DOSE E RISCO DE CÂNCER EM EXAMES DE PET/CT Gabriella M. Pinto Lidia Vasconcellos de Sá Sumário Introdução Motivação Objetivo Materiais e Métodos Resultados Conclusão 2 Introdução Por utilizar um radiofármaco emissor de pósitrons (PET) e realizar tomografia por transmissão de raios X (CT), o aumento de dose com o PET/CT é esperado, porém diferenças de doses para o mesmo tipo de procedimento têm sido relatadas em muitos países Falta metodologia para padronização dos protocolos para os dois exames Na oncologia, para estadiamento mais de um exame é feito ao ano, aumentando o risco de efeitos estocásticos induzidos pela radiação 3 Motivação Aumento do número de equipamentos PET/CT no Brasil: ~ 72 equipamentos (CNEN,2012) 14 licenciados Cíclotrons: 6 em processo de licenciamento Diferentes metodologias dosimétricas na literatura Protocolo x Dose Faltam níveis de referêrencia para exames de PET/CT Protocolo aplicado de acordo com a formação dos médicos 4 Revisões PET Motivação ICRP 103 (2007) ICRP 106 e 107(2008) Revisões CT AAPM REPORT NO. 96 (2008) AAPM REPORT NO. 204 (2011) ICRP 102 (2007) IAEA HUMAN HEALTH REPORTS NO. 5 (Viena, 2011) 5 Objetivo Obter valores de doses absorvidas e doses efetivas em exames oncológicos de rotina em equipamentos PET/CT, analisando o risco radiológico envolvido no procedimento 6 Materiais e Métodos Dosimetria CT Simulador de CTDI Material: polimetilmetacrilato (PMMA) Comprimento: 150mm ; Diâmetro: 32cm - tórax Câmara de ionização Tipo: lápis Marca: RADCAL ; Modelo: 10X9-3CT Opera em dose acumulada (faixa de operação entre 200 nGy a 1,4 kGy) Eletrômetro Marca: RADCAL ; Modelo: 9095 Materiais e Métodos Índices de Dose no CT () = dz = () D = leitura do sistema de medição já com os fatores de correção de temperatura e umidade Lc = comprimento da câmara NxT = largura nominal do feixe Materiais e Métodos Aparato experimental Fotografia da montagem Materiais e Métodos Índices de Dose no CT = , + , ImPACT nCTDIw (estimado) Fatores de técnica do protocolo do exame oncológico Dose Efetiva Dose Absorvida ! Materiais e Métodos Dosimetria PET '-. "," &%! '-. = $ !! " ,%&%!!()*+) )*+ '(& "#$%& '(& = $ !! " ,%&%!!()*+) )*+ Fatores de Dose ICRP 106 Materiais e Métodos CT CT scout– correção da atenuação CT de corpo inteiro – técnica baixa CT de tórax – técnica alta CT scout CT WB CT WB CT tórax Helicoidal Helicoidal 0,75 0,75 16 x 1,5 16 x 1,5 kV 120 120 mAs efetivo 160 80 Parâmetros de Aquisição Tipo de varredura Tempo de rotação (s) Colimação (mm) CT Tórax Materiais e Métodos Tomografia por Emissão de Pósitron (PET) Radiofármaco: 18F marcado com fluorodeoxiglicose-FDG Procedimento Equipamento: 40 minutos na sala de captação cerca de 20 minutos para o exame PET/CT da marca Siemens modelo Biograph16 TM Materiais e Métodos Dados do grupo de pacientes Índice de Massa Corpórea (IMC) Sexo Número Idade (anos) Peso (kg) Atividade Administrada (MBq) Masculino 31 19 - 79 60 - 119 248 - 554 19 - 40 Feminino 34 18 - 87 40 - 113 287 - 472 19 - 38 Resultados Dose Absorvida (mGy) na varredura de CT tórax Resultados Dose Absorvida (mGy) na varredura de CT corpo inteiro Resultados Dose Absorvida (mGy) na varredura de PET Resultados Doses Absorvidas Média Dméd (mGy) por exame Órgão CT tórax CT WB PET PET/CT Dméd Intervalo Dméd Intervalo Dméd Intervalo Dméd Intervalo Coração 9 4,6 – 15 19 11 – 32 24 15 – 34 52 33 - 71 Pulmão 9 4,9 – 6 20 12 - 33 4 2,4-5,5 33 20 – 53 Tireóide 4 2,1- 6,8 26 15 – 43 4 2,4-5,5 34 20 – 54 Bexiga _ _ 19 11 - 31 63 39 – 89 82 54 - 107 Útero 1 0,006– 0,02 18 11 – 30 8 5,2-12 26 17 – 38 Superfície Óssea 5 2,6 – 8,7 23 14 – 39 4 2,7-6 33 20 - 52 Resultados Dose Efetiva (mSv) no exame PET/CT Resultados Estimativa de Risco do exame de PET/CT oncológico Dose Efetiva (mSv) Fator de Risco Adulto (Sv-1) Risco de Indução de Câncer PET 7,5 4,1x10-2 3,1x10-4 CT 18,2 4,1x10-2 7,5x10-4 PET/CT 25,7 4,1x10-2 1,1x10-3 BEIR VII (2006) : novos dados epidemiológicos do LSS mudaram o DRREF para 1,5 porém há incertezas ICRP 103 (2007): adotou continuar com o DRREF de 2, já que esse é conservativo e há muitas incertezas para baixas doses Conclusão A atividade administrada ao paciente é padrão, ou seja, os fatores peso e tempo de aquisição não estão sendo levados em conta O CT é responsável por 70% da dose efetiva entregue ao paciente Há grande potencial de redução de dose devido ao fato do desvio padrão observado nas medidas ser bastante alto Pacientes que utilizam protocolo oncológico, geralmente, fazem uso do PET/CT para estadiamento, onde o número de exames anual pode chegar a quatro ou mais Conclusão Observa-se que o uso da tecnologia híbrida leva a um grande aumento da dose efetiva, indicando que a justificação e a otimização para este tipo de técnica devem ser revistos As metodologias de estimativa de dose, efetiva e absorvida, em tecnologias híbridas, deve ser discutida e considerada quando da justificativa da prática. Conclusão Outro fator importante é que as doses absorvidas em órgãos mais radiosensíveis apresentam valores de até 100mGy (bexiga) A estimativa de risco feita com o fator de risco da ICRP 103 é genérica – não considera os fatores idade e sexo - mas dá uma ordem da magnitude do problema de saúde pública. Obrigada pela atenção Congresso Latino Americano da International Radiation Protection Association - IRPA 2013 DOSE E RISCO DE CÂNCER EM EXAMES DE PET/CT Gabriella M. Pinto Lidia Vasconcellos de Sá [email protected] [email protected]