Manual do usuário – Heráclito Versão 1.0 – 2013 Bem-vindo ao tutorial do Heráclito Este tutorial foi concebido para ajudar você a começar a usar o Heráclito para fazer provas de lógica. O Heráclito se apresenta aos seus usuários como um objeto de aprendizagem que têm por objetivo auxiliar os alunos em como elaborar provas de argumentos formais por meio das regras da Dedução Natural. O Heráclito tem em sua tela inicial de boas vindas, 4 botões com opções distintas e um espaço para o usuário realizar o Login de usuário. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Opções da Tela inicial: As opções de botões: Nova Prova: Esta opção permite ao usuário iniciar uma nova prova a partir de um conjunto de opções de exercícios de demonstração selecionados pelo professor. É onde as edições das provas de lógica são realizadas. Uma vez selecionado o botão Nova Prova, uma segunda tela com edição de provas será aberta (em guias). Esta tela é a principal interface do Heráclito com o usuário. E pode ser visualizada na figura abaixo: É nesta tela que os argumentos formais são provados. Esta tela é composta por botões laterais os quais representam as regras de inferências básicas e derivadas. Para dar inicio a provação do argumento é necessário primeiramente escolher o nível do argumento (Básico, Intermediário ou Avançado). Após escolher o nível uma lista com exercícios é mostrada. Escolhe-se o exercício e o processo de edição é iniciado (com ajuda dos botões laterais). A demonstração é elaborada passo-a-passo com base na aplicação das regras de inferência (básica e derivada). Exemplos de Provas: Esta opção dá acesso a argumentos já provados, elaborados pelo professor e é composta por uma série de exercícios que foram divididos em 3 níveis de complexidade: inicial, intermediaria e avançada. Nível 1 (básico) Exercícios: Este conjunto de exercícios é projetado para que você possa experimentar as regras básicas. Nível 2 (Intermediário) Exercícios: Este conjunto de exercícios é projetado para você experimentar uma combinação de regras. Nível 3 (Avançado) Exercícios: Este conjunto de exercícios consiste em alguns argumentos interessantes e mais difíceis (de maior complexidade). Abrir Provas Existentes: Esta opção dá acesso às provas feitas pelo aluno que foram testadas e salvas no computador (podendo ser abertas ou retomadas a qualquer momento); Manual do Heráclito: manual de instruções e de funcionamento da ferramenta. Uma vez instalado no computador do aluno, o Heráclito poderá se comportar como um editor de provas que permite ao aluno resolver os problema de demonstração, mas não oferece nenhum suporte pedagógico. Este tipo de funcionalidade estará disponível a partir do login do usuário, que depois de realizado com sucesso, terá o suporte pedagógico habilitado, tendo acesso aos agentes de apoio pedagógico para o ensino de Lógica, disponibilizados pelo servidor MILOS. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O Login do usuário: Para usar os serviços de tutoria do Heráclito é necessário realizar Login. O usuário é cadastrado previamente e recebe um usuário e uma senha do sistema. Ao realizar o login com este usuário e senha, você estará logado com o servidor, podendo usufruir dos serviços oferecidos pela ferramenta. Nesse processo, é possível contar com agentes de software, em especial com o agente mediador, que tem um papel estratégico (no desenvolvimento pedagógico), mediando e participando ativamente no desenvolvimento do exercício. Esta opção não é obrigatória, podendo usar o Heráclito como editor de provas. Porém, a não realização do login, implica na não habilitação dos agentes (sem suporte). Enquanto você estiver utilizando o Heráclito na resolução dos exercícios, Agentes de Software estarão monitorando suas ações e um Tutor estará pronto para ajudar você. Se você estiver preso em fazer uma prova, você poderá pedir dicas ou sugestões a este tutor por meio do botão Ajuda. Alternativamente, você poderá usar este botão Ajuda do Heráclito, a qualquer momento da prova. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O tutor Mediador O tutor Mediador do Heráclito é um agente de software que visa ajuda-lo na resolução dos exercícios, fazendo o papel do professor. Ao utilizar o Heráclito, é possível obter “ajuda” do "Tutor", através do diálogo, por meio do botão ajuda. O Tutor Mediador usa um conjunto de estratégias de aprendizagem, especificas para Lógica, ao ajudar você a fazer uma prova de Dedução Natural. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O botão Ajuda do Heráclito Este arquivo de ajuda foi projetado para ajudar você a usar o Heráclito e não para ensinar Lógica ou ensinar conceitos de regras de aplicação de Lógica. Na opção de ajuda é possível encontrar suporte: - Quando logado no sistema Heráclito: É possível ter suporte ao manual do Heráclito, uso das regras, exemplos de resolução de exercícios, auxílio dos agentes com dicas para o próximo passo (regras). - Quando não logado no sistema Heráclito: É possível ter suporte ao manual do Heráclito e uso de regras e exemplo de resolução de exercícios. Como resultado, um conhecimento básico de lógica e dedução natural é assumido por toda esta ajuda. Para navegar neste documento é possível usar a exibição de árvore à esquerda da janela, clicando nos ícones para exibir seu conteúdo. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Como usar as regras de Dedução na Lógica Proposicional? Regras aplicáveis: Redução ao Absurdo (raa): Para provar a redução ao absurdo devemos criar uma nova hipótese que nos seja útil ao final do raa, nesse caso criamos a hipótese P (hip-raa) uma das condições para se utilizar a redução ao absurdo, e para utilizar o modus ponens e obter o Q para que com a adição se consiga a outra condição para se usar o raa, o QQ. PQ, Q ├─ P 1 2 3 4 5 6 PQ Q │P │Q │ QQ P hip hip hip-raa 1,3 mp 2,4 cj 3-5 raa Prova Condicional (pc): Para provar PR a partir de PQ e QR criamos uma hipótese (como na redução ao absurdo), criamos P para deduzir o modus ponens de PQ para obtermos Q e assim conseguir deduzir outro modus ponens e obter R, com o P no inicio da demonstração da prova condicional e R no final, de acordo com a regra da prova condicional, podemos obter PR. PQ, QR ├─ PR 1 2 3 4 5 6 PQue QR │P │Q │R PR hip hip hip-pc 1,3 mp 2,4 mp 3-5 pc Conjunção (cj): O “e” lógico exige que as duas fórmulas sejam verdadeiras para se obter o resultado verdadeiro, então para se usar a regra da conjunção deve-se ter P e Q provados. P, Q ├─ PQ 1 2 3 P Q PQ hip hip cj 1,2 Adição (ad): Sabemos que se uma fórmula P é verdadeira, então entre P e uma fórmula arbitrária Q, ao menos uma é verdadeira. Uma delas sendo verdadeira, pela regra do “ou” lógico, a outra tanto faz se é falsa ou verdadeira, sempre será verdadeiro, podendo assim adicionar qualquer fórmula. P ├─ PQ 1 2 P P Q hip ad 1,2 Introdução da Equivalência (+eq): Para termos uma bi implicação é necessário que a implicação de P para Q seja verdadeira, assim como de Q para P também. PQ, QP ├─ PQ 1 2 3 PQ QP PQ hip hip +eq 1,2 Dupla Negação (dn): Negar a negação de P é tornar P verdadeiro. ¬¬P├─ P 1 2 ¬¬P P hip dn 1 Modus Ponens (mp): O argumento tem duas premissas. A primeira premissa é a condição "se - então", nomeadamente que P implica Q. A segunda premissa é que P é verdadeiro. Destas duas premissas pode ser logicamente concluído que Q tem de ser também verdadeiro. PQ, P ├─ Q 1 PQ hip 2 3 P Q hip mp 1, 2 Simplificação (sp): Sabemos que para que PQ seja verdadeiro, P e Q tem que ser verdadeiros, então é possível simplificar essa fórmula deduzindo qualquer uma das premissas, pois as duas são verdadeiras. PQ ├─ Q 1 2 PQ Q hip sp 1 Eliminação da Disjunção (-dj): PQ, PR, QR├─ R 1 2 3 4 PQ PR QR R hip hip hip -dj 1, 2, 3 Eliminação da Equivalência (-eq): Se a bi implicação for verdadeira significa que a implicação de P para Q e de Q para P são verdadeiras, então pode-se deduzir tanto uma quanto a outra a partir dessa bi implicação. PQ ├─ PQ 1 2 PQ PQ hip -eq 1 Modus Tollens (mt): A primeira premissa é a P implica Q. A segunda premissa é que Q é falso. Destas duas premissas pode ser logicamente concluído que P tem de ser falso. (Por quê? Porque se P fosse verdadeiro, então Q seria verdadeiro, pela premissa 1, mas não é pela premissa 2). PQ, Q ├─ P 1 2 3 PQ Q P hip hip mt 1, 2 Silogismo Disjuntivo (sd): Se ¬P é verdadeiro, logo P é falso, então Q obrigatoriamente tem que ser verdadeiro para a premissa PQ ser verdadeira. PQ, ¬P ├─ Q 1 2 3 PQ ¬P Q hip hip sd 1 Exportação (exp): De se P e Q são verdadeiros então R é verdadeiro, podemos demonstrar se Q é verdadeiro então R é verdadeiro, se P é verdadeiro. (PQ)R ├─ P(QR) 1 2 (PQ)R P(QR) hip exp 1 Silogsimo Hipotético (sh): Se o primeiro implica o outro e o outro implica o terceiro, então o primeiro implica o terceiro, de acordo com a propriedade da transitividade da implicação. P Q, Q R├─ P R 1 2 3 PQ QR PR hip hip sh 1, 2 DC: PQ, PR, QS ├─ RS 1 2 3 4 PQ PR QS RS hip hip hip dc 1, 2, 3 Inconsistência (inc): Se as premissa P é verdadeira e a ¬P também é verdadeira, só se pode deduzir um argumento diferente de P, nesse caso, Q. P, P ├─ Q 1 2 3 P ¬P Q hip hip inc 1, 2 Agora vejamos como construir uma dedução usando as regras de inferência diretas. Vamos provar o seguinte argumento: A B, A ├─ B C O primeiro passo é colocar cada premissa (hipótese) em uma linha enumerada: 1 2 AB A hip hip Agora, aplicamos as regras de inferência que julgarmos úteis para chegar ao resultado esperado. Para cada nova fórmula inferida, inserimos uma linha enumerada, indicando à direita as linhas que contém as fórmulas a partir das quais foi efetuada a inferência, assim como a regra aplicada. 1 2 3 4 AB A B BC hip hip mp 1, 2 ad 3 Aplicamos nas linhas 1 e 2 o Modus Ponens (mp) e logo depois adicionamos o C ao B para chegarmos na resposta que o argumento exigia.