04-06-2015 Revista de Imprensa 04-06-2015 1. (PT) - Jornal de Notícias, 04/06/2015, Médico de família para todos 1 2. (PT) - Público, 04/06/2015, Progresso e inovação na saúde feminina 2 3. (PT) - Correio do Minho, 04/06/2015, Centro Hospitalar do Alto Ave já tem comissão de utentes 3 4. (PT) - Diário de Notícias, 04/06/2015, Portugal e mais 22 países querem criar registo europeu de dadores vivos 4 5. (PT) - Diário de Notícias, 04/06/2015, "Condições únicas"...para quem? 5 6. (PT) - Correio da Manhã, 04/06/2015, Falta vacina BCG 7 7. (PT) - Correio do Minho, 03/06/2015, Alameda da Saúde é uma grande jornada de prevenção 8 8. (PT) - Correio da Manhã, 04/06/2015, 9,5 ou 5,9%? 9 9. (PT) - Correio do Minho, 03/06/2015, Perturbação auditiva afecta 5% das crianças 10 A1 ID: 59576428 04-06-2015 Tiragem: 79017 Pág: 27 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 4,74 x 4,97 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 1 A2 ID: 59576153 04-06-2015 Tiragem: 36557 Pág: 47 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 19,95 x 30,07 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Progresso e inovação na saúde feminina ENRIC VIVES-RUBIO O Debate Miomas uterinos Daniel Pereira da Silva desenvolvimento que as sociedades ocidentais tiveram na segunda metade do século passado teve a sua expressão na aquisição de direitos para todos os cidadãos, mas muito em particular para a mulher, nomeadamente no que concerne à saúde sexual e reprodutiva. Foi em 1960 que apareceu a primeira pílula contraceptiva nos Estados Unidos e, impulsionado por esse acontecimento simbólico, eclodiu todo o movimento de emancipação da mulher a partir 1968. Em Portugal, todas as transformações sociais decorrentes da revolução de Abril de 1974 fizeram com que a saúde reprodutiva da mulher passasse a merecer o lugar no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS), graças à visão e impulso que o dr. Albino Aroso lhe deu com a introdução do planeamento familiar. Em 1978 nasce o primeiro bebé proveta, em Inglaterra, que marcou o início de mudanças profundas nos conceitos de reprodução humana e de família. Já em 1998 surge o rastreio sistemático do cancro da mama como metodologia para fazer face ao seu aparecimento crescente. Em 2006, apareceu a primeira vacina específica contra o HPV, um vírus ligado à sexualidade e que provoca, entre outros, o cancro do colo do útero, tão frequente na mulher. São avanços sucessivos aqui recordados por acontecimentos marcantes, como é o caso do aparecimento do acetato de ulipristal para o tratamento dos miomas uterinos em 2012. Os miomas uterinos são um tumor benigno do útero, que se desenvolve a partir da estrutura muscular desse órgão. São, sem dúvida, muito frequentes: cerca de 80% das mulheres por volta dos 50 anos têm miomas e o aparecimento é mais frequente após os 30 anos. O seu desenvolvimento está intimamente relacionado com o ambiente hormonal da mulher, o que justifica que após a menopausa não apareçam novos miomas, e os pré-existentes tendam a reduzir-se de volume. Não se conhecem os factores que os façam eclodir. Sabemos que é mais frequente em algumas famílias, daí que um dos indicadores de risco é a sua presença em familiares próximos. As mulheres obesas têm risco superior, assim como as mulheres de raça negra. Na maior parte dos casos, os miomas uterinos não provocam qualquer sintoma e, nessas circunstâncias, se a mulher não fizer exames de rotina, pode ter um ou mais miomas e não dar por isso. Os sintomas provocados pelos miomas dependem do seu tamanho e localização, mas podemos destacar: o desconforto abdominal frequente; perturbações no funcionamento da bexiga, com aumento da frequência urinária e mesmo incontinência; dores intensas são mais raras, mas podem ocorrer; hemorragias uterinas anormais, que podem impedir a gravidez ou perturbar o seu desenvolvimento, com aborto ou parto pré-termo. Todos estes sintomas são motivo frequente de perda de qualidade de vida e interferência com a vida pessoal e profissional da mulher. Evidentemente que têm maior impacto na mulher mais jovem e que pretenda engravidar. Nem todos os miomas requerem tratamento. Os que não provocam sintomas e não interferem com a fertilidade na mulher que deseja engravidar não devem ser tratados. O tratamento tradicionalmente é cirúrgico. A extracção do útero é ainda hoje a cirurgia que mais se realiza na mulher em todo o mundo, mas há tendência para mudar. A evolução vai no sentido de não operar ou quando a cirurgia é indispensável cada vez mais se extraem apenas os miomas, mantendo o útero. O útero, sendo um órgão maternal por excelência, dada a sua indispensabilidade para a gravidez, tem sido muito desvalorizado. Em alguns países, tal como França, ou mesmo em Portugal, chegou a ser considerado importante no contexto da sexualidade como factor para uma satisfação A evolução do tratamento dos miomas uterinos está a seguir caminhos de menor agressividade adequada. Esse conceito ainda se mantém com algum peso na mulher africana. É uma ideia sem base científica, salvo as implicações psicológicas da extracção do útero que variam de mulher para mulher. Isso não quer dizer que o útero não tenha nenhuma importância, pois sabemos que é importante na integridade dos tecidos pélvicos, por isso a incontinência urinária de esforço é mais frequente na mulher sem útero do que naquela que mantém o órgão. Por outro lado, é um absurdo retirar um órgão só porque a mulher está ou vai estar em menopausa. Devemos conservar o que pode ser conservado. A evolução do tratamento está a seguir caminhos de menor agressividade: tratamentos médicos e cirurgias minimamente invasivas. O tratamento médico é uma nova opção que pode fazer com que a cirurgia seja desnecessária ou pode facilitar a cirurgia, tornando-a mais segura e menos invasiva. Mais recentemente, surgiu uma nova opção de tratamento médico, com a administração diária de um comprimido de acetato de ulipristal. Em 2014 foi publicado um estudo em que se verifica que mais de 90% das mulheres com este novo tratamento têm os seus sintomas rapidamente controlados e o volume dos miomas reduzido em cerca de 80% dos casos. É muito bem tolerado, promove a diminuição da hemorragia uterina, correcção da anemia e redução do volume do tumor, o que pode significar uma mudança substancial na vida dessas mulheres. Neste sentido, a revista da sociedade americana de infertilidade divulgava também um estudo sobre 18 mulheres que engravidaram após terem feito tratamento com o acetato de ulipristal. A vontade da mulher deve ser determinante e, quando lhes é dado a escolher, optam pelo tratamento mais conservador. Em situações de perdas sanguíneas abundantes o tratamento médico está a ser dispensado gratuitamente em alguns hospitais do nosso país, mas a acessibilidade ao seu uso em ambulatório é limitada, porque o medicamento é comparticipado pelo SNS numa pequena percentagem. Isto faz com que algumas mulheres não o possam usar por dificuldade económicas, o que é terrível. Estamos perante mais uma inovação significativa para a vida das mulheres. Para além da redução de custos directos e indirectos — cirurgias, internamentos, menor absentismo e outras intercorrências —, este medicamento, quando devidamente utilizado, permite optimizar a utilização dos procedimentos médicos de forma mais racional e menos intervencionista. Ginecologista, presidente da Federação das Sociedades Portuguesas de Página 2 Obstetrícia e de Ginecologia A3 ID: 59578496 04-06-2015 Tiragem: 8000 Pág: 14 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 15,54 x 10,54 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Avançou com petição Centro Hospitalar do Alto Ave já tem comissão de utentes GUIMARÃES | Redacção | Um Grupo de Utentes do Centro Hospitalar do Alto Ave, após constatar a inexistência de uma Comissão de Utentes no hospital de Guimarães, decidiu avançar para a criação de uma comissão. Assim, foram já efectuadas três reuniões alargadas, que se realizaram na Junta de Freguesia de Creixomil, que “muito amavelmente” tem cedido as instalações, à Comissão de Utentes. “O nosso único objectivo é defender o nosso hospital, as suas especialidades e os utentes”, explica em comunicado fonte daquela comissão. Assim, foi decidido avançar para uma petição, a reclamar, no essencial, a revogação da portaria 82\2014, obras nas urgências do hospital e o reforço dos meios humanos do hospital. “A petição por nós colocada aos utentes já recolheu mais de quatro mil assinaturas presenciais (entendemos que a recolha de assinaturas via net não tem o mesmo impacto do que a recolha presencial)”, adianta o mesmo documento enviado aos órgãos de comunicação social. Isto foi concretizado graças ao trabalho voluntário de vários utentes que estiveram todas as semanas à porta do hospital a contactar os restantes utentes. O grupo de utentes vai efectuar, hoje, das 15 às 18 horas, um trabalho de recolha de assinaturas. A Comissão de Utentes do Centro Hospitalar do Alto Ave já reuniu com a administração do hospital, estando a aguardar o agendamento de uma reunião com a Câmara Municipal de Guimarães. Página 3 A4 ID: 59576383 04-06-2015 Tiragem: 29010 Pág: 12 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 11,41 x 30,00 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 4 A5 ID: 59576317 04-06-2015 Tiragem: 29010 Pág: 6 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 15,34 x 9,95 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 5 ID: 59576317 04-06-2015 Tiragem: 29010 Pág: 7 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 15,56 x 10,03 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 6 A7 ID: 59576989 04-06-2015 Tiragem: 149680 Pág: 20 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 15,90 x 14,23 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 7 A8 ID: 59561415 03-06-2015 Tiragem: 8000 Pág: 7 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 16,00 x 32,79 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Alameda da Saúde é “uma grande jornada de prevenção” AVENIDA CENTRAL acolhe, este fim-de-semana, a segunda edição do projecto Alameda da Saúde. Divulgação dos cuidados de saúde e promoção de hábitos de vida saudáveis são os objectivos deste projecto. DR Segunda edição da Alameda da Saúde foi apresentada, ontem, na Câmara Municipal de Braga CÂMARA MUNICIPAL | Patrícia Sousa | Divulgar os cuidados de saúde e promover hábitos de vida saudáveis continuam a ser os principais objectivos da segunda edição do projecto Alameda da Saúde, que se vai realizar no próximo fim-de-semana na Avenida Central. Este projecto, que alia a Saúde ao Desporto será “uma grande jornada de prevenção”, assegurou, ontem na apresentação do evento, a vereadora do pelouro da Saúde da Câmara Municipal de Braga, Sameiro Araújo. Alameda da Saúde é organizada pelo município, em parceria com o Hospital de Braga, contando com outras entidades ligadas à areá da Saúde, nomeadamente, a Associação Mundo a Sorrir, Projecto Homem, Centro de Medicina Desportiva de Braga, bem como a Fundação Inatel, que comemora no próximo sábado o 80.º aniversário. O programa prevê a realização de dois dias de actividades que visam a promoção de hábitos de vida saudáveis. “É na prevenção que devemos apostar, pois só assim as pessoas poderão ter me- lhor qualidade de vida. É preciso que a população tenha maior consciência dos benefícios que a prática desportiva traz e, por isso, esperamos que nos visitem no próximo fim-de-semana”, apelou a vereadora. O Hospital de Braga abraçou mais uma vez este projecto e vai desenvolver, durante os dois dias, acções de sensibilização para os cuidados preventivos de diversas patologias e rastreios de saúde, nomeadamente nas especialidades de Cardiologia; Nutrição; Oftalmologia; Dermatologia; Neurologia; Endocrinologia; Serviço de Urgência (com demonstrações de Suporte Básico de Vida); e Banco de Sangue. No local, haverá um stand do Município de Braga para a promoção dos programas ‘BragActiva’, ‘Mexe-te Braga’, ‘A Água não nos mete medo”, do ‘Centro de Marcha e Corrida de Braga’ e do ‘Centro de Medicina Desportiva’, que irá entrar em funcionamento no decorrer deste mês. “O hospital tem como primeira função tratar as doenças agudas, mas cada vez mais tem que se preocupar no tratamento das doenças crónicas e insistir na prevenção”, admitiu o presidente da Comissão Executiva do Hospital de Braga, João Ferreira, justificando assim a presença da instituição em inúmeras actividades desta natureza. Para além da mudança de local (o ano passado aconteceu no Largo do Pópulo), a edição deste ano vai contar com um programa de animação permanente. Aqui destaca-se a Caminhada ‘Avós e Netos’, a realizar-se no centro histórico, no sábado, a partir das 15 horas. Toda a população é desafiada a participar na caminhada, da responsabilidade da Fundação Inatel, em troca de um bem alimentar que será posteriormente entregue à Cruz Vermelha. Maria António Pereira, da Inatel, também presente na conferência de apresentação do projecto, deixou ainda um convite à população para cantar os parabéns à instituição, no sábado, pelas 18 horas. A Alameda da Saúde realiza-se no sábado das 10 às 20 horas e no domingo das 10 às 18 horas. Página 8 A9 ID: 59576885 04-06-2015 Tiragem: 149680 Pág: 16 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,22 x 28,93 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 9 A10 ID: 59561417 03-06-2015 Tiragem: 8000 Pág: 7 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 10,70 x 21,94 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Estudo de investigadora Perturbação auditiva afecta 5% das crianças UMINHO | Redacção/Lusa | A perturbação de processamento auditivo (PPA) atinge 5% das crianças portuguesas, tendo consequências a vários níveis, nomeadamente no aproveitamento escolar, conclui um estudo de uma investigadora da Universidade do Minho (UMinho). Segundo o estudo, assinado por Cristiane Nunes e divulgado na última edição do jornal online da UMinho, 83% das crianças com baixo desempenho nos testes de PPA feitos durante a investigação tinham notas inferiores aos restantes colegas. Cristiane Nunes sublinha que a PPA tem ainda consequências na socialização, na realização das tarefas do dia-a-dia, e, em alguns casos, na gaguez e na dislexia. Autora do primeiro livro dedicado àquele tema em Portugal, que acaba de ser publicado, Cristiane Nunes explica que a PPA se traduz na incapacidade em interpretar sons, sendo, por isso, diferente de surdez. “Enquanto uma pessoa surda nem sempre consegue detetar os sons, a que tem PPA apresenta dificuldade em interpretar o que ouviu e em perceber mudanças acústicas rápidas. Além disso, costuma demorar mais tempo para processar a informação que passa pelo nervo au- ditiva”, refere. O livro baseia-se no doutoramento feito no Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC) da UMinho, que começou pela elaboração de testes padronizados para a população portuguesa, recorrendo a uma amostra de 60 crianças dos 10 aos 13 anos, sendo que a base de dados contém hoje mais de 500 pacientes. Os resultados obtidos nos testes mostram que as crianças com problemas de audição apresentam maior dificuldade no desempenho escolar, na comunicação, na leitura, na escrita e na articulação. “Algumas não conseguiram repetir, por exemplo, um conjunto de números depois de os ter ouvido ou distinguir entre sons curtos, longos, agudos e graves. Isso tem implicações na leitura, escrita, fala e na forma como a informação é interpretada”, afirma. Os sintomas associados variam em função da idade e da intensidade da perturbação. Em crianças com menos de cinco anos, verifica-se um atraso na aquisição da fala e, especialmente, dos sons “rs” e “l”, o que as leva, muitas vezes, a pronunciarem “plato” em vez de “prato”. “Sem tratamento, o problema arrasta-se para a vida adulta, tendo repercussões no sucesso profissional, social e amoroso”, alerta a investigadora. Página 10