A MORFOLOGIA NA CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS: A EVOLUÇÃO DA GRAMÁTICA A IMPORTÂNCIA DA NOMENCLATURA PASINATTO, Rubiamara1; WAHYS, Mariana 2 ; LINCK, Ieda Donatti 3 ; Palavras-Chave: GRAMÁTICA. VERBO. NOMENCLATURA Introdução O estudo das formas que serve para distinguirmos as classes de palavras é a principal função da Morfologia. Este trabalho aborda um aspecto importante dentro da classe gramatical Verbo, as definições de autores tradicionais, intermediários e contemporâneos sobre a classificação verbal. Levando em consideração que “o verbo é em português o vocábulo flexional, por excelência, dada a complexidade e multiplicidade de suas flexões” (CAMARA, 1970, p. 104) é importante destacar, antes de tudo, a formula geral da estrutura do vocábulo verbal português, definida pelo autor citado: T (R + VT) + SF (SMT = SNP). O radical e vogal temática formando o tema verbal e, sem seguida, os sufixos (modo – temporal e númeropessoal). A partir dessa informação é possível perceber mais claramente a divisão das classificações do verbo. Dessa forma, o objetivo principal desse estudo é promover uma reflexão críticacomparativa entre as abordagens de gramáticos de diferentes linhas, a fim de perseguir as divergências entre as conceituações, nomenclaturas, funcionalidade e utilização da classe em questão. 1 2 3 Acadêmica de Letras/Inglês da Universidade de Cruz Alta, Jornalista e Especialista em Linguística, Literatura e Ensino de Línguas; Acadêmica de Letras/Inglês da Universidade de Cruz Alta, Publicitária e Especialista em Linguística, Literatura e Ensino de Línguas; MSc. Professora do Centro de Ciências Humanas e Comunicação da Universidade de Cruz Alta. Metodologia Será feita a abordagem de cada gramático, analisado primeiramente, a classificação verbal proposta pelo documento oficial, a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB). Posteriormente o estudo se dá pelo levantamento do que dizem gramáticos tradicionais, intermediários e contemporâneos, respectivamente: Celso Cunha, Matoso Câmara, Ingedore Koch, Mauro Ferreira e Ernani Terra. Resultados e Discussões Apesar de utilizarem, atualmente, uma linguagem mais acessível e simplificada, os autores analisados continuam explorando as nomenclaturas, simplesmente, sem proporem reflexões sobre a possibilidade de criação e recriação sobre as formas previstas na língua. Os radicais seguem sendo ensinados como imutáveis a partir de nomenclaturas estabelecidas pelos gramáticos tradicionais. As explicações dos gramáticos atuais são expostas de maneira mais facilitada, atrativa e com dicas interessantes, mas na essência repetem a forma dos tradicionais: nomenclatura e definições. É registrado também entre as abordagens contemporâneas o ensino a partir de frases soltas ou palavras e a inexistência de sugestões de reflexões, o que poderia levar o aprendiz a pensar nas possibilidades de criação e recriação a partir do que é previsível na língua. Tais exemplos não promovem a capacidade de associar a gramática às situações cotidianas de comunicação. Conclusão A observância das normas é fundamental para garantir a organização e sobrevivência da Língua Portuguesa, mas como os gramáticos continuam trabalhando com abordagens que privilegiam essencialmente os nomes dos termos, fica a critério e responsabilidade do professor da área de Letras, buscar a melhor forma de contemplar os conteúdos. Referências CUNHA, Celso. Gramática de base. 2.ed. Rio de Janeiro: Fename, 1981. CAMARA, Joaquim Matoso Jr. Estrutura da Língua Portuguesa. 27. ed. Petrópolis: Vozes, 1970. FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar Gramática: Teoria, Sínteses das Unidades, Atividades Práticas, Exercícios de vestibulares – 2º grau. São Paulo: FTD, 1992. Nomenclatura Gramatical Brasileira Disponível em http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=ngbras SILVA E SOUZA, M. Cecília P.; KOCH, Ingedore Villaça. Linguística Aplicada ao Português: Morfologia.São Paulo: Cortez, 1999. TERRA, Ernani. Curso Prático de gramática. Reedição Revista e Atualizada. São Paulo: Scipicione, 1995.