Narcival Rubens Narcival Rubens de Almeida nasceu na cidade de Salvador, em 28 de janeiro de 1962. Sua iniciação no meio teatral aconteceu "por acaso", no final do ano de 1976, quando foi convidado pelo ator e diretor Acyr Castro, na época coordenador do Curso de Teatro do SESI, para substituir um ator no espetáculo "Cristo em Todos os Tempos", sob a sua direção. Aquela experiência fez com que se apaixonasse pelo teatro e desse início ao seu estudo inscrevendo-se no curso, onde permaneceu por três anos e meio. Em 1979, contracenou com o professor Acyr Castro no espetáculo "O Assalto", de Plínio Marcos, que lhe rendeu o prêmio Martim Gonçalves de ator revelação. No mesmo ano, obteve o seu registro profissional (DRT), tornando-se oficialmente ator. Em 1980 foi dirigido por Echio Reis, integrante do Teatro dos Novos, no espetáculo O Arquiteto e o Imperador da Assíria, no qual interpretou o personagem Arquiteto. Com a atuação neste espetáculo ganhou novamente, agora na categoria de melhor ator, o prêmio Martim Gonçalves. Foi pondo "a mão na massa" no Teatro Vila Velha que o jovem ator fez escola, conhecendo verdadeiramente o universo teatral em todos os âmbitos: administração, figurino, cenografia, caracterização, contraregragem, sonoplastia, direção, criação e redação de texto teatral, e interpretação nos mais variados estilos. Em seus quatro anos no Teatro Vila Velha e sob a direção de Echio Reis atuou nos espetáculos infantis O Boi e o Burro a caminho de Belém, Chapeuzinho Vermelho, O Jardim das Borboletas e Cinderela; nos espetáculos adultos A Revolução das Mulheres e As Tias; e nos espetáculos de rua O Pranto da Madona e A Via Sacra. Entre os anos de 1981 e 1983, mesmo ligado ainda ao Teatro Vila Velha, atuou nos espetáculos: Mãos Sujas de Terra, direção de Zoíla Barata (1982); Os Três Mosqueteiros, 1/4 Narcival Rubens dirigido por Yumara Rodrigues (1982); O Santo Inquérito, sob a direção de Fernando Guerreiro (1983); O Pirata Tubarão e as Esmeraldas do Índio Xavante, (1983) onde contracenou com Carlos Petrovick (também diretor do espetáculo) e Wilson Melo, ambos considerados como grandes referências para sua carreira. Ainda neste período, obteve o registro (DRT) de Radialista que o qualificou a começar a realizar trabalhos de produção e direção em programas da TV Aratu. Em 1984, Narcival Rubens contracenou com Frank Meneses e Nélia Carvalho no espetáculo Boca do Lobo, escrito por Geraldo Portela, sob a direção de Nilson Mendes. Já em 1985, mais afastado do teatro, passou a se dedicar ao trabalho na televisão, dirigindo e produzindo programas da linha de show da tarde e o noticiário Balanço Geral na TV Itapuã. Assim, no período de 1985 a 1989 também atuou como Locutor Apresentador nos programas de TV Vídeo Jovem e Show da Tarde. Na mesma época voltou-se para outra paixão, o teatro de rua, atuando na comédia O Sovaco da Cobra, dirigia por Antônio Pitanga. Em 1993 passa a chefiar o Departamento de Imagem e Som da Prefeitura Municipal de Salvador. Entre 1993 e 1995 desenvolveu trabalhos como free-lancer nas funções de diretor, produtor e editor de programas em produções de TV em Salvador e em São Paulo, até ser convidado por Deolindo Checucci, em 1996, para atuar sob a sua direção, no espetáculo Na Selva das Cidades, de Bertold Brecht. Em 1997, foi convidado pela diretora Carmem Paternostro para interpretar o personagem Sganarello, no espetáculo Don Juan (adaptação de Brecht para o clássico de Molière). Por sua atuação como Sganarello foi também premiado com o Troféu Bahia Aplaude de Melhor Ator. Em 1998, Narcival Rubens foi dirigido pela arrojada Nehle Frank no espetáculo Roberto Zucco (Bernard Marie-Koltès), espetáculo do Núcleo de Teatro do Teatro Castro Alves (TCA). Trata-se de uma experiência enriquecedora que o levou a perceber tanto as suas potencialidades quanto as suas "mais ocultas fraquezas como intérprete". No mesmo ano, e com temporada até 1999, atuou ao lado de Elisio Lopes Junior, Fernanda Paquelet, Zeca de Abreu e Renata Celidônio, na comédia Prisioneiros da Balanca, dirigida por Elisa Mendes. Em 1999, foi dirigido pela dupla Gideon Rosa e Tom Carneiro em Anjos no Espelho (texto de Gideon Rosa). Na mesma época, atuou em De Alma Lavada (adaptação de O Mandarim, de Eça de Queiroz feita por Cláudio Lorenzo), dirigida por Adelice Souza. 2/4 Narcival Rubens Em 2000, integrou o elenco da A.L. Produções, de Agnaldo Lopes, onde atuou em projetos de Teatro Empresa, tendo a oportunidade de exercitar-se também como diretor. Já em 2001, atou ao lado de Nilda Spencer na comédia dramática Ensina-me a Viver (Colin Higgins), dirigida por José Possi Neto. Em 2002 teve sua primeira experiência como autor, ao escrever o texto Lágrima Seca. O espetáculo teve uma curta temporada na Sala 5 da Escola de Teatro. Começou o ano de 2003 compondo o elenco do musical Maria Quitéria, escrito e dirigido por Deolindo Checucci. Atuou também no espetáculo Na Solidão dos Campos de Algodão (Bernard Marie-Koltès), ao lado de Gideon Rosa, dirigido por Adelice Souza. Entre 2005 e 2006, atuou em outro musical sob a direção de Deolindo Checucci: "Raul Seixas-a metamorfose ambulante", espetáculo de longa temporada e sucesso em Salvador. Já em 2007, substituiu o ator Marcelo Prado na comédia E ai, comeu? (Marcelo Rubens Paiva), dirigida pelo carioca Fernando Gomes. O período que vai de 2007 a2009, configura-se como um novo hiato na sua carreira no teatro, pois retorna à televisão desenvolvendo o trabalho de diretor de programas. Como o chamado do teatro era uma constante em sua vida, na mesma época encontra tempo para dedicar-se ao seu primeiro monólogo, interpretando o personagem Bira, no espetáculo A voz do Campeão (Edward Psssos e João Alfredo). Na mesma época, participou das montagens de A Paixão de Cristo (adaptação de João Sanches) e A Conspiração dos Alfaiates (texto de Cleise Mendes e Aninha Franco), ambas dirigidas por Paulo Dourado. Atualmente (2013) em fase de ensaios do espetáculo "Audição", texto de sua autoria, onde estará atuando ao lado de Nilson Mendes, sob a direção de Adriano Big. Destacam-se, entre suas experiências na televisão, as novelas Rosa Baiana (1979), Marcas da Paixão (2000), Porto dos Milagres (2001); as minisséries Odorico na Cabeça (1985) e O Pulo do Gato (2009); além da atuação nos especiais Caso Verdade Irmã Dulce (1982), Caso Verdade Afeto (1984) e Danada de Sabida (1996). No que se refere ao cinema, Narcival Rubes, entre outros trabalhos, participou dos curtas O Vento (1986), Maria (1987), Cegueira (2005), Bar (2007), Dez Centavos (2008), Velório (2009), Arremate por Atacado (2012); e nos longas Snake King (2003), Jardim das Folhas Sagradas (2006), Pau Brasil (2006), Estranhos (2007), O homem que não dormia (2009) e Aos Ventos que virão (2010). 3/4 Narcival Rubens Veja abaixo os vídeos dos trabalhso de Narcival Rubens. 4/4