Miomas - Informações

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Conceito
Os miomas são tumores musculares benignos do útero, portanto não são um tipo de câncer.
Os miomas também podem ser chamados de leiomiomas, fibromas ou fibromiomas. Os
miomas surgem e crescem no miométrio (parede uterina), provavelmente em decorrência de
alterações em células musculares do útero com predisposição genética para formarem tumores
musculares. Histórico familiar, etnia (raça negra, principalmente) e nuliparidade (mulheres que
não tem filhos) contribuem para o aparecimento dos miomas. Os estímulos hormonais
(estrogênios e progestogênios) são responsáveis pelo crescimento e aumento do número de
miomas. Por este motivo que a menopausa (parada de produção de hormônios femininos pelos
ovários) leva a redução do volume dos miomas e a diminuição dos sintomas. Tipos de miomas
Basicamente existem 4 tipos de miomas. Os intramurais, os submucosos, os subserosos e os
pediculados.
Os miomas intramurais são os que nascem e permanecem na parede uterina. Em geral eles
causam mais sintomas quando aumentam de tamanho. Neste caso, podem atingir a cavidade
uterina causando sangramentos ou causar compressão dos órgãos adjacentes, como bexiga e
intestino. Além disso, os miomas intramurais podem distorcer a cavidade uterina, levando a
infertilidade. Às vezes, quando os miomas intramurais crescem demais, eles podem atingir
tanto a cavidade uterina quanto a parte mais externa do útero. Neste caso, eles podem ser
chamados de miomas transmurais.
Os miomas submucosos surgem na porção da parede uterina mais próxima do endométrio
(camada que reveste a cavidade uterina), podendo, às vezes, migrar completamente para o
interior da cavidade uterina. Os miomas submucosos são principais responsáveis pelos
sangramentos vaginais.
Os miomas subserosos também surgem na parede uterina, porém mais próximos da parte
externa do útero, chamada de serosa. Esses miomas não costumam dar sintomas, exceto
quando atingem grandes volumes, podendo causar compressão dos órgãos adjacentes.
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Os miomas pediculados são miomas subserosos que crescem para fora do útero até ficarem
ligados ao mesmo por um pedículo, como se fosse uma ponte. Este tipo de mioma não causa
sangramentos. Quando em grandes volumes podem causar sensação de peso em baixo
ventre. Em raras situações os miomas pediculados podem se desprender do útero e cair na
cavidade abdominal, sendo nutridos por outros órgãos, mais comumente pelo epíplon, sendo
chamados de miomas parasitários.
Sinais e sintomas
Os miomas geralmente não causam sintomas. Aproximadamente 70% a 80% das mulheres
que tem miomas não possuem sintomas.
O sintoma mais comum é o sangramento vaginal excessivo, principalmente durante a
menstruação e, em geral, com saída de coágulos. No entanto, este sangramento pode ocorrer
também fora da menstruação e por períodos prolongados, podendo levar a anemia.
Os miomas que crescem muito podem levar a sensação de peso em baixo ventre, aumento da
freqüência urinária (devido a compressão da bexiga) e constipação intestinal (devido a
compressão do intestino). Quando os miomas extrapolam os limites da pelve, eles podem
causar aumento do volume abdominal.
Os miomas também podem causar cólicas durante a menstruação ou até mesmo fora dela.
Além disso, os miomas podem causar dor lombar e dor durante o ato sexual.
Gravidez e miomas
Os miomas podem causar não só dificuldade para engravidar como também dificuldade na
manutenção da gravidez. Os miomas causam infertilidade principalmente quando estão
localizados na cavidade uterina (miomas submucosos). Os miomas intramurais e transmurais
só causam infertilidade quando, por conta de sua localização e de seu volume, distorcem a
cavidade uterina ou causam compressão sobre as trompas.
Diagnóstico
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Em geral, um bom exame ginecológico associado a uma ultra-sonografia transvaginal ou
pélvica de qualidade são suficientes para o diagnóstico dos miomas uterinos. No entanto,
quando pretendemos realizar um tratamento conservador dos miomas, ou seja, sem a retirada
do útero, realizamos como rotina os exames de videohisteroscopia e ressonância magnética de
pelve. Em geral estes exames são solicitados quando pretendemos realizar um tratamento
conservador dos miomas uterinos, ou seja, sem a retirada do útero. Eles também são
realizados quando existe a suspeita de que os sintomas referidos podem ser causados por
outras doenças, como pólipos endometriais (causam sangramentos) e endometriose (causa
dor e cólicas em baixo ventre, dor no ato sexual e infertilidade).
Videohisteroscopia
A videohisteroscopia consiste na visualização direta da cavidade uterina, através de uma ótica
(um pequeno tubo de 2,9 mm de diâmetro) acoplada a uma microcâmera que é introduzida
pela vagina e pelo canal cervical (canal do colo uterino) até o interior do útero. O exame é
realizado em sistema ambulatorial (não necessita de internação hospitalar) e quase sempre
sem anestesia. Quando necessário, é realizado colheita de material para análise
histopatológica (biópsia). Com a videohisteroscopia é possível avaliar possíveis miomas que
podem estar na cavidade uterina, assim como classificá-los quanto à possibilidade de serem
retirados por videohisteroscopia cirúrgica.
Ressonância magnética da pelve
A ressonância magnética da pelve é um exame que reproduz imagens de grande resolução e
clareza da pelve e de todas suas estruturas e órgãos, permitindo demonstrar com precisão e
qualidade lesões tão pequenas quanto um grão de arroz. É um exame totalmente indolor e não
prejudicial à saúde. O exame consiste em posicionar a paciente deitada no interior de um
grande tubo aberto, dotado de um potente campo magnético, que, quando acionado, é capaz
de emitir sinais que serão captados e transformados em imagens de altíssima resolução por
um computador. O exame tem duração de 20 a 40 minutos e tem como único desconforto a
posição imóvel que a paciente deverá assumir e o ruído desagradável que o aparelho realiza
quando é acionado.
Na ressonância magnética de pelve para estudar miomas realizamos uma injeção venosa de
contraste magnético, chamado gadolínio. A utilização deste contraste aumenta a capacidade
diagnóstica e, ao contrário do iodo, não costuma causar efeitos indesejáveis na grande maioria
das pessoas.
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Fonte: http://www.centrodemioma.com.br/
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