expedições no brasil

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A COLONIZAÇÃO DO BRASIL
OS FUNDAMENTOS DO
COLONIALISMO PORTUGUÊS
• O processo de ocupação e formação do
Império Colonial Lusitano baseou-se
dentro da ótica mercantilista. Essa forma
de organização ficou conhecida:
• Antigo Sistema Colonial; ou
• Sistema Colonial Tradicional; ou
• Exclusivo Metropolitano; ou
• Pacto Colonial
ASPECTOS
ECONÔMICOS
COLÔNIA DE
POVOAMENTO
( Ex: América da Norte)
• Introvertida;
• Autônoma;
• Produção diversificada
( policultura) para o
consumo interno;
• Trabalho livre;
• Minifúndio.
COLÔNIA DE
EXPLORAÇÃO
(Ex: Brasil)
• Extrovertida;
• Dependente;
• Produção
padronizada para o
consumo externo
(monocultura),
complementa a
produção européia;
• Trabalho escravo;
• Latifúndio.
SOCIEDADE
• “Democrática”;
• Grande mobilidade;
• Colonizadora.
• “Aristocrática”;
• Pequena mobilidade;
• Conquistadora.
NORMAS E
VALORES
• Protestantismo;
• Determinação política;
• Aniquilação dos
indígenas;
• Incentivo ao trabalho
manual;
• Responsabilidade e
deveres.
• Catolicismo;
• “Harmonia” de
propósitos com a
Metrópole;
• Evangelização e
submissão dos índios;
• Menosprezo do
trabalho manual;
• Direitos e privilégios.
EXPEDIÇÕES NO BRASIL
“DESCOBERTO”
• Pré-Colonial 1500-1530
• Objetivos: reconhecer a nova terra, para
tanto
utilizou-se
as
expedições
exploradoras:
• 1º Expedição 1501: comandada por
Gaspar de Lemos. Deu nome a vários
acidentes
geográficos.
Foi
nessa
expedição que deu ao Brasil o nome de
Terra de Santa Cruz.
EXPEDIÇÕES NO BRASIL
“DESCOBERTO”
• Arrendamento 1502: o rei de Portugal
arrendou o Brasil a uma companhia de
cristãos-novos, cujo representante legal
era Fernão de Noronha.
•
• 2º Expedição 1503: comandada por
Gonçalo Coelho, veio localizar a maior
incidência de pau-brasil.
EXPEDIÇÕES NO BRASIL
“DESCOBERTO”
• Expedições Guarda-Costas 1516 - 1526: os
países que não participaram da divisão das
terras descobertas no século XV, como
Inglaterra e França, não se sentiram obrigados
a respeitar o Tratado de Tordesilhas.
• As expedições eram comandas por Cristóvão
Jacques, com a finalidade de patrulhar as
costas brasileiras. Todavia, devido a extensão
do litoral, essa tipo de expedição não deu certo.
EXPEDIÇÕES NO BRASIL
“DESCOBERTO”
• 1530 : EXPEDIÇÃO COLONIZADORA DE
MARTIN AFONSO DE SOUZA
• 1- AÇÚCAR;
• 2- EXPLORAR A TERRA;
• 3- APRISIONAR “LADRÕES”
• 4- ROTA COM OCEANO ATLÂNTICO E
PACÍFICO.
PERÍODO PRÉ-COLONIAL 1530
• “Descoberta” do território brasileiro;
• Expedições de reconhecimento da terra;
• Exploração do pau-brasil:
• Monopólio real sobre a madeira (escanto);
• Arrendamento do direito de exploração da madeira para
comerciantes portugueses liderados por Fernando de
Noronha;
• Escambo;
• Litoral brasileiro frequentado por piratas ingleses e
franceses.
Período Colonial – 1530 - 1822
• Sistema de capitanias hereditárias:
• 15 faixas de terras cortadas por linhas paralelas que iam do litoral
ao meridiano de Tordesilhas;
• O rei oficializava a função do donatário através de dois documentos:
Carta de Doação (direito de posse) e o foral (direitos e deveres do
donatário);
• Donatários: obrigados a colonizar e defender o território, arrecadar
tributos, fundar vilas, escravizar índios, monopólio da justiça e
distribuir sesmarias;
• Sesmarias: extensas faixas de terras que eram entregues aos
colonos.
• Impostos para o rei: o dízimo (10%) para os produtos agrícolas e o
quinto (20%) para o metal precioso.
• Desenvolveram-se as capitanias de São Vicente e Pernambuco;
• Foram fundadas no período, 16 vilas e povoados no litoral.
FRACASSO DAS CAPITANIAS
HEREDITÁRIAS
• Desinteresse
e
incapacidade
dos
donatários;
• Falta de recursos dos donatários;
• Constante
ataque
dos
corsários
franceses;
• Grande extensão das capitanias;
• Grande distância em relação à Metrópole.
SOLUÇÃO: GOVERNO GERAL 1548
• Governo geral não extinguiu o sistema de
capitanias;
• Tinha o objetivo de centralizar a administração
colonial;
• Funcionários:
governador-geral, ouvidor-geral,
capitão-mor da costa e provedor-mor da Fazenda;
• Governadores: Tomé de Souza, Duarte da Costa,
Mém de Sá;
• 1573: Divisão em dois governos: Norte (capital
Salvador) e governado por Luis de Brito Almeida;
Sul (capital Rio de Janeiro) e governado por Antônio
Salema.
CÂMARAS MUNICIPAIS
• Eram constituídas por vereadores que
simbolizavam a elite colonial, também
conhecida por “homens-bons” que eram
brancos, ricos e cristãos. As câmaras
cuidavam dos preços, tributos e pequenos
crimes da vida colonial.
ECONOMIA COLONIAL
• Ciclo do Pau-Brasil;
• Ciclo da cana;
• Atividades complementares: (Pecuária –
primeiro no nordeste e posteriormente no
Sul)
SOCIEDADE COLONIAL
•
•
•
•
Sociedade açucareira:
Senhores de Engenho;
Intermediários
Escravos
Características da economia açucareira
1) Latifúndio: terras distribuídas
em grandes propriedades rurais;
2) Monocultura voltada ao
mercado exterior;
3) Mão-de-obra escrava (Brasil):
o negro africano era adquirido
como escravo.
Economia Açucareira
O tráfico negreiro solucionou o problema.
Os jesuítas não tinham mais os argumentos
contra a escravização.
Foram entre 5 e 10 milhões de negros
vindos da África para o Brasil (1550 e 1855).
Muitos morriam nas viagens (chegava os 50%)
Inúmeros escravos
sofriam de Banzo
e outros se
suicidavam
na sua tristeza
pelas condições
precárias do
trabalho forçado.
EMPRESA AÇUCAREIRA
• A ESCOLHA DO ACÚÇAR:
• Produto lucrativo no mercado europeu:
Naquela época o açúcar alcançava altos preços
na Europa.. Era considerado especiaria rara,
produto de luxo, quase comparado ao ouro e
até deixado por alguns reis como herança;
• A experiência do cultivo nas ilhas africanas:
Portugal cultivava cana-de-açúcar desde o
século XV nas suas colônias africanas. O
açúcar era produto nas ilhas dos Açores,
Madeira, Cabo Verde e São Tomé
EMPRESA AÇUCAREIRA
• A ESCOLHA DO ACÚÇAR:
• As condições naturais adequadas no nordeste
brasileiro: Os portugueses perceberam as boas
condições geográficas, o clima tropical e também
um tipo de solo escuro chamado massapé, muito
bom para a cana.
• O interesse de financiamento da empresa
açucareira pelos comerciantes holandeses: Havia
uma intensa participação dos comerciantes
flamengos no negócio do açúcar. Os holandeses
financiavam a produção do engenho, transportavam
a cana para a Europa, refinavam o açúcar em
Amsterdã e comercializavam o produto.
O ENGENHO
• O engenho representava a unidade produtiva da
cana-de-açúcar;
• Dezenas de engenhos foram construídos no
litoral
nordestino,
principalmente
em
Pernambuco e Bahia;
• Maior parte da terra para o cultivo do açúcar,
mas também era cultivado produtos para
subsistência como o feijão, a mandioca, o milho;
• Pastos para a criação de gado eram utilizados
como suporte para a cana, principalmente para
o transporte ou como força motriz nas moendas;
O ENGENHO
• Dois tipos de engenho: os trapiches (movidos por
animais) e os reais (movidos pela força da água)
• Fabricação do açúcar ocorria na chamada casa do
engenho. Lá a produção passava pro várias fases
desde a obtenção do liquido na moenda, a
purificação do produto, até a formação de tijolos de
açúcar para a exportação.
• O engenho compreendia um latifúndio, sendo que
as construções estabelecidas em seu espaço,
representavam a composição social da colônia: a
casa grande (moradia do senhor); a capela (o
espaço do clero); e a senzala (o cativeiro dos
negros escravos)
A SOCIEDADE PATRIARCAL
• Vida social do açúcar foi marcada por forte poder dos
senhores de engenho, como um símbolo da autoridade
absoluta não só com seus escravos, mas sobre os
membros da própria família;
• Esse tipo de sociedade que centraliza o poder na figura
do pai, onde o papel da mulher é deslocado para
segundo plano, impedida de obter educação e
posicionar-se politicamente é chamada de sociedade
patriarcal ;
• A sociedade canavieira também se caracterizou por seu
caráter praticamente estamental (pouca mobilidade
social, principalmente por representar uma sociedade
rural;
• Basicamente pode-se afirmar que a sociedade era
dividida entre senhores e escravos.
DECADÊNCIA
• Concorrência do açúcar nas Antilhas;
• Destruição dos canaviais (ocorrido
durante a luta contra os holandeses);
• Descoberta das minas de ouro (Minas
Gerais, Goiás e Mato Grosso)
A PECUÁRIA
• A atividade durante o período colonial se
caracterizou por ser um suporte para a agricultura
de exportação;
• Foi utilizada em primeiro plano para o transporte e
em segundo plano para a alimentação;
• Expansão do comércio do açúcar levou à
transferência dos rebanhos de gado para o interior
do nordeste , acompanhando o rio São Francisco
(rio dos currais);
• Na pecuária a sociedade tomou nova configuração
em comparação a açucareira: vaqueiros mestiços e
predomínio do trabalho livre.
INVASÕES
ESTRANGEIRAS
Invasões Estrangeiras
• Nos dois primeiros séculos, o Brasil foi palco de
frequentes invasões estrangeiras. O fato da
Inglaterra, França e Holanda não terem
participado do Tratado de Tordesilhas, que
definia a posse das colônias no Novo Mundo,
levou esses países ao longo da história a
promoverem saques no litoral brasileiro e
algumas tentativas de colonização. Além disso
entre 1580 a 1640 Portugal ficou sob domínio
espanhol, o que agravou a tensão para a
manutenção das terras brasileiras pelos
lusitanos
UNIÃO IBÉRICA
• 1580 – Fim Dinastia de Avis;
• Assume o poder Felipe II, rei da Espanha,
(Habsburgo por parte de pai e Avis de mãe),
unindo dessa forma as duas coroas ibéricas;
• Família Habsburgo tinha grande poder na
Europa, governava os Países Baixos, parte da
Itália e o Sacro Império Romano-Germânico;
• Anexação de Portugal tornou a Espanha a
principal potência colonial;
• Felipe II teve apoio da nobreza e burguesia
portuguesa para unir as duas coroas.
Implicações da União Ibérica
para Portugal e Brasil
• A aceleração da decadência econômica
portuguesa, devido a política desastrosa de
guerras empreendidas pela Espanha contra as
outras potências europeias;
• Proibição da participação dos flamengos no
comércio do açúcar com as colônias
portuguesas, consequentemente a invasão
holandesa no nordeste brasileiro;
• Tentativa
de
colonização
francesa
no
Maranhão;
Implicações da União Ibérica
para Portugal e Brasil
• Constantes ataques dos corsários ingleses no
litoral brasileiro;
• Crise no tráfico negreiro, devido a invasão
holandesa na África, em terras que
representavam importantes pontos de venda de
escravos para o Brasil;
• Aumento da escravização indígena pelo
bandeirantes;
• Eliminação
temporária
do
Tratado
de
Tordesilhas, o que permitiu o processo
interiorização português no Brasil.
A COLONIZAÇÃO FRANCESA
França Antártica (1555-1567)
Invasão no Rio de Janeiro
• 1555 – Invasão de 600 franceses na Ilha de
Serigipe, na Ilha de Guanabara;
• Expedição foi comandada por huguenote Durand
de Villegaignom;
• Primeiras estratégias: estabeleceu acordos com
grupos indígenas da região: Tamoios e
Tubinambás;
• Reação portuguesa foi comandada por Estácio de
Sá (sobrinho de Men de Sá), que contou com a
ajuda dos padres jesuítas José de Anchieta e
Manuel da Nóbrega, que conseguiram retirar os
apoio dos tamoios aos franceses.
França Equinocial (1612 -1615)
Invasão no Maranhão
• Transição do século XVI para o XVII, a França
frequentemente invadiu o litoral brasileiro do Rio
Grande do Norte ao Maranhão, devido ao
descaso português que priorizava a região de
Pernambuco até a Bahia;
• 1612 comandado por Daniel de La Touchesenhor
de la Ravardière fundou o forte de São Luis, onde
hoje é a cidade de São Luís, capital do Maranhão;
• Após algumas batalhas os franceses renderam-se
e não mais tentaram colonizar terras brasileiras.
COLONIZAÇÃO HOLANDESA
Crise do Açúcar
• Desde a Idade Média holandeses e portugueses
mantinham relações comerciais;
• Século XVI grande parte do controle do açúcar
brasileiro estava nas mãos dos flamengos. No
entanto, a União Ibérica alterou esse quadro de
cordialidade;
• O Brasil passou a pertencer a Espanha e a
Holanda estava em guerra de independência
contra a família Habsburgo, que governava a
Espanha. Em 1581 nasce a Províncias Unidas
dos Países Baixos no território holandês.
Crise do Açúcar
• Com a perda do território flamengo, como
represália,
os
espanhóis
ordenam
o
aprisionamento de navios holandeses atracados
em Lisboa e proíbe o acesso ao comércio em
terras da Península Ibérica, consequentemente o
comércio do açúcar brasileiro foi interrompido
para os holandeses.
• Como resposta os holandeses criam duas
empresas monopolistas com o objetivo de invadir
e explorar os territórios coloniais controlados
pelos espanhóis: Companhia das Índias Orientais
e Companhia das Índias Ocidentais
Primeira Invasão: Bahia (16241625)
• 1624, Salvador era capital do Brasil e importante
centro produtor de açúcar. Holandeses comandados
por Jacob Willekens atacaram a cidade com 26 navios
e aproximadamente 1700 soldados e 1600 tripulantes.
• Resistência comandada pelo governador Diogo de
Mendonça Furtado foi em vão, acabou aprisionado e
enviado para a Holanda;
• Bispo Dom Marcos Teixeira passou a liderar as forças
portuguesas, utilizando táticas de guerrilha;
• 1625 - Frota luso-espanhola composta de 52 navios
com 13 mil homens expulsa os holandeses. Esse
episódio ficou conhecido como a Jornada dos
Vassalos.
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