Apresentação oral Relação de crenças e grau de envolvimento no tratamento educativo da diabetes mellitus Joyce Helena Souza Rosa¹; Marcelo Sant’Ana Fazza¹; Mariana Barbosa Leite Sérgio Ferreira¹; Mônica Cirelli Alves¹; Luciana Tirapani²; Fabiane Rossi dos Santos Grincenkov³ & Liga Acadêmica de Psicologia e Saúde (LAPS/CES). ¹ Discente do Curso de Psicologia do CES/JF; Membro da Liga Acadêmica de Psicologia e Saúde (LAPS/CES).² Assistente Social da Fundação IMEPEN (Instituto Mineiro de Estudos e Pesquisas em Nefrologia).³ Doscente do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, Psicóloga do IMEPEN e Tutora da Liga Acadêmica de Psicologia e Saúde. Palavras Chave: saúde coletiva. diabetes mellitus. educação em saúde. crenças. adesão. O presente trabalho faz parte das atividades da Liga Acadêmica de Psicologia e Saúde do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (LAPS/CES). A pesquisa foi realizada através de uma campanha de educação em saúde sobre o Diabetes Mellitus (DM) na Praça da Estação, Juiz de Fora-MG, feita pela Fundação IMEPEN (Instituto Mineiro de Estudos e Pesquisas em Nefrologia), em que os participantes foram submetidos à aferição do nível de glicemia e respondiam a um questionário contendo perguntas relacionadas às seguintes áreas: Farmácia, Nutrição, Enfermagem, Psicologia, Serviço Social, Educação Física, Odontologia e Comunicação Social. Foram aplicados 617 questionários, porém, serão apresentados apenas resultados da amostra de indivíduos que apresentam diabetes. As perguntas feitas pela psicologia foram: se o estresse influencia no controle da glicose, se o diabetes pode ser causado pelo fator emocional e se faz ou já fez tratamento psicológico. Dentre as perguntas feitas pelo Serviço Social destaca-se: se o paciente faz tratamento ou participa de grupos sobre diabetes mellitus. A partir dos questionamentos, eram fornecidas orientações visando a prevenção e a promoção de saúde. O mote principal da pesquisa foi correlacionar a relação entre o grau de envolvimento no tratamento educativo da diabetes, e as crenças que estão arraigadas ao saber popular sobre a doença. O DM é uma doença crônica que se instala quando o pâncreas deixa de produzir insulina ou as células param de responder à insulina que é produzida, fazendo com que a glicose não seja absorvida pelas células do organismo, causando o aumento dos seus níveis na corrente sanguínea. No Brasil, o DM é considerado uma patologia de caráter progressivo, a prevalência retrata um problema de saúde pública e fornece contribuições para o planejamento das ações de saúde. Na população urbana dos países em desenvolvimento, estima-se em 7,6% a amplitude de casos existentes. (Oliveira et al, 2010). A informação durante as campanhas de saúde devem ser de fácil entendimento, para que haja absorção do conhecimento e a satisfação do participante, desenvolvendo suas atitudes e habilidades, facilitando a autonomia, promovendo sua adesão, tornando-os capazes de entender como as próprias ações influenciam sua saúde, e favorecendo sua tomada de decisão, assim, a educação em saúde se torna uma forma de promover saúde. Nesse sentido, os educadores de saúde devem entender que, para as mensagens relacionadas com a saúde sejam eficientemente comunicadas, elas devem ser bem planejadas, precisas, relevantes, bem entendidas (Price; Everett, 1996 apud Moreira et al, 2003). No universo da saúde as crenças são definidas como ideias, conceitos, convicções e atitudes tomadas pelos pacientes que estão relacionadas à saúde ou doença e como estes fatores influenciam na qualidade de vida e na saúde dessas pessoas (Pontieri e Bachion, 2010). A compreensão do comportamento das pessoas na área de saúde sugerida por Rosenstock (1974), cujo modelo foi proposto por Becker (apud, Pontieri e Bachion, 2010). Trata-se do modelo de crenças em saúde (MCS) que inclui um forte componente de motivação e do mundo perceptual do indivíduo. Xavier, Bittar e Ataíde (2009) definem crença como o resultado da experiência, formada de convicções não fundadas racionalmente e que influenciam na conduta cotidiana. É evidente que, para orientar e estimular o autocuidado aos diabéticos, precisa-se conhecer suas crenças e, além disso, fazêlos conhecer como estas podem ser decisivas na forma como aprendem a se cuidar – componente cognitivo, decidem sobre como se cuidar − componente afetivo e passam a se cuidar – componente comportamental. REFERÊNCIAS Moreira, Maria de Fátima, Nóbrega, Maria Miriam Lima da, & Silva, Maria Iracema Tabosa da. (2003). Comunicação Escrita: Contribuição Pará a Elaboração de material de educativo em Saúde. Revista Brasileira de Enfermagem , 56 (2), 184-188. Oliveira, Fernanda Celedonio, Campos, Antonia do Carmo Soares, & Alves, Maria Dalva Santos. (2010). Autocuidado fazer nefropata diabetico. Revista Brasileira de Enfermagem , 63 (6), 946-949. Pontieri, Flavia Melo, & Bachion, Maria Márcia. (2010). Crenças de pacientes diabéticos acerca da terapia nutricional e sua influência na adesão ao tratamento. Ciência & Saúde Coletiva, 15(1), 151-160. Xavier, Antônia Tayana da Franca, Bittar, Daniela Borges, e Ataíde, Márcia Barroso Camilo de. (2009). Crenças não autocuidado in diabetes: implicações Pará a Prática. Texto & Contexto - Enfermagem , 18 (1), 124-130.