A percepção dos insetos por moradores de agroecossistemas no

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A percepção dos insetos por moradores de agroecossistemas
no cerrado: resgate etnoentomológico e educação ambiental
Lara O. Clemente1,1; Caroline V. Carossa1,2; Patrícia M. Valente1,3; Vinícius
A. Araújo1,4
¹Universidade Federal de Viçosa, Campus de Rio Paranaíba, Caixa Postal: 22, CEP:
38810-000 - Rio Paranaíba, MG, [email protected],1; [email protected],2;
1,3
1,4
[email protected] ; [email protected] ;
Os insetos são atualmente o grupo mais diversificado de animais, ocupando
praticamente todos os habitats disponíveis e explorando uma ampla gama de
recursos, o que torna frequente interações entre homem-inseto. Muitas vezes,
percebe-se uma visão pejorativa da sociedade em relação aos insetos,
relacionando-os com doenças, pragas e animais peçonhentos ou nojentos.
Neste trabalho foram aplicadas entrevistas semi-estruturadas e feitas
observações comportamentais para analisar a percepção de crianças e
adolescentes em idade escolar (12 a 17 anos) acerca dos insetos. Notou-se a
capacidade de reconhecimento do grupo a partir de caracteres morfológicos já
abordados na rotina escolar, como a presença de exoesqueleto, 3 pares de
pernas e ocorrência de holometabolia. Entre os adolescentes entrevistados
cerca de 60% afirmam que insetos causam doenças, e 90% consideram que
eles ajudam a natureza. Apesar de a perspectiva geral ser positiva, ainda
permanece algumas restrições a convivência e interação com os insetos. A
visão pejorativa atribuída aos insetos parece ser baseada em conceitos
popularmente disseminados, questões culturais e mesmo folclóricas que levam
ao surgimento do medo acerca dos insetos. Entretanto, o conhecimento
durante a fase escolar já foi capaz de gerar consciência da importância
ecológica, econômica, valorização estética dos animais e especialmente a
participação dos insetos na agricultura e agropecuária. Ainda sim, muitos
alunos ainda confundem os insetos com outros grupos, principalmente outros
artrópodes ou animais peçonhentos, o que dificulta a formação de um conceito
mais positivo e receptivo acerca dos insetos. Neste trabalho, propusemos
estratégias de educação ambiental que fomentem as relações e interações dos
insetos com o homem. Trabalhos foram desenvolvidos em salas de aula, como
palestras temáticas, saídas de campo, montagem de coleções entomológicas
nas escolas e elaboração de uma cartilha resgatando os valores
etnoentomológicos do cerrado.
Palavras-chave: Etnoentomologia, educação ambiental, insetos.
Apoio/financiamento: FAPEMIG, UFV
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