O GREGO QUE EXPLICOU ROMA

POLÍBIO:
HISTÓRIA PRAGMÁTICA
Livros I a V
Breno Battistin
Sebastiani
História
12,5 x 21,5 cm
478 páginas
ISBN 978-85-273-1071-0
R$ 78,00
O GREGO QUE EXPLICOU ROMA
Conhecido por seu trabalho documental, Políbio
de Megalópolis escreveu Histórias, obra fundamental para se
conhecer a ascenção de Roma
O professor Breno Battistin Sebastiani traz, em Políbio: História Pragmática, a tradução
dos cinco primeiros livros da obra Histórias, obra do geógrafo e historiador grego, que
procurou estudar e compreender o funcionamento e o êxito militar e cultural do império
romano.
Dividida em três partes, os registros se iniciam pelos relatos das guerras anteriores a
216 a.C., passando em seguida para a apresentação do aparelho constitucional-militar
dos vencedores, até chegar, por fim, à sequência de guerras e intervenções, despontando
na soberania político-militar romana.
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SAIBA MAIS:
Políbio teve como mote de seu trabalho a brusca interrupção de sua carreira política,
e escreve Histórias após a traição do embaixador grego Calícrates, que encrimina seus
adversários por apoio ao rei macedônio.
Fixado pela tentativa de compreensão dos meios institucionais pelos quais a soberania
e expansão romanas chegaram a ser o que foram, Políbio unifica seus escritos pelo tema
da derrota grega, na tentativa de resguardar a dignidade no trato com os vencedores e
evitando maiores sofrimentos aos vencidos. Trabalho inédito, nunca antes havia sido
outorgado a um historiador um tema unificante da história universal.
TRECHO
Que assinalamos como início de nossa obra a guerra dos aliados e a anibálica, bem como
a pela Cele-Síria, no primeiro livro, terceiro a contar deste para trás, demonstramos.
De modo semelhante também as causas em função das quais, remontando a épocas
anteriores a esse período, compusemos os livros anteriores a este, naquele esclarecemos.
Agora tentaremos fazer uma exposição documentada das mencionadas guerras – por
conta de que surgiram – e suas causas – em função de quais tanto se estenderam –, antes
falando um pouco sobre a própria obra. Sendo tudo sobre o que empreendemos escrever
uma única empreitada e uma única visada, ou seja, como, quando e por que todas as
partes conhecidas do mundo habitado ficaram sob o império romano, algo que possui
início conhecido, duração definida e remate assente, julgamos útil rememorar e prelecionar
pormenorizadamente sobre os pontos mais significativos situados entre o início e o fim, pois
supomos que assim daremos aos estudiosos noção suficiente de todo o projeto. Assim como
a mente presume muito do geral para conhecer detalhes factuais e muitos detalhes para ter
ciência do geral, julgando preferíveis o exame e a observação de ambos faremos a preleção
de nossa obra conforme a essas afirmações. A apresentação do plano como um todo e sua
descrição, já expusemos; quanto a seus detalhes, tem por início as guerras mencionadas e,
como conclusão e remate, a dissolução da realeza macedônia. O tempo transcorrido entre
o início e o fim foi de 53 anos [220-168 a.C.], que compreenderam tais e tamanhas ações
quantas ninguém de épocas anteriores circunscreveu em igual intervalo. Iniciando pela
140ª olimpíada [220-216 a.C.], adotaremos a seguinte abordagem narrativa:após indicar as
causas em virtude das quais eclodiu a já mencionada guerra entre cartagineses e romanos,
designada anibálica, diremos que quando os cartagineses invadiram a Itália e abateram o
poderio romano, levaram-nos a extremo pavor por si próprios e pelo solo pátrio, nutrindo
grandiosas e surpreendentes expectativas, como a de tomar de assalto a própria Roma.
BRENO BATTISTIN SEBASTIANI é professor associado
de língua e literatura grega no Departamento de Línguas
Clássicas e Vernáculas e docente permanente em letras
clássicas, ambos na Universidade de São Paulo. Junto com
Daniel R. N. Lopes, lidera o GP Gêneros de prosa greco-latina
e participa como pesquisador dos GPs Gêneros Poéticos na
Grécia Antiga: Tradição e Contexto, Helenística e AtriumEspaço Interdisciplinar de Estudos da Antiguidade.
Participa da comissão editorial dos periódicos Codex,
Antiguidade Clássica, Romanitas e Translatio.
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