Bollgard II RR Flex™- Manual técnico de produto

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BOLLGARD II RR FLEX
BOLLGARD II RR FLEX
TM
Manual Técnico de Produto
BOLLGARD II RR FLEX
ÍNDICE
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
ÍNDICE
Algodão BOLLGARD II RR FLEX™.............................................................................................................................................03
Proteínas do BOLLGARD II RR FLEX™....................................................................................................................................04
História do desenvolvimento do Bt...........................................................................................................................................04
As proteínas Cry......................................................................................................................................................................05
Modo de ação nos insetos-alvos............................................................................................................................................06
Especificidade...............................................................................................................................................................06
BOLLGARD II RR FLEX™.........................................................................................................................................................07
Benefícios BOLLGARD II RR FLEX™.........................................................................................................................................08
Tecnologia RR FLEX™..............................................................................................................................................................14
Manejo agronômico BOLLGARD II RR FLEX™ E RR FLEX™...............................................................................................................17
Manejo de pragas....................................................................................................................................................................26
Decisões sobre pulverizações...................................................................................................................................................28
Insetos benéficos....................................................................................................................................................................29
Manejo de Resistência de Insetos............................................................................................................................................30
Recomendações para produtores e consultores.........................................................................................................................36
Referências bibliográficas.......................................................................................................................................................37
BOLLGARD II RR FLEX
ALGODÃO
BOLLGARD II RR FLEXTM
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
ALGODÃO BOLLGARD II RR FLEX™
A tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™ é a combinação da segunda geração do algodão
BOLLGARD™ com a segunda geração do algodão Roundup Ready™. O algodão BOLLGARD II™
apresenta a expressão das duas proteínas Bt, a Cry1Ac e a Cry2Ab2, ambas específicas
e tóxicas para as lagartas de alguns lepidópteros. O RR FLEX™ é o algodão tolerante ao
glifosato, inclusive nas fases mais críticas do crescimento.
Em conjunto, as duas tecnologias promovem a proteção do potencial produtivo do algodão,
a redução de custo no manejo de insetos e a flexibilidade no manejo de plantas daninhas.
Este Manual Técnico de
Produto informa e estabelece
os requisitos para o cultivo do
algodão BOLLGARD II RR FLEX™,
Proteção Contra Insetos,
incluindo práticas de Manejo de
Resistênciade Insetos e Plantio
de Refúgio.
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BOLLGARD II RR FLEX
PROTEÍNAS DO BOLLGARD II RR FLEX™
As duas proteínas Cry1Ac e Cry2Ab2 expressas no BOLLGARD II RR FLEX™ são oriundas da bactéria Bacillus thuringiensis subespécie kurstaki (Btk)
altamente específicas e tóxicas para as lagartas de alguns lepidópteros.
HISTÓRIA DO
DESENVOLVIMENTO DO BT
PROTEÍNAS
BOLLGARD II RR FLEXTM
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
BACILLUS THURINGIENSIS
Bacillus thuringiensis (Bt) é uma bactéria anaeróbica facultativa e gram-positiva que forma cristais de proteínas que podem ser tóxicos para alguns
invertebrados, especialmente para fases imaturas de insetos pertencentes às ordens Coleoptera (besouros), Diptera (moscas) e Lepidoptera (mariposas
e borboletas). Há, pelo menos, 67 subespécies conhecidas de Bt naturalmente encontradas no solo, na água e na superfície das folhas.
Essas bactérias produzem uma grande variedade de cristais de proteínas, duas das quais são expressas no algodão BOLLGARD II RR FLEX™. Cada
proteína possui uma estrutura física diferente e um domínio único, responsável pela ligação nos receptores no intestino dos insetos. Essas diferenças
únicas são as principais responsáveis pela suscetibilidade de cada espécie a determinada proteína. É importante mencionar que cada proteína é
o produto de um único gene.
HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO DO BT
A utilização de proteínas de Bt na agricultura para controle de pragas tem sido realizada há bastante tempo. Em 1901, o bacteriologista japonês Ishiwata
Shigentane isolou a bactéria pela primeira vez em bichos-da-seda infectados.
Em 1915, o cientista alemão Ernst Berliner isolou a bactéria a partir de mariposas do Mediterrâneo em uma fábrica de grãos no distrito alemão de
Thuringen. Ele a denominou Bacillus thuringiensis. Em 1927, a primeira preparação contendo B. thuringiensis foi utilizada na Alemanha para controlar
insetos da ordem Lepidoptera e, em 1938, o primeiro produto foi lançado na França sob o nome comercial de Sporeine. Vinte anos depois, em 1957,
a Sandoz Corporation produziu um produto baseado em Bt em larga escala, comercializado como Thuricide e, desde então, ele vem sido utilizado na
produção contra o ataque de algumas lagartas.
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BOLLGARD II RR FLEX
AS PROTEÍNAS CRY
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
Atualmente, há diversas formulações baseadas em Bt e
utilizadas em uma grande variedade de culturas. Algumas
formulações não específicas contêm somente a proteína
Cry1Ac, enquanto outras contêm uma variedade de
proteínas Bt, como o Dipel.
HISTÓRICO DE UTILIZAÇÃO DE PROTEÍNAS BT
1901
1º B. THURINGIENSIS ISOLADO
1915
BACILLUS THURINGIENSIS IDENTIFICADO E NOMEADO
1927
1ª PREPARAÇÃO PRODUZIDA PARA CONTROLAR LEPIDOPTERA
1938
1º PRODUTO COMERCIAL
1957
THURICIDE PRODUZIDO COM O PRODUTO AGRÍCOLA
COMERCIAL EM LARGA ESCALA
AS PROTEÍNAS CRY
A proteína Cry1Ac possui alta toxicidade para algumas espécies de lepidópteros, incluindo Lagarta da Maçã
(Heliothis virescens), Curuquerê (Alabama argillacea) e Lagarta Rosada (Pectinophora gossypiella) e é altamente
efetiva para essas espécies de pragas da cultura do algodão.
A Cry2Ab2 é outra proteína de Bacillus thuringiensis. Ela difere da Cry1Ac por ter diferentes domínios estruturais,
atuando em um receptor diferente na parede do intestino médio das lagartas. O gene que codifica a proteína
Cry2Ab2 foi isolado e inserido no algodão que já continha o gene Cry1Ac (algodão BOLLGARD™) resultando no
algodão BOLLGARD II RR FLEX™. A Cry2Ab2 apresenta atividade para outras espécies de lagartas, como a Lagarta
da Espiga (Helicoverpa zea) e Falsa Medideira (Chrysodeixis includens).
5
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
ESPECIFICIDADE
MODO DE AÇÃO
NOS INSETOS-ALVOS
MODO DE AÇÃO NOS INSETOS-ALVOS
As proteínas estão na forma solúvel, como protoxina. Uma vez ingeridas, essas proteínas precisam ser ativadas para depois se ligarem aos receptores
do intestino das lagartas.
O modo de ação ocorre através do seguinte:
1. Ingestão da proteína pela lagarta;
2. Dissolução da proteína no intestino médio do inseto;
3. Ativação da proteína por enzimas proteases;
4. Ligação da proteína ativada a receptores específicos na membrana celular do intestino médio;
5. Inserção da proteína na membrana e formação de poros;
6. Destruição do tecido celular, interrupção da alimentação e septicemia, resultando na morte das lagartas.
A eficácia de uma proteína Bt na morte das lagartas depende do seguinte:
• Nível de solubilização no intestino médio (que depende do pH do intestino médio);
• Ativação das proteínas pelas enzimas presentes;
• Presença de receptores específicos na membrana celular do intestino médio dos insetos-alvos;
• Formação de poros e destruição do tecido intestinal.
ESPECIFICIDADE
As proteínas Cry1Ac e Cry2Ab2 são d-endotoxinas, oriundas de B. thuringiensis, que apresentam atividade
específica sobre o sistema digestivo de lagartas. Para sua atividade, as proteínas devem ser ingeridas pelos
insetos-alvos, sendo solubilizadas pelo pH estomacal. As proteínas, por ação de proteases, são ativadas
e se ligam a receptores específicos de alta afinidade presentes em insetos.
Mamíferos não possuem tais sítios de ligação, portanto, não são afetados pelas proteínas Cry de
B. thuringiensis, incluindo outros artrópodes e também inimigos naturais das pragas-alvos. Por conseguinte,
essas proteínas possuem um longo histórico de uso seguro e os dados dos estudos e da literatura
apresentados permitem concluir sobre a sua segurança alimentar.
Faz-se importante mencionar que culturas geneticamente modificadas resistentes às pragas expressando
essas mesmas proteínas, ou outras de mesma família, têm sido cultivadas em vários países, inclusive
no Brasil, sem relatos de efeitos adversos à saúde humana e animal.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
BOLLGARD II RR FLEX™
BOLLGARD II RR FLEXTM
A cotonicultura é para poucos e os desafios são muitos. A tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™ é uma ferramenta importante para ajudar no Manejo
Integrado de Pragas e no aumento dos resultados. BOLLGARD II RR FLEX™ promove uma proteção contra as principais lagartas da cultura: Alabama
argillacea, Helitoris virescens, Pectnophora gossypiella, Chrysodeixis includens, Helicoverpa spp e Spodoptera spp. Além disso, melhora a flexibilidade
no manejo de plantas daninhas.
POSICIONAMENTO BOLLGARD II RR FLEX™
CONTROLE
CURUQUERÊ DO
ALGODOEIRO
LAGARTA
ROSADA
Alabama argillacea
Pectinophora gossypiella
LAGARTA DA
MAÇÃ/ESPIGA
COMPLEXO
SPODOPTERA
SUPRESSÃO
Helicoverpa spp
Nível de ação:
6% de plantas com presença de lagartas = ou > 3 mm
Fonte: Adaptação Embrapa, ABRAPA e IMAMT
7
Spodoptera spp
LAGARTA
DA MAÇÃ
Heliothis virenscens
FALSA
MEDIDEIRA
Chrysodeixis includens
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
BENEFÍCIOS BOLLGARD II RR FLEX™
BENEFÍCIOS
BOLLGARD II RR FLEXTM
Devido à alta eficácia contra as principais lagartas da cultura, a tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™ contribui para a redução dos gastos com o controle
de pragas, gerando um benefício valioso ao agricultor devido à proteção 24 horas: 7 dias por semana para as principais lagartas do algodoeiro. Além
de gerar benefícios aos agricultores, a tecnologia reduz o impacto ao meio ambiente por proporcionar a racionalização do uso de inseticidas na cultura.
O uso correto da tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™ oferecerá ao setor algodoeiro brasileiro o que, provavelmente, é o seu maior benefício: proteção contra
as principais lagartas com sustentabilidade e uso racional de inseticidas. Isto pode ser obtido pela menor dependência de produtos químicos tradicionais.
BENEFÍCIOS COMERCIAIS
1. Redução no desenvolvimento de resistência aos inseticidas;
2. Maior eficiência no controle de pragas;
3. Maior sobrevivência de insetos benéficos;
4. Melhor controle biológico de pragas secundárias;
5. Menos demanda de maquinário.
BENEFÍCIOS AMBIENTAIS
1. Redução na contaminação da água, do solo e do ar;
2. Redução nos riscos de contaminação do meio ambiente;
3. Maior diversidade biológica e sobrevivência de espécies não pragas;
4. Redução na compactação do solo.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
IMPACTOS EM PRAGAS SECUNDÁRIAS
BENEFÍCIOS
BOLLGARD II RR FLEXTM
Uma grande preocupação com a introdução de tecnologias resistentes a insetos, como o BOLLGARD II RR FLEX™, é que a redução no uso de inseticidas
para as pragas-alvos possa acarretar aplicações adicionais para controlar pragas secundárias que normalmente seriam controladas pelas aplicações para
as lagartas-alvos da tecnologia.
Por outro lado, o uso de inseticidas mais seletivos promove a manutenção e o estímulo das populações de insetos benéficos para o algodoeiro,
contribuindo para o controle adicional das pragas-não-alvos e pragas secundárias. Contudo, dependendo do nível de infestação pode haver a
necessidade de aplicação de inseticidas para o controle de pragas-não-alvos. Neste caso, o BOLLGARD II RR FLEX™ exigirá atenção semelhante àquela
dedicada ao algodão convencional, principalmente em relação ao bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis).
RESULTADOS DE AVALIAÇÃO COMERCIAL
DO BOLLGARD II RR FLEX™ 2011/12/13
A Monsanto realizou testes de avaliação comercial durante as safras 2011/2012 e 2012/2013. Estas informações foram coletadas nas estações
experimentais da Monsanto e em áreas comercias de produtores utilizando manejo integrado de pragas para a tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™
e para o algodão convencional. Essas informações foram utilizadas para avaliar o valor da tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™.
25
Nº total de inseticidas
35
20
30
15
25
20
10
15
10
5
5
0
0`
BOLLGARD IITM
BOLLGARD ITM
nº total de produtos
9
CONVENCIONAL
nº produtos pragas-alvos
Nº total de inseticidas pragas alvo
40
Número total de inseticidas
para pragas-alvos X n° total
de inseticidas sem 6 locais
do Brasil (SOR, CNP, RON,
SGH, MOR e LEM) para as
tecnologias BOLLGARD IITM,
BOLLGARDTM e convencional
na safra 2012/2013.
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
Número médio de aplicações
para pragas-alvos em 6 locais
do Brasil (SOR, CNP, RON
SGH, MOR e LEM) para as
tecnologias BOLLGARD IITM,
BOLLGARDTM e convencional
na safra 2012/2013.
20
15
BENEFÍCIOS
BOLLGARD II RR FLEXTM
10
n˚médio de aplicações / ha
25
5
0
BOLLGARD IITM
BOLLGARD ITM
CONVENCIONAL
Número médio de aplicações
em 6 locais do Brasil (SOR,
CNP, RON, SGH, MOR e LEM) para
as tecnologias BOLLGARD IITM,
BOLLGARD ITM e convencional
na safra 2012/2013.
22
20
19
18
n˚médio de aplicações / ha
21
17
BOLLGARD IITM
10
BOLLGARD ITM
CONVENCIONAL
11
0
30
25
Bifentrina + carbosulfano
Flonicamid
1600
Benfuracarbe
1800
Alfa-cipermetrina
R$ / ha
2000
Fenpropathrin
Lambda-cyhalothrin
Bacillus thuringiensis
Malathion
Clorpirifos
Chlorantraniliprole + Lambda -...
Lufenuron + Profenofos
Methoxyfenozide
Buprofezin
1088
Chlorpyrifos
BOLLGARD ITM
Deltamethrin + triazophos
Bifenthrin
Zeta-Cypermethrin
Spiromesifen
Methomyl
Novalurom
Te ubenzuron
759
Thiodicarb
BOLLGARD IITM
Chlorantraniliprole
Parathion methyl
Beta cy uthrin + Imidacloprid
Flubendiamide
Spinosad
Lufenuron
Lambda-cyhalothrin +...
400
Acetamiprid
Abamectina
Pyriproxyfen
Beta cy uthrin
Diafenthiuron
Carbosulfan
Thiamethoxam
BENEFÍCIOS
BOLLGARD II RR FLEXTM
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
Custo médio R$/ha em
6 locais do Brasil (SOR, CNP,
RON, SGH, MOR e LEM) para as
tecnologias BOLLGARD IITM,
BOLLGARDTM e convencional
na safra 2012/2013.
1400
1200
1000
800
600
1742
200
0
CONVENCIONAL
Inseticidas utilizados para
o controle de pragas-alvos
e não-alvos em 6 locais
do Brasil (SOR, CNP, RON,
SGH, MOR e LEM) para as
tecnologias BOLLGARD IITM,
BOLLGARDTM e convencional
na safra 2012/2013.
BOLLGARD IITM
BOLLGARD ITM
CONVENCIONAL
20
15
10
5
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
Desenvolvimento fisiológico,
média de 50 plantas em 6
locais do Brasil (SOR, CNP,
RON, SGH, MOR e LEM) para
tecnologias BOLLGARD IITM,
BOLLGARDTM e convencional
na safra 2012/2013.
200
BOLLGARD IITM
180
160
BOLLGARD ITM
CONVENCIONAL
140
120
100
BENEFÍCIOS
BOLLGARD II RR FLEXTM
80
60
40
20
0
18.5 18.1 19.7
n˚ nós
reprodutivos
5.5
4.9
6.6
n˚ ramos
vegetativos
24
23
26.3
120
127 131
160 163
altura (cm)
total de nós
ciclo (DAE)
Retenção de capulhos, média
de 50 plantas em 6 locais
do Brasil (SOR, CNP, RON,
SGH, MOR e LEM) para as
tecnologias BOLLGARD IITM,
BOLLGARDTM e convencional
na safra 2012/2013.
100
BOLLGARD II
90
80
BOLLGARD I
CONVENCIONAL
70
60
50
40
30
20
10
0
12
178
57.3 53.9 46.5
25.8 27.3 28.9
% Retenção
1ª Posição
% Retenção
2ª Posição
7.7
8.5
4.5
% Retenção
3ª Posição
90.8 89.7 70.9
% Retenção
Total
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
90
80
80
BOLLGARD IITM
70
63
60
% de botão floral
75
70
66
57
63
62
56
50
48
Desenvolvimento fisiológico,
média de 50 plantas em 6
locais do Brasil (SOR, CNP,
RON, SGH, MOR e LEM) para
tecnologias BOLLGARD IITM,
BOLLGARDTM e convencional
na safra 2012/2013.
79
74
70
BENEFÍCIOS
BOLLGARD II RR FLEXTM
82
BOLLGARD ITM
58
CONVENCIONAL
60
49
55
48
40
46
40
35
30
24
30
20
14
20
10
10
12
0
1
-/
/-
5
6
7
8
9
10 11 12
13 14
15 16 17 18 19 20
6
2
1
21 22
0
0
23
24
0
25
No de nós
RESUMO DOS RESULTADOS
Os ensaios comerciais realizados em 6 localidades (SOR, CNP, RON, SGH, MOR
e LEM) na safra 2012/2013 indicaram que, em todas as áreas, houve uma redução
significativa no uso de inseticidas para pragas-alvos aplicados no algodão com
a tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™.
Os ensaios mostram uma redução de 95% em comparação com algodão
convencional e 88,8% de redução em comparação com algodão com a tecnologia
BOLLGARD™ no uso de inseticidas.
BOLLGARD IITM
13
CONVENCIONAL
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
TECNOLOGIA
RR FLEXTM
TECNOLOGIA RR FLEX™
O algodão Roundup Ready Flex™ representa a segunda geração de algodão tolerante ao glifosato, com tolerância ao herbicida inclusive durante as
fases críticas de crescimento e foi produzido utilizando sistema de transformação mediado por Agrobacterium tumefaciens. A tolerância ao glifosato
no algodão Roundup Ready Flex™ em diferentes estágios da planta foi alcançada pela utilização de sequências promotoras melhoradas, que regulam
a expressão das sequências do gene CP4 EPSPS que codifica a expressão da proteína CP4 EPSPS, conferindo a característica de tolerância ao glifosato.
A utilização do algodão Roundup Ready Flex™ possibilita a aplicação do glifosato sobre a cultura de algodão geneticamente modificado em diferentes
estágios de desenvolvimento das plantas.
Isso irá proporcionar um controle mais efetivo das plantas daninhas durante o cultivo, com riscos mínimos de danos à cultura do algodão comprovado
pela condução de ensaios em campo na safra 2012/2013, conforme pode ser visto nas figuras.
1800
Retenção de frutos 1a posição (%)
1600
Kg de fibra / ha
1400
1200
1000
800
600
400
200
Convencional
Porcentagens de retenção de
frutos em 1 posição - 36 locais
safra 2012/2013.
14
RRF não
Pulverizado
RRF (1x)
Convencional
Produtividade em kg de
fibra/ha - 36 locais safra
2012/2013.
RRF não
Pulverizado
RRF (RR) (1x)
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
4
1.15
TECNOLOGIA
RR FLEXTM
Convencional (UHM) mm
Micronaire (MIC)
3
2
1
1.1
1.05
1
0.95
0.9
0
Convencional
Micronaire (MIC) - 36 locais
safra 2012/13.
RRF não
Pulverizado
RRF (1x)
Convencional
RRF não
Pulverizado
RRF (1x)
Comprimento (UHM) mm
36 locais safra 2012/13.
Os ensaios realizados pelo Departamento de Desenvolvimento Tecnológico da Monsanto demonstraram que a dinâmica de frutificação, a produtividade e
a qualidade das fibras do algodão Roundup Ready Flex™ não foram alteradas ao longo do ciclo com a aplicação do herbicida Roundup em over the top.
O algodão Roundup Ready Flex™ tem potencial para aumentar a eficácia do controle de plantas daninhas na cultura do algodão, sendo mais um modo
de ação disponível para prevenção de plantas daninhas resistentes e para o manejo de herbicidas.
A planta de algodão apresenta uma pequena taxa de crescimento inicial, dificultando o controle de plantas daninhas. A mato-competição começa entre
12 e 30 dias após a emergência e pode gerar uma redução de até 90% da produtividade. Para prevenir esse problema é importante colher sempre
no limpo e o momento da aplicação do Roundup deve ser baseado nas infestações das plantas daninhas infestantes da área.
Utilizando a tecnologia Roundup Ready Flex™ os agricultores podem controlar plantas daninhas de acordo com a necessidade, reagindo ao surgimento
de novos fluxos que possam ocorrer.
15
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
A tecnologia Roundup Ready Flex™ não deve ser vista isoladamente; ao contrário, deve ser considerada como elemento extremamente valioso
de um sistema de manejo de resistência de plantas daninhas que incluem outros mecanismos de ação. Aplicações sequenciais dos herbicidas
complementares ao Roundup podem ser necessárias para controlar novos fluxos de germinações de plantas daninhas.
A possibilidade da utilização de herbicidas residuais pode ser um valioso componente em um sistema de controle de plantas daninhas no algodão
Roundup Ready Flex™ e agregar os seguintes benefícios: 1. Aumento do espectro de controle de plantas daninhas;
2. Efeito residual;
3. Ajuda na redução da ocorrência de plantas daninhas resistentes ao longo dos anos.
Um programa de herbicida residual oferece diversidade de métodos de controle de plantas daninhas e é amplamente compatível com princípios
de manejo de resistência de plantas daninhas.
TECNOLOGIA
RR FLEXTM
Use herbicidas residuais, quando apropriado, e comece sempre no limpo, plantando em um campo livre de plantas daninhas.
30
DBP*
*
Herbicida de contato
(começar no limpo)
Dessecação
30 DAP
USE A FERRAMENTA CORRETA,
NA MEDIDA CORRETA
E NO TEMPO CORRETO.
Dia de
plantio
A aplicação pós-emergência
do algodão geneticamente
modificado tolerante ao glifosato
FONTE:
Monsanto Technology Team
* Consulte engenheiro
agrônomo da Monsanto.
** A aplicação do herbicida
Roundup Transorb em pósemergência na cultura do
algodão não é aprovada no ES
por não terem a cultura
do algodão.
*** Roundup Transorb:
Aplicação em área total em
pré-plantio (pré-plantio do
algodão e pós-emergência das
plantas infestantes).
Aplicação em área total, em
pós-emergência do algodão
geneticamente modificado
tolerante ao glifosato em
áreas de plantio direto
ou convencional.
A aplicação em pósemergência do algodão
geneticamente modificado
tolerante ao glifosato
é de 25 a 35 dias após
a emergência da cultura,
quando as invasoras se
encontram em estágio inicial
de desenvolvimento.
16
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
MANEJO AGRONÔMICO
TM
TM
BOLLGARD II RR FLEX E RR FLEX
MANEJO AGRONÔMICO
BOLLGARD RR FLEXTM E RR FLEXTM
Os benefícios de BOLLGARD II RR FLEX™ são significativos, no entanto, o produtor deve escolher uma variedade que seja, em primeiro lugar, mais
adequada à sua região de cultivo e ao período de plantio. A escolha das variedades com opções transgênicas é uma boa opção, pois as variedades com
a tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™ são ferramentas que auxiliam no manejo da cultura, mas as características das variedades com essa tecnologia
devem ser avaliadas e a escolha deve ser feita considerando a melhor variedade para a região e época de plantio. Abaixo estão listados os principais
parâmetros para se plantar uma variedade com a tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™.
MATURIDADE VARIETAL
A maturidade do algodão convencional é determinada em grande parte pela herança genética da variedade em questão. Para o BOLLGARD II RR FLEX™
a maturidade dependerá das características da planta matriz recorrente utilizada no cruzamento inicial. Há outros fatores, como a compactação do solo,
estresse hídrico e, principalmente, estresse nutricional e retenção de frutos que podem influenciar significativamente a maturidade da variedade.
A DENSIDADE DE PLANTIO
A densidade se refere ao número de plantas por metro, que está, geralmente, na faixa de 8-12 sementes/metro, considerando-se uma germinação de
85%. Cabe destacar que mais importante do que o número de plantas por metro é a regularidade entre plantas dentro da linha de semeadura. Com a
maior probabilidade de retenção de frutos de 1ª e 2ª posição para a tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™, não deveria haver necessidade de aumentar
a quantidade de sementes/metro a partir de seus níveis atuais. O algodoeiro é uma espécie com relativa capacidade de se ajustar a eventuais falhas,
devido à sua elevada plasticidade morfológica. A densidade de semeadura ideal é aquela que alia a máxima utilização dos recursos ambientais com
mínima competição entre as plantas por estes recursos.
RETENÇÃO DE FRUTAS
Os capulhos com melhores qualidades de fibra e maior peso por maçã em uma planta de algodão são geralmente produzidos no meio da planta (nós
13-18). Estes capulhos tendem a ser 12%-15% mais pesados do que os capulhos mantidos na segunda posição. Quanto mais distantes os capulhos
estiverem da haste principal, menores eles serão.
17
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
A razão destes capulhos de primeira posição no meio da planta serem maiores é que eles florescem em
temperaturas ideais, são menos afetados em seu desenvolvimento pelo sombreamento da copa e são alimentados
a partir de sua folha da haste principal e da folha em segunda posição. São os principais dissipadores de
fotoassimilados e carboidratos para estes frutos.
MANEJO AGRONÔMICO
BOLLGARD RR FLEXTM E RR FLEXTM
No algodão convencional, este fruto de primeira posição está frequentemente ausente devido a insetos, aborto
fisiológico (normalmente no final da floração) ou alguma outra forma de estresse. A retenção de primeira posição
pode variar de 30% até 70% nos cinco primeiros ramos de frutificação. Normalmente, isso não é uma preocupação
quando a retenção está sendo monitorada, porque pode haver compensação por meio da produção de frutos de
posições superiores e ramos de frutificação. Um capulho de segunda posição normalmente toma a posição do
capulho de primeira posição, contudo, este capulho nunca será tão grande quanto o de primeira posição.
A precocidade, ou o número de dias entre o plantio e o desfolhamento, é medida como o número de nós em que 95% estão
fisiologicamente prontos. Não há relação direta entre a retenção de primeira posição dos últimos cinco e a produtividade
final por hectare, porém, apenas um atraso de maturidade. Quando a retenção do capulho diminui em 20%, a cultura
demora cerca de um nó adicional para ser definida. Isto pode representar um atraso na maturidade de cerca de cinco ou
seis dias durante a colheita, dependendo das temperaturas. A relação entre a precocidade (maturação) e todos os frutos de
primeira posição é semelhante, desde que haja um crescimento compensatório.
A altura final da planta tem uma forte correlação com a maturidade. Um aumento na altura da planta
de aproximadamente 12 cm tem o mesmo efeito sobre a maturidade como uma redução de 20% na retenção
de primeira posição do fruto exposto às mesmas condições de temperatura.
As plantas do algodão BOLLGARD II RR FLEX™ reterão muito mais frutos de primeira posição do que as plantas
de algodão convencional. Elas terão maior retenção de primeira posição nos últimos cinco ramos de frutificação,
o que pode encurtar o número de dias necessários para finalizar o ciclo.
GESTÃO DE IRRIGAÇÃO
A necessidade de água de uma planta BOLLGARD II RR FLEX™ não deve ser diferente de uma planta convencional. A capacidade das raízes de extrair
umidade será mais limitada pelas propriedades físicas do solo. Portanto, o tempo de irrigação pode ser ligeiramente diferente daquele do algodão
convencional, devido à maior retenção de frutos.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
GESTÃO DE NUTRIÇÃO
Os agricultores precisarão assegurar que a sua gestão de nutrição esteja correta para as suas características de solo. Para ter boa produtividade,
o algodoeiro necessita de um solo com perfil corrigido de 0 a 40 cm de profundidade no mínimo, com saturação de bases de 50% a 70% e seus
elementos balanceados em volumes disponíveis conforme análise de solo.
MANEJO AGRONÔMICO
BOLLGARD RR FLEXTM E RR FLEXTM
A planta de algodão tem a característica de produzir inúmeras estruturas (botões florais), das quais 40% a 50% do total podem ser abortados. Porém,
se conseguirmos de 10 a 12 maçãs uniformes por planta poderemos ter ótima produtividade, para tanto, a planta extrai, para cada tonelada de algodão
em caroço, 50 kg de nitrogênio, 40 kg de potássio e 30 kg de fósforo. Quando na fase de enchimento das maçãs a planta mostrar boa carga de frutos
e não houver nutrientes suficientes para suprir suas necessidades, ela poderá apresentar senescência ou envelhecimento precoce, mostrando na área
cultivada manchas amareladas, avermelhadas ou arroxeadas, que poderão produzir maçãs imaturas e de baixo peso.
Esta senescência prematura é causada pela deficiência de potássio e da rápida frutificação em lavouras/plantas com um grande número de frutos.
A chave para gerir esta situação consiste no monitoramento contínuo da retenção de frutos, correlação com os níveis de potássio do solo no início
e no meio do ciclo e parcelamento das coberturas.
Para que a planta possa expressar todo o seu potencial produtivo, nada é mais importante que ter uma boa base de nutrientes no solo e mantê-la
sempre estimulada a crescer, através de uma adubação em cobertura a lanço, ou foliar de 3 a 4 aplicações, além de obter ajuda do clima que tem
importância nos fatores que influenciam a produção.
GESTÃO DE DOENÇAS
A tolerância às doenças é feita da seleção do melhoramento genético das plantas e é controlada em grande parte pelo processo de melhoramento genético, onde
uma seleção rigorosa e triagem asseguram que as variedades tolerantes cheguem ao mercado em áreas propensas às doenças.
Existem diversas doenças que atacam o algodoeiro, porém as mais importantes são: Ramulária (Ramularia areola), Ramulose (Colletotrichum gossypii),
Stemphllyllium e Alternária (Alternaria tenues). Para o controle das doenças tem-se observado na prática o uso em média de 4 a 6 aplicações de
fungicidas no ciclo da cultura, sendo que na primeira aplicação deve-se utilizar um produto que tenha boa ação de profundidade e de choque para
que o controle seja efetivo. Para que se tenha uma boa eficácia no controle das doenças, deve-se respeitar as doses de aplicação dos fungicidas, época
de aplicação e detectar a doença no início da infestação.
A planta, para que possa mostrar todo seu potencial produtivo, necessita de ótima sanidade foliar e nutritiva até a abertura da primeira maçã. De acordo
com o tipo de plantio, região e variedades utilizados, indica-se a adoção do padrão de controle da Ramulária, pois ele gera controle para a maioria
das doenças do algodoeiro.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS
Não existe nenhuma diferença das plantas de algodão convencional com as plantas do algodão BOLLGARD II RR FLEX™ e RR FLEX™.
MANEJO AGRONÔMICO
BOLLGARD RR FLEXTM E RR FLEXTM
REGULADOR DE CRESCIMENTO
As variedades BOLLGARD II RR FLEX™ podem apresentar menor necessidade de reguladores do crescimento no algodão BOLLGARD II RR FLEX™.
Isto, evidentemente, dependerá da seleção de variedades e do histórico e manejo de um campo individual. O ponto mais importante nas variedades
com tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™ é manter a planta sempre vigorosa e utilizar o regulador apenas se necessário.
TEMPERATURA
O algodoeiro, para ter ambiente ótimo de aproveitamento de umidade, evaporação e transpiração, exige
temperatura mínima média de 18˚C. Quanto maior a amplitude entre a temperatura máxima e a mínima, melhor
a condição de produtividade, ou seja, a planta cresce mais devagar à noite em temperaturas mais amenas e, com
isso, consegue acumular energia e transferir às maçãs, apresentando mais peso.
Ambientes de altitude baixa, menores que 550 m do nível do mar com altas temperaturas (diurna e noturna)
ocasionam excesso de evaporação, troca gasosa, maior perda de água pela planta e rápido desenvolvimento
vegetativo. Nestas condições, a planta tem que ter um ótimo suprimento de água, de 8 mm a 12 mm por dia
na fase de cut-out. Se este volume de água não estiver disponível, poderá causar murchamento, diminuição da
fotossíntese, menor solubilização e difusão dos nutrientes, ocasionando perdas de peso na produção das maçãs
e imaturidade da pluma e da semente. Em ambientes com alta temperatura, a formação da primeira maçã do
baixeiro pode ocorrer na quarta ou quinta posição, sendo que em ambiente de temperatura amena a primeira
maçã do baixeiro pode estar localizada no sexto ou sétimo nó.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
ÁGUA
MANEJO AGRONÔMICO
BOLLGARD RR FLEXTM E RR FLEXTM
Em situações de estresse hídrico, a planta pode reduzir o ciclo e em situações de dias nublados a incidência de doenças pode ser maior.
Sendo assim, a taxa fotossintética reduz, produzindo menos energia para formação das maçãs e ocasionando seu baixo peso e baixa qualidade de fibras.
25-35 DIAS
RADIAÇÃO SOLAR (INSOLAÇÃO)
O algodoeiro é uma planta classificada como C3, em termos de aproveitamento de radiação solar. Para um ótimo aproveitamento, ela necessita
de densidade do fluxo de radiação de 1,4 cal/cm/minuto e mais de 100.000 lux de insolação, ou seja, muita luz para ter o processamento ideal de
fotossíntese. Longos períodos de dias encobertos prejudicam a fotossíntese e a conversão em açúcar para formação da celulose, que irá causar
a maturidade da fibra e do peso das maçãs.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
ESTADOS FENOLÓGICOS DO ALGODOEIRO FASE I
Fase que compreende desde a semeadura
até o aparecimento do primeiro botão
floral (do quinto ao oitavo nó) 25-35 dias
após a germinação.
PRIMEIRA FLOR
MANEJO AGRONÔMICO
BOLLGARD RR FLEXTM E RR FLEXTM
BOTÃO FLORAL
2.5 - 3.0
dias/nós
6 nós
25-30
dias
15 nós
OBJETIVOS DA FASE I
Grande parte do sucesso do investimento depende desta primeira fase, que consiste em realizar um plantio uniforme e com boa distribuição das sementes, correção
e adubação balanceada, incentivar o desenvolvimento radicular, proteção contra pragas iniciais (tripes, pulgões e lagartas) e plantas daninhas.
CAUSAS DA DESUNIFORMIDADE
As causas da desuniformidade são: germinação e profundidade desuniforme, sementes com baixo vigor, número inadequado de sementes por metro, má distribuição
das sementes e stand desigual. O stand ideal é com 8 a 11 plantas por metro no final. Misturas varietais ou segregação por número excessivo de multiplicações
(pureza genética) também podem causar a desuniformidade na lavoura.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
UNIFORMIDADE DAS PLANTAS
A uniformidade das plantas facilita o controle das plantas daninhas, melhora a eficiência do uso da água, melhora a utilização de nutrientes, facilita o manejo
de insetos, melhora a eficiência do regulador de crescimento e de uso de desfolhantes e maturadores, proporcionando rapidez na colheita com produto de
alta qualidade.
FASE II
MANEJO AGRONÔMICO
BOLLGARD RR FLEXTM E RR FLEXTM
Fase que compreende desde o primeiro botão floral (6 a 8 nós) até o aparecimento da primeira flor (15 nós) ou 45 a 60 dias após a germinação.
OBJETIVOS DA FASE II
Fase de maior desenvolvimento vegetativo, na qual a planta já pode mostrar seu maior potencial produtivo (8 a 10 ramos reprodutivos). Nesta fase, é muito
importante que a planta esteja bem nutrida e seja bastante vigorosa para permitir maior suporte da caixa produtiva.
OBJETIVOS DA FASE II
Fase de maior desenvolvimento vegetativo, na qual a planta já pode mostrar seu maior potencial produtivo (8 a 10 ramos
reprodutivos). Nesta fase é muito importante que a planta esteja bem nutrida e seja bastante vigorosa para permitir maior
suporte da caixa produtiva.
Deve-se ter proteção rigorosa contra ervas daninhas, insetos, ácaros, tripes, pulgões, percevejos, lagartas, bicudo e início de
monitoramento contra as doenças (ramulária, ramulose, alternária e emphyllium). É a fase de início do manejo da altura da
planta. Nesta fase, é muito importante que a primeira aplicação e regulador de crescimento seja feita no momento certo e na
dose correta. Para melhor controle e diluição de riscos climáticos é importante que se faça de duas a quatro aplicações. Faz-se
a primeira aplicação quando a planta apresentar de seis a oito nós, as demais conforme a planta comece a apresentar sinais de
retomada do crescimento. Devido à alta produção e retenção de botões florais, é muito importante que as condições climáticas
sejam bastante favoráveis ao desenvolvimento da cultura.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
FASE III
MANEJO AGRONÔMICO
BOLLGARD RR FLEXTM E RR FLEXTM
Fase que compreende desde o surgimento da primeira flor (15 nós ou 60 dias da germinação) até o cut-out (paralização do crescimento vegetativo 20 a 22 nós),
quando a última flor branca se encontra no quinto ramo reprodutivo, a partir do topo da planta.
5 nós
acima da
última flor
creme
9 nós
acima da
última flor
creme
30 dias
OBJETIVOS DA FASE III
Permitir um excelente pegamento e enchimento de maçãs, principalmente de primeira posição, ter um porte final em torno de 1,2 m, que permitirá que a planta
consiga melhor exploração da radiação solar e mantenha a cultura livre de doenças fúngicas e as pragas abaixo do nível de dano econômico.
Conservar a cultura bem nutrida. Fase de intenso e vertiginoso crescimento vegetativo no início da fase e paralização do crescimento vegetativo no final, na
qual existe enorme competição entre as partes vegetativas e as partes reprodutivas (maçãs), sendo que a planta nesta fase drena intensivamente toda a reserva
de nutrientes e energia para as partes reprodutivas (maçãs).
A planta já definiu seu potencial de produção, iniciando o enchimento das maçãs. O melhor regulador de crescimento é o alto volume de pegamento de maçãs da planta.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
FASE IV
Fase que compreende desde o cut-out (20 a 22 nós ou 90 dias da germinação) até a colheita (22 a 24 nós).
MANEJO AGRONÔMICO
BOLLGARD RR FLEXTM E RR FLEXTM
maçã imatura
última maçã
madura
última maçã
aberta
OBJETIVOS DA FASE IV
Nesta fase, deve-se manejar bem as pragas e as doenças até a abertura da primeira maçã. Na Fase IV, deve-se manejar a colheita utilizando desfolhante, quando
o algodoeiro mostrar 70% a 80% das maçãs abertas, ou quando estiver faltando somente as 4 últimas maçãs para abrir, significando que sempre as 4 maçãs acima
da última maçã aberta é que estão maduras fisiologicamente. Após a aplicação de desfolhante (7 dias), as maçãs estão expostas e prontas para receber
o maturador, que provoca a abertura, para que se possa realizar a colheita com mais rapidez e com qualidade.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
MANEJO DE PRAGAS
PRÁTICAS DE MANEJO
MANEJO DE PRAGAS
As pragas da cultura são controladas pelo agricultor, com o objetivo de obter alta produtividade, utilizando as melhores práticas para o controle.
No entanto, fatores como o estado nutricional da planta, controle de plantas daninhas, uso ou não de regulador de crescimento e estresse hídrico
podem influenciar na eficácia de controle para as pragas-não-alvos e sobre o desempenho das variedades com tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™.
MONITORAMENTO INTEGRADO DE PRAGAS
Com o objetivo de buscar sempre alta produtividade, os técnicos responsáveis pelo manejo da cultura, além de
realizar as correções de solo, adubação e plantar na melhor época, necessitam também de um bom monitoramento
de pragas. O Manejo Integrado de Pragas passa então a ser peça fundamental para alcançar altas produtividades.
A eficácia para o controle das pragas-alvos com tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™ é o resultado do nível de
expressão da proteína Bt dentro de uma variedade e quanto ao nível de suscetibilidade para o controle das pragasalvos à proteína Bt. Neste sentido,o monitoramento adequado de pragas-alvos e não-alvos é essencial para refletir
o estado geral e o índice de pragas presente dentro de um talhão.
O monitoramento de pragas tem o objetivo de auxiliar o produtor a evitar perdas pelo ataque de insetos e/ou
ácaros e definir qual a melhor tática de controle caso o nível de controle para os insetos e/ou ácaros seja atingido.
Recomenda-se o início do monitoramento antes da semeadura, ou seja, antes da dessecação, monitorando as pragas
na palhada.
O monitoramento de pragas-alvos e não-alvos é realizado pela metodologia de avaliação visual, na qual todas as
partes do dossel da planta (caule, ramos, pecíolos, folhas, brotações, botões florais, flores, maçãs e capulhos)
devem ser criteriosamente observadas pelo monitor.
Observa-se que tanto as pragas-alvos e não-alvos estão presentes nas variedades convencionais e com tecnologias
Bt. Este monitoramento deve ser realizado no interior do talhão, de maneira a distribuir os pontos de amostragem
uniformemente e aleatoriamente ao longo da caminhada, garantindo a boa representação do talhão.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
PRAGAS DO ALGODÃO
DURANTE O CICLO DA CULTURA
REPRODUTIVO (FLORESCIMENTO E FRUTIFICAÇÃO)
MANEJO DE PRAGAS
VEGETATIVO
Tripes*
Elasmo**
Lagarta Rosca**
Bicudo***
Pulgão***
Percevejo Rajado*
Ácaro Rajado e Ac. Branco *
Lagarta Rosada***
Curuquerê***
Lagarta-das-maçãs***
Falsa-Medideira***
Pragas não-alvos
Pragas-alvos
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Helicoverpa spp*
Spodoptera spp*
MATURAÇÃO
COLHEITA
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
DECISÕES SOBRE PULVERIZAÇÕES
A cultura deve ser pulverizada quando o número de pragas e de danos potenciais causados pelas mesmas atinge um determinado nível de ação, que
está abaixo do nível de dano econômico.
É neste sentido que o Manejo Integrado de Pragas passa a ser peça fundamental para a definição do momento correto da aplicação. Apesar da excelente
proteção conferida pelo BOLLGARD II RR FLEX™ contra as pragas-alvos, é necessário realizar contínuo monitoramento da lavoura. Caso seja necessária
a aplicação de inseticidas para as pragas-alvos em algodão com tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™, segue abaixo a tabela com o nível de controle.
NOME CIENTÍFICO
NÍVEL DE CONTROLE
ALABAMA ARGILLACEA
Até 30-40 dae: 10% desfolha da planta
ou 2 lagartas (> 3 mm) por metro.
após 30-40 dae:10% desfolha da planta
ou 25% desfolha ponteiro ou 2 lagartas
(> 3 mm) por planta.
FALSA MEDIDEIRA
CHRYSODEIXIS INCLUDENS
Até 30-40 dae:10% desfolha da planta
ou 2 lagartas (> 3 mm) por metro.
após 30-40 dae:10% desfolha da planta
ou 2 lagartas (> 3 mm) por planta.
LAGARTA ERIDANIA
SPODOPTERA ERIDANIA
Idem curuquerê
LAGARTA COSMIOIDES
SPODOPTERA COSMIOIDES
Idem curuquerê
LAGARTA DAS MAÇÃS
HELIOTHIS VIRESCENS
6%-8% de plantas infestadas (planta
com pelo menos uma lagarta > 3 mm).
LAGARTA DAS MAÇÃS
HELICOVERPA SPP.
6%-8% de plantas infestadas (planta com
pelo menos uma lagarta > 3 mm)
5-8 lagartas (> 3 mm) em 100 plantas.
LAGARTA MILITAR
SPODOPTERA FRUGIPERDA
6%-8% de plantas infestadas (planta
com pelo menos uma lagarta > 3 mm).
NOME COMUM
DECISÕES SOBRE
PULVERIZAÇÕES
CURUQUERÊ
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
INSETOS BENÉFICOS
Parasitas de ovos: Trichogramma e Microplitis
Predadores de ovos: Joaninhas, Percevejos predadores (Nabis spp., Orius spp. ) e Crisopídeos
Predadores de lagartas neonatas: Aranhas
INSETOS BENÉFICOS
Mesmo com os níveis mais elevados de insetos benéficos no algodão, ainda serão necessários inseticidas para controlar determinadas pragas-nãoalvos como sugadores e ácaros, tanto no início quanto no final da safra, pois a presença destas pragas pode causar danos econômicos. Os principais
percevejos causadores de danos no algodoeiro são os percevejos da cultura da soja (Euschistus heros, Nezara viridula e Piezodorus guildinii), além dos
percevejos tradicionais da cultura do algodão (Horciasoides nobilellus e Dysdercus ruficollis), Pulgões (Aphis gossypii), os ácaros Rajado (Tetranychus
urticae) e Branco (Polyphagotarsonemus latus) e o Bicudo (Anthonomus grandis) que podem exigir pulverizações específicas. A fim de alcançar o
melhor valor da tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™, é necessário um monitoramento cuidadoso dessas pragas e ações em tempo hábil para seu
controle, minimizando a perda de produtividade. O uso de produtos químicos seletivos no algodão convencional adjacente também é importante, uma vez
que a deriva pode afetar os níveis de insetos benéficos nos campos de BOLLGARD II RR FLEX™. O uso criterioso de inseticidas irá minimizar o impacto
dessas pragas secundárias na produtividade e lucratividade.
É importante:
• Evitar o uso de piretroides sintéticos, organofosforados de amplo espectro e carbamatos, tanto no algodão BOLLGARD II RR FLEX™ quanto no algodão convencional;
• Realizar o MIP semanalmente ou a cada 5 dias, verificando os índices das pragas-alvos e não-alvos de maneira
que garanta uma cobertura e representatividade de toda a área;
• Não pulverizar antes de atingir o nível de ação;
• Não levar o algodão ao estresse nutricional e ao uso excessivo de regulador de crescimento.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
MANEJO DE RESISTÊNCIA DE INSETOS
A resistência de insetos pragas aos inseticidas ou proteínas Bt é um fenômeno natural e pré-adaptativo, de forma que indivíduos resistentes estão
presentes no ambiente antes mesmo da introdução de determinada tecnologia de controle. Assim, as pulverizações de inseticidas ou uso da cultura
Bt podem selecionar esses indivíduos levando ao aumento de sua frequência na população. Portanto, o Manejo de Resistência de Insetos (MRI) é
o conjunto de medidas que visa evitar ou retardar a seleção de indivíduos resistentes aos princípios ativos. Fundamentando-se no conhecimento
científico sobre espécies pragas, das interações nos ambientes de lavoura, na frequência dos alelos de resistência e das características do princípio
ativo inseticida, é possível orientar as ações dos agricultores, consultores e assistentes técnicos no sentido de preservar a eficiência e os benefícios
do método de controle em questão. O algodão BOLLGARD II RR FLEX™ (MON 15985 x MON 88913) possui características favoráveis ao MRI, como a
expressão das proteínas Cry1Ac e Cry2Ab2, conferindo proteção contra Alabama argillacea, Heliothis virescens, Pectinophora gossypiella, Chrysodeixis
includens, Helicoverpa spp. e Spodoptera spp.
2
1
receptores
mesentero
toxinas
MANEJO DE RESISTÊNCIA
DE INSETOS
3
bactérias normais
mesentero
4
1
1 2 CURUQUERÊ
3
2 4 LIGAÇÃO DAS TOXINAS AOS RECEPTORES ESPECÍFICOS DO INTESTINO MÉDIO
3 DEGRADAÇÃO DAS PAREDES DO MESENTERO E INVASÃO DE BACTÉRIAS E ESPOROS
4 MORTE POR FOME + INFECÇÃO GENERALIZADA
30
Em contraste às pulverizações de inseticidas à base de Bt,
as proteínas Bt são expressas continuamente nas plantas
transgênicas ao longo do ciclo de desenvolvimento do algodão,
o que significa que todos os insetos que se alimentam dela
estão sendo expostos à pressão de seleção. Assim, o manejo da
resistência é tão importante para as culturas transgênicas quanto
para os inseticidas químicos.
A piramidação de proteínas oferece o que parece ser a forma
mais eficaz para o manejo da resistência às proteínas Bt. Além
disso, as piramidações de proteínas Bt com distintos modos de
ação têm o potencial de reduzir, significativamente, a necessidade
de refúgio para o manejo bem-sucedido da resistência, uma vez
que reduz a probabilidade do inseto possuir dois
mecanismos de resistência distintos. Nesse contexto, o
BOLLGARD II RR FLEX™ tem a vantagem de expressar duas
proteínas de Bt que não possuem resistência cruzada nas pragasalvos. Portanto, o BOLLGARD II RR FLEX™ tem mais proteção
contra o estabelecimento de resistência em comparação ao
algodão BOLLGARD I™, que expressa apenas uma proteína Bt.
Contudo, o manejo cuidadoso é ainda necessário para garantir
que esta vantagem seja mantida no futuro.
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
PLANO DE MANEJO DE RESISTÊNCIA
A resistência de insetos aos diferentes métodos de controle, como inseticidas ou plantas Bt, é uma resposta à pressão de seleção, na qual os insetos
resistentes podem aumentar a sua frequência dentro da população e limitar a eficiência de controle ao longo do tempo. Assim, o objetivo do refúgio
é manter uma população de insetos pragas-alvos da tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™ que não seja exposta às proteínas Cry1Ac e Cry2Ab2.
Dessa forma, insetos suscetíveis, quando adultos, poderiam acasalar com qualquer raro indivíduo resistente que possa ter sobrevivido no algodão
BOLLGARD II RR FLEX™. Desta forma, a suscetibilidade poderá ser transmitida a gerações futuras, garantindo a sustentabilidade da eficácia de controle.
= suscetível
MANEJO DE RESISTÊNCIA
DE INSETOS
= resistentes
Área de refúgio
Área de algodão
BOLLGARD II RR FLEX™
Um plano consistente de manejo de resistência de insetos às proteínas Bt presentes no BOLLGARD II RR FLEX™ deve conter algumas medidas fundamentais:
Implementação de áreas de refúgio com cultivares de algodão não-Bt, na proporção de 5% da área total plantada de algodão, objetivando a manutenção de fonte
de insetos suscetíveis para cruzamento com possíveis insetos resistentes provenientes das áreas Bt;
Monitoramento da suscetibilidade das pragas-alvos às proteínas Bt presentes no BOLLGARD II RR FLEX™ (Cry1Ac e Cry2Ab2), buscando identificar precocemente
quaisquer desvios de suscetibilidade antes mesmo que casos de escapes ocorram no campo.
Ações educacionais, visando conscientizar cotonicultores e assistência técnica sobre a importância da implementação das áreas de refúgio e de um consistente
programa de Manejo Integrado de Pragas, adotando as medidas mais apropriadas para o controle das pragas-alvos e não-alvos da tecnologia. Em casos de escapes
no campo devido à alta infestação e/ou desvio de suscetibilidade, um plano de mitigação deve entrar em ação, com implementação de medidas de controle adequadas
para cada situação.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
COMPONENTES-CHAVE DO PGR PARA O ALGODÃO BOLLGARD II RR FLEXTM
ÁREA DE REFÚGIO
NÃO PULVERIZAR REFÚGIO COM INSETICIDA À BASE DE BT
CONTROLE DA SOQUEIRA DE ALGODÃO VOLUNTÁRIO
MANEJO DE RESISTÊNCIA
DE INSETOS
O RACIOCÍNIO POR TRÁS DAS NECESSIDADES
ESPECÍFICAS DO MRI
As culturas de refúgio são necessárias para produzir populações de insetos que não tenham sido expostos à seleção com proteínas Bt. O cruzamento destas mariposas
com aquelas que sobrevivem ao algodão com tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™ contribui para a diluição dos alelos de resistência, retardando a seleção de
indivíduos homozigotos resistentes.
As áreas de refúgio para o algodão BOLLGARD II RR FLEX™ podem ser plantas com qualquer algodão não-Bt, seja convencional ou tolerante a herbicidas. Estudos
de modelagem chegaram a uma necessidade de refúgio de 5% da área total de algodão.
As áreas de refúgio devem estar localizadas à distância máxima de 800 metros da lavoura com algodão BOLLGARD II RR FLEX™, ou seja, a distância máxima entre
qualquer planta de algodão BOLLGARD II RR FLEX™ e qualquer planta da área de refúgio deve ser de no máximo 800 metros. Essas áreas devem ser conduzidas
como qualquer área de algodão não-Bt, com o uso de pulverizações de inseticidas ou adoção de outros métodos de controle, sempre que as populações das pragas
atingirem o nível de ação. É importante lembrar que não é recomendada a aplicação de inseticidas formulados à base de Bt nas áreas de refúgio, para que não exerça
pressão de seleção sobre os insetos dessa área.
Recomenda-se que o refúgio seja plantado com uma variedade de algodão de ciclo vegetativo similar à variedade de algodão BOLLGARD II RR FLEX™. Além disso,
o refúgio deve ser plantado na mesma propriedade e manejado pelo mesmo agricultor. O plantio de sementes de algodão BOLLGARD II RR FLEX™ misturadas com
algodão não-Bt não é recomendado.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
PLANTIO DE REFÚGIO
O algodão BOLLGARD II RR FLEX™ expressa as proteínas Cry1Ac e Cry2Ab2 em todos os tecidos da planta durante todo o ciclo da
cultura. As lagartas sensíveis às proteínas Cry1Ac e Cry2Ab2 quando se alimentam ingerem essas proteínas, que imediatamente
iniciam sua ação no intestino médio paralisando a alimentação, danificando esse órgão e levando à morte do inseto. A preservação
e a sustentabilidade da tecnologia dependem do cumprimento das recomendações de Manejo de Resistência de Insetos (MRI)
pelos produtores.
O plantio e a manutenção das áreas de refúgio representam o principal componente do plano de Manejo de Resistência de Insetos
das variedades de algodão com a tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™. O objetivo das áreas de refúgio é permitir a multiplicação
de insetos suscetíveis que cruzem com eventuais mariposas resistentes ao Bt, pois os descendentes também serão suscetíveis,
diminuindo progressivamente as ocorrências de resistência.
Áreas de refúgio da tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™ são áreas de algodão não cultivadas na proporção de pelo menos 5%
do total da área plantada com algodão Bt e na distância máxima de 800 metros, em áreas de ocorrência de lagarta rosada
(Pectinophora gossypiella), ou de 1.500 metros em áreas sem esse inseto.
É recomendado que a variedade a ser plantada dentro da área de refúgio possua ciclo vegetativo similar ao do algodão
BOLLGARD II RR FLEX™.
As áreas de refúgio devem ser conduzidas normalmente, com pulverizações de inseticidas ou adoção de outros métodos
de controle, sempre que as populações das pragas atinjam o nível de ação detectado por meio do monitoramento de pragas.
MANEJO DE RESISTÊNCIA
DE INSETOS
É importante lembrar que a aplicação de inseticidas à base de Bt nas áreas de refúgio não é recomendada. Além disso, a área
de refúgio deve estar dentro da mesma propriedade rural em que a tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™ está sendo plantada.
O algodão não deve ser misturado com sementes de algodão não-Bt.
CONFIGURAÇÕES NO CAMPO
Existem diferentes alternativas para a distribuição das áreas de refúgio para algodão Bt, ficando a cargo do agricultor ou do consultor a configuração que considerar
mais adequada para as condições locais dos talhões de plantio. Entretanto, é necessário observar a correta proporção entre a área plantada com o refúgio e a área
plantada com algodão BOLLGARD II RR FLEX™ (5%), assim como a distância máxima entre elas (800 m).
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BOLLGARD II RR FLEX
800 metros
800 metros
MANUAL20 haTÉCNICO DE PRODUTO
45 ha
30 ha
20 ha
50 ha
50 ha
45 ha
30 ha
7 ha
PLANTE REFÚGIO
7 ha
Figura: Configurações de áreas
de refúgio para Bt em talhões circulares.
800 metros
800 metros
800 metros
800 a 1.600 metros
800 metros
800 metros
800 metros
800 a 1.600 metros
50,4 ha
5% da área
50,4 ha
5% da área
50 ha
20 h
50 ha
20 ha
800 metros
Em bloco
No perímetro
Em bloco
No perímetro
800 metros
1.600 metros
800 metros
1.600 metros
Área de Refúgio (5%)
Algodão nao-Bt.
Figura: Configurações de áreas de refúgio
Algodão BOLLGARD II RR FLEX™ (95%).
em bloco ou no perímetro
do talhão.
Área de Refúgio (5%)
Algodão nao-Bt.
800 metros
800 metros
MANEJO DE RESISTÊNCIA
DE INSETOS
20 ha
Figura: Configurações de áreas
de refúgio em talhões adjacentes.
45 ha
30 ha
50 ha
7 ha
10 ha
50,4 ha
5% da área
50 ha
20 ha
800 a 1.600 metros
metro
800 metros
34
Algodão BOLLGARD II RR FLEX™ (95%).
Área de Refúgio (5%)
Algodão nao-Bt.
Algodão BOLLGARD II RR FLEX™ (95%).
20 ha
800 metros
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
MANEJO DE RESISTÊNCIA
DE INSETOS
ÁREA DE REFÚGIO • RECOMENDAÇÕES
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REFÚGIO ESTRUTURADO
BOLLGARD II RR FLEXTM
E BOLLGARD RRTM
NOME CIENTÍFICO
NÍVEL DE CONTROLE
NÍVEL DE CONTROLE
Alabama argillacea
Até 30-40 DAE: 10% desfolha da
planta ou 2 lagartas (> 3 mm) por
metro. Após 30-40 DAE: 10% desfolha
da planta ou 25% desfolha ponteiro
ou 2 lagartas (> 3 mm) por planta.
Até 30-40 DAE: 10% desfolha da planta
ou 2 lagartas (> 3 mm) por metro.
Após 30-40 DAE: 10% desfolha da planta
ou 25% desfolha ponteiro ou 2 lagartas
(> 3 mm) por planta.
Chrysodeixis includens
Até 30-40 DAE: 10% desfolha da
planta ou 2 lagartas (> 3 mm) por
metro. Após 30-40 DAE: 10% desfolha
da planta ou 2 lagartas (> 3 mm)
por planta.
Até 30-40 DAE: 10% desfolha da planta
ou 2 lagartas (> 3 mm) por metro.
Após 30-40 DAE: 10% desfolha da
planta ou 2 lagartas (> 3 mm) por planta.
Spodoptera eridania
Idem curuquerê.
Idem curuquerê.
Spodoptera cosmioides
Idem curuquerê.
Idem curuquerê.
Heliothis virescens
10% de plantas infestadas (planta
com pelo menos uma lagarta).
6%-8% de plantas infestadas (planta com
pelo menos uma lagarta > 3 mm).
Helicoverpa spp.
10% de plantas infestadas (planta
com pelo menos uma lagarta)
8-10 lagartas em 100 plantas.
6%-8% de plantas infestadas (planta com
pelo menos uma lagarta > 3 mm)
5-8 lagartas (> 3 mm) em 100 plantas.
Spodoptera frugiperda
10% de plantas infestadas (planta
com pelo menos uma lagarta).
6%-8% de plantas infestadas (planta com
pelo menos uma lagarta > 3 mm).
Pectinophora gossypiella
10 adultos capturados por armadilha 10 adultos capturados por armadilha
de feromônio a cada 2 noites ou até de feromônio a cada 2 noites ou até
3%-5% de maçãs atacadas.
3%-5% de maçãs atacadas.
BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
RECOMENDAÇÕES PARA
PRODUTORES E CONSULTORES
Selecione as variedades com tecnologia BOLLGARD II™ e certifique-se de que a variedade é recomendada para
a região proposta.
Leia atentamente o rótulo do BOLLGARD II RR FLEX™ e implemente o Plano de Manejo da Resistência.
Plante a variedade com tecnologia BOLLGARD II RR FLEX™ em campos limpos, sem resíduos de algodão.
Certifique-se de que o teor de nutrientes no solo é suficiente, antes do plantio. O pegamento precoce e a alta retenção
podem estressar a planta, levando ao fechamento do ciclo precocemente se não houver nutrientes suficientes.
Deixe a planta sempre vigorosa e ativa, utilizando, se necessário, adubação foliar à base de nitrogênio e utilize
o regulador de crescimento se necessário.
Certifique-se de que a irrigação ocorra em momentos adequados, para evitar estresse indevido para a planta.
O algodão BOLLGARD II™ requer levantamento cuidadoso de todas as pragas-alvos e não-alvos. Embora as lagartas
possam não ser um problema para BOLLGARD II™, pragas secundárias ainda podem causar danos severos se não
forem controladas quando necessário.
Utilize inseticidas seletivos, sempre que possível, para manter as populações de insetos benéficos, pois isto auxiliará
no controle de pragas secundárias e reduzirá a pressão de seleção da resistência ao Bt.
RECOMENDAÇÕES PARA
PRODUTORES E CONSULTORES
As lagartas do gênero Spodoptera spp e Helicoverpa spp podem exigir aplicações adicionais de inseticida, caso o nível
de infestação seja muito alto. Utilize os níveis de ação recomendados para o algodão BOLLGARD II™, quando realizar
aplicações com inseticidas.
O BOLLGARD II™ não tem efeito sobre os ovos das lagartas. As lagartas neonatas devem iniciar a alimentação do
tecido da planta para serem intoxicadas pelas proteínas Bt. Portanto, não faça aplicações de inseticidas com base
apenas no levantamento de ovos ou em larvas neonatas.
Para mais informações, consulte um representante Monsanto em sua região.
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BOLLGARD II RR FLEX
MANUAL TÉCNICO DE PRODUTO
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Matriz: 12/600 St Kilda Road, Melbourne, VIC 3004 Post: PO Box 6051, St Kilda Road Central, VIC 8008 Phone: 1800 069 059 Fax:
03 9522 6122 www.monsanto.com.au ® trademarks of Monsanto Technologies LLC, used under licence by Monsanto Australia Limited. © Copyright,
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