Educação em Acesso Venoso Periférico O conhecimento é a chave para entender as melhores práticas de acesso vascular. A equipe clínica da Christie (VeinViewer-Hemocat) reuniu alguns princípios básicos para fornecer um recurso valioso para os profissionais de saúde que atuam com acesso vascular. Fundamentos do Acesso Venoso Periférico A realização da punção venosa e a infusão intravenosa periférica estão entre as habilidades clínicas mais difícieis da prática assistencial. Nem todas as escolas de enfermagem oferecem habilidade prática suficiente, e os hospitais normalmente fornece oportunidades limitadas para a prática supervisionada. Mesmo para os profissionais experientes, a punção do acesso venoso periférico(AVP) pode ser um desafio dependendo do paciente e da sua patologia . Este guia especial é destinado para fornecer alguns recursos para as melhores práticas em acesso venoso periférico. Seleção de uma veia periférica para inserção de um catéter Para escolher uma veia adequada para punção venosa considere fatores do paciente, tais como : -Atuais diagnósticos médicos primários e secundários -Histórico médico -A idade, peso e a altura -A prática de atividade fisica -Mão dominante -Aparência das veias -Características da infusão dos medicamentos prescritos -Duração prevista do tratamento (isto requer uma boa comunicação entre os médicos e enfermeiros) Se a terapia está prevista para durar até 6 dias , um cateter venoso periférico pode ser uma opção adequada. Se a terapia durar mais de 6 dias, ou precisar de um cateter com mais vias deve ser considerado a inserção de um cateter central de inserção periférica(CCIP). Quando o fluido e os medicamentos prescritos têm um pH inferior a 5 ou acima de 9 e/ou a osmolaridade maior do que 600 Osm/litro, o acesso venoso central deve ser considerado. Quando os cateteres venosos periféricos são utilizados, os locais de punção recomendados são as áreas distais. Fazer a punção de veias da distal para o proximal aumenta a disponibilidade de locais para futura terapia intravenosa. Evitar locais de punção venosa distais ao local anterior, veias da fossa antecubital ou interior do pulso pois o fluido pode escoar para dentro do tecido subcutâneo deste local e causar infiltração e lesão do vaso. A superfície lateral do punho deve ser evitada aproximadamente de 10 a 12cm começando logo acima do polegar, pois pode ocorrer a lesão do nervo neste local. Em adultos é bom iniciar a avaliação da mão não dominante, isso permite o uso da mão dominante para as atividades rotineiras do dia a dia. Os adultos mais velhos que não têm turgor da pele, tecido subcutâneo diminuído apresentam maior desafio, e os vasos da mão geralmente não são ideais. Em pacientes pediátricos que não começou a andar, outras opções incluem os pés ou membros inferiores.Veias do couro cabeludo são utilizadas em lactentes jovens. O VeinViewer(visualizador de veias) pode ser muito útil nesses casos para escolher o melhor local para a punção. Lembre-se a inserção de um cateter periférico nos vasos da fossa antecubital restringe o movimento e tem um maior risco de lesão do nervo, assim como o risco de flebite. A utilização de cateteres periféricos de grande calibre pode facilmente impedir o fluxo de sangue em torno do catéter (a ocupação de 1/3 do vaso corresponde a diminuição de 50% do fluxo sanguíneo) aumentando o risco de danos mecânicos e químicos para a parede da veia. Procedimentos de curto prazo, como a injeção de contraste para a tomografia computadorizada pode exigir um calibre maior do catéter e da veia, no entanto a remoção logo após o procedimento irá reduzir o risco de complicações. Cada cateter só pode ser usado para uma tentativa de punção venosa. Se essa tentativa falhar, um novo cateter deverá ser usado. A tecnologia do VeinViewer pode fornecer informações valiosas sobre válvulas, bifurcações, e anomalias dos vasos. Essas áreas podem ser problemáticas em qualquer sentido, em qualquer área e em qualquer paciente. Estes desafios anatômicos não podem ser vistos a olho nu , nem sentidos na palpação. A escolha adequada do tamanho do cateter Cateteres sobre a agulha são escolhas ideais para as veias localizadas na mão e antebraço. Abaixo estão alguns exemplos de cateteres de calibre 24 (mais comuns em pediatria) e de calibre 18(utilizado em pacientes adultos). -Cateter 18 -Cateter 24 Catvariáveis. O A escolha do tamanho adequado do cateter periférico depende de diversas calibre 20 é o mais comumente usado na rotina de infusão de fluidos e medicamentos. Transfusões de sangue, pode ser infundida com segurança através de um catéter de calibre 22 em adultos. O uso de scalp deve ser evitada para todos os tipos de infusões. **Consulte as diretrizes hospitalares sobre tamanhos de cateters apropriados para atender a terapia de infusão prescrita. Dicas e truques para ajudar com veias difícies -Aquecimento do membro - Isto pode ser extremamente eficaz na vasodilatação dos vasos e trazê-los para mais proxímo da superfície da pele. O aquecimento do membro pode ocorrer atráves do uso de cobertores e uso de bolsas aquecidas. -Técnica de Torniquete(garrote) - Coloque um torniquete ( 10-15cm ) acima da área a ser avaliada. Lembre-se que o garrote não deve ser mantido por mais de 60 segundos no membro. -Toque suave na veia pode ajudar na vasodilatação e consequentemente em uma melhor avaliação, no entanto batida áspera ou tapa pode danificar a vasculatura. Complicações associadas ao acesso venoso 1-Hematomas ocorrem frequentemente quando a parede da veia é perfurada e ocorre infiltração de sangue no tecido subcutâneo. Isto também ocorre quando o catéter entra na veia mas continua através da parede do vaso(transfixação da veia). 2-Infiltração geralmente ocorre após a realização de uma infusão que causou irritação da veia. A parede da veia estpa mais frágil permitindo que o fluido saia da veia para o tecido. Isto pode ser prejudicial, especialmente se o medicamento administrado for vesicante. 3-Flebite é a inflamação da parede da veia. Geralmente ocorrerá acima ou abaixo do local de inserção. Causas mecânicas incluem calibre do dispositivo, estabilização inadequada do cateter e locais de inserção em áreas de flexão e articulação. Sinais e sintomas incluem vermelhidão e dor. 4-Tromboflebite é a formação de um coágulo após irritação da parede da veia, acima ou abaixo do local da inserção do cateter. Esta situação poderá ocorrer se o cateter for grande para o vaso e não permitir um fluxo sanguíneo adequado em torno do cateter, quando uma área de flexão ou articulação é utilizada ou quando o cateter não estiver adequadamente estabilizado. Outras causas incluem fluidos e medicamentos com propriedades irritantes, por exemplo, doses elevadas de cloreto de potássio ou vancomicina. Sinais e sintomas incluem dor, vermelhidão e cordão venoso palpável. 5-A lesão do nervo é a menos comum, mas pode ocorrer quando um cateter secciona um nervo durante a inserção ou compressão nos tecidos, devido à excessiva quantidade de fluidos. Este líquido pode vir de infiltração/extravasamento, tromboflebite ou um hematoma. Se um paciente se queixa de dor tipo choque elétrico, formigamento, um "alfinetada ou agulhada" sensação ou dormência, remova o cateter imediatamente e escolha um outro local. Evitar o lado da palma do pulso, pois tem muitos nervos superficiais e é uma área que é extremamente difícil de estabilizar o cateter. Utilizando o dispositivo de Near Infrared-NIR (luz quase infravermelha) para melhorar a visualização. Nenhum dispositivo de acesso venoso periférico pode evitar as potenciais complicações da terapia intravenosa periférica e nem garantir que a veia seja puncionada apenas em uma única tentativa. A tecnologia do VeinViewer pode fornecer um nível de informação sobre a avaliação que não está disponível a olho nu ou a palpação, sendo assim esse equipamento possibilita sucesso na primeira tentativa de punção e possibilita identificar as potenciais complicações como hematoma, infiltração e extravasamento. VeinViewer possui uma luz quase infravermelha(NIR) inofensiva, semelhante ao comprimento de onda da oximetria de pulso. A luz quase infravermelha NIR é projetada sobre a superfície da pele, a hemoglobina absorve a NIR os tecidos circundante dispersa, a imagem é processada 30x por segundo e projetada de forma digital e em tempo real. O VeinViewer possibilita observar veias periféricas é de até 10 mm de profundidade e até 15 mm de profundidade os padrões de sangue como hematoma, infiltração e hematoma. A profundidade de visualização depende da anatomia e condição de cada paciente** 1-Use o VeinViewer para avaliar várias áreas, procurando o melhor local para o acesso venoso periférico e garantindo o sucesso do procedimento. 2-Oclua o vaso, empurre o sangue no sentindo do coração e em seguida desoclua permitindo o reenchimento venoso, isso possibilita que você veja o fluxo sanguíneo e identifique as válvulas. Esta informação pode ajudá-lo a encontrar a melhor veia possível e fornecer a capacidade de avaliação adicionais que não seriam possíveis a olho nu. 3-Durante a colocação do cateter, use o VeinViewer para ajudar a detectar ocorrências que possam ocasionar alteração da sua técnica, como uma veia bailarina. Esses problemas podem ser resolvidos através de posicionamento adequado da veia. Esta etapa é fundamental para a punção venosa bem sucedida. Se aparecer um hematoma, o VeinViewer irá mostrar e o cateter deverá ser removido e puncionado em outro local. 4-Após a colocação do cateter venoso periférico, use o VeinViewer para ajudar avaliar a permeabilidade do vaso. Ao realizar o flush de solução salina, podemos visualizar o sangue sendo deslocado pela solução injetada. Você pode executar a mesma avaliação cada vez que você verificar o acesso intravenoso do paciente. O flush de algumas medicações pode resultar em uma alta dose desse medicamento na veia e pode ocasionar riscos. Lembre-se, nada é superior ao seu bom senso e avaliação clínica da veia. VeinViewer é uma ferramenta de imagem que fornece informações essenciais para que você possa tomar a melhor decisão na escolha de um local para punção venosa periférica. Para saber mais sobre acesso venoso periférico, entre em contato com um especialista clínico da Hemocat!