NEUROFISIOLOGIA DA LINGUAGEM

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NEUROFISIOLOGIA DA LINGUAGEM: Como o Cérebro Funciona na
Comunicação
Alexandra Maria Góes Negrão 1
Patrícia Naomi Miyagawa 2
Valquíria Franco da Silva 3
RESUMO:
O ato de se comunicar é considerado tão natural para o homem que alguns cientistas a
consideram inata, no entanto, os mecanismos responsáveis pela comunicação são muito
mais complexos do que se pensa. O propósito deste trabalho é demonstrar os
mecanismos de funcionamento do cérebro humano mediante a comunicação, visando
mostrar o comportamento do cérebro mediante a fala, leitura, escrita e audição, tal como
as neurociências o entendem hoje.
PALAVRA-CHAVES: Neurofisiologia – Linguagem – Comunicação Humana.
INTRODUÇÃO:
1
Professora-Supervisora da disciplina Fonoaudiologia III (Afasia) com especialização em Linguagem
Humana pela Unama
2
Acadêmica do 4º ano do Curso de Fonoaudiologia; Monitora das disciplinas Fonoaudiologia II e III
(vespertino).
3
Acadêmica do 4º ano do Curso de Fonoaudiologia; Monitora das disciplinas Fonoaudiologia II e III
(matutino).
INTRODUÇÃO:
Para Rocha (1999), a aquisição da linguagem foi um grande passo para a
humanidade, pois a comunicação e a expressão cultural viabilizaram o surgimento de
uma sociedade racional, da forma como se constitui atualmente.
Boone & Plante (1998), afirmam que a comunicação é um processo de trocas de
mensagens entre um emissor e um receptor, que pode ser através de uma linguagem
verbal ou não verbal (expressões, gestos e vocalização sem conteúdo lingüístico).
Conforme os autores, muitas abordagens tentam explicar a aquisição da linguagem, são
elas: a comportamental (Skinner, 1957) que defende a linguagem como uma atividade
programada
e ensinada, logo tratando-se de um comportamento condicionado
aprendido. Na abordagem inatista defendida por Chomsky, a linguagem oral é
geneticamente determinada, na qual o indivíduo aprende esta forma de comportamento,
porque nasceu com um equipamento básico (neural e estrutural) necessário para
expressar a linguagem. Na abordagem biológica de Leneberg, o cérebro é o facilitador
da aprendizagem da linguagem auditivo - oral, ou seja, a linguagem trata-se de uma
atividade cerebral. Muitas outras linhas, como a construtivista (Piaget), e a sóciointeracionista (Vygotsky), acreditam que a linguagem ocorre por uma predisposição
genética, mas a atividade cerebral por si só não basta para justificar um comportamento
lingüístico, este resulta de um desenvolvimento cognitivo e de um conteúdo cultural e
social que é decisivo em seu desenvolvimento.
Rocha (1999) afirma que, a linguagem é, antes de mais nada, uma mímica
motora a qual necessita da produção do som para ser vinculada a outros indivíduos.
Azcoaga et al.(1981) preconizam que os elementos comunicativos da linguagem
resultam de uma atividade biológica. Muitas dessas atividades podem ser ditas inatas,
como a mímica facial, por exemplo, sendo a maioria aprendida muito cedo e outras mais
tardiamente com o contato social intenso.
REVISÃO DE LITERATURA:
Segundo Rocha (1999), a linguagem deve ter surgido no momento em que o
homem apresentou uma capacidade motora facial, manual e orofaríngeana que pudesse
ser utilizada para comunicação e representação.
Ainda segundo o autor, não se sabe ao certo há quanto tempo o homem adquiriu
a capacidade de se comunicar através da fala, haja vista que somente a partir da
invenção da escrita a humanidade passou a registrar sua história e, conseqüentemente, o
desenvolvimento de sua linguagem. Hotz (2000) relata que escavações arqueológicas
revelaram que o homem possuía capacidades anatômicas as quais possibilitassem a fala
há dois mil anos.
Segundo Jakubovicz & Cupello (1996), o cérebro contém sistemas anátomofuncionais, as quais permitem o desenvolvimento da linguagem, quando são submetidos
à influência do meio – ambiente social e lingüístico. Para as referidas autoras, o estudo
mais detalhado da fisiologia lingüística no cérebro humano surgiu apenas quando foi
possível estimular o córtex eletricamente através de equipamentos computadorizados
(tomografia, radioisótopo).
Os questionamentos sobre a participação do cérebro na linguagem surgiram a
partir das observações e dos estudos sobre as patologias da fala. Conforme Lent (1994),
Jakubovicz e Cupello (1996) e Rocha (2000), no século XIX, Marc Dax verificou que
lesões no hemisfério esquerdo causavam um devastador distúrbio da capacidade
lingüística, levando os pacientes à incapacidade em falar. Este estudo foi confirmado
por Paul Broca, em 1961. Ele acreditava no princípio da localização, isto é, o tipo e o
grau da afecção é diretamente proporcional ao local e à extensão da lesão sobre a massa
encefálica.
Após estudos em material de necrópsia, Broca concluiu que o centro da fala
situava-se na terceira circunvolução frontal, atribuindo o termo afemia às dificuldades
articulatórias em combinar movimentos para a produção de uma determinada palavra,
posteriormente denominado de afasia por Trosseau. (JAKUBOVICZ & CUPELLO, 1996).
Carpenter (1978) considera que a Área de Broca situa-se no córtex do giro
frontal inferior ocupando toda a porção opercular e parte da porção triangular. Prestes
(1998), Jakubovicz & Cupello (1996), afirmam que a lesão decorrente na parte inferior
da terceira circunvolução frontal do hemisfério esquerdo é chamada de Afasia de Broca,
considerada como afasia não – fluente, na qual não há linguagem expressiva e o
paciente apresenta fala laboriosa, dentre outras manifestações lingüísticas.
Segundo Rocha (1999), alguns anos depois, o médico alemão Carl Wernicke
associou a capacidade de compreensão da linguagem falada ao primeiro giro do lobo
temporal.
Carpenter (1978), definiu a Área de Wernicke, também conhecida como área
posterior da linguagem, como sendo região situada na primeira circunvolução temporal
esquerda na conjunção entre os lóbulos temporal e parietal, correspondendo a parte mais
posterior da área 22 de Brodmann.
Em 1874, Wernicke, acreditava que a região anterior estaria relacionada aos
movimentos, e a posterior à sensibilidade, sendo as conexões determinantes das funções
celulares corticais. (JAKUBOVICZ & CUPELLO, 1996).
Conforme as referidas autoras, Wernicke associou a primeira circunvolução
esquerda à compreensão da linguagem, determinando-a como área auditiva da fala.
Rocha (1999) afirma que o médico alemão constatou que a lesão desta área resultou na
perda da capacidade de compreensão das palavras e frases das línguas faladas pelos
pacientes, sendo chamada de afasia de Wernicke ou sensorial. Prestes (1998), preconiza
que lesões na área de Wernicke resultam em uma afasia fluente, mas com déficit de
compreensão.
! A FALA:
Jakubovicz & Cupello (1996) preconizam que a fala pressupõe a elaboração de
um pensamento pré – lingüístico. As autoras afirmam, que para falar há primeiramente
a seleção
de signos lingüísticos (a palavra), as quais são capazes de exprimir o
pensamento. Posteriormente há a seleção de padrões sensório – motores
correspondentes a articulação verbal.
Segundo Rocha (1999), a principal área cortical responsável pelo controle da
fonação é chamada de Área de Broca. Conforme o autor, a motricidade dos músculos da
face, língua, faringe e laringe, é controlada pelos nervos cranianos trigêmio, facial,
hipoglosso e acessório. Para o autor, os atos motores de fonação são organizados pela
área de Broca (córtex pré – motor) que controla o córtex motor associado a musculatura
dos órgão fonoarticulatórios (OFAS). Portanto, o papel da área de Broca é organizar os
atos motores para produzir distintos fonemas que constituem palavras de uma frase. O
autor afirma que parte desta informação é enviada, ao mesmo tempo em que é
transmitida para os núcleos dos nervos cranianos anteriormente citados. O cerebelo é
responsável pela seqüenciação dos movimentos na fala e pela monitoração da fonação,
ou seja, se o ato motor foi executado da forma anteriormente planejada.
O ato da fonação depende também de circuitos neurais para a movimentação
automatizada da mandíbula, língua, músculos toráxicos e diafragma. Para isso é
necessário a participação dos núcleos de base (Globo Pálido, Substância Negra, Núcleo
Rubro, Núcleo caudado) que são estruturas sub-corticais que controlam o automatismo
motor. Parte da programação fonética da área de Broca é transmitida também ao córtex
motor através desses núcleos (ROCHA, 1999).
Conforme o autor, o controle da fonação implica em vários eventos como:
" Definir posições de articulações de vários fonemas, tempo de produção e de
emissão vocal;
" Calcular movimentos para a produção dos fonemas;
" Modular a motricidade e de introduzir prosódia na emissão dos fonemas.
O autor preconiza que a área de Broca é encarregada da organização fonética da
fala e esta localizada, em geral no hemisfério esquerdo. Com relação à organização das
áreas encarregadas da organização da prosódia (entonação, segmentação supra –
fonética, modulação emocional e etc.) estão localizadas no córtex frontal direito. Esta
afirmação remete a uma intensa troca de informação entre os dois hemisférios para
integração entre a programação fonética e a prosódia. Para o autor, estas trocas interhemisféricas são feitas através do corpo caloso.
A relação entre os dois hemisférios cerebrais possibilita que um mesmo fonema
possa ser produzido de várias formas, dependendo do contexto da frase e do conteúdo
emotivo. O autor afirma que, esse é um processo que dificulta o reconhecimento dos
fonemas produzidos pelo falante, realizado pelo córtex auditivo e verbal do ouvinte.
! A ESCRITA:
Com relação à escrita, Rocha (1999), afirma que, são envolvidos vários outros
sistemas como o visual e auditivo, assim como a motricidade da mão. Jakubovicz &
Cupello (1996), descrevem que a escrita envolve o pólo receptivo visual, no caso da
cópia, e o pólo auditivo no caso do ditado, sendo em ambos o movimento dos dedos e
das mãos, o pólo expressivo.
Segundo o autor, há uma área pré-motora situada à frente da área motora da mão
que é responsável de organizar os atos motores para a escrita nos processos de ditado,
cópia e geração endógena (quando o indivíduo descreve seu pensamento). Esses
processos sofrem uma modulação das áreas parietais de integração polissensorial, que
para a escrita, é o giro angular, onde há uma convergência dos sistemas visual e
auditivo. Essa convergência tem o objetivo de facilitar o planejamento do controle da
mão para a escrita, tanto no caso de ditado e cópia.
Rocha (1999) preconiza que a organização funcional para a escrita é muito
variável entre um indivíduo e outro, dependendo de como é realizada a alfabetização. O
autor cita o encorajamento da fonação durante a escrita um facilitador da formação de
um mapeamento da imagem motora de fonação na imagem motora de escrita.
! A AUDIÇÃO:
Segundo Rocha (1999), o sistema auditivo se desenvolveu como um sistema de
receptores para medir freqüência e amplitude de variações energéticas carregadas de
oscilações moleculares propagadas pelo ar.
Segundo Santos & Russo (1993), o ouvido humano está em sua maior parte
contido no osso temporal, localizado no crânio, tendo como principais funções a
audição e o equilíbrio. O ouvido é constituído pela orelha externa, média e interna,
sendo esta última composta pelo labirinto e a cóclea, onde estão localizadas as células
sensoriais. Rocha (1999) menciona que estas células funcionam como receptores de
freqüências.
Para o autor, cada fonema humano é caracterizado por um conjunto definido de
freqüências, que são chamados de formantes. Carda fonema estimula um grupo de
receptores distribuídos em várias regiões da cóclea, que são peculiares a este fonema.
Logo os sons são decompostos em freqüências básicas na cóclea, depois as relações
significativas são processadas entre as diversas freqüências em um complexo de
neurônios do sistema nervoso central.
O autor afirma que, neurônios distribuídos no tronco cerebral, entre os núcleos
cocleares e os colículos superiores, especializam-se em reconhecer características dos
fonemas utilizados pelas línguas humanas. Jourdaim (1998) afirma que a trajetória de
uma música, por exemplo, abre caminho desde o labirinto, indo de um núcleo para o
outro, em uma viagem da cóclea para o córtex. O tronco cerebral observa as relações
entre os sons, como freqüência e intensidade. Na cóclea, o som é cortado em pedaços e
cada um dos seus aspectos entra em desvios, que conduzem aos circuitos neurais
próprios de cada um.
Para Rocha (1999), os neurônios do tronco cerebral são ativados por
características que são particulares de cada fonema. No núcleo geniculado medial são
recebidas informações do tronco cerebral, no qual os fonemas foram identificados para
o reconhecimento de radicais de palavras, prefixos nominais, conjugações verbais, etc.
Em seqüência, os neurônios talâmicos transferem os resultados do processamento
realizado para o córtex auditivo.
Conforme Jourdaim (1998), a primeira tarefa do cérebro é ligar o que entra pelos
dois ouvidos e testar as diferenças nos sons que ouvem através dos corpos olivares.
Toda esta estrutura existente no tronco cerebral se configura como um sistema difuso
ascendente capaz de se comunicar com partes do córtex cerebral especialmente voltadas
para a atenção, memória e aprendizagem.
! A LEITURA:
Segundo Rocha (1999), o hemisfério esquerdo especializa-se no processamento
das informações verbais, seriais e temporais, na maioria das pessoas. O hemisfério
direito torna-se dominante nas análises visuais, espaciais e holísticas. Esta
especialização hemisférica determina as características do sistema neural envolvido na
leitura. Conforme o autor, as palavras encontradas no campo visual esquerdo seriam
identificadas pelo hemisfério direito, sendo processadas no hemisfério esquerdo. No
entanto, a análise das relações espaciais partilhadas pelas diferentes palavras é melhor
analisada pelo hemisfério direito. O resultado das análises deste processamento vai de
um hemisfério a outro através das porções posteriores do corpo caloso.
O autor afirma que é no hemisfério esquerdo que a palavra lida encontra o seu
significado verbal. A identificação semântica da informação verbal envolverá transações
entre os sistemas temporais esquerdo e direito, através da chamada transferência interhemisférica, graças ao corpo caloso.
Rocha (1999), afirma que, as informações visuais verbais são carregadas da
retina para o córtex pelo sistema magnocelular, que leva informações rápidas sobre
baixo contraste de luminância. Segundo o autor, a lesão de certos neurônios do sistema
magnocelular é um achado constante em pacientes disléxicos, em que essas lesões
constituem nódulos (ectopias) de crescimento anormal de neurônios que ocorrem por
volta da décima sexta e vigésima semana de gravidez. As lesões corticais, por sua vez,
induzem a lesões talâmicas, que dependem da presença da testosterona. Por esse
motivo, a dislexia afeta muito mais os homens que as mulheres.
Conforme Lent (1994), os circuitos inter-hemisféricos são capazes de veicular
informações de um lado a outro do cérebro. Os neurônios calosos são essencialmente
células de forma piramidal cujas fibras arborizam extensamente no córtex oposto, onde
exercem efeitos excitatórios sobre neurônios-alvos de tipos diversos.
Para o autor, o corpo caloso sugere a existência de assimetrias morfológicas e
funcionais dos hemisférios cerebrais e que a linguagem é um exemplo típico dessa
assimetria.
Carpenter (1978) afirma que em relação à grande parte das funções superiores, a
dominância cerebral parece ser uma das mais importantes. O autor preconiza que a
dominância cerebral é mais completa em relação a aspectos complexos e altamente
evoluídos da linguagem. Segundo o autor, existem um grupo de distúrbios relacionados
a uma imperfeição da dominância cerebral que se manifestam na linguagem, como o
desenvolvimento inadequado da leitura e da escrita (distúrbio de leitura e escrita), da
capacidade de desenhar e alterações espaço – temporais.
! A EMOÇÃO NA LINGUAGEM:
As palavras por si só não bastam para dar significado ao que se quer dizer, a
maneira como se fala muitas vezes pode mudar completamente o significado das
palavras. Elas carregam de emoção a mensagem e podem constituir o tipo de linguagem
não-verbal (ROCHA, 1999).
Para o autor, o controle da emoção é uma atividade do hemisfério direito, sendo
atualmente considerado responsável por vários processos relacionados tanto ao
reconhecimento como à expressão de diversos estados emocionais. O autor preconiza
que, pacientes portadores de lesões hemisféricas têmporo-parietais direitas são
incapazes de identificar os diferentes significados da mesma frase marcados por
diferentes formas prosódicas, sendo também incapazes de produzir frases com
diferentes entonações para expressar distintas emoções. Estudos do pesquisador norteamericano H. Sackheim revelaram que a hemiface esquerda possui maior carga
emocional. Este fato é em virtude do hemisfério direito do cérebro, responsável pela
questão afetiva, conduzir o lado esquerdo corporal. Portanto, afirma o pesquisador, o
hemisfério esquerdo do corpo possui maior capacidade de expressão emocional que o
direito (LENT, 1994).
Conforme Carpenter (1976), as lesões unilaterais que afetam as funções corticais
podem resultar em um distúrbio contralateralmente. Este fato é observável no caso de
lesões do córtex parietal, as quais podem ocasionar a estereognosia, isto é, incapacidade
em reconhecer forma, tamanho, textura e identificar objetos somente com o tato. Há
evidências de que tais lesões ocorrem mais freqüentemente no hemisfério não
dominante.
A alteração da imagem corporal é a conseqüência mais freqüente desta
síndrome, haja vista que o paciente: (1) não reconhece parte de seu próprio corpo; (2)
não percebe a existência de uma hemiparesia; e (3) se nega a lavar-se, barbear-se ou
cobrir a parte do hemisfério corporal afetado (CRITCHLEY, 1953 apud
1976).
CARPENTER,
CONCLUSÃO:
Se comunicar, aos olhos do leigo, é tão comum e natural que quase não é
percebido o quão complexo e sensível se faz processo que viabiliza a comunicação.
Ao analisarmos a linguagem sob a ótica das neurociências, nos deparamos com
um mundo fascinante de conexões neuronais, de caminhos, áreas estratégicas de
armazenamento e formação de engramas através de experiências, significados e
significantes, que por sua vez dá todo o sentido à nossa vida social. Neste jogo de
influências endógenas e exógenas sobre o complexo organismo humano, podemos
afirmar que a experiência muda o cérebro, pois de outra forma não conseguiríamos
explicar o fato de que tenha levado dois mil anos para a humanidade desenvolver um
código lingüístico e uma criança refazer este caminho de forma aparentemente simples
em aproximadamente dois anos. Assim como para a audição, que se especializou ao
ponto da música fazer sentido para um ouvido e para um cérebro que se desenvolveram
há mais de 300 milhões de anos com uma finalidade de detectar sons, como mecanismo
de proteção.
O estudo da neurofisiologia da linguagem é de suma importância para
profissionais que lidam de forma direta e indireta com patologias da comunicação,
como psicólogos, pedagogos, professores, fonoaudiólogos, entre outros, pois possibilita
compreender os processos neurais da constituição da linguagem e da comunicação,
assim como seus distúrbios.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AZCOAGA, J. et al. Los Retardos del Lenguaje en el Niño. Buenos Aires: Paidós,
1981.
BOONE, D. R. & PLANTE, E. Distúrbios da Comunicação Humana e Seus
Distúrbios. 2.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
CARPENTER, M. Neuroanatomia Humana. Rio de Janeiro: Interamericana, 1978.
HOTZ, R. L. Cientistas Desvendam Mistérios da Linguagem. O Estado de São Paulo.
São Paulo, 05 fevereiro 2000. Caderno Ciência e Tecnologia.
JAKUBOVICZ, R. & CUPELLO, R. C. M. Introdução à Afasia. Rio de Janeiro:
Revinter, 1996.
JOURDAIM, R. Música, Cérebro e Êxtase – Como a Música Captura Nossa
Imaginação. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998.
LENT, R. Nossos Dois Cérebros Diferentes. Revista Ciência Hoje. Vol.16 número 94,
1994.
PRESTES, V. Afasia e Plasticidade Cerebral. 1998. Monografia apresentada ao Curso
de Especialização em Linguagem do CEFAC, para a obtenção do Título de Especialista
em Linguagem.
ROCHA, A. F. O Cérebro – Um Breve Relato de sua Função. São Paulo: Fapesp,
1999.
SANTOS, T. M. M. & RUSSO, I. C. P. A Prática da Audiologia Clínica. 3.ed. São
Paulo: Cortez, 1993.
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