento. Os resultados não mostraram qualquer prova de dimorfismo sexual entre os indivíduos do gênero feminino e masculino. Além disso, não houve diferenças significativas entre os valores iniciais de ambos os grupos. Comparações de pré- tratamento e alterações ao longo do tempo entre os grupos foram realizadas com um teste t-pareado com teste U de Mann-Whitney. Vinte telerradiografias dos dois grupos foram selecionadas aleatoriamente e remedidas pelo mesmo investigador, um mês depois. Erro aleatório foi calculado com fórmula de Dahlberg. Erro sistemático foi detectado por comparação de medidas pelo teste t-pareado. O erro sistemático foi significante apenas em duas medidas: Ar-GOMe e L6-GoMe. Eventuais erros de medição não excederam a 1,470 e 1,02 mm para as medidas angulares e lineares, respectivamente. Concluíram com base nos resultados do presente estudo, que o berço palatino associado com a tração alta chincup, não produziu mudanças significativas no componente do esqueleto maxilar e mandibular. Os efeitos desta terapia foram principalmente dento alveolar. A média de 55 fechamento espontâneo de mordida aberta anterior no grupo de controle foi de 1,38 mm, que foi suficiente para redução da sobremordida em apenas quatro (13%) dos 30 indivíduos. Reitzik et al (1990) estudaram o tratamento cirúrgico da mordida aberta anterior esquelética com fixação interna rígida na mandíbula. A amostra constou de 20 pacientes consecutivamente tratados os quais foram necessários osteotomia no processo mandibular. Quatro casos foram descartados por falta de registros radiográficos, mas eram clinicamente estáveis. Nenhum dos casos nesta série apresentou à tendência a recidiva clínica e, em todos os casos o contato incisal foi mantido por até oito anos. Casos em que houve uma sobre mordida vertical negativa juntamente com um overjet positivo foram classificados como mordida aberta anterior de Classe II. Telerradiografias foram tiradas por a mesma máquina antes operação (T1), três dias após a operação (T2), e um mínimo de 12 meses (gama, 12 a 86 meses) (T3). Os ângulos medidos foram SCN (sela, násio, ponto A), BLS (sela, násio, ponto B) SNMP (sela, násio, plano mandibular), ângulo goníaco, SN (inclinação axial do incisivo superior a sela násio0, e MP (incisivo inferior axial com inclinação para plano mandibular). O Traçado foi atualizado para verificar precisa reprodução do ponto goníaco em todos os traçados. O que se tornou possível com essa presença da fixação interna rígida de malhagem atuou como um osso marcador. E concluíram que apenas dois casos apresentaram significante abertura tanto quanto dos ângulos (casos 4 e 5) apesar de que permaneceram estáveis clinicamente. A análise de evolução SCN ângulo e a recidiva devido à instabilidade interfragmentária é especialmente indicada por um aumento ou de abertura do ângulo goníaco. Confirmações podem ser normalmente obtidas pela observação de um aumento do ângulo SNMP. Nesta série, as médias de longo prazo de abertura do ângulo goníaco, que foi de 0,3, uma quantidade insignificante quando comparado com a média de aumento do ângulo goníaco que pode ser esperado quando a fixação rígida e não rígida é utilizada ou quando fixação é interna. Quatro representam os resultados. Em nove casos, o ângulo goníaco fechou no pósoperatório ou se manteve estável. Em outros quatro casos, embora o ângulo goníaco tenha se aberto um pouco, esta variação foi acompanhada de estabilidade ou o fechamento do ângulo SNMP, excluindo, por conseguinte os exames cefalométricos com recidiva. Apenas dois casos apresentam significante abertura 56 tanto dos ângulos (casos 4 e 5) apesar de que permaneceram estáveis clinicamente A análise da evolução SCN ângulo e incisivo axial ângulo de inclinação revelado pouco de interesse, mas que estão incluídas para completude. Fig. 1- A cirurgia. Fonte: Reitzik (1990) Cangialosi (1984) avaliou as características morfológicas do esqueleto da mordida aberta anterior. O material usado para esse estudo consistiu de telerradiografias laterais de 60 pacientes com mordida aberta. O critério de determinação foi a mordida aberta com pelo menos, uma abertura de 1 mm quando as bordas incisais dos incisivos superiores e inferiores foram projetados perpendicularmente sobre o plano facial (N-Me). Desses pacientes, 30 foram em vários estágios de dentição mista e 30 foram na dentição permanente completamente desenvolvida. Havia 33 do gênero feminino e 27 pacientes do gênero masculino. Todo o grupo foi subdividido de acordo com a classificação do ângulo de má oclusão; 31 era Classe I, 24 eram Classe II, e cinco eram Classe III. O grupo de controle consistiu de telerradiografias laterais de 60 indivíduos não tratados que foram determinados clinicamente normais para ter ângulo de Classe I. Destes, 30 eram do gênero masculino e 30 do gênero feminino. Cefalogramas traçados acima de 8 x 10 polegadas foram feitos em acetato translúcido iluminado e métrico. Todas as medições angulares foram feitas com um transferidor cefalométrico Baum. As medidas lineares foram feitas com uma régua Keuffel e Esser para minimizar o erro. Todas as medições angulares foram feitas com a aproximação de 0,5°, e as 11 medidas lineares com aproximação de 0,5 mm. Pode-se concluir que: a altura facial 57 posterior é mais curta e a altura facial anterior total é maior em mordida aberta. A altura inferior da face é maior em relação à altura facial superior, em indivíduos com mordida aberta. O ângulo do plano mandibular e o ângulo goníaco são maiores em pessoas com mordida aberta. O ângulo PP-GOGN é maior em pessoas com mordida aberta, e isso é devido principalmente à baixa inclinação do plano mandibular nesta pesquisa. Proporções e ângulos medidos permaneceram relativamente constantes em ambos e as dentições dos grupos mistos e permanentes, indicam que o tamanho muda com a idade. Medições feitas no grupo designado como tendo mordidas abertas esqueléticas foram significantemente diferentes das dos indivíduos com mordida aberta dentoalveolar e da amostra de mordida aberta como um todo, exceto para o ângulo SN-PP. Yousef-zadeh et al (2010) estudaram cefalometrias e eletromiografias de pacientes da África Oriental com e sem mordida aberta anterior. Usaram para esse estudo dez pacientes (4 meninos e 6 meninas, com idades entre 11-13,2 anos). Uma comparação cefalométrica de indivíduos com e sem mordida aberta anterior (MAA) foi realizada. Eletrodos de superfície foram colocados na têmpora anterior bilateral, masseter superficial, orbicular superior da boca e músculos digástricos anterior. Eletromiográfico foram registrados em repouso, voluntária máxima aberta, mastigação e deglutição. Pressão da língua em repouso e deglutição e mordida mínima foram também medidas. Conclui-se que nesse grupo de negros africanos do Oriente, Além da quantidade de mordida aberta, não houve diferenças cefalométricas entre indivíduos com e sem MAA. A maioria dos pacientes teve uma tendência para apresentar um esqueleto Classe II padrão com retrognatia, próinclinação dos incisivos superiores, ângulo do plano mandibular íngreme, aumento do ângulo goníaco, e diminuição da altura facial posterior. Não houve diferença de mordida mínima em vigor entre os dois grupos. Os grupos haviam coordenado atividade muscular com padrões estereotipados, exceto para Oo. Pacientes com MAA tenderam a recrutar o equilíbrio ao lado dos músculos mastigatórios mais, mais durante a mastigação do que os controles. Durante a deglutição em todos os sujeitos, Oo e Di, os músculos tenderam a ser mais ativos sem muitas mudanças na atividade do Tp e Ma, sugerindo que todos os pacientes ingeriam com um impulso anterior de língua padrão. Pacientes de MAA tiveram maior pressão anterior da língua durante a deglutição. É possível que seja necessário criar um selo para a 58 língua de mordida aberta. Considerando os padrões esqueléticos e deglutir em todos os pacientes, é evidente que os africanos do Oriente tenham predisposição esquelética e neuromuscular para Mordida Aberta Anterior. Por isso, os pacientes desta etnia podem ser sensíveis ao tratamento da mordida aberta. Zuroff et al (2010), estudaram a estabilidade pós-contenção do tratamento da mordida aberta. Todos os indivíduos a partir dos arquivos pós foram selecionados e preencheram os seguintes critérios: 1-na dentição permanente pré-tratamento, 2Classe de Angle I ou má oclusão de Classe II, 3-telerradiografia em 3 fases (T1 prétratamento; T2 pós-tratamento e T3com um mínimo de 9,5 anos pós) e 4-um conjunto de moldes dentais disponíveis antes do tratamento. Os 64 indivíduos selecionados foram divididos em 3 grupos, baseados no grau de sobremordida, prétratamento ou de contato. O grupo de contato, incluídos 24 pacientes com contato incisal, a julgar pela radiografia cefalométrica lateral e modelos de gesso. O grupo de sobreposição continha 25 pacientes com sobreposição da mandíbula e as bordas incisais do maxilar como projetado em cima linha násio-mento, mas sem o contato dos incisivos. O grupo da mordida composta por pacientes sem tratamento de sobreposição prévia das bordas incisais como projetado em cima da linha násiomento. Todos os pacientes foram tratados ortodonticamente com aparelhos de arco retangular convencional. Analisou também os pacientes que foram tratados com AEB de tração alta. Depois do mascaramento de informações sobre o assunto com a fita os seguintes pontos cefalométricos foram gravados diretamente dos filmes. Uma mesa digitalizadora (Scriptel) conectada a um computador com software Dentofacial Planner, foi utilizado para realizar as medições seguintes: 1-da base craniana e crânio: sela e násio. 2-maxilar: borda incisal do incisivo central e o ponto oclusal do primeiro molar (ponta da cúspide mésio-vestibular). 3-ponto oclusal do primeiro molar inferior a borda incisal dos incisivos centrais, mento e goníaco: mandíbula. A digitalização foi feita por um investigador (JPZ). Intra pesquisadores para erros de digitalização foi avaliada através da digitalização de 10 radiografias, com intervalo de duas vezes por semana. A quantidade de erros foi expressa como a média das diferenças absolutas e seus desvios-padrão, o intervalo de erro, erro padrão da média e o coeficiente de correlação entre as duas medições. Sete medidas foram feitas em cada momento T1, T2 e T3. Sobremordida positiva é a medida de resultado mais usado para definir o sucesso do tratamento da mordida 59 aberta. No entanto é possível que um paciente com sobremordida positiva para que se sobreponha sem contato incisal real. Devido a isso, nós separamos os pacientes com sobreposição dos incisivos com o contato verdadeiro e mordida aberta e estas 3 relações de incisão de contato, se sobrepõem e mordidas abertas foram investigadas em longo prazo. Concluíram que todos os 64 indivíduos, incluindo os 15 no grupo de mordida aberta e sobremordida, mostraram resultados positivos na pós-contenção. No entanto em 60% do grupo de mordida aberta faltaram contato incisal. As alterações no transpasse vertical e horizontal de T2 para T3 foram significativamente diferentes entre a mordida aberta e os grupos de contato. Os indivíduos com mordida aberta tiveram um aumento significativamente maior na sobressaliência que o grupo de contato e o grupo de contato, teve significativo aprofundamento da sobremordida em relação ao grupo da mordida aberta. Não era possível prever quais pacientes seriam estáveis ou instáveis por meio de características no pré-tratamento. Grupo com Oclusão Grupo com averjet acentuado ou transpasse acentuado Fonte: Zuroff et al (2010). Grupo com mordida aberta 60 3.2 CASOS CLÍNICOS Prosterman (1995) apresentou um caso clínico para a correção da mordida aberta anterior esquelético por meio de implante osteointegrado no arco inferior. O paciente apresentava 25 anos, tendo sofrido um trauma na mandíbula, perdendo os incisivos inferiores, o canino, o primeiro pré-molar inferior direito. Nove meses depois o paciente retornou ao hospital, para tratamento, apresentando interposição lingual, sendo encaminhado a um ortodontista. O mesmo reapareceu quatro meses depois, apresentando uma mordida aberta anterior acentuada, mordida cruzada posterior no hemi arco direito, com uma curva de spee acentuada e os incisivos superiores e caninos apresentavam se acentuadamente inclinados para vestibular. Foi instituída então a utilização de três implantes de 15 milímetros na região dos dentes perdidos, com próteses fixas, seguidas da correção ortodôntica da má oclusão, juntamente com elásticos intermaxilares para correção da mordida cruzada posterior e um aparelho de acrílico colado na oclusal dos dentes posteriores, com o objetivo de instruí-los, como também elásticos verticais na região anterior, possibilitando o total fechamento da mordida e a correção da interposição lingual, finalizando-se o tratamento completo em dois anos e meio. Logo em seguida instalou-se uma placa de Hawley com um orifício no palato, para interposição apropriada da língua durante a deglutição. Após dois anos de contenção, observou-se um grau médio de recidiva, provavelmente devido o padrão de interposição lingual e a pouca colaboração do paciente durante esta fase, além de que o mesmo sofreu outro trauma na mandíbula, desta vez com fraturas. Concluiu-se que a prótese sobre implante proporciona uma ótima ancoragem, tanto no controle da altura facial anterior, evitando-se tanto a extrusão dos dentes posteriores quanto a ancoragem para o fechamento da mordida aberta por meio de elásticos na região anterior. Goto (1994) observou que isso se deve às dificuldades em mudar permanentemente as desarmonias morfológicas e as alterações funcionais associadas a essa má oclusão; entretanto, considerou que, em alguns casos, com menos envolvimento esquelético pode ser possível corrigir ortodonticamente a desarmonia oclusal, conforme a nova relação dos arcos dentários torna-se compatível com a função normal, podendo-se alcançar grande estabilidade se a mecânica utilizada não extruir os dentes posteriores. O mesmo apresentou um caso 61 clínico de uma paciente adulta, com 20 anos, apresentando sintomas de disfunção articular, má oclusão de classe II, divisão 1, subdivisão, com mordida aberta de 7,5 milímetros, esquelética, mordida cruzada unilateral, com interposição lingual durante a deglutição, maxila protuída e mandíbula retruída. O tratamento ortodônticocirúrgico foi o de escolha, porém a paciente não aceitou a cirurgia, realizando somente o tratamento ortodôntico fixo com a técnica “multiloop”, técnica esta que consiste na confecção de várias alças tipo loop no decorrer do arco, o que facilita o fechamento da mordida aberta anterior através dos elásticos intermaxilares, foi realizado anteriormente uma expansão com o quadrihélice, a qual relatou após a expansão, eliminação de todos os sintomas, utilizando-se, após esse aparelho, uma placa de contenção e a instalação do aparelho fixo, utilizando-se elásticos intermaxilares anteriores. Obteve-se após 36 meses de tratamento, o completo fechamento da mordida. A fase de contenção instituída foi de 10 meses de uso integral; após esse período, a paciente foi instruída a utilizá-la apenas a noite, porém utilizou somente por dois meses e interrompeu. Avaliou-se, a estabilidade após dois anos de tratamento ativo, demonstrando a ocorrência de uma recidiva mínima da sobremordida alcançada. Concluiu-se, nesse caso, que o melhor tipo de tratamento em casos de mordida aberta esquelética é mesmo o cirúrgico. Outro tipo de tratamento que poderia ser indicado nesta fase seria a utilização de implantes, como auxiliar no tratamento ortodôntico, para o tratamento das mordidas abertas anteriores. Liberman & Gazit (1985) apresentaram um caso clínico de uma paciente com 14 anos e 3 meses, com uma má oclusão de classe I, apresentando mordida aberta esquelética com interposição lingual, em que se optou pelo tratamento miofuncional para depois tratar ortodonticamente realizando extrações dos quatro segundos molares obtendo-se um completo fechamento da mordida aberta ao final do tratamento, utilizando-se de uma placa de Hawley por 6 meses como contenção e 18 meses após a contenção, a oclusão encontrava-se estável. Concluíram que mesmo em casos com comprometimento esquelético, pode-se obter bons resultados com o tratamento ortodôntico, desde que a língua apresente uma função normal. 62 4 - DISCUSSÃO De acordo com a revisão de literatura observou-se que a mordida aberta anterior pode ser definida como a presença de um trespasse vertical negativo existente entre as bordas incisais dos dentes anteriores, superiores e inferiores (Kuramae et al 2001), ou pela falta de contato vertical entre os dentes das arcadas dentárias superior e inferior, podendo variar de paciente para paciente. Consiste em uma discrepância no sentido vertical, o que torna mais difícil de ser corrigida e seus resultados finais mostra-se menos estáveis. Capelozza Filho (2004) afirmou em seus estudos que o crescimento divergente entre maxila e mandíbula que afastam os incisivos, às vezes é acompanhada de uma compensação vertical em que o osso alveolar vai sendo criado para acomodar esses dentes na sua busca por contato. Se utilizando do conceito da plasticidade alveolar. Dentre os hábitos bucais deletérios, pode-se citar: sucção do polegar e outros dedos; projeção da língua; sucção e mordida do lábio; deglutição atípica; postura: má postura no sono, má postura na vigília; onicofagia; sucção habitual de lápis, chupetas e outros objetos; perturbações funcionais gnatológicas: abrasão, bruxismo diurno e noturno, deslocamento mandibular lateral por contatos prematuros e respirador bucal. Alguns desses hábitos deletérios infantis como: sucção digital, sucção de chupeta, bruxismo, onicofagia, respiração bucal e interposição lingual devem ser corrigidas por determinarem diversas maloclusões dentárias. Freitas et al (2006) avaliou a estabilidade do tratamento com extração de prémolares de pelo menos 1 milímetro em 31 pacientes com idade média inicial de 13 anos, acompanhados em média por 8,3 anos e observou que apenas 8 pacientes (25,8%) mostraram recidiva, e que 23 pacientes (74,2%) se mostraram estáveis, enquanto os tratados sem extração apresentaram recidiva um pouco maior (38,1%), e estabilidade de 61,9%. 63 Justus (2001) afirmou que a estabilidade em longo prazo da correção da mordida aberta anterior está ligada principalmente à repostura da língua para anterior, que tende a ocorrer após a remoção dos aparelhos fixos e móveis, ele recomenda o uso de esporões para alterar permanentemente a postura lingual, evitando o repouso da mesma sobre os incisivos e permitindo que os mesmos se desenvolvam adequadamente no sentido vertical. Por conta desses efeitos, o mesmo concluiu que os esporões são efetivos não somente para o fechamento da mordida aberta anterior, mas também para se obter melhores resultados em longo prazo. Esta conclusão coincidiu com as de Huang et al (1989) que estudaram os efeitos em longo prazo da correção da mordida aberta anterior com o uso de esporões e concluíram que a estabilidade da correção da mordida aberta anterior parece estar relacionada à modificação da postura da língua, causada pelos esporões que propiciaram um aumento significante na estabilidade a longo prazo. Pedrin et al (2006) concluíram em seus estudos com base nos resultados do presente estudo, que o berço palatino associado com a tração alta chincup, não produziu mudanças significativas no componente do esqueleto maxilar e mandibular. Os efeitos desta terapia foram principalmente dento alveolar. A média de fechamento espontâneo de mordida aberta anterior no grupo de controle foi de 1,38 mm, que foi suficiente para redução da sobremordida em apenas quatro (13%) dos 30 indivíduos. Yousef-zadeh et al (2010) observou-se que durante a deglutição em todos os sujeitos, Oo e Di, os músculos tenderam a ser mais ativos sem muitas mudanças na atividade do Tp e Ma, sugerindo que todos os pacientes ingeriam com um impulso anterior de língua padrão. Pacientes de MAA tiveram maior pressão anterior da língua durante a deglutição. É possível que seja necessário criar um selo para a língua de mordida aberta. Considerando os padrões esqueléticos e deglutir em todos os pacientes, é evidente que os africanos do Oriente tenham predisposição esquelética e neuromuscular para Mordida Aberta Anterior. Por isso, os pacientes desta etnia podem ser sensíveis ao tratamento da mordida aberta. 64 5- CONCLUSÃO Foi possível perceber com a revisão de literatura que a mordida aberta anterior deve ser tratada ainda em fase precoce de desenvolvimento, ou seja, durante as dentaduras decíduas e mista. a) Os aparelhos que podem ser utilizados para descruzamento das mordidas anteriores são: placa tipo Hawley com molas digitais; arco lingual com molas auxiliares; placa progênica; Ativador Aberto Elástico (Klammt); mentoneira; máscara facial; sky-hook. b) A dificuldade na obtenção de resultados estáveis para a correção da mordida aberta anterior pode ser justificada a partir do desconhecimento de sua verdadeira etiologia. A postura da língua em repouso não é muito considerada nos tratamentos da mordida aberta anterior. Algumas evidências sugerem que a postura da língua pode ser um dos mais importantes fatores etiológicos da mordida aberta anterior. Portanto, ela deve ser analisada e tratada quando é anormal. c) Pode-se considerar através deste estudo, que a mecânica ortodôntica se apresenta eficiente, na correção da mordida aberta anterior, mesmo sem a necessidade de cirurgia ortognática. 65 6- REFERÊNCIAS Almeida, R. R. et al. Mordida aberta anterior: considerações e apresentação de um caso clínico. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial, v.3, n.2, p.17-29, 1998. Almeida, A.; Mazzieiro, E.; Pereire, T.; Souki, B.; Viana, C. Interceptação de uma mordida aberta esquelética associada à sucção digital: relato de um caso clínico. JBO, Curitiba, v. 7, n. 42, p. 448-454, 2002. Almeida, R. R. Et Al. Displasias verticais: mordida aberta anterior: tratamento e estabilidade. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial, v.8, n.4, p.91-119, jul-ago. 2003. Aras, A. Vertical changes following orthodontic extraction treatment in skeletal open bite subjects. Eur J Orthod. 2002; 24: 407-16 Baek, S.H et al. 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