ESTUDO DIRIGIDO MORFOLOGIA MICROSCOPICA 1

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ESTUDO DIRIGIDO MORFOLOGIA MICROSCOPICA
1- As glândulas adrenais têm uma das mais altas taxas de fluxo sanguíneo por grama de tecido do organismo, sendo
que o córtex abrange 80% e a medula, 20% do órgão. Ela possui regiões com diferenciação entre suas células.
Apresente as características histológicas de tais regiões do córtex:
a- região glomerulosa:
b- zona fasciculada média:
c- zona reticular (ou reticulada):
2- O precursor para todos os hormônios adrenocorticais é o colesterol, que é captado do plasma via receptores de
membrana plasmática específicos. Cite quais são os principais hormônios produzidos por esta glândula.
3- A presença do cortisol é essencial para a manutenção dos níveis de glicose no plasma e para sobrevivência durante
jejum prolongado, afetando diversos tecidos e órgãos. Apresente os principais efeitos deste hormônio no Sistema
Nervoso Central.
4- O tecido ósseo é um tipo de tecido conjuntivo com matriz rígida, uma vez que possui impregnação de sais de cálcio e
fosfato por um processo chamado mineralização. Mesmo assim, o osso é altamente vascularizado e
metabolicamente ativo. Resuma como é a organização da matriz deste tecido explicando a comunicação que ocorre
intra e intercelularmente.
5- O osso se desenvolve por substituição de um tecido conjuntivo preexistente. Os dois processo de formação do osso
ou osteogênse, observados no embrião, são: Ossificação intramembranosa, na qual o tecido ósseo é depositado
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diretamente no tecido conjuntivo primitivo ou mesênquima e ossificação endocondral, na qual o tecido ósseo
substitui uma cartilagem hialina preexistente, por uma matriz óssea, o molde do futuro osso.
A- Apresente um resumo da sequencia dos 2 tipos de ossificação apresentando em quais tipos de ossos tais processos
ocorrem.
B- como você descreveria os processos de remodelação após acidente com fratura óssea?
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GABARITO
1 e 2 : AS T R Ê S C A M A D A S DO CÓRTEX ADRENAL: glomerulosa, fasciculada e reticular, possuem papéis funcionais
distintos na produção de hormônios esteróides.
Região glomerulosa:
Esta camada é composta por pequenas células compactas, arranjadas em grupo (glomérulos). Apresentam poucas gotas
de lipídeos em seu interior. Nesta camada são sintetizados e excretados os mineralocorticóide, em especial Aldosterona e
Desoxicorticosterona. Estes hormônios são sintetizados a partir de uma série de reações químicas, mediadas por enzimas
específicas, cujos genes só se manifestam nesta parte do organismo.
ZONA FASCICULADA:
A zona fasciculada vem logo a seguir e produz o glicocorticóide cortisol. A zona fasciculada é uma camada espessa
composta por cordões radiais de espongiócitos, que são células poliédricas de citoplasma claro com delicados vacúolos
contendo lipídios (colesterol e ésteres de colesterol). É responsável pela produção dos glicocorticóides. O principal
glicocorticóide é o cortisol. A síntese dos glicocorticóides é estimulada pelo ACTH ( hormônio adrenocorticotrópico)
hipofisário, que se encontra regulado pelo CRH hipotalâmico (Hormônio liberador de Corticotropina), estando
relacionados por retro alimentação negativa com glicocorticóides. Os primeiros 23 dos 39 aminoácidos que compõe o
ACTH são essenciais e têm a mesma seqüência em todos os mamíferos, enquanto os outros 16 variam conforme a espécie.
A duração de horas-luz, ciclo de alimentação, horas de sono e o estresse determinam o ritmo circadiano que envolve a
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liberação do CRH. Em geral a produção de Glicocorticóides é maior pela manhã e menor à tarde e à noite, elevando-se
novamente durante o sono. Ocorre a ativação dos centros hipotalâmicos por estresse inespecífico, como temperatura
ambiente extrema, febre, hipoglicemia, inflamação, jejum, dor, trauma, medo, levando a um aumento e liberação de
ACTH e conseqüente atividade adreno-cortical, principalmente da zona fasciculada.
ZONA RETICULADA:
Produz os hormônios sexuais ou esteróides androgênicos. A zona reticular é uma camada estreita no limite com a
medular, composta por agregados irregulares de células não-vacuolizadas. Produz os esteróides sexuais. São eles os
andrógenos, como a dehidro-epiandrosterona (DHEA) e a androstenediona, os estrógenos e a progesterona.
MEDULA:
A medula adrenal é a região central da glândula e secreta os hormônios chamados de catecolaminas. A medula adrenal
tem origem da crista neural e é composta por células especializadas neuroendócrinas produtoras das catecolaminas. As
células cromafínicas são células ovais ricas em grânulos de secreção, arranjadas em ninhos ou trabéculas, sustentadas
por um estroma escasso, porém intensamente vascularizado. Representa 10% da glândula. As catecolaminas são a
dopamina, adrenalina e noradrenalina (epinefrina e norepinefrina). Também existe um sistema extra-adrenal, de grupos
de células neuroendócrinas amplamente distribuídas: células do coração, fígado, rins, gônadas e neurônios adrenérgicos
do sistema nervoso simpático pós-ganglionar e sistema nervoso central. Em conjunto com a medula constituem o
sistema paraganglionar.
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3-CORTISOL: é um hormônio corticosteróide produzido pela glândula supra-renal que está envolvido na resposta ao
estresse; ele aumenta a pressão arterial e o açúcar do sangue, além de suprimir o sistema imune. A forma sintética,
chamada de 'hidrocortisona,' é uma medicação usada principalmente no combate às alergias e inflamações.
Na síntese do cortisol a glândula adrenal é estimulada pelo lobolo anterior da hipófise através do hormônio
adrenocorticotrófico (ACTH). A produção do ACTH é modulada pelo hipotálamo, através da secreção por parte deste do
hormônio liberador de corticotrofina (CRH).
No sistema nervoso central há múltiplos receptores, quer do tipo I quer do tipo II; o cortisol altera os padrões do sono. Em
geral, os glicocorticóides atenuam a aquidade dos sentidos, olfativo, gustativo, auditivo e visual; contudo, melhoram a
capacidade integrativa e geradora de respostas apropriadas. Em excesso, o cortisol pode provocar insónias e elevar ou
deprimir, marcadamente, o humor; baixa também o limiar para a ocorrência de convulsões.
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4O tecido ósseo esponjoso apresenta espaços medulares mais amplos, sendo formado por várias trabéculas, que dão
aspecto poroso ao tecido. O tecido ósseo compacto praticamente não apresenta espaços medulares, existindo, no
entanto, além dos canalículos, um conjunto de canais que são percorridos por nervos e vasos sangüíneos: canais de
Volkmann e canais de Havers.
Sistemas de Havers: camadas concêntricas de lamelas de matriz (4-20) em torno de um canal com tecido conjuntivo.
- Lamelas: formadas por fibras colágenas paralelas unidas por material cimentante (proteoglicanas);
- Canal de Havers: revestido por endósteo e preenchido por t. Conjuntivo (vasos e nervos).
- Canais de Volkman: comunicam os canais de Havers entre si, com a medula óssea e com o periósteo.
Os osteócitos ficam em lacunas distribuídos em círculos concêntricos em torno de um canal central, no tecido ósseo
compacto, e em lacunas distribuídas irregularmente nas trabéculas do tecido ósseo esponjoso.
5A:
Ossificação Endocondral
Usa modelo de cartilagem hialina como padrão para a construção de osso. Mais complexo do que o processo
de ossificação intramembranosa; requer destruição da cartilagem hialina antes do depósito da matriz óssea.
Começa com o centro de ossificação primário – pericôndrio é vascularizado e as células mesenquimais se diferenciam em
osteoblastos.
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5B:
Formação do Hematoma:
• Hemorragia devido ao rompimento dos vasos
• Formação do coágulo sangüíneo (hematoma) em volta da fratura
• Inchaço local; dor;inflamação
Tecido de Granulação (calo mole) – formação alguns dias após a fratura
• Crescimento de capilares no tecido e início do processo de “limpeza” pelas células fagocíticas
• Formação do calo fibrocartilaginoso
Calo Fibrocartilaginoso – massa de tecido de reparação; ocorre quando:
Osteoblastos e fibroblastos migram para o local da fratura e começam a reconstrução do osso;
Fibroblastos secretam fibras colágenas e conectam as duas pontas do osso quebrado;
Osteoblastos iniciam a formação de osso esponjoso (osteoblastos mais distantes dos capilares secretam matriz
cartilaginosa, a qual depois sofre processo de calcificação);
Novo osso trabecular aparece no calo fibrocartilaginoso;
Calo fibrocartilaginoso transforma-se em calo ósseo;
Calo ósseo é formado entre 1 – 4 semanas após a fratura e continua nos próximos 2 – 3 meses.
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