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CITOLOGIA
Ricardo Porfírio Filho – 2007012194
Importância do Citoesqueleto e da Matriz para células neoplásicas e metástase.
O esqueleto é o órgão de sustentação do corpo composto por ossos de diferentes
tamanhos, que fornece proteção aos órgãos internos e ponto de apoio para a
sustentação dos músculos.
As células também possuem um “esqueleto”, chamado de citoesqueleto, que
mantém a forma da célula, as organizações do seu espaço interior, como também a
capacidade de movimentação, são algumas das funções realizadas por esse sistema de
filamentos protéicos.
O citoesqueleto, também, permite o tráfego intracelular de organelas, vesículas e
fatores. Contrariamente ao esqueleto ósseo dos vertebrados, o citoesqueleto é uma
estrutura altamente dinâmica que se reorganiza continuamente sempre que a célula
altera a sua forma, se divide ou responde ao ambiente. O citoesqueleto está envolvido
em inúmeras funções celulares, tais como: contração muscular, transporte intracelular
de vesículas, fatores e organelas, e segregação dos cromossomos nos eventos de
mitose. Inúmeras doenças implicam em alterações do citoesqueleto, entre elas temos a
Síndrome de Duchenne e o câncer na sua fase metastática.
O citoesqueleto forma uma rede altamente dinâmica e é composto por três
filamentos principais: filamentos intermediários, microtúbulos e filamentos de actina.
Cada um destes é formado a partir de uma subunidade protéica diferente: actina nos
filamentos de actina, tubulina nos microtúbulos e proteínas fibrosas tais como
vimentina e lâmina nos filamentos intermediários. A actina e a tubulina têm se
mantido altamente conservadas ao longo da evolução dos eucariotos; seus filamentos
protéicos se ligam a uma grande variedade de proteínas acessórias que permitem que
um mesmo filamento participe de diferentes funções em diferentes regiões das células.
Algumas dessas proteínas acessórias ligam os filamentos entre si ou a outros
componentes celulares como, por exemplo, a membrana plasmática. Outras regulam a
velocidade e a extensão da polimerização dos filamentos de actina e dos microtúbulos
controlando, assim, onde e quando eles devem ser montados na célula. Outras ainda
são proteínas motoras que hidrolisam ATP para produzir força e movimento
direcionado ao longo do filamento. Os três filamentos do citoesqueleto (filamentos de
actina, microtúbulos e filamentos intermediários) de uma célula viva estão conectados
entre si e suas funções são coordenadas.
A maior parte das células de organismos multicelulares estão organizadas em
grupos cooperativos chamados tecidos, os quais são também associados em várias
combinações para formar unidades funcionais maiores, denominadas órgãos. As células
de um tecido normalmente estão em contato com uma rede complexa de
macromoléculas extracelulares denominada matriz extracelular. Esta matriz ajuda a
manter células e tecidos unidos, e em animais também fornece uma estrutura
entrelaçada organizada, na qual as células podem migrar e interagir entre si. Em vários
casos, as células de um tecido são mantidas no lugar por adesão direta célula-célula.
Tanto a matriz extracelular como o citoesqueleto desempenham papel
importante na manutenção da estrutura celular. Haja visto que ambos atuam sobre a
movimentação e posicionamento das células.
Sendo o citoesqueleto uma estrutura altamente dinâmica que se reorganiza
continuamente sempre que a célula altera a sua forma, se divide ou responde ao
ambiente, ele também tem participação na Neoplasia (neo= novo + plasia = tecido) que
por definição é o termo que designa alterações celulares que acarretam um crescimento
exagerado destas células, ou seja, proliferação celular anormal, sem controle e
autônoma, na qual reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em consequência
de mudanças nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celulares. A
neoplasia pode ser maligna ou benigna. Algumas células neoplásicas fazem Metástase
(do grego metástatis = mudanças de lugar, transferência) que é a invasão para novos
locais em decorrência da perda de adesividade entre elas. Isso implica que as células
neoplásicas se desprendem do tumor primário caminham através do interstício, ganham
uma via de disseminação, são levadas para um local distante e lá formam uma nova
colônia neoplásica.
Como o citoesqueleto responde pelo transporte intracelular e a matriz possibilita a
migração e interação entre as células, podemos concluir que ambos formam o interstício
que viabiliza a invasão de agentes agressores e posterior disseminação das células
infectadas.
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