Dossiê - GT4

Propaganda
Tunísia
Independência Nacional:
Estudo de Casos
O GT-4 abordará o tema que revela os
processos de descolonização e independência
nacional de alguns países do continente
africano.
Impulso revolucionário na
África setentrional
Marrocos
Em 1415, Portugal deu início ao processo
de expansão marítima com a conquista de Ceuta.
No século seguinte, a maior parte do litoral
marroquino estava nas mãos de portugueses e
espanhóis. Ceuta continua sob o domínio espanhol
até hoje.
Em 1904, na Conferência de Algeciras, a
Inglaterra concedeu à França o domínio de
Marrocos, cujo sultão tinha contraído uma grande
dívida com aquele país da Europa. Em troca, a
França concordou que o Reino Unido governasse o
Egito.
Durante a Segunda Guerra Mundial, de
acordo com a “Carta do Atlântico”, assinada em
1941 Winston Churchill e Franklin Delano
Roosevelt, as forças vivas de Marrocos exigiram o
regresso do sultão Mohammed V e em 1955, a
França, que já se encontrava a braços com
insurreição na Argélia, concordou com a
independência da sua colônia, celebrada em 2 de
Março de 1956.
1930 - Parcelas da população temiam por
seu futuro, em estruturas nas quais os princípios que
separavam colonos de "nativos" passavam, de modo
crescente, a coincidir com os de "Etnia” e
nacionalidade.
De 1º a 11 de março de 1930 - foi realizado o
Congresso Eucarístico do Cartago, interpretado
como uma cruzada contra o islã na África do Norte.
Entre 20 e 30 de julho desse ano houve cerca de
120 incidentes.
Os anos de 1930 a 1947 foram de temor
tanto por condições próprias à política interna como
pelas advindas da expansão da Segunda Guerra
Mundial na África do Norte Francesa. Esse período
foi marcado pelos excessos de poder exercidos
pelas elites locais.
O império francês estava abalado pelas
independências asiáticas(em 1950, exceto a
Indochina, as demais colônias eram independentes).
Em meio à exaustão política da França,
somada a pressão continuada da Onu, o residentegeral da Tunísia concordou em formar, em
setembro de 1953, um ministério com cinco
ministros franceses e oito tunisianos.
20 de março de 1956 – É assinado o
protocolo pelo qual a França passava a reconhecer a
independência da Tunísia.
Mapa da Tunísia
Libéria e Etiópia: qual
independência?
Libéria
Mapa do Marrocos
Com a independência dos Estados Unidos,
uma das leis que foi criada era, que a maior parte
dos negros que lá estavam mantidos como escravos,
teriam de ser ‘’deportados’’, por vontade própria ou
não, para o continente africano. Os americanos
despacharam os negros para um país, chamado
Libéria, em que havia várias tribos nativas. A
chegada dos negros acabou gerando conflitos pela
posse de terra.
Com esses conflitos civis, uma das
conseqüências foi a má organização política e social
da Libéria se encontrava. Uma das saídas para a
crise financeira que paulatinamente crescia era a
concessão para que um truste americano explorasse
a borracha e, em troca, emprestaria dinheiro à
Libéria. Com os avanços da exploração da
borracha, descobriram-se minas de ferro, que
proporcionou a Libéria se tornar a terceira maior
produtora de ferro no mundo, e minas de diamante,
ajudando assim sua economia e minimizando os
problemas sociais.
Em geral, a Libéria nunca foi colônia de
países europeus, apenas precisou se fortalecer para
conseguir sua independência econômica e política.
Etiópia
Com a Conferência de Berlim, uma das
áreas que deveriam pertencer à Itália era a Etiópia, e
esse motivo foi o principal para que se iniciasse
uma guerra, sendo este o argumento que os italianos
deram para que eles pudessem se expandir. Em
1935, a Itália, comandada por Mussolini, sentiu-se
no poder de tornar a Etiópia sua colônia, dando
início a uma guerra que só acabaria quase dez anos
depois.
Para que a luta pela independência
começasse, bastou apenas um tiro, de um soldado
não especificado. Os italianos devastaram o
território etíope, atacando desde bases militares até
a população civil, o suficiente para que a Etiópia
fosse entregue aos italianos, em 1936. Entre 1936 a
1939, os etíopes foram uma colônia italiana.
Com o início da Segunda Guerra Mundial,
as atenções italianas se voltaram para o continente
europeu, esquecendo-se da Etiópia, o que facilitou
sua independência em 1941, obtida com a ajuda dos
britânicos.
Lideres Etíopes
Corpo de um civil morto sendo recolhido.
Mapa da Etiópia
Mapa da Libéria
Territórios sob tutela:
Togo, Ruanda e Burundi
Togo
Os alemães foram desalojados durante a
Primeira Guerra Mundial e, em 1922, a Liga das
Nações dividiu Togo entre o Reino Unido e a
França. Em 1946, esses dois países colocaram seus
territórios sob a custódia das Nações Unidas. Dez
anos depois, a porção britânica foi incorporada ao
território da Costa do Ouro (atual Gana), enquanto
os territórios franceses se transformaram na
República Autônoma de Togo.
O país conquistou a independência
completa em 1960, embora tenha continuado a
manter estreitas relações econômicas com a França.
Uma nova constituição foi adotada em 1979 e
Eyadema proclamou a terceira república togolesa.
Em 1982, o fechamento de fronteiras decretado por
Gana para conter o contrabando resultou em
conflitos entre os dois países.
Conflito em Ruanda.
Mapa da Ruanda
Burundi
Mapa de Togo
Ruanda
A região é habitada originalmente por
pigmeus e, mais tarde, pelos hutus, povo banto da
bacia do rio Congo. Por volta do século XV, os
tutsis, pastores de grande estatura oriundos da
Etiópia, chegam ao local e impõem domínio feudal
aos hutus, mais numerosos. Os europeus vêm no
século XIX. Com a derrota alemã na I Guerra
Mundial, os belgas ocupam Ruanda. Num primeiro
momento transformam os tutsis na elite, dotando-os
de poder político, econômico e militar. Na década
de 50, por outro lado, favorecem a formação de
uma elite hutu. Dessa forma, fomentam a rivalidade
entre os povos locais para dominá-los. Em 1962, a
nação obtém a independência sob a liderança dos
hutus. Perseguidos, os tutsis se exilam nos países
vizinhos.
1885, na Conferência de Berlim, as
potências europeias partilham a maior parte da
África. O território do atual Burundi é entregue à
Alemanha. A chegada dos colonos alemães, a partir
de 1906, agrava antigas rivalidades entre os
(maioria da população) e a minoria tutsi, que
exercia um poder monárquico. Os tutsis ganham
status de elite privilegiada, com acesso exclusivo à
educação, às Forças Armadas e a postos na
administração estatal. Após a Primeira Guerra
Mundial, o Burundi é unificado com a vizinha
Ruanda, ficando sob tutela da Bélgica, que mantém
as prerrogativas dos tutsis. Em 1946, a tutela passa
para a Organização das Nações Unidas (ONU). Em
1962, o país torna-se independente, sob monarquia
tutsi.
Soldado de Burundi
Soldados da FLN se preparando para revolta em 1959
Mapa de Burundi
Opções pela guerra entre
guerrilhas: Argélia
Argélia
O movimento nacionalista argelino, até 1954,
era legalista e reformista, porém, a situação mudou
quando foi criada a FLN (Frente de Libertação
Nacional), que passou a liderar o movimento de
liberdade através de uma luta armada.
Algumas decisões eram feitas por camponeses
e outros movimentos, mas a partir de 1956 todos os
movimentos apoiaram a FLN passando todo o poder
para cidade. Em 1957 a França levou à serio a guerra,
houve repressão muito violentas nos centros urbanos,
que ficou conhecida como “batalha de Argel”. Isso fez
com que os militantes da FLN recuassem para o
interior e para países vizinhos.
Em 1959, dois milhões de camponeses se
juntaram à FLN e todos foram dizimados pelas tropas
francesas.
Mapa da Argélia
Fim do império português:
 Revolução dos Cravos
 Moçambique
Revolução dos Cravos
Em abril de 1974, soldados liderados por
um capitão do Exército (Salgueiro Maia) deixaram
os quartéis rumo à sede do governo. Eles
marcharam para derrubar uma ditadura que já
durava mais de 40 anos.
Os acordes de “Grandola, Vila Morena”
começaram a tocar numa rádio de Lisboa. Aquela
era uma música proibida, cujos versos foram
censurados pelo governo. A canção, que havia se
tornado um hino dos jovens e intelectuais contra a
ditadura, era um sinal: a revolução começara.
Quando os militares revolucionários
chegaram ao Terreiro do Paço, onde ficavam os
ministérios, não foram necessários combates –
apenas alguns tiros para o alto foram disparados.
Em poucas horas o governo de Marcelo
Caetano – que assumira o poder depois de Oliveira
Salazar, o ditador que governou Portugal de 1933
até a morte, em 1970 – foi deposto. Sem ninguém
saber bem a razão, floristas de Lisboa distribuíam
cravos, símbolo da cidade desde tempos
imemoriais, para que os soldados os exibissem
gloriosos, nas lapelas.
Soldados e manifestantes contra a ditadura portuguesa.
criavam seu próprio sistema de administração, como
se fosse um Estado dentro de outro.
O combate foi lançado oficialmente em 25
de Setembro de 1964 e durou cerca de dez anos.A
guerra findou-se com a assinatura dos “Acordos de
Lusaka”,em Setembro de 1974. Nesse período foi
estabelecido um governo provisório composto por
representantes da FRELIMO e do governo
português, até que no dia 25 de Junho de 1975, foi
proclamada oficialmente a independência nacional
de Moçambique.
A guerra findou-se com a assinatura dos
“Acordos de Lusaka”, em Setembro de 1974. Nesse
período foi estabelecido um governo provisório
composto por representantes da FRELIMO e do
governo português, até que no dia 25 de Junho de
1975, foi proclamada oficialmente a independência
nacional de Moçambique.
Moçambique
A revolução dos cravos estimulou outras
colônias portuguesas a lutar pela sua independência,
como no caso de Moçambique.
A partir de 1960, com a nova política
colonial portuguesa, as mudanças políticas e a crise
do regime de Salazar levaram a várias reformas
políticas e econômicas na colônia. A nova forma do
colonialismo português introduziu formas que
impediam o desenvolvimento da população negra,
seja ela pertencente à burguesia, agricultura ou
comércio.
Protestos a favor da independência de Moçambique.
Nessa década, diversas manifestações
contra o domínio colonial foram feitas no país
através da literatura, arte e greves de trabalhadores.
Essas manifestações tomaram proporções maiores e
mais radicais com o desenvolvimento dos
movimentos nacionalistas armados: FRELIMO,
Frente de Libertação de Moçambique.
O FRELIMO iniciou a luta armada pela
libertação nacional de Moçambique a partir de 1964.
Sua estratégia era a criação das “zonas libertadas”,
áreas do território moçambicano fora do controle da
administração portuguesa. Assim, os revolucionários
Mapa de Moçambique
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