INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO EM MULHERES NA CIDADE DE

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INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO EM MULHERES
NA CIDADE DE UBERLÂNDIA
OLIVEIRA, Fernanda Aparecida (Curso de Farmácia do Centro Universitário do
Triângulo - Unitri, [email protected])
GOUVEIA, Isabela dos Santos (Curso de Farmácia do Centro Universitário do
Triângulo - Unitri, [email protected])
CARDOSO, Rita Alessandra (Curso de Farmácia do Centro Universitário do
Triângulo - Unitri, [email protected])
RESUMO
A infecção do trato urinário (ITU) pode ser definida como a colonização
microbiana com invasão tecidual de qualquer parte do trato urinário, desde a
uretra até os rins. O objetivo deste estudo foi identificar e analisar os motivos
que levam à ITU na percepção de clientes de uma drogaria da cidade de
Uberlândia. Para isso, um questionário autoaplicável foi preenchido por 30
clientes do sexo feminino, no momento da aquisição de um antibiótico para
ITU. O maior número de participantes com ITU concentrou-se na faixa etária
entre 20-30 anos, sendo que 53% não possuíam ITU recorrente e 47%
possuíam ITU recorrente. Os fatores que influenciaram na ocorrência dessa
infecção na percepção das pacientes com ITU recorrente foi o estado
emocional, o uso de protetor diário e o hábito de urinar logo após a relação
sexual. As pacientes com ITU recorrente buscam consulta médica com menor
frequência que as pacientes com ITU não recorrente, sugerindo a necessidade
de orientação dessas pacientes quanto à importância de um diagnóstico
médico adequado, baseado em exames laboratoriais, para garantir um
tratamento eficaz.
Palavras – chave: infecção do trato urinário, fatores de risco, comportamento.
2
1. INTRODUÇÃO
A infecção do trato urinário (ITU) constitui uma das principais queixas
que levam à procura aos consultórios médicos, sendo superada somente pelas
queixas relacionadas às infecções respiratórias. A ITU pode ser definida como
a colonização microbiana com invasão tecidual de qualquer parte do trato
urinário, desde a uretra até os rins, sendo que os microrganismos podem
alcançar o trato urinário por três vias distintas: ascendente (pela uretra),
hematogênica e linfática (BRAOIOS et al., 2009; FILHO et al. 2013).
A ITU ocorre com muita frequência em todas as idades, do neonato ao
idoso, em todas as populações, e tem grande impacto nas mulheres. Está
associada a várias condições clínicas e patológicas que afetam o trato urinário;
com picos de maior acometimento relacionados à atividade sexual, má
higienização, gestação e menopausa, sendo que 48% das mulheres
apresentam pelo menos um episódio de ITU ao longo da vida. Na mulher, a
susceptibilidade à ITU se deve à uretra mais curta e à maior proximidade do
ânus com o vestíbulo vaginal e uretra (HEILBERG et al., 2003).
As ITUs podem ser complicadas ou não complicadas, sendo que a ITU
adquirida fora do ambiente hospitalar é classificada como não complicada,
ocorrendo em paciente com estrutura e função do trato urinário normal
(HEILBERG et al., 2003).
As ITUs complicadas incluem as causas obstrutivas (estenoses,
hipertrofia
prostática),
anátomo-funcionais
(bexiga
neurogênica,
refluxo
vesicoureteral) e metabólicas (insuficiência renal, Diabetes mellitus), bem como
o uso de cateter de demora ou qualquer tipo de instrumentação. A ITU
complicada possui um maior risco de falha terapêutica, devido ao agravamento
da infecção (HEILBERG et al., 2003; LOPES et al., 2005).
A confirmação microbiológica da ITU se baseia no resultado de
urocultura coletada em amostra de jato médio de urina, quando a contagem é
superior a 105 unidades formadoras de colônia. Recomenda-se que o
tratamento empírico seja iniciado com base em sintomas clínicos e na
alteração do sedimento urinário, para isso deve-se considerar a microbiota
provável. Essa recomendação se justifica devido às limitações na interpretação
3
quantitativa da urocultura e à demora na obtenção dos resultados (NISHIURA
et al., 2009). O aspecto da urina é importantíssimo no diagnóstico: urina turva
pela presença de piúria e/ou avermelhada pela presença de sangue sugere
uma suposta cistite ou pielonefrite (HACHUL et al. 2013).
A frequência dos germes causadores de ITU varia na dependência de
onde foi adquirida a infecção, ou seja, se a infecção foi adquirida em ambiente
extra ou intra-hospitalar. A maioria dos quadros de ITU é causada por bactérias
gram-negativas, em que a Escherichia coli é o microrganismo invasor mais
comum, sendo isolada em cerca de 70% a 90% das infecções urinárias agudas
de
origem
bacteriana.
O
segundo
microrganismo
mais
comum,
o
Staphylococcus saprophyticus, pode ser responsável por 10% a 20% dos
casos de ITU em mulheres jovens sexualmente ativas (MAGALHÃES et
al.,2008; BRAOIOS et al., 2009; ARAUJO, 2012).
A escolha de uma terapia antimicrobiana empírica mais adequada
demanda que se conheça a prevalência dos agentes etiológicos mais
frequentes para cada faixa etária e sexo, e o perfil de sensibilidade
antimicrobiana destes uropatógenos, que pode ser variável em cada
comunidade e ao longo do tempo. Sem esses cuidados, o tratamento empírico
pode levar a uma grande incidência na falha terapêutica (PIRES et al., 2007;
RAMOS et al., 2010; MASSOLI et al., 2012; RAGAZZI et al., 2013).
A utilização empírica de antimicrobianos de largo espectro no tratamento
da ITU e a interrupção do tratamento por má adesão à orientação médica são
responsáveis por um maior índice de recorrência de infecção por bactérias
multirresistentes, devido à reinfecção (MAGALHÃES et al.,2008).
O presente estudo tem como objetivo identificar e analisar os motivos
que levam à ITU na percepção de clientes de uma drogaria da cidade de
Uberlândia.
2. METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo, cuja coleta de dados foi feita através
de um questionário. Para isso, elaborou-se um instrumento de coleta de dados
de acordo com os objetivos traçados, na forma de um questionário
4
autoaplicável, contendo perguntas sobre possíveis fatores de risco para a ITU e
as eventuais exposições consideradas como importantes na determinação
dessa infecção.
A pesquisa foi realizada com 30 mulheres maiores de 18 anos, atendidas
em uma drogaria localizada na zona Leste de Uberlândia-MG, durante a
compra de antibiótico para o tratamento de ITU.
Foram consideradas elegíveis para esta pesquisa, pacientes do sexo
feminino, com ITU devidamente diagnosticada e com prescrição de antibiótico
para seu tratamento. Foram excluídas da pesquisa as pacientes menores de 18
anos, bem como gestantes.
Inicialmente, a cliente foi convidada a participar, sendo esclarecida
quanto aos procedimentos da pesquisa e coletada a assinatura no termo de
consentimento livre e esclarecido. Após a assinatura, foi entregue o
questionário autoaplicável contendo quinze questões de múltipla escolha, que
era respondido imediatamente e devolvido à pesquisadora. A coleta de dados
foi realizada no período de setembro a outubro 2014.
3. RESULTADOS
Trinta clientes de uma drogaria, do sexo feminino, durante a aquisição de
um antibiótico para tratamento de uma ITU, foram convidadas a preencher um
questionário autoaplicável a respeito de sua percepção quanto aos motivos da
instalação da ITU.
Na tabela 1, descrevem-se as características socioeconômicas da
amostra. A maioria das participantes (n=25; 83,3%) encontrava-se na faixa
etária de 20 a 30 anos, estava cursando um curso superior (n=16; 53,3%) ou já
havia concluído (n=7; 23,3%), encontrava-se empregada (70%) e tinha renda
de até 3 salários mínimos (60%).
Diabetes Mellitus e doença renal são os principais fatores de risco para a
ocorrência de ITU. No entanto, nenhuma das participantes citou que
apresentasse essas patologias.
5
Tabela 1 - Perfil socioeconômico de clientes de uma drogaria em UberlândiaMG, diagnosticadas com infecção do trato urinário (ITU).
Característica / Categoria
n
%
20-30 anos
25
83,3
40-50 anos
4
13,3
50-80 anos
1
3,3
Ensino médio incompleto
1
3,3
Ensino médio completo
6
20,0
Ensino Superior incompleto
16
53,3
Ensino Superior completo
7
23,3
Aposentada
1
3,3
Desempregada
8
26,7
Empregada
21
70,0
0-3 Salários
18
60,0
4-6 Salários
5
16,7
7-9 Salários
5
16,7
≥ 10 Salários
2
6,7
Idade
Escolaridade
Situação atual
Renda Familiar
A Figura 1 mostra que entre as 30 clientes entrevistadas, 53% (n=16)
não possuem ITU recorrente e 47% (n=14) possuem ITU recorrente. As
clientes entrevistadas que relataram que tinham três ou mais episódios de ITU
no ano foram consideradas como pacientes com ITU recorrente e as clientes
que tinham até dois episódios ao ano, foram consideradas como pacientes ITU
com não recorrente.
6
Figura 1 - Frequência de ocorrência de infecção do trato urinário (ITU)
declarada por clientes de uma drogaria em Uberlândia – MG.
100%
80%
60%
40%
20%
0%
ITU não recorrente
ITU recorrente
Quanto à utilização do protetor diário (Figura 2), 36% (n=5) das
pacientes com ITU recorrente afirmam que fazem uso, enquanto que somente
6% (n=1) das pacientes com ITU não recorrente tem esse hábito, sendo que
percentagem semelhante de pacientes com ITU recorrente e não recorrente
não utilizam o protetor diário (43% e 50%) respectivamente e 44% (n=7) das
pacientes com ITU não recorrente às vezes fazem o uso de algum tipo de
protetor diário, assim como 21% (n=3) das pacientes com ITU recorrente.
Figura 2 - Hábito de utilização de protetor diário.
100%
ITU não recorrente
80%
ITU recorrente
60%
40%
20%
0%
Sim
Não
Às vezes
7
Em relação à quantidade de copos de água ingeridos por dia (Figura 3),
21% (n=3) das pacientes que apresentam ITU recorrente ingerem 1 a 3 copos
de água por dia, 64% (n=9) ingerem de 4 a 7 copos e 15% (n=2) ingerem mais
que 7 copos por dia. Já as pacientes que apresentam ITU não recorrente, 31%
(n=5) ingerem de 1 a 3 copos de água por dia, 56% (n=9) ingerem 4 a 7 copos
e 13% (n=2) ingerem mais que 7 copos por dia.
Figura 3 - Ingestão diária de água por clientes de uma drogaria em
Uberlândia-MG, portadoras de infecção do trato urinário (ITU).
100%
80%
60%
ITU não recorrente
40%
ITU recorrente
20%
0%
1-3 Copos
4-7 Copos
≥ 7 Copos
A maioria das pacientes com ITU recorrente (57%; n=8) relata que
observa o fato de que o estado emocional influencia na ocorrência da ITU e
43% (n=6) acreditam que não interfere. Por outro lado, a maioria das pacientes
com ITU não recorrente (69%; n=11) acredita que o estado emocional não
interfere na ITU (Figura 4).
8
Figura 4 - Influência do estado emocional sobre a ocorrência de infecção
do trato urinário (ITU) segundo a percepção de clientes de uma drogaria
em Uberlândia – MG.
100,0%
80,0%
60,0%
ITU não recorrente
40,0%
ITU recorrente
20,0%
0,0%
Sim
Não
Quanto ao hábito de urinar logo após a relação sexual (Figura 5), a
maioria das pacientes com ITU não recorrente (81%; n=13) urina logo após a
relação sexual e 13% (n=2) não costumam urinar, enquanto que dentre as
pacientes com ITU recorrente, 36% (n=5) não tem esse hábito.
Figura 5 - Hábito de urinar logo após a relação sexual. ITU: infecção do
trato urinário.
100,0%
80,0%
ITU não recorrente
ITU recorrente
60,0%
40,0%
20,0%
0,0%
Sim
Não
Às vezes
9
Na Figura 6, observa-se que 57% (n=8) das pacientes com ITU
recorrente costumam ir ao médico quando está com ITU, 14% (n=2)
declararam que não vão ao médico e 29% (n=4) às vezes vão ao médico. Já a
grande maioria das pacientes com ITU não recorrente vão ao médico quando
surgem os sinais e/ou sintomas de infecção (75%; n=12), 19% (n=3) não
costumam procurar o médico e 6% (n=1) às vezes vão ao médico.
Figura 6 - Distribuição das entrevistadas quanto à procura ao médico
quando estão com infecção do trato urinário (ITU).
100,0%
80,0%
60,0%
ITU não recorrente
ITU recorrente
40,0%
20,0%
0,0%
Sim
Não
Às vezes
A maioria das pacientes com ITU recorrente (86%; n=12) realizou exame
de urina e somente 56% (n=9) das pacientes com ITU não recorrente fizeram
exame de urina (Figura 7).
10
Figura 7 - Realização de exame de urina para diagnóstico de infecção
do trato urinário (ITU).
100,0%
80,0%
60,0%
ITU não recorrente
ITU recorrente
40,0%
20,0%
0,0%
Sim
Não
Em relação ao teste de susceptibilidade aos antimicrobianos, 64% (n=9)
das pacientes com ITU recorrente realizaram o teste e somente 25% (n=4) das
pacientes com ITU não recorrente fizeram o teste de susceptibilidade aos
antimicrobianos (Figura 8).
Figura 8 - Realização de antibiograma para diagnóstico de infecção do
trato urinário (ITU).
100,0%
80,0%
60,0%
ITU não recorrente
40,0%
ITU recorrente
20,0%
0,0%
Sim
Não
11
4. DISCUSSÃO
Este estudo foi desenvolvido com mulheres com infecção do trato
urinário (ITU) maiores de 18 anos atendidas em uma drogaria de rede
localizada na zona Leste de Uberlândia-MG, durante a compra do
medicamento para a ITU.
Na amostra estudada, prevaleceram indivíduos com idade até os trinta
anos, renda inferior a três salários mínimos e escolaridade de nível superior
incompleto, que nos remete à situação de indivíduos relativamente jovens e
aparentemente saudáveis. Dentre as 30 clientes entrevistadas, quatorze delas
têm ITU recorrente e dezesseis não possuem ITU recorrente.
A automedicação em ITU é um fator decisivo em relação à resistência
aos antimicrobianos, sendo assim, deve-se promover ações para racionalizar o
consumo destes medicamentos e a automedicação, procurando visar à
promoção e proteção da saúde individual e comunitária (MENEZES et al.,
2004).
Segundo Santana et al. (2012) é necessário que se dê importância ao
tratamento eficaz contra a ITU, pois os uropatógenos vêm desenvolvendo
progressivamente a resistência aos antimicrobianos, tanto na comunidade
quanto no ambiente hospitalar, podendo estar associado a falta de cuidados
com a própria saúde.
Notou-se que uma parcela maior das pacientes com ITU recorrente têm
o hábito de usar protetor diário e não costumam urinar logo após ter relações
sexuais. Dachi et al. (2003)
não encontraram correlação entre hábitos
higiênicos pessoais e o ato de urinar antes ou após a relação sexual com o
risco para ITU. No entanto, Strom e Collins (1987 apud DACHI et al., 2003)
descreveram que a micção pós-coito tem um efeito protetor, assim, a
orientação de pacientes com ITU recorrente quanto à incorporação do hábito
de urinar após o coito, assim como evitar o uso de protetores diários poderia
trazer benefícios e, portanto, constitui um tema para próximas pesquisas.
Observou-se que o hábito de ingestão de água não diferiu entre as
participantes que apresentaram ITU recorrente e as que apresentaram ITU não
recorrente, sendo que a maioria das participantes de ambos os grupos ingere
12
entre 4 e 7 copos de água por dia e somente uma pequena parcela ingere 7 ou
mais copos de água por dia.
Os fatores de risco para as cistites são as relações sexuais, uso de
espermicidas, demora na micção pós-coito e história recente de ITU. Os
sintomas característicos das cistites são disúria, urgência miccional, hematúria,
odor forte na urina, dor supra púbica e, algumas vezes, dor lombar baixa
(NISHIURA et al., 2009; HACHUL et al. 2013).
Um maior número de clientes com ITU não recorrente procuram o
médico quando percebem sinais ou sintomas de desconforto comparado
àquelas com ITU recorrente, dentre estas, uma parcela maior busca a consulta
médica apenas eventualmente. No entanto, a tendência é que haja uma
mudança quanto ao hábito de procurar o médico diante de uma suposta ITU,
uma vez que desde 2011 com a RDC n° 20/2011, é exigido que os
antimicrobianos sejam dispensados somente com a prescrição. A análise do
quadro clínico, por meio da história clínica e exame físico é um fator indicativo
para se tratar de cistite aguda não complicada. A inclusão de testes
diagnósticos garante a segurança do diagnóstico (ROSSI et al., 2011) e para
isso é fundamental que se procure orientação médica.
A maioria das pacientes de ambos os grupos costuma realizar exame de
urina. Quanto ao teste de susceptibilidade aos antimicrobianos, a maioria que
realizou o teste são as pacientes com ITU recorrente, conduta que encontra-se
em acordo com o preconizado na literatura, uma vez que a utilização empírica
de antimicrobianos no tratamento das ITU em mulheres jovens apresenta uma
boa relação de custo e benefício, no entanto, ainda se faz necessária a
realização de urocultura e antibiograma para orientar o tratamento dessa
infecção. O tratamento empírico, sem o conhecimento do perfil local de
resistência, gera maior utilização de antibióticos de amplo espectro,
estimulando dessa forma, o desenvolvimento de cepas locais resistentes
(MAGALHÃES et al., 2008).
Algumas sugestões para o tratamento não medicamentoso de pacientes
com ITU recorrente são: o aumento de ingestão de líquidos, urinar em
13
intervalos de 2 a 3 horas, evitar uso de espermicidas, entre outros (HEILBERG
et al., 2003).
5. CONCLUSÃO
Os dados obtidos pelo presente estudo indicam que as entrevistadas
com infecções urinárias recorrentes do sexo feminino percebem que o estado
emocional, o uso de protetor diário e o hábito de urinar logo após a relação
sexual são fatores que podem influenciar na ocorrência da infecção.
As pacientes com ITU recorrente buscam consulta médica com menor
frequência que as pacientes com ITU não recorrente, sugerindo a necessidade
de orientação dessas pacientes quanto à importância de um diagnóstico
médico adequado, baseado em exames laboratoriais.
14
6. REFERÊNCIAS
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