Prof. Dr. Vitor Salvador P. Gonçalves EpiPlan/FAV/UnB Febre aftosa No Brasil, os suínos não são vacinados Apenas bovinos e bubalinos 1993 – último foco em granja de suínos Apesar disso, limita o acesso a mercados. Vias de Transmissão Trânsito de animais – vírus resistente Indiretamente – veículos, pessoas, produtos, fômites Direto – animais infectados 2 Transmissão por via aerógena Mais resistentes à infecção via aerógena (ALEXANDERSEN et al., 2002; SELLERS & GLOSTER, 2008) Maiores emissores de vírus pelo ar – 600 x (DONALDSON et al., 2001; GLOSTER et al., 2010) Dificilmente se infectam quando fisicamente separados (DONALDSON & ALEXANDERSEN, 2002) 3 Transmissão via oral Via oral – mais importante !! (DONALDSON et al., 2001; ALEXANDERSEN et al., 2003) Alimentos contaminados Restos de comida Relacionada aos últimos focos (ALEXANDERSEN et al., 2003) África do Sul (2000) e Inglaterra (2001) Região Sul Risco muito baixo Ração fornecida pela integração (DELPHINO E GONÇALVES, 2009) Segura / Controle rígido 4 Critérios de validade das medidas sanitárias (SPS) Doença exótica Não Doença sob controle oficial Não Sim Sim Necessário demonstração científica Medidas SPS equivalentes Não são exigidas internamente? Sim Países de status equivalente são tratados de forma igual? (não discriminatória) As medidas SPS são baseadas em padrões internacionais (OIE) ou em avaliações de risco com validade científica? Sim Medida SPS legítima Não Medida SPS inválida Análise de risco Ferramenta Importação de animais e produtos Objetivo avaliar riscos sanitários e fornecer método objetivo e seguro para conhecer os riscos Análise de risco deve ser: Transparente Flexível Cientificamente fundamentada Consistente 6 Análise de risco (Diretrizes OIE) Etapas Avaliação de Risco Avaliação da difusão Avaliação da exposição Avaliação das consequências Estimativa do risco Fonte: OIE, 2004 7 Objetivo Desenvolvimento de metodologia quantitativa para a avaliação de risco de difusão do vírus da febre aftosa em produtos suínos exportados pelo Rio Grande do Sul. 8 Estrutura do modelo Árvores de cenário Cadeia de produção suína Parte I UPL a GT Bovinos da região (transmissão horizontal) Parte II Abatedouro GRSC Legislação específica / histórico Granja ou rebanho suíno – Unidade Epidemiológica 9 10 11 Coleta de dados primários PARTE I (até a chegada ao frigorífico) Foram coletados dados sobre biosseguridade nas granjas e na organização da cadeia de produção em 4 regionais do serviço veterinário CONCLUIDO PARTE II (no frigorífico) Foram visitados frigoríficos com SIF para coleta de dados sobre procedimentos de vigilância nos estabelecimentos DADOS COLETADOS – CONCLUINDO O PROCESSAMENTO E ANÁLISE 12 Alguns parâmetros do modelo Prevalência de rebanhos bovinos com circulação de vírus = 0,2% Prevalência de suínos infectados em granjas com circulação do vírus = 5% Estes parâmetros não refletem uma estimativa de prevalência real. Servem apenas para avaliar o desempenho da vigilância frente a um padrão pré-definido 13 Peso final de carcaça = 90kg Nº médio de suínos por UPL = 1543 Nº médio de suínos por GT = 817 Possibilidade de contato entre bovinos hipoteticamente infectados com suínos, apenas nas granjas sem tela ou cerca de proteção e com coexistência das duas espécies 14 Resultados parciais (ainda sem vigilância no frigorífico) 15 Discussão Resultados preliminares sugerem risco desprezível, mesmo sem considerar a vigilância nos frigoríficos Mesmo em cenário pessimista Focos em bovinos e falhas de vigilância e biosseguridade Resultado esperado Último foco suínos 1993 Sinais clínicos em suínos são muito evidentes Espécie sentinela para detecção de atividade viral 16 Discussão Risco desprezível Identificação dos principais pontos de mitigação de risco de circulação do vírus na cadeia de suínos Serviço Oficial e Indústrias Trabalhar juntas Medidas de redução (papel dos produtores e dos veterinários das industrias) Procedimentos operacionais documentados Gerenciamento Eficiente dos riscos. Mais pesquisas – Transparência e Confiança !! 17