objetivo - et@llcorp 2001

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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
OBJETIVO
A partir da proposta de realização da montagem de esqueleto de um
organismo, nos propomos a realizar a montagem do esqueleto de uma rã. No presente
trabalho, objetivamos estudar a provável origem, morfologia externa e interna,
classificação taxonômica, característica comportamentais relacionadas a reprodução e
modo de vida das rãs.
ORIGEM
Descendem do ictiostega, um animal de pouco mais de 1m de comprimento,
considerado como o primeiro anfíbio a aparecer sobre a terra, o que ocorreu há 300
milhões de anos.
São batráquios (gr. batrakos, rã), anfíbios (gr. amphi, duplo + bios, vida) ,
porque vivem a primeira parte de sua vida somente dentro da água, da qual precisam
para viver e da qual retiram seus alimentos e o ar que respiram. Passam depois por
metamorfose completa e a viver, parte em terra e parte na água, da qual não se afastam
nunca, pois não podem viver sem ela e pecilotermos, porque sua temperatura corporal
varia de acordo com a temperatura do ambiente ou da água em que vivem, sendo
sempre, um pouco mais baixa do que ela. Por isso, está errado dizermos que as rãs são
“animais de sangue frio”.
Somente quando terminam a metamorfose, completando sua transformação de
girinos em rãs jovens, já formadas ou imagos, é que passam a viver, também em terra
e a respirar o ar diretamente da atmosfera. Mesmo assim continuam a depender da
água, sem a qual não podem viver, passando a maior parte de seu tempo dentro desse
elemento vital para elas, pois dele necessitam para limpar e umedecer sua pele,
respirar e absorver a água dela (pois as rãs não bebem água), obter alimentos e fugir
de seus inimigos.
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
CLASSIFICAÇÃO DAS RÃS NA ESCALA ZOOLÓGICA
Reino
Animalia
Subreino
Metazoa
Filo
Chordata
Subfilo
Vertebrata
Grupo
Gnathostomata
Superclasse
Tetrapoda
Classe
Amphybia
Subclasse
Batrachia
Superordem
Salientia
Ordem
Anura
Subordem
Faneroglosso
Família
Ranidae
Gênero
Rana
Espécie
Diversas
As rãs verdadeiras são as da família Ranidae, das quais só existe uma, no
Brasil, a Rana palmipes, conhecida no Norte como jia, sendo muito parecida com a
Rana viridis, a rã esculenta, a rã verde da Europa. São, também, chamadas de rãs, os
representantes da família Leptodactylidae, entre as quais temos, em nosso país, as
conhecidas rãs-pimenta: Leptodactylus pentadactylus, L. flavopictus e L.
labyrinticus, a maior rã brasileira, atingindo 500g. Temos, também, as conhecidas rãs
comuns e as paulistinhas: Leptodactylus ocellatus e L. macrosternum, cujas
desovas vão de 3000 a 4000 ovos, com média de 1500.
Existem mais de 45 gêneros e 560 espécies de rãs espalhadas por todo o
mundo, sendo que uma delas habita as geladas regiões do polo.
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
CLASSE AMPHIBIA
- Considerações gerais
Os anfíbios são vertebrados gnatostômios, tetrápodes, pecilotérmicos. Seu
corpo é revestido por pele nua, sem escamas e outros anexos. O coração possui três
câmaras e a circulação é incompleta; respiração branquial na fase larval e pulmonar
nos adultos; rim mesonefros.
Os anfíbios representam um importante passo na história evolutiva dos
vertebrados. Foram os primeiros a conquistar o ambiente terrestre, sendo que parte de
seu desenvolvimento ocorre na água, da qual dependem para a reprodução. Além
disso, sua pele nua, desprovida de anexos que evitam a dessecação, restringe sua
distribuição a ambientes muito úmidos, próximos a água. Como adaptações à vida
terrestre, os anfíbios possuem quatro membros locomotores, além de respiração
pulmonar nos adultos, embora esta última pouco eficiente.
Os anfíbios são dióicos, ocorrendo dimorfismo sexual em algumas espécies. A
fecundação é externa e o desenvolvimento indireto. Uma falsa cópula, com macho
sobre as costas da fêmea, é realizada dentro da água, a fêmea elimina um cordão
gelatinoso com milhares de óvulos sobre os quais o macho elimina os
espermatozóides. Dos ovos emergem larvas com brânquias, cauda e um grande saco
vitelínico preso à região ventral. A larva dos anuros-girino sofre metamorfose, com
regressão da cauda e substituição das brânquias por pulmões, além do
desenvolvimento das quatro patas. Nos ápodes, as patas não se desenvolvem,
permanecendo atrofiadas. Entre os urodelos a larva de certas espécies de salamandras
não completa a metamorfose, permanecendo no adulto as brânquias externas.
Diversidade
A classe dos anfíbios pode ser subdivida em três ordens:
Anura: anfíbios sem cauda ( sapos, rãs, pererecas);
Urodela: anfíbios com cauda ( tritão, salamandra);
Ápoda: anfíbios sem patas ( cecília ).
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
DIFERENÇAS ENTRE RÃS E SAPOS
RÃS
Pele lisa e brilhante;
SAPOS
Pele fosca, apagada, rugosa ou com
protuberâncias
Aspecto geral mais agradável;
Não possuem glândulas de veneno
desenvolvidas;
ou
(glândulas);
Possuem glândulas venenosas muito
desenvolvidas,
principalmente
Corpo mais delgado e mais comprido;
paratóides, atrás dos olhos;
Pernas mais compridas, principalmente
Corpo mais curto e grosso;
as traseiras
Dão grandes saltos;
Vivem mais na água e nadam muito
bem;
“caroços”
as
Pernas traseiras mais curtas;
Dão saltos pequenos: andam mais do
que pulam;
Vivem mais na terra e, em geral, só
Botam os ovos em massas gelatinosas,
sobre a água.
entram na água, para o acasalamento;
Botam os ovos dentro de longos
cordões gelatinosos, como um rosário,
também na água.
PERERECAS. Quanto às pererecas são, em geral, bem menores e mais
coloridas do que os sapos e as rãs. Possuem ventosas em todos os dedos.
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
ANATOMIA E FISIOLOGIA
As rãs são animais anfíbios, de pele nua, sexos separados, vertebrados, de
esqueleto interno, simétricos bilaterais, de circulação dupla, fechada e incompleta,
ovíparos, pecilotérmicos, de respiração branquial na primeira fase da vida e pulmonar
quando completam a metamorfose.
O corpo das rãs é dividido em cabeça, tronco e membros, além da cauda, antes
de terminar a metamorfose. Como todos os anura, têm o tronco largo, curto, cheio e
sem cauda. São tetrápodas, pois têm 4 membros locomotores, sendo os posteriores
muito mais desenvolvidos e compridos do que os anteriores, o que indica serem as rãs
adaptadas para o salto. A cabeça e o tronco estão intimamente ligados, não havendo
pescoço.
Na cabeça encontramos a boca bem fendida e larga, servindo para a passagem
dos alimentos. No focinho há duas narinas, uma de cada lado, pelas quais penetra o
ar. Os olhos são grandes, esféricos e saltados, um de cada lado da cabeça e possuem
uma pálpebra superior opaca e outra inferior, um pouco menor, além de uma terceira,
transparente, que pode se mover para cima, servindo para proteger os olhos,
mantendo-os sempre úmidos em terra e evitando seu contato direto com a água: é a
membrana nictitante. Logo atrás dos olhos encontramos o ouvido ou membrana
timpânica que é plana e serve para receber as ondas sonoras.
Os membros são em número de quatro, sendo os anteriores compostos pelo
braço, antebraço, pulso e mão, com 4 dedos em ponta e sem unhas. Em algumas
espécies, os machos possuem calosidades nos dedos, principalmente na época da
reprodução. Servem para que eles melhor se segurem às fêmeas durante o abraço. Os
membros posteriores são formados pela coxa, perna, tornozelo e pé com 5 dedos
terminados em ponta, sem unhas e com a membrana interdigital larga e fina a ligálos, formando verdadeiros pés-de-pato ou nadadeiras, o que as torna excelentes
nadadoras.
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
Pele ou Tegumento, as rãs têm o corpo todo revestido por uma pele fina, lisa,
nua, flexível, úmida e escorregadia, por ser viscosa. Não possui escamas e unhas e
tem uma série de funções, entre as quais: proteção contra elementos físicos ou
químicos, parasitas, doenças etc.; receber os estímulos externos como sensações de
calor, de frio, de dores etc.; respirar, principalmente nas rãs em sua primeira fase de
vida, quando elas o fazem somente através da pele, porque só possuem a respiração
cutânea; identificar os sexos; absorver água, pois as rãs normalmente não a bebem;
controlar o grau de concentração dos líquidos orgânicos; produzir, através de suas
glândulas mucosas, o muco destinado a mantê-la sempre úmida e permeável,
facilitando a respiração, cutânea, mesmo para as rãs adultas e que já possuem pulmões,
e produzir a cor, através dos cromatóforos. A pele das rãs possui uma camada
externa, a epiderme e outra interna, a derme, sendo esta bem mais espessa do que a
outra, além de possuir nervos, veias, artérias, capilares, sinus linfáticos etc. Sua
epiderme não é corneificada (endurecida) nas fases aquáticas, pouco na fase adulta e
possui numerosas glândulas mucosas espalhadas uniformemente pelo corpo, além de
outras serosas maiores e em menor número. As glândulas mucosas secretam um
líquido especial aquoso e incolor, encarregado de manter a pele sempre limpa, úmida,
viscosa e brilhante.
As células basais ou estrato germinativo produzem camadas sucessivas de
células que vão caminhando para a superfície, ficam achatadas e formam uma fina
camada endurecida (corneificada). Mais ou menos uma vez por mês, no verão, formase uma nova camada por baixo da primeira. Quando isso acontece, a camada velha fica
toda solta, arrebenta-se na superfície dorsal e as rãs a retiram pela mãos e pelos pés,
inteiras como se fosse um macacão aberto nas costas e, em geral, o engolem. É a esse
fenômeno que denominamos de muda.
A cor das rãs varia bastante de acordo com a espécie, idade, fase de vida,
ambiente etc. É causada principalmente pela presença de pigmentos em sua epiderme,
os cromatóforos, bem como devido à reflexão e à absorção dos raios luminosos. De
acordo com a cor do seu pigmento, os cromatóforos podem ser divididos em
melanóforos ( pretos ou castanhos), xantóforos ou lipóforos (amarelos e vermelhos)
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
e guanóforos ou leucóforos, quando possuem a guanina que é uma substância
brilhante.
Os cromatóforos são, também, os responsáveis pelas mudanças de cores de
acordo com o ambiente (mimetismo), uma forma de defesa das rãs. Essas mudanças
de cor são induzidas por diversos fatores e parte delas até mesmo através dos olhos,
pois já está provado que rãs cegas não mudam de cor. Os pigmentos ou a sua
composição para produzir as cores são controlados por determinados hormônios das
glândulas pituitária, adrenais e, em parte, pelo sistema nervoso.
ESTRUTURA INTERNA
Quando “abrimos” uma rã pela sua face ventral, encontramos uma grande
cavidade, o celoma, dentro da qual se encontram os órgãos internos ou vísceras. Como
elementos dessa cavidade, temos o peritônio que é uma membrana lisa e transparente
forrando toda a cavidade e revestindo os órgãos internos. No primeiro caso é chamado
peritônio parietal, no segundo, visceral e quando forma folhas duplas, se denomina
mesentério, que serve para manter suspensos alguns órgãos e para levar, a eles, os
vasos e nervos que os vão nutrir e animar. No celoma, encontramos o coração em
forma de pêra, avermelhado e recoberto por uma membrana, o pericárdio; os pulmões,
que são dois sacos elásticos situados ao lado do coração; o fígado dividido em 3
lóbulos arredondados, de cor castanha e com sua vesícula biliar em forma de saco,
aparentando uma cor esverdeada da bile que contém; o esôfago, que é um tubo elástico
acima do fígado digestivo, fica ao lado esquerdo e é esbranquiçado; o intestino
delgado é fino e enovelado; o intestino grosso ou reto; o pâncreas de cor
esbranquiçada, localizado na parte anterior do intestino delgado; o baço, vermelho e
arredondado, atrás do estômago, os rins, em número de dois, de cor escura e forma
alongada, ficando um de cada lado e na face ventral da coluna vertebral sendo, por
isso, chamados de mesonéfricos; a bexiga, uma saco elástico e transparente deixando
ver a urina em seu interior, fica na parte posterior do celoma; as glândulas sexuais ou
genitais situadas entre os rins e os intestinos e a cloaca, na qual desembocam os canais
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
genitais e renais, além do reto e que se comunica com o exterior através de uma
abertura, o ânus.
Nos machos encontramos dois testículos pequenos, em forma de feijões e um
corpo adiposo ramificado, enquanto que, nas fêmeas, há dois ovários cheios de óvulos,
os dois ovidutos longos, enovelados e esbranquiçados e os corpos adiposos, também,
ramificados.
ESQUELETO
Nos girinos novos, ele é todo formado por cartilagens e, mais tarde, algumas
de suas partes se ossificam. Nas rãs adultas o esqueleto é todo ósseo, embora ainda
haja algumas partes cartilaginosas, principalmente no crânio. O esqueleto das rãs é
interno, sendo suas funções como uma armação para sustentar o corpo; proteger
diversos órgãos; servir como ponto de alavanca para os movimentos e oferecer pontos
para a inserção dos músculos empregados no movimento. O esqueleto pode ser
dividido em axial e apendicular, sendo o primeiro formado pelo crânio, coluna
vertebral ou espinhal e esterno, não existindo costelas. O crânio é uma estrutura
complexa formando, inclusive, o esqueleto da cabeça e serve para sustentar e proteger
o cérebro, os órgãos sensoriais e parte dos aparelhos respiratórios e digestivo. Liga-se
à coluna vertebral pelos seus dois côndilos que se articulam com o atlas que é a única
vértebra cervical das rãs. É largo, achatado, um tanto plano, não apresentando partes
salientes ou cristas. Possui os seguintes ossos: 1 esfenóide, 1 etmóide, 2 frontais, 2
parietais, 2 ocipitais e 2 temporais. Temos, ainda, o maxilar superior e o maxilar
inferior ou mandíbula, ambos simples arcos pouco desenvolvidos. O crânio possui 6
orifícios simétricos, sendo 2 orbitrários, para os olhos, 2 auditivos para os ouvidos e 2
nasais para as narinas, sendo por eles que penetra o ar.
A coluna vertebral é um verdadeiro eixo situado na linha mediana do corpo,
desde o crânio até a região caudal. É formada por uma série de ossos articulados
denominados vértebras. É em seu interior e ao longo do seu comprimento que passa a
medula espinhal. Nas rãs, que possuem a menor coluna vertebral, ela se divide em
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
cervical, com uma única vértebra, o atlas; torácica, com 7 vértebras e sacra, também
com uma só vértebra, num total de 9 vértebras, além do uróstilo que é um osso
comprido, situado na região caudal.
A vértebra sacra possui largas apófises (prolongamentos), com as quais se
articulam os ossos da bacia (íliacos). É, portanto, curta e pouco flexível devido ao
pequeno número de segmentos. Nos espaços entre as vértebras, unindo aos seus
corpos, existe uma cartilagem que é soldada na vértebra anterior ou procélica.
O esterno é uma placa óssea e comprida, formada principalmente por
cartilagem. Fica situado na face ventral média e central do tórax, sendo ligado à
cintura escapular, pelo osso coracóide.
O esqueleto apendicular é formado por ossos dos membros, que se unem ao
corpo do animal por meio de duas cinturas denominadas escapular, para os membros
anteriores e pélvica, para os membros posteriores. A primeira protege os órgãos
internos, serve de apoio aos membros anteriores, é formada na face dorsal pelas pelas
omoplatas e supra-escápulas, que são cartilaginosas, e na face ventral, pelas
clavículas estreitas e os coracóides mais largos, estes últimos ligados ao esterno. É no
ponto de encontro da omoplata com os coracóides que encontramos a cavidade
glenóide, na qual se articula o úmero. A segunda, pélvica, é estreita, ligando os
membros posteriores à coluna vertebral. É formada pelo ílio que é mais comprido, o
ísquio e o pubis que se encontram formando uma cavidade, o acetábulo, na qual se
articula a cabeça do fêmur. As rãs têm uma particularidade, talvez única entre os
vertebrados, em relação a esses ossos que são muito desenvolvidos, principalmente o
ílio, porque possuem duas cavidades cotilóides, nas quais se articulam os fêmures,
permitindo que os seus membros posteriores imprimam impulsos rápidos ou não a seu
corpo, possibitando que elas andem aos pulos e saltem a grandes distâncias. Os dois
ílios são fixados por suas extremidades anteriores às apófises (pontas) da vértebra
sacra e seguem aos lados do uróstilo. Embora os seus tamanhos e suas articulações
variem, os membros das rãs possuem os mesmos ossos que os dos vertebrados. Os
membros anteriores são sempre bem mais curtos do que os posteriores e têm como
base o úmero, que é um osso correspondente à região do braço; rádio e cúbito ou
ulna, no antebraço e que, nas rãs, são soldados um no outro; carpos, na região dos
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
punhos, em número de seis ou sete, em duas séries, permitindo que as rãs movimentem
as mãos em todos os sentidos; metacarpos, correspondentes às mãos, com quatro
ossos bem desenvolvidos e um quinto rudimentar, correspondendo ao polegar;
falanges, as bases ósseas dos quatro dedos e em número de duas a quatro.
Os ossos dos membros posteriores são: fêmur, bem longo, é o osso da coxa;
rótula rudimentar e cartilaginosa; tíbia e perôneo ou fíbula, base da perna, são
soldados um no outro; tarsos, os ossos do tornozelo; metatarsos, que formam os pés,
são cinco pequenos ossos e as falanges, as bases dos dedos dos pés. Os membros
posteriores são muito maiores em suas partes e ossos a elas correspondentes. De
acordo com a sua função temos, no esqueleto, os ossos fixos, ligados uns aos outros
por suturas que permanecem cartilaginosas por toda a vida das rãs e os ossos móveis,
unidos por ligamentos, músculos e tendões que os movimentam.
SISTEMA MUSCULAR
Os músculos das rãs são branco-rosados e servem, não só para revestir o
esqueleto mas também para executar todos os movimentos do corpo, devido às suas
propriedades de contração e extensão, obedecendo a estímulos vindos do cérebro
através de nervos motores que os excitam. As rãs possuem três tipos de músculos:
lisos, também chamados músculos viscerais, entram na formação das túnicas que
formam as paredes das vísceras, artérias, veias, capilares etc., são de contração lenta e
não dependem da vontade do animal, podendo ser chamados de automáticos, porque
funcionam sempre que necessário; estriados, de contração rápida, funcionam de
acordo com a vontade, tendo cada um deles suas funções bem de acordo com a
vontade, tendo cada um deles suas funções bem definidas, sendo designados, também,
por músculos somáticos, voluntários ou esqueléticos, porque são inseridos nos ossos
do esqueleto, formando o aparelho locomotor. São chamados de estriados, porque são
formados por fibras estriadas paralelas, unidas por tecido conjuntivo; cardíaco, que é
uma variedade especial de músculo estriado, seu funcionamento não depende da
vontade e forma as paredes do coração.
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
SISTEMA DIGESTÓRIO
Como todos os animais, as rãs precisam de alimentos para a sua manutenção, e
para a sua reprodução, além de servirem para reparar os desgastes ou perdas do
organismo. Os alimentos para as rãs podem ser animais, vegetais ou minerais. São,
portanto,
bastante
variados
e
complexos,
precisando
sofrer
determinadas
transformações para se tornarem assimiláveis pelo organismo. Essas modificações são
causadas pelos processos físicos e químicos da digestão e sem as quais eles não podem
ser aproveitados. O trato digestivo nada mais é do que um tubo começando na boca e
terminando em uma cloaca, sendo nele realizadas a ingestão, a digestão, a absorção e a
ejeção dos alimentos. É dividido em boca, cavidade bucal, faringe, esôfago, estômago,
intestino e cloaca e fica situado na região ventral da coluna vertebral. Seus órgãos
anexos são a língua, os dentes, as glândulas orais (pequenas e espalhadas pela boca), o
fígado e o pâncreas. As rãs não possuem glândulas salivares.
A boca é uma abertura bem fendida e bem desenvolvida, guarnecida por lábios
não carnosos e sem controle muscular. A cavidade bucal é muito ampla, limitada pelos
maxilares superior e inferior e toda “forrada” pela mucosa bucal.
A faringe se
comunica com o esôfago. Nas rãs já formadas, como não possuem o diafragma (
músculo da respiração ), o assoalho da cavidade bucal é utilizado na respiração,
baixando e levantando como se fosse um fole, para insuflar o ar para os pulmões. A
língua localiza-se na parte inferior do assoalho da cavidade bucal. Serve para a
apreensão e ingestão dos alimentos, mas atua, também, como um órgão dos sentidos. É
comprida, achatada, bífida, carnosa, mucosa, pegajosa e protátil, isto é, a rã pode
dobrá-la e lançá-la para a frente, da boca para fora, rapidamente, para pegar insetos. Os
dentes são pequenos, finos e cônicos, fixados ao maxilar superior (dentes maxilares) e
outros grupos nos ossos vomerianos e palatinos. Servem apenas para a apreensão, pois
as rãs não mastigam, engolindo diretamente os alimentos.
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
As coanas são duas pequenas estruturas situadas perto dos dentes vomerianos
e servem para a passagem do ar que penetra pelas narinas, para o interior da cavidade
bucal, de onde é insuflado para os pulmões.
O alimento, ao deixar a cavidade bucal, passa pela faringe e chega até o
esôfago, que é um tubo curto e musculoso que por meio de contrações conduz o
alimento até o estômago. Nas rãs, o estômago é muito simples, sendo apenas uma
dilatação do tubo digestivo, como uma espécie de saco de paredes membranosas e
musculosas. Por meio de contrações, mistura o seu conteúdo e “moi” os alimentos.
Absorve alguns alimentos, mas a maior parte é absorvida pelo intestino. O intestino
situa-se na parte terminal do trato digestivo, sendo enovelado, exceto na região retal ou
reto que é bem mais larga e termina em uma cloaca. As rãs possuem os intestinos
delgado e o grosso.
O fígado é maior glândula do organismo, e atua produzindo bile e a lança no
intestino. Como anexo do fígado temos a vesícula biliar. O pâncreas é uma glândula
mista, e secreta enzimas digestivas e, também, a insulina que é lançada ao sangue e
regula o metabolismo da glicose.
DIGESTÃO
É o fenônemo que, através de processos mecânicos, físicos e químicos,
transforma os alimentos em substâncias assimiláveis pelo organismo. O processos
mecânicos, no caso das rãs, são a apreensão, a deglutição e os movimentos
involuntários que se processam no esôfago, estômago e intestinos, pois as rãs não têm
os movimentos de mastigação.
Deglutição é a passagem dos alimentos através da faringe, da cavidade bucal
para o esôfago, o que é facilitado pelas glândulas orais, além da língua e dos músculos
constritores da faringe.
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
O trato intestinal realiza diversos movimentos, sendo o mais comum o
movimento peristáltico, que é ondular e realizado por estômago e intestinos e que vão
“empurrando” o alimento forçando-o a percorrer todo o trato digestivo até a absorção
da parte assimilável e à eliminação da parte não assimilável, sob a forma de fezes,
através da cloaca e ânus.
Os processos químicos da digestão são a digestão gástrica no estômago, onde
os alimentos são atacados pelo suco gástrico que é composto por muco, ácido
clorídrico e três enzimas, das quais a mais importante é a pepsina, encarregada da
digestão das proteínas. A renina age sobre a caseína que é a proteína do leite e a lipase
gástrica, sobre as gorduras. Como o suco gástrico tem um grande poder de digestão, se
a mucosa gástrica não fosse protegida por uma grande quantidade de muco por ela
elaborada, seria destruída pelo próprio suco que produz. Devido aso seus movimentos,
o estômago age como um misturador, transformando todo o conteúdo estomacal em
um material semi-fluido denominado quimo. A secreção do suco gástrico é iniciada
por influências psíquicas, quando o animal vê o alimento, sente seu cheiro ou então o
seu gosto e o engole, ou seja, estímulos que abrem o seu apetite. Também a presença
do alimento no estômago e depois o quimo, no intestino, podem estimular a produção
do suco gástrico. Quando o quimo ou bolo alimentar penetra no intestino sofre o
ataque da bile elaborada pelo fígado e dos sucos pancreático e intestinal ou entérico
realizando-se, então, a digestão intestinal ou entérica. Completada a digestão, os
alimentos estão prontos para serem assimilados, o que ocorre principalmente através
das paredes intestinais, passando os elementos assimiláveis para os vasos sangüíneos e
linfáticos. Devemos notar, porém, que a água e os sais minerais são absorvidos sem
nenhuma alteração, pelos vasos capilares.
APARELHO RESPIRATÓRIO
Respiração é o processo pelo qual o ar é introduzido no corpo, o seu oxigênio
fornecido ao organismo e o gás carbônico ou dióxido de carbono resultante do
metabolismo é eliminado.
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
Como partes principais desse aparelho, nas rãs, temos as brânquias, nas fases
de embriões, larvas ou girinos, a mucosa da cavidade bucal, a pele e os pulmões
rudimentares que são simples sacos finos e elásticos com as paredes internas
pregueadas. Todos esses órgãos possuem epitélios (superfícies) úmidos localizados
diretamente sobre vasos sangüíneos.
Respirações branquial e cutânea - Em suas fases embrionárias e larvária, as
rãs respiram através de 3 pares de brânquias compostas por filamentos que formam
uma superfície respiratória diretas por filamentos que formam uma superfície
respiratória diretamente sobre uma rede de vasos sangüíneos. São prolongamentos
muito finos e delicados do epitélio da faringe e têm as mesmas funções dos pulmões
ou da pele, como órgãos da respiração. Mais tarde aparece o opérculo, que é uma
dobra da pele e que vai recobrindo as brânquias que, de externas que eram, passam a
ser internas e a terem contato com o exterior somente através de um orifício chamado
espiráculo. Com a evolução, as brânquias vão se atrofiando e são substituídas pelos
pulmões. Naturalmente, enquanto só possuem as brânquias, as rãs só podem respirar
dentro da água, o que também fazem através da pele, porque possuem a respiração
cutânea, de grande importância para elas e sem a qual não podem viver.
Respiração pulmonar - Os órgãos da respiração pulmonar são os pulmões, os
brônquios muito curtos, a laringe bem reforçada por cartilagens e que possui duas
faixas elásticas, as cordas vocais, e a traquéia. Com uma expulsão forçada de ar, as
cordas vocais entram em vibração, produzindo um som peculiar que é o coaxar e cuja
altura varia de acordo com as tensões dessas cordas e a existência de sacos vocais.
Somente os machos coaxam, sendo as fêmeas mudas ou produzindo sons quase
imperceptíveis.
Mecanismo da Respiração Pulmonar das Rãs - As rãs não inspiram o ar
como o fazem os outros vertebrados como os mamíferos, por exemplo, ocorrendo da
seguinte maneira: a glote se fecha; o chão da cavidade bucal é abaixado; o ar é
aspirado pelas narinas que se comunicam diretamente com a cavidade bucal através
das passagens denominadas coanas; as narinas são fechadas por meio de válvulas; a
glote se abre e o ar fica “preso” dentro da boca; o assoalho da cavidade bucal é
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
elevado, servindo como um verdadeiro fole, insuflando o ar para os pulmões. O ar,
portanto, é engolido (deglutido). A eliminação do ar já respirado ou gás carbônico, é
feita por compressão dos músculos do corpo das regiões torácica e abdominal e
devido, também, à elasticidade dos pulmões, saindo através das narinas e cavidade
bucal, pois as rãs não possuem o diafragma, que é o músculo da respiração em outros
animais.
Nas rãs, no entanto, a respiração é realizada principalmente através da pele
que é muito irrigada pela rede sangüínea. Como a mucosa da cavidade bucal tem,
também, função respiratória, uma grande parte da respiração é feita apenas com a
entrada de ar nesse local, pois aí mesmo se processa a respiração, com as trocas
normais através de sua mucosa úmida.
A respiração cutânea, como já mencionamos, é de vital importância para as
rãs, principalmente no inverno, quando elas hibernam nos climas frios. Podemos
concluir, pelo exposto, que as rãs possuem as respirações cutânea, branquial,
pulmonar e buco-faríngea.
APARELHO CIRCULATÓRIO
As rãs, como todos os vertebrados, possuem um sistema circulatório fechado,
que se divide em sangüíneo e linfático e cujas importantes funções são transportar o
oxigênio do aparelho respiratório a todos os tecidos e células do corpo; retirar o gás
carbônico do organismo, eliminando-o através das brânquias ou dos pulmões, da vias
aéreas superiores e da pele; transportar os alimentos ou produtos assimilados através
das vilosidades intestinais e a água absorvida pela pele, e distribuí-los para todas as
partes do organismo; levar de um lugar para outro, de acordo com as necessidades, os
alimentos em reserva no organismo; retirar os produtos catabólicos (detritos que
devem ser eliminados) transportando-os para os órgãos excretores, os excessos de água
e de sais, para que sejam eliminados do organismo; distribuir os hormônios internos
das glândulas para os locais em que devam ser utilizados; intervir para a manutenção
da temperatura normal do corpo; controlar o grau de hidratação dos tecidos; proteger o
animal de doenças, através dos anticorpos existentes no soro do sangue; permitir que
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os animais sejam protegidos por vacinações; possibilitar a administração de soros e de
medicamentos etc.
O aparelho circulatório sangüíneo é formado pelo coração, pelas artérias, pelos
vasos capilares, pelas veias e pelo sangue. Nos adultos, o tipo de circulação é fechada
e dupla, porque o sangue vai duas vezes ao coração (circulação pulmonar e a que vai
as outras partes do corpo) e incompleta, porque o sangue venoso se mistura, em parte,
com o arterial, dentro do coração.
O sangue é mais ou menos viscoso, de cor vermelha e possui hemácias
nucleadas maiores do que as dos mamíferos. O sangue bombeado pelo coração circula
por todo o organismo através das artérias e capilares, retornando ao coração, pelas
veias.
O coração está localizado na parte média superior do tórax, atrás do esterno e
entre os pulmões é o principal órgão do aparelho circulatório. É de forma cônica e oco,
formado por câmaras que se interligam. Na sua fase larvária, o sistema circulatório das
rãs é semelhante ao dos peixes e seu coração possui somente duas cavidades: uma
aurícula e um ventrículo. Depois da metamorfose, seu coração se modifica e passa a
ter duas aurículas, um ventrículo, o seio venoso e o tronco arterioso. A aurícula direita
recebe somente sangue venoso e a esquerda só sangue arterial, enquanto que o único
ventrículo recebe os dois tipos de sangue. Do ventrículo, os sangues arterial e venoso
misturados, este em menor proporção do que o outro, saem do ventrículo pelo bulbo
aórtico que se divide em dois ramos e estes, por sua vez, em três pares de artérias,
sendo duas carótidas que vão para a cabeça, 2 pulmocutâneas que vão para os pulmões
e pele (respiração cutânea) e 2 aortas que se separam e depois se unem formando a
aorta abdominal para irrigar a região inferior do corpo, como fígado, estômago,
intestino etc.
O sistema linfático serve para transportar a linfa das vilosidades intestinais
para certas veias do sistema circulatório sangüíneo. É composto de vasos linfáticos,
sacos linfáticos, que se localizam entre a pele e a musculatura, os gânglios linfáticos,
corações linfáticos e a linfa.
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
EXCREÇÃO
Para viver, os animais necessitam de alimentos e ingerem os mais variados
tipos em qualidade e composições e em quantidades as mais variadas. Nem todo
alimento ingerido, no entanto, é aproveitado ou assimilado pelo organismo, sendo
necessário que o excedente seja eliminado. Também substâncias nocivas ou
medicamentosas devem ser expulsas do organismo, o mesmo ocorrendo com certos
elementos como detritos ou resíduos orgânicos produzidos normalmente e que também
devem ser eliminados (catabolismo), pois não sendo expulsos, esses elementos
certamente provocarão distúrbios mais ou menos graves, doenças e até a morte do
animal.
APARELHO URINÁRIO - Os rins são os principais órgãos excretores, e estão
presentes nas rãs em número de dois, um de cada lado da coluna vertebral. Os rins são
como verdadeiros filtros com uma extraordinária capacidade seletiva, “filtrando” o
sangue e dele retirando e eliminando do organismo o excesso de água absorvida por
osmose através da pele, os detritos metabólicos, principalmente o ácido úrico e a uréia,
bem como sais minerais, substâncias tóxicas etc., através da urina. As rãs possuem
bexiga urinária, que é uma bolsa elástica, de paredes finas e transparentes, formada por
músculos e membranas, desembocando diretamente na cloaca.
Para termos uma idéia da importância do aparelho excretor e das suas funções,
basta mencionarmos que uma rã, em dias quentes, pode eliminar, em urina, até 1/3 de
seu próprio peso vivo.
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APARELHO REPRODUTOR
As rãs são animais de sexos separados (unissexuados), isto é, possuem um só
sexo, sendo o animal ou macho ou fêmea. Na primeira fase do seu desenvolvimento
embrionário, no entanto, não há diferenciação das glândulas sexuais e, por isso, o sexo
ainda não foi definido, o que só ocorre mais tarde, devido à ação dos cromossomas e
dos hormônios sexuais, fazendo com que apareçam os testículos ou os ovários.
O aparelho reprodutor das rãs é composto pelos seguintes órgãos: gônadas ou
glândulas sexuais (testículos ou ovários) encarregadas da produção dos gametas
masculinos ou femininos, isto é, espermatozóides ou óvulos, além de hormônios
sexuais; dutos ou condutos genitais, que são as vias ou caminhos que os
espermatozóides e óvulos percorrem até ao exterior, para que haja a fecundação, sem a
qual não há reprodução.
Nos machos, o aparelho reprodutor é formado por testículos, que são duas
glândulas ovóides situadas na região caudal. Há, também, os dutos ou canais eferentes
pelos quais passam os espermatozóides para atingir os tubos uriníferos situados na
parte anterior dos rins. Dos tubos uriníferos, os espermatozóides passam para os
ureteres que são canais comuns aos aparelhos urinários e reprodutor. Portanto, os
testículos e os rins estão intimamente ligados, não só anatômica, mas fisiologicamente.
Os testículos possuem, ainda, um corpo adiposo que fornece uma reserva alimentar
que intervém, não só na formação dos gametas mas também na alimentação das rãs
durante os períodos em que não se alimentam bem, como na época da reprodução ou
da hibernação, quando for o caso. Os machos não possuem aparelho copulador.
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Nas fêmeas, o aparelho reprodutor é constituído pelos ovários, que se
localizam na região renal e também possuem corpos adiposos como os testículos, os
ovidutos, que são canais longos e sinuosos, e o útero.
Embora os ovários,
normalmente, sejam pequenas massas acinzentadas ou esverdeadas, quando chega a
época da reprodução ou desova, eles aumentam muito, atingindo várias vezes o seu
tamanho normal, pois se enchem de milhares de óvulos que se apresentam como
pequenos pontos ou grãos pretos. Na época de reprodução, quando os óvulos estão
“maduros” devido à ação de um hormônio, os folículos se rompem libertando os
óvulos.
SISTEMA NERVOSO
Desempenha três importantes funções: serve como meio de comunicação do
organismo com o meio exterior, para que o animal possa achar alimentos, encontrar o
companheiro para a reprodução e para que possa se proteger, inclusive dos seus
inimigos; coordena as funções vitais do organismo e é o centro da memória e da
inteligência, que têm a sede no cérebro sendo, por isso, funções do sistema nervoso.
As rãs possuem um cérebro relativamente pequeno e um cerebelo muito rudimentar,
em forma de lâmina. Os seus lóbulos ótico e olfativo são bem desenvolvidos.
GLÂNDULAS
A maior glândula do organismo é o fígado, que secreta a bile. Nas rãs,
revestem-se de grande importância as glândulas mucosas e serosas da pele, pois têm
uma grande atuação para manter a pele nas melhores condições possíveis, para que
possa ser realizada a respiração cutânea, sem a qual elas não podem viver. As
glândulas de secreção interna ou endócrinas são totalmente diferentes umas das outras
e se encontram espalhadas por todos o corpo. As principais glândulas de secreção
interna são: hipófise, tireóide, pâncreas e adrenais.
ORGÃOS DOS SENTIDOS
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Nas rãs, eles podem ser classificados em receptores viscerais, os que recebem
as sensações do próprio corpo e são representados por terminações nervosas que
alcançam as vísceras e receptores somáticos, os que recolhem para o corpo, os
estímulos ou sensações exteriores como luz, sons, toques, pressões, calor etc. Os
receptores são ligados a nervos sensitivos e provocam impulsos nervosos que são
transmitidos ao sistema nervoso central.
As principais estruturas da visão são os olhos, pálpebras, glândulas lacrimais,
o que não ocorrem com os anfíbios aquáticos. Além disso, existe um músculo especial,
o retrator bulbi, que permite às rãs retrairem o globo ocular, devido ao rebaixamento
do teto da cavidade bucal.
Esse músculo serve, não só para proteger os olhos desses animais como,
também, para a deglutição e os movimentos respiratórios. Os órgãos ou a sede do
olfato são os sacos nasais que possuem células sensoriais em cápsulas olfativas. As rãs
sentem gosto através de botões gustativos situados na língua. As rãs, como todos os
vertebrados, possuem terminações nervosas em toda a superfície da pele, o que as faz
sentir, não só o contato com os outros seres e objetos mas também sensações de dor,
frio, calor etc. No caso dos anfíbios terrestres como as rãs, em sua forma larvária
(girinos), temos a linha lateral, que é um orgão sensorial, uma de cada lado, correndo
ao longo do corpo do animal.
A audição nas rãs é muito desenvolvida. As principais estruturas relacionadas
a audição são a columela (osso do ouvido médio), tímpano, ouvido interno.
REPRODUÇÃO
As rãs são de reprodução externa, porque a fecundação é realizada fora do
corpo da fêmea e os ovos são “incubados” no meio exterior. Não há nenhum contato
direto entre os órgãos genitais da fêmea e do macho.
No Brasil, as rãs se reproduzem durante vários meses, indo a temporada de
reprodução de agosto a janeiro ou até abril ou mesmo maio do ano seguinte sendo,
portanto, de mais ou menos 8 meses.
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As rãs são animais solitários que só se reúnem na época de acasalamentos. Por
isso, quando chega o período de reprodução, os machos começam a coaxar, dando
“mugidos” para chamar as fêmeas para o “abraço”. Quando elas estão “prontas”, isto
é, com os óvulos maduros nos ovários, e já em condições de desova, atendem a esses
chamados “amorosos” e saem em direção aos coaxados. Tão logo se encontram, o
macho salta sobre o dorso da fêmea, montando-a e abraçando-a pela axilas peitorais,
com um forte abraço. Além disso, as verrugas nupciais o ajudam a se firmar sobre a
fêmea, evitando que deslize em seu corpo escorregadio.
O reflexo do abraço faz com que o macho se mantenha abraçado a fêmea, às
vezes, por vários dias. Esse reflexo é tão intenso, que ele não larga a fêmea, mesmo
que seja queimado ou mutilado. É importante sabermos que o macho não tem órgão
copulador e que e não há superposição ou mesmo contato entre as cloacas da fêmea e
do macho e que a eliminação dos óvulos, pela fêmea e a ejaculação dos
espermatozóides, pelo macho são totalmente independentes, embora mais ou menos
simultâneas, pois, à medida que os óvulos vão saindo, o macho os vai fecundando na
água sendo, portanto, uma fecundação externa.
Fecundação - Assim que os óvulos começam a ser postos pela fêmea, o que
se chama ovuliposição, o macho começa a ejacular, lançando sobre eles o seu sêmen,
no qual se encontram os espermatozóides que se dirigem para os óvulos e neles vão
penetrando, fecundando-os.
Eclosão e desenvolvimento dos embriões - No 3º ou 4º dias, rompe-se a
membrana que recobre os ovos libertando os embriões, ocorrendo a “eclosão”. Eles
são muito parecidos com os peixes récem-nascidos e essa forma de peixe vai se
acentuando. Possuem um aparelho auditivo rudimentar e só sentem as vibrações. Seus
movimentos são limitados, mas já começam a nadar. Sua respiração é cutânea, só
respirando através da pele, o oxigênio da água. São de vida exclusivamente aquática.
Possuem 3 pares de brânquias que, estão localizadas na região entre a cabeça e o
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corpo. Possuem, ainda, fendas branquiais, linhas laterais (sensitivas) e uma nadadeira
ímpar circundando toda a cauda.
Os girinos são animais, assim denominados, durante todo o período larvário,
com a presença de brotos germinativos, início do aparecimento dos membros ou
pernas traseiras, até terminar a metamorfose. Nessa fase, a cauda vai aumentando de
tamanho e forma, em sua borda, uma nadadeira única, em toda a sua volta. Com o
tempo, a cauda vai perdendo seus movimentos e diminui até desaparecer.
CONCLUSÃO
A partir do que foi exposto, podemos concluir que a rã não é um animal tão
simples o quanto parece, se tratando de um animal cuja morfologia interna e externa
apresentam grande complexidade e riqueza de detalhes relacionados aos processos
fisiológicos, visando a manutenção da vida. Tornou-se evidente a grande ligação entre
as estruturas morfológicas já descritas com a necessidade de adaptação ao meio
terrestre e a grande dependência do meio aquático em vários ciclos da vida. Pode-se
observar que os anfíbios, são um grupo intermediário entre os peixes e os répteis na
escala evolutiva, pois possui inúmeras características de ambos os grupos, pelo menos,
em alguma fase de sua vida.
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TRABALHO DE OSTEOLOGIA
ESQUELETO
PROCEDIMENTO:
1) O tegumento e as vísceras foram tiradas no laboratório, com auxílio de
material cirúrgico.
2) A musculatura foi retirada com material cirúrgico e água quente (não
fervente).
3) Os ossos foram limpos com uma escovinha de cerdas finas e água
oxigenada.
4) Em seguida, os ossos foram organizados em uma base de madeira e,
colocadas para secar.
5) Finalizando, o esqueleto foi montado com a orientação de uma figura
esquemática, utilizando-se cola instantânea.
FOTOS
Não foi possível anexar as fotos, pois o filme que foi utilizado, estava velado.
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BIBLIOGRAFIA
- Biologia
Professores: Hélvio N. Moises - Thais H. F. Santos
Nova Cultural, 1993
- Rãs: criação prática e lucrativa
Vieira, Mário Infante
Editora Nobel S.A, 4º edição, 1984
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