MICROBIOLOGIA 09 Assunto: Fungos Profª: Cleide Data: 07/04

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MICROBIOLOGIA 09
Assunto: Fungos
Profª: Cleide
Data: 07/04/2006
Transcrita por: Lara Bravo
Ela começa a aula falando que adota o livro “Micologia Médica”, de Sidrim.
Diz que o Lacaz também é bom (o nome deste também é “Micologia Médica”).
Segundo ela, o Lacaz é completíssimo, mas meio sistêmico na parte de Taxonomia.
O Sidrim é mais direcionado para o aspecto clínico.
Os reinos, antigamente, eram divididos em três: animal, vegetal e mineral.
E os fungos, mais especificamente os cogumelos, foram classificados dentro do
reino vegetal. Mas aí os estudiosos começaram a ver que os cogumelos não eram
seres autotróficos, mas sim heterotróficos. Conseqüentemente, eles não eram
fotossintéticos. Então como é que uma estrutura poderia estar dentro de um grupo
cuja principal característica era ser fotossintético, se ela não realizava fotossíntese?
Foi quando, em 1969, um pesquisador chamado Whitaker recriou os reinos da
natureza, e colocou um reino à parte, chamado Reino Fungi.
Aqui vocês encontram seres eucariotas unicelulares e multicelulares. Os
fungos se apresentam na natureza na forma de filamento, túbulo (na forma que
chamamos de filamentosa), e na forma de leveduras. Exemplo bem prático: todo
mundo já viu pão mofado. Você deixa o pãozinho no saco plástico; depois de um
dia e meio, ou dois, já começa a formar aqueles bolores, aquela colônia, que é bem
diferente da colônia bacteriana.
O fungo filamentoso possui micélio aéreo. As estruturas dele saem do
substrato onde estão aderidas e vão para a parte mais superficial. Isso é o que
caracteriza os fungos filamentosos, chamados de bolores.
Já as leveduras... Todo mundo aqui já deve ter visto extrato de tomate. Às
vezes, você deixa muito tempo na geladeira, e começa a ver uma colonização
esbranquiçada. Aquilo ali são leveduras. Neste ponto, ela fica longe do gravador, e
só dá para ouvir ela falando em pseudomicélios, blastosporos, que são estruturas
das leveduras. Toda levedura é complicada. As leveduras exercem comensalismo,
não são patogênicas. Mas toda levedura altera o paladar dos alimentos. Os fungos
trazem um paladar desagradável ao alimento. Além disso, não se deve consumir
porque um paciente debilitado, um paciente que está saindo de imunossupressores,
um paciente que faz antibioticoterapia, ele pode desencadear uma infecção por um
fungo comensal. Um fungo que não tem caráter patogênico nenhum, mas que de
repente encontra um paciente debilitado, e começa a desencadear o processo
infeccioso.
Estas estruturas filamentosas (chamadas hifas) se apresentam como umas
fitas, onde os núcleos ficam dispersos no citolpasma (isso na hifa contínua). Já a
hifa septada, que é onde você vê aquela essência de tabiques, de septos dividindo
a estrutura, você vê as células isoladas. Cada célula dessa tem um comportamento
próprio. Ela tem a capacidade de se diferenciar e também de se multiplicar de
forma assexuada.
Os fungos filamentosos são organismos multicelulares; já as leveduras
normalmente são seres unicelulares.
O que estou desenhando para vocês agora são as principais estruturas das
leveduras: os esporos das leveduras são chamados de blastosporos. Alguns livros
usam o termo “blastoconídias” (estava assim no livro, mas acho que, na aula, ela
disse “blastoconídios”. Deve dar no mesmo). Aqui eu não tenho agrupamento de
células, eu tenho uma única célula. Então as leveduras são seres unicelulares, e os
fungos filamentosos são pluricelulares.
Esta estrutura aqui tem quatro células; esta estrutura é o que a gente
chama de pseudo ou falso micélio. O que é isto? O micélio, no fungo filamentoso, é
o agregado de vários filamentos, é quando existem várias hifas. Ao conjunto de
hifas nós damos o nome de micélio. Mas as leveduras não formam micélios
verdadeiros; o que elas vão formar são falsos micélios ou pseudomicélios. Porque
estas células chamadas de blastosporos podem entrar em processo de divisão
assexuada, chamada de gemulação ou brotamento, e formar este broto. Essa
divisão, quando está ocorrendo, a parede celular dos fungos fica mais fragilizada. Aí
o conteúdo citoplasmático deles é empurrado, e ele brota. Este broto é o início da
divisão assexuada por mitose. Então aqui eu tenho essas leveduras unicelulares. Só
que, às vezes, estas células se agrupam de forma aleatória, e lembram um
filamento. Por isso que é chamado de falso ou pseudomicélio. Não que a levedura
seja pluricelular, só que elas se agregam e formam um falso filamento.
Ela tira uma dúvida: Micélio é o conjunto de hifas, que são os filamentos.
Um único filamento, eu chamo de hifa. É como se o micélio fosse um novelo, e a
hifa fosse a perna da lã.
Outra dúvida e a resposta: A agregação é aleatória, ela não tem nenhum
fator que determine o tipo de pseudomicélio que ela vai formar.
A gente vai falar muito em aula de uma levedura chamada Candida sp. É
uma levedura oportunista por natureza, a gente tem ela na mucosa bucal, no trato
digestivo, na vagina, como um ser comensal. Só que, por ela ser oportunista por
natureza, ela coloniza facilmente numa imunossupressão, numa antibioticoterapia.
Por exemplo, os grandes problemas de enterite são as candidíases sistêmicas.
Porque a luta contra a infecção hospitalar combate principalmente os agentes
exógenos: você faz a assepsia, a troca de roupa, a esterilização dos tecidos. Você
faz todo aquele aparato para impedir a proliferação dos exógenos, mas não tem
como brecar aquilo que está dentro do hospedeiro. Então a Candida é uma das
infecções oportunistas mais freqüentes em enterites. Vocês verão pacientes com
candidíase pulmonar, com candidíase renal. E a Candida, mesmo sendo uma
levedura, nós vamos observar, às vezes, que ela adquire um caráter patogênico, e
aí ela forma um filamento verdadeiro. Isso é uma exceção! Ela repete e nos manda
anotar: A Candida é uma levedura, porém quando ela toma um caráter de
virulência, de patogenicidade, ela PODE (não é uma condição obrigatória) formar
micélio verdadeiro. Micélio verdadeiro é característico de filamentoso; mas ela não
é um fungo filamentoso, é uma levedura. Isso é uma característica interessante,
porque você poderá ver na mesma lâmina esporos de Candida e micélios
verdadeiros, quando ela está exercendo uma ação patogênica.
Este Reino Fungi foi dividido em dois grandes grupos, chamados de
Myxomycota e Eumycota. Os Myxomycotas não despertam interesse médico,
porque são fungos inferiores, desprovidos de parede celular. Dentro da micologia
médica, então, não há interesse sobre estes microorganismos.
Já o grupo dos Eumycotas engloba os fungos mais superiores, que são
providos de parede celular. Este grupo é dividido em cinco filos:
 Mastigomycotina
 Zygomycotina
 Basidiomycotina
 Ascomycotina
 Deuteromycotina
Cada filo desse tem suas particularidades, com relação à morfologia, e
também em relação às estruturas de reprodução, que é o que vai fazer a
classificação dos fungos dentro dos filos.
Os fungos podem ser observados de forma macroscópica (exemplo: os
cogumelos) e microscópica. Cerca de 97-98% das espécies patogênicas são
microscópicas; o que vamos visualizar são as lesões, os sinais. Dentro dos fungos
macroscópicos, estão classificadas as espécies que fazem parte do filo
Basidiomycotina, que são exatamente os cogumelos. Então todos os fungos
macroscópicos estão dentro do filo Basidiomycotina. A única exceção – uma espécie
que não é macroscópica e que está dentro do Basidiomycotina – é a espécie
Cryptococcus neoformans Este fungo é altamente letal, é o principal agente
etiológico das meningites fúngicas, principalmente na região norte/nordeste. Não
vai ser raro você pegar um paciente aidético com meningite por Cryptococcus, é a
meningite criptocócica. Sabemos que existe a meningite de origem bacteriana, que
é a mais grave; a viral, que é a mais benigna...
Aula 10 Fungos - Microbiologia
Microbiologia
Prof: Cleide Miranda
07-04-06
Yukio Asano
O Coccidiodes immitis é um outro agente etiológico da meningite, porém ele
não existe na nossa região devido ao tipo de solo e de clima. Apesar de ser
altamente virulento, é mais comum na América do Norte, tendo incidência quase
nula na América do Sul. Quando se tem um caso, normalmente o paciente é
oriundo da América do Norte. Na nossa região o que nós vemos em relação a
meningite é a relação com o Cryptococcus neoformans, principalmente em
pacientes aidéticos, sendo a quarta causa mais freqüente de infecção neurológica
em aidéticos.
A infecção mais comum e que na maioria das vezes leva a um diagnostico de
HIV é a Candidíase Orofaringeana. Todo mundo conhece o sapinho, placas que são
chamadas de candidíase pseudomembranosa. A candidíase orofaringeana é o
sapinho de forma exacerbada. Muitas vezes o paciente tem toda mucosa oral e
língua comprometidas e ainda entra pela orofaringe.
Quais são os dois principais fatores de virulência, pra que um organismo
tome caráter patogênico?
1Aderência: se ele se adere ao tecido, conseqüentemente ele vai conseguir
retirar os nutrientes para proliferar.
2Colonização
Esses fatores são fundamentais na patologia humana, por isso que algumas
bactérias não causam dano nenhum a um tecido, mas quando chega em outro
tecido, ela desencadeia efeitos altamente graves. Em um determinado tecido ela
não tem uma boa aderência, ela não se liga ao substrato. A E. coli, por exemplo,
não causa infecção a nível intestinal, mas no rim vai originar uma infecção violenta.
Porque no intestino existe uma flora comensal grande que está competindo e a E.
coli não chega a colonizar. Quando chega no rim, começa a aderir ao tecido e a
colonizar e a trazer o processo infeccioso.
Um grande número de espécies de fungos traz efeitos altamente graves ao
hospedeiro humano. As principais ações patogênicas do fungo no hospedeiro
humano são:
1- Intoxicação;
2- Infecção;
3- Alergia.
Os
123-
cogumelos podem se dividir, de acordo com a espécie, em:
Comestíveis;
Alucinógenos;
Venenosos.
A partir daí já dá pra observar o lado maléfico e benéfico dos fungos. No
benéfico, temos os cogumelos comestíveis. Todo mundo conhece o champignon,
que é o Agaricus campestres. Existe muita ficção em torno do “cogumelo do sol”,
que ele ativa o sistema imunológico. Não é bem assim, o cogumelo é um
suplemento alimentar, que quando ele é produzido de maneira correta, torna-se
um suplemento bom, dependendo da espécie.
Os cogumelos alucinógenos liberam drogas neurolépticas, que vão atuar
diretamente ao nível do SNC.
E os cogumelos venenos não vão causar infecção, mas sim um processo de
intoxicação, chamado de micetismo. Então todas as vezes que vc ouvir falar que o
paciente ingeriu cogumelo veneno ou está apresentando um quadro de micetismo,
vc já sabe que esse quadro é um processo de intoxicação e não de infecção. Esse
quadro de micetismo pode ser agudo ou tardio, dependendo da espécie que foi
ingerida pelo hospedeiro.
Os fungos, normalmente, se reproduzem de forma sexuada ou assexuada.
Porém uma característica do filo Deuteromycotina é que eles só se reproduzem de
forma assexuada, por isso que eles são chamados de fungos imperfeitos, são os
deuteromicetos. E um grande número de fungos patogênicos está dentro desse filo
deuteromiceto.
Quando eu falo de intoxicação, eu não tenho um único quadro. Eu tenho
micetismo, que é produzido pela ingestão de cogumelos venenosos. E tenho outro
tipo de intoxicação que é a micotoxicoses, que é a ingestão de alimentos
contaminados com fungos produtores de micotoxinas (metabólitos excretados pelos
fungos). As micotoxicoses são produzidas por toxinas nocivas. A principal delas é a
Alfatoxina, que tem ação hepatotoxica. Vários fungos podem produzi-la, porém a
espécie produtora mais comum é o fungo filamentoso chamado de Aspergillus
flareus. Esse fungo tem um grande tropismo por grãos, principalmente o grão de
amendoim e de milho. Agora, em animais de laboratório, se observou que o efeito
acumulativo da alfatoxina é cancerígeno. Já existe comprovação experimental, só
que no homem, ainda não foi comprovado, pois quando ele ingere o alimento,
começa a ter os transtornos, como náuseas, vômitos, hepatomegalia, devido a sua
hepatotoxicidade e todo o transtorno característico de intoxicação alimentar.
O princípio ativo da alfatoxina é um componente chamado de Bisfurona
Fumarina e ela não é inativada por altas temperaturas. Então quando você cozinha
ou o milho, ou o amendoim, você vai matar o fungo, mas a toxina continua lá. Por
isso se deve ter uma preocupação fortíssima com conservação de alimentos.
Existe uma ligação muito forte de fungo com a umidade, fazendo com que
tecidos umedecidos sejam muito mais propícios a proliferação fúngica. Em uma
pessoa parasitada, normalmente os fungos estão na dobras, o que nos chamamos
de intertrigo. Pode ser uma dobra axilar, mamária, de gordura.
Ele fala sobre o perigo de se pegar fungos nas academias.
Outra toxina é a Ocratoxina A, que é nefrotóxica. Ela vai estar mais presente no
Aspergillus ocraceus, que parasita mais os grãos de trigo, cevada e aveia.
As fontes de infecção são: em qualquer parte do ecossistema se encontram
fungos, o importante é a gente ter um sistema de vigilância, um sistema imune,
porque senão os fungos que são oportunistas vão causar doenças.
 Solo, ar, água, homens, animais e plantas.
O Aspergillus migem é um fungo comensal, que está disperso no ar, no solo.
Quando não se faz o tratamento adequado, o fungo começa a colonizar. No meio da
lesão queimada, observam-se pontos pretos, que são colonização de fungos
oportunistas chamado Aspergillus migem.
Os efeitos benéficos dos fungos:
1- Indústria alimentícia: além do cogumelo comestível, o queijo roquefort (que
é fermentado pelo penicilium roquefort), a cerveja (fermentado pela
levedura);
2- Industria
farmacêutica:
antibióticos
(como
a
penicilina),
drogas
imunossupressoras como a ciclosporina, ambos são sintetizados a partir de
fungos.
3- Controle biológico: a praga cigarrinha é destruída por fungos que não fazem
mal nem ao homem e nem a vegetação.
Os efeitos maléficos dos fungos:
1- Patologia humana: alergia e infecção (recebe o nome de micose). Existem
cinco tipos de micose, que se dividi de acordo com a localização do agente
infeccioso:
 Micoses estritamente superficiais: pele e pêlos.
 Micoses cutâneas: pele, pêlos e unhas.
 Micoses subcutâneas ou intermediárias
 Micoses profundas ou sistêmicas: órgão interno
 Micoses
oportunistas:
candidíase,
aspergilose(nos
pacientes
queimados).
2- Alucinações e venenosos: intoxicação.
3- Destruidores de madeira
4- Fitopatologia
5- Produção de micotoxina: intoxicação.
Aula Gravada de Microbiologia nº 11
− FUNGOS −
Professora Cleide Miranda
10/04/06
Por Luciana de Almeida
A fita inicia com a profa falando sobre testes alérgicos.
(...) se faria os testes indradérmicos. Pegaria o alergênio (agente capaz de
produzir alergia) inoculava-o e evacuava-o do tecido subcutâneo. Tempo de espera:
para alguns, 48 horas, para outros, 72 horas; ai não pode molhar... tem uma série
de coisas.
Hoje, temos um exame chamado de RAST. Existem 5 classes de anticorpos.
“Costumo sempre dar uma siglazinha, que vai facilitar muito vocês... GAMDE(?)”. E
nessa sigla eu tenho o nível de concentração sérica desses anticorpos no homem. O
que é que eu quero dizer com isso? Que a imunoglobulina mais concentrada é a “G”
(IgG), e a que aparece apenas em vestígios é a IgE.
O paciente imunocompetente não tem alergia. A alergia é uma
hipersensibilidade (sensibilidade ao pêlo, ao ácaro, a fungos em suspensão no ar,
etc.); não é normal esse paciente desencadear essa resposta, mas pela
hipersensibilidade da resposta imune dele, ele começa a desencadear aquele
quadro de alergia.
O RAST é uma pesquisa de IgE (anticorpo presente nos processos de
hipersensibilidade) específica. Para essa pesquisa, pode-se solicitar do laboratório a
dosagem de IgE total, ou quantificar, saber que tipo de alergia aquele paciente
tem. O RAST é essa pesquisa, que é como se fosse um rastreamento dos alergênios
que o paciente tem sensibilidade. Essa reação RAST tem vários painéis. Segue um
padrão específico.
Os fungos hoje têm tamanha importância na área médica, que já temos um
painel de RAST somente para fungos. Isso é muito usado para alergias
respiratórias. Quais são os principais alergentes (que podem desencadear a alergia)
respiratória? Fungo, poeira, pêlo de animais, ácaro, pólen de flores... uma série
elementos que se pode investigar. E aí, investiga-se a especificidade; saber-se-á
exatamente “o que é” a alergia. Por exemplo, existem pessoas que não podem
comer chocolate, têm sensibilidade ao cacau; então, tem-se um painel de RAST só
para cacau. Há pessoas que são sensíveis a crustáceos, outras a drogas (ex. sulfa,
penicilina). Isso é muito importante. Já tive um paciente que quase vai a óbito
porque, após submeter-se a uma cirurgia neurológica super complicada, foi-lhe
administrado soro com sulfa. Ele era altamente alérgico a sulfa, então sua pressão
caiu bruscamente, e só não teve um choque anafilático porque teve, prontamente,
auxílio médico. O antígeno estava diretamente na circulação. Por isso é
fundamental que se conheça o histórico do paciente.
Ela começa a falar de experiências que teve. Diz que através da conversa,
pode-se “puxar” todo o diagnóstico do paciente; além de favorecer a uma melhor
relação médico-paciente, e conta que um idoso disse-lhe “dra, foi a 1ª vez que
consegui falar com um médico”, etc. etc. etc.
Raniere pergunta se a reação alérgica pode ser desencadeada tanto pelo
próprio fungo como também pela toxina que ele produz. A resposta é sim, e que
ainda tem um caso, que vai ser visto em micoses superficiais chamado
Dermatofitides. Por exemplo, uma lesão na unha do pé, causada por um fungo,
agente etiológico de micose cutânea – dermatófitos, aí lá na mão/braço aparece
uma lesão que coça. Aplica-se um corticóide/antialérgico e ela desaparece, mas não
cura; é recorrente, vai e volta. O que acontece? O dermatófito não vai atingir vasos
sangüíneos, entretanto, excreta antígeno que vai ser levado a um foco à distância
(no caso membro superior) e então, tem-se desencadeada a reação alérgica,
chamada Dermatofitides. Se esse fungo não for tratado, o paciente nunca vai ficar
curado da alergia.
Voltando aos efeitos fúngicos maléficos...
Fungos destruidores de madeira, ex. orelha-de-pau.
Matas fechadas (raios solares não incidem) e úmidas, favorecem a proliferação
dessa classe de fungos.
Na Fitopatologia – parasitismo fúngico em vegetais
Produção de MICOTOXINAS – intoxicação (Micotoxicoses)
Mostra imagens...
“Aqui” é o agente etiológico no micetismo, que é aquela infecção causada
por fungo venenoso. No caso da Amanita muscaria, ela causa intoxicação tipo
aguda. Notem o aspecto interessante do cogumelo. Em zonas rurais, não são raros
os quadros de micetismo, porque as crianças, muitas vezes mastigam/deglutem o
cogumelo pensando que são frutos.
Como seriam as formas de transmissão, de modo geral, das lesões
causadas por fungos? Existem duas subdivisões:
Direta (pelo contato → principalmente nas micoses cutâneas):
– de homem para homem
− de animal para homem (”parasitismo por pêlos”)
− de animal para animal
Indireta
− Inalação ► micoses profundas
− Inoculação ► micoses subcutâneas
* um tecido íntegro não vai adquirir um agente etiológico de micose subcutânea; é
necessário que haja um traumatismo local para que o fungo seja inoculado.
− Ingestão ► intoxicação
* pela ingestão de fungos toxígenos – cogumelos – ou de alimentos contaminados
por toxinas fúngicas.
Fazem uma pergunta inaudível.
... a Amandita faloides(?) causa a tardia, e na tardia existe um caso mais
complicado que é o quadro neurológico. Na fase inicial do micetismo agudo há uma
reação gastrintestinal; em torno de quatro horas a sintomatologia está aparecendo.
Já na tardia, a partir de doze horas é que se começa a apresentar o quadro clínico.
Passamos agora a ver a morfologia. Quais foram as estruturas que eu disse
que eram unicelulares: as leveduras.
Mostra imagens...
Então “aqui” tenho esporos de LEVEDURAS, do tipo blastoporos. “Aqui” uma
célula brotando. “Lá em cima”, blastoporos isolados – uma única célula – e células
se arranjando querendo formar um pseudomicélio.
“Aqui” tenho uma cândida. Uma das características da candidíase é a acidez.
A lesão é pseudomembranosa. Esse quadro revela um desequilíbrio. Existe um tipo
de candidíase muito comum, que é a QUELITE ANGULAR (popularmente,
“boqueira”). O que acontece é que a cândida está ali, com o esporo isolado.
Quando o paciente entra em um período de estresse maior, libera uma maior
quantidade de hormônios adrenocorticais, que são exatamente imunossupressores.
Automaticamente a imunidade baixa, e quando isso ocorre, a cândida que estava
sem colonizar, se corrompe. No ângulo, há uma retenção muito drástica. O lábio
fica mais seco. O paciente ao abrir a boca se queixa como se esta estivesse
cortada. O tratamento é super simples...
Perguntas... muito barulho... comentários sobre a figura...
Essas lesões são tiráveis, saem. Pega-se um cotonete, imerge-o em uma solução
de mustatina ou de bicarbonato de sódio, passa nessa placa pseudomembranosa e
ela sai. E por baixo dela, fica uma reação altamente inflamatória.
** Sempre onde há proliferação de cândida, existe um processo inflamatório.
“Quando falo de Cândida, prefiro que vocês coloquem Candida sp.”
Cerca de 60% das infecções causadas pelo gênero Candida é da espécie
“albicans”. Porém, outras espécies de cândida também desencadeiam infecções.
Por isso prefiro falar de Candida sp. Mas vocês devem saber que essa espécie
(Candida albicans) é a mais incidente como agente etiológico.
Volta a falar das figuras...
“Aí” é uma MICOSE CUTÂNEA, altamente contagiosa, causada por um fungo
de pêlos de animais (dá o exemplo do cachorro, que pode transmitir ao homem e
demais animais), Não é uma micose grave, mas que incomoda (coça muito),
porque esses fungos normalmente são de caráter contagioso, são cepas
descamativas – levam àquele aspecto desagradável –, além do prurido. O
tratamento nesse caso é tópico. Não se faz o uso de tratamento oral para a micose
cutânea, salvo algumas raras exceções → porque as drogas antifúngicas são
hepatotóxicas.
No caso do pano branco, uma micose estritamente superficial, não há
necessidade de se aplicar uma droga sistêmica. Isso vai ser visto melhor na aula de
pano branco. O grande problema do pano branco é o caráter estético; é
desagradável para o paciente estar com a lesão. Mas entre ele passar mais um
tempo com aquela lesão e não ter um órgão vital atingido, “faço” a opção pela
integridade do órgão. Tem uma medicação simples e local: o xampu. Por que?
Porque o fungo que causa pano branco fica também no couro cabeludo. O que
vemos muitas vezes, é que as pessoas tratam a derme, mas não o couro cabeludo
- a não ser que tomem a droga oral (sistêmica), tratando, assim, os dois. Mas se só
faz o uso da medicação tópica, ao escovar o cabelo, os esporos caem e se
depositam novamente. Isso provoca uma reincidência de pano branco.
Normalmente, vê-se o pano branco na face, no pescoço, nas costas, nos braços,
exatamente onde os esporos se depositam. O xampu é à base de cetoconazol.
Existe o Isoral(?) e também o do LAFEPE, que é excelente e bem mais barato.
Também gosto de muito de usá-lo para essas micoses de cão.
Márcia fala que a cachorrinha dela ta fazendo uso de cetoconazol por via oral e tbm
através do xampu, e a prof diz que acha isso uma agressão e acrescenta que o
grande problema de pêlo de animal caído é por falta de sol que interfere na
absorção de vitamina E.
Para relembrar, as duas principais Micotoxinas:
AFLATOXINA – encontrada, mais comumente, nos grãos de amendoim e
de milho; e produzida, principalmente, pela espécie Aspergillus flavus.
Possui efeito hepatotóxico.
OCRATOXINA A – presente em cevada, trigo e aveia. Produzida por 2
espécies: Aspergillus achracceus e Aspergillus alliaceus. Possui efeito
nefrotóxico.
Estruturas Morfológicas
− Fungo Filamentoso –
HIFAS → contínuas ou cenocíticas
→ septadas
MICÉLIO (conjunto de hifas) → da mesma forma que as hifas, pode ser
contínuo ou septado
No micélio, existem células que se diferenciam e formam esporos
específicos, como, por exemplo, os atrosporos (esporos resultantes da reprodução
assexuada) e os clamidosporos (esporos de resistência). Quando o meio está
tornando-se escasso, é como se o fungo se encistasse para resistir à escassez de
nutrientes (a célula forma uma parede dupla) e, assim, manter sua integridade.
Isso ocorre tanto nas cenocíticas como nas septadas - mais comum nestas.
Os Clamidosporos são comuns tanto aos fungos filamentosos quanto às leveduras.
Micélio
Vegetativo
–
desenvolvimento,
resistência,
nutrição,
fixação,
disseminação, condução e sustentação.
Micélio Aério – estruturas reprodutivas.
O micélio não tem só aquela parte aderida ao substrato, tem uma parte que
vai acima da superfície - micélio aério. Já no micélio vegetativo as estruturas estão
diretamente ligadas ao substrato, retiram dali nutrientes e dão sustentação ao
crescimento do fungo. Nas estruturas que crescem para a parte mais superficial
(micélio aério) da colônia de fungo filamentoso são onde se encontram as
estruturas de reprodução.
Microbiologia 12
Fungos
Professora Cleide
Transcrita por Marcelo Nonato
A professora está mostrando slides. Micélio é um conjunto de hifas. As leveduras
formam um falso micélio ou pseudomicélio.Aqui, vemos uma hifa cenocítica ou
contínua. Aqui vemos uma cultura bem envelhecida , as hifas já estão meio
deformadas. As características morfológicas estão sendo perdidas porque há pouco
nutrientes. Agora vemos uma hifa septada. Aqui um micélio aéreo;vocês podem
observar uma fuligem que está mais superficial porque não o micélio não fica
aderido ao substrato.
Estruturas da levedura: pseudomicélio, blastosporos , células brotantes (que é
quando os blastosporos entram em processo de divisão assexuada) e
clamidósporos.
A morfologia desses esporos das leveduras e dos fungos é altamente diversificada.
Assim, diagnóstico micológico não é fácil.
Na morfologia, nos vimos:
-Fungo filemantoso (mofo, bolores). Ex: dermatófitos
-Leveduras. Ex: Cândida sp.
Os fungos poderiam se apresentar nas duas formas(leveduras e fungos
filamentosos). Seria o caso dos fungos dimórficos e da Miscelânea.
-Fungos dimórficos ou termófilos. A relação da temperatura aqui é essencial. Ex:
Histoplasma capsulatum.
Fungos dimórficos
37°C
25°C (temp. ambiente)
Levedura
Filamentosos
Eu comentei com vocês que o principal mecanismo para a transmissão de micoses
profundas é a inalação. A forma filamentosa é quem fica em suspensão no ar na
temperatura ambiente, sendo o responsável pela infecção. A leveduriforme é a
patogênica, ou seja, é a forma que está proliferando no homem.
-Miscelânea: Ex: Malassezia furfur (pano branco)
Quando a gente faz o diagnóstico, na lâmina eu vou encontrar estruturas
filamentosas e leveduras, por isso que é chamado de miscelânea, porque é uma
mistura de formas. O dimórfico ou se apresenta na forma de levedura ou na forma
filamentos, dependendo da temperatura.
Reprodução- o que vai determinar se a reprodução será sexuada ou assexuada é o
tipo de gametângio que o fungo vai apresentar.
Reprodução Sexuada:
-Copulação Planogamética
-Contato Gamentangial
-Espermatização
-Somatogamia
Reprodução assexuada
-Fragmentação da hifa (artrósporos)
-Fissão (estrangulamento transcelular. A célula se divide em duas)
-Gemulação (ocorre nas leveduras, formando as células brotantes ou gemulantes)
-Produção de esporos (ocorre nos fungos filamentosos)
AULA: MICRO 13
Assunto: Micologia
Professora: Cleide Miranda
Sofredora: RaPhInHa
[Digo logo que não assisti a essa aula... Mas me esforçarei ao máximo!!!]
Hoje a gente vai começar a ver a parte que é mais interessante pra vocês.
(Sério??!! DUVIDO! Hauhauha) Vamos começar a ver MICOSES.
Micoses é toda infecção causada por fungos. Voltando um pouquinho pra primeira
aula, a gente correlacionou que os fungos exercem na natureza efeitos benéficos e
maléficos. Dentre os efeitos maléficos, nós vimos que eles podem causar três tipos
de reação: infecção, intoxicação e alergia. Os tipos de infecções por fungos são
micetismo e micotoxicoses. A principal diferença entre elas é:
No micetismo ocorre a ingestão de cogumelo venenoso; já na micotoxicose, há
digestão de alimento contaminados por toxinas fungicas (sendo as principais
toxinas a Aflatoxina – ação hepato-tóxica - e a Ocratoxina A – ação nefrotóxica).
Lembrando que a ingestão prolongada desses alimentos pode levar a formação de
um hepato-carcinoma – só ocorre com a ação cumulativa da micotoxina.
Quando eu falei de alergias, falei do (Alternaria), do Penicilium, do Aspergillus...
Que vivem no ambiente. São responsáveis por alergias respiratórias e por alergias
cutâneas – dermatites de contato. Falamos também do Penicilium que é
amplamente utilizado, pq já existe um perfil unicamente para detectar fungos que
causam alergia respiratória. È uma reação sorológica que leva o nome de RAST. É
uma pesquisa que busca IgE específica. É uma reação que é feita por automação,
pois vários tipos de alergia são detectados por esse método.
Tipos de micoses:
- Estritamente superficial;
- Cutânea;
- Subcutânea;
- Profundas ou sistêmicas;
- Oportunistas.
* As subcutâneas podem se disseminar via sanguínea ou linfática, de modo que
pode tomar um caráter sistêmico. Como exemplo, podemos citar as Zigomicoses.
Dividimos os fungos e vimos que os Eumycotas são fungos mais desenvolvidos,
com parede celular. Eles subdividem-se em cinco tipos e dentre esses estão os
Zygomycotinas ou zigomicetos. A principal característica morfológica dessa classe é
não apresentar septos nos clamídeos.
Aula 14 – Aula prática de identificação de bactérias Gram negativas
Aula Gravada de Microbiologia 15
Prof.:Cleide
Assunto: Micoses
Transcrita por: Sofia
Data: 20/04/06
...aquelas vesículas são riquíssimas em ______; a viremia aqui é altíssima. Então
uma pessoa que tem herpes, mas não tem vesícula , nem úlcera (a vesícula forma
a úlcera) não tem risco de transmitir. Enquanto que no período da vesícula, da
úlcera é 100% de transmissão, devido a viremia ser muito alta.
A cândida é assim, ela ta lá na flora sem fazer nenhum dano. A partir do
momento que agente começa a receber uma estimulação, por exemplo: antibiótico
(que leva a um desequilíbrio de flora). Quando agente usa, a primeira coisa que se
vê é o sapinho ou a queilite angular. O sapinho é uma lesão também a nível de
boca. Uma coisa é a queilite angular e outra é a candidíase pseudomembranosa,
que é o sapinho.
Alguns mecanismos simples podem impedir a proliferação dessa cândida. Por
exemplo: em pacientes que fazem cirurgia abdominal, principalmente em tecidos
ricos em bactérias, bactérias que ali não são patogênicas, mas são em outro
lugar.Por isso eles são submetidos a uma antibioticoterapia muito grande e quando
começa essa terapia ocorre desequilíbrio de flora, e normalmente a candidíase vem
e começa a colonizar. Então não é raro em pacientes que fazem antibioticoterapia,
que usam imunossupressores, apresentarem a candidíase pseudomembranosa. E
um procedimento simples pra evitar é a utilização de bochechos: com a utilização
de água e bicarbonato de sódio. Porque o bicarbonato tem pH elevado, enquanto
que o fungo vive melhor num meio ácido. Quando o pH começa a subir, ocorre um
desfavorecimento do crescimento da cândida.Vou tornar um meio desfavorável e
impedir que a cândida se alastre.
Queilite angular: o tratamento, às vezes, nem é necessário, a cura é espontânea.
Os pacientes só com a higiene bucal, o bochecho de bicarbonato, resolve. Agora se
a lesão persiste por um período maior e vai aumentando, aí chama a atenção.
Porque a cândida pode estar presente em qualquer tecido (exceto no pêlo), como:
candidíase renal, candidíase pulmonar. Pacientes descompensados, principalmente
imunodeprimidos, imunossuprimidos são muito susceptíveis a cândida, por isso que
ela é modelo para infecções oportunistas. Agente pode ter desde a queilite angular,
forma benigna que não traz grandes problemas, até um quadro altamente
complicado.
Atenção: Estudem CÂNDIDA!!!!!!!!
Slides:
1) Lesão a nível labial. Observa-se que a cândida não está no lábio, porque ele tá
ressecado. Já ângulo labial é onde fica a retenção de umidade. E a umidade é um
fator predisponente altíssimo para proliferação de fungos. E existe uma relação
muito grande do parasitismo fúngico com áreas úmidas.
2) Agente ta vendo a região perianal com reação inflamatória e uma hiperemia
intensa... se vc for fazer análise clínica o local de coleta é a periferia da lesão,
porque no meio da lesão os esporos já estão diminuídos devido a eles procurarem
um substrato mais rico, onde ele possa se nutrir e continuar a proliferação.
Pode-se observar também a simetria bilateral que se dá pelo contato.
3) Intertrigo... toda micose de dobra é chamada de intertrigo. Pode ser uma dobra
axilar,mamária,uma dobra numa criancinha gordinha, essas crianças tem de fazer
um enxugamento dos espaços da pele, porque nas dobras ocorre retenção de água
e a umidade pode favorecer a proliferação da cândida.
Welton pergunta: Quando se usa um corticóide, a infecção vai melhorar
primeiramente mas depois reaparece. Porque.
Prof.: Agente falou que as lesões cutâneas têm caráter inflamatório e os corticóides
são drogas antiinflamatórias (suprimem a resposta imune), então eles diminuem a
sintomatologia, mas diminuem também a resposta local, daí o fungo se dissemina.
Se vc usar só o corticóide a lesão vai se disseminar. E é por isso que você tem de
usar o corticóide mais uma droga antifúngica.
E lembrando que com essa disseminação por uso de corticóide, você coça mais e
corre o risco de uma infecção secundária, porque a partir do momento que você
coça, vc tá ferindo aquele tecido, e quando vc feri, o Staphilococcus pode povoar
ali e causar uma ______(foi mal).
Por exemplo: quem tem animal é muito comum agente ver micoses pelo
Microsporum, que é um dos agentes etiológicos dos dermatófitos (relembrando:
Agentes etiológicos dos dermatófitos: Trichophyton, Microsporum e
Epidermophyton).
(Voltando ao corticóide)...O corticóide deve ser usado sempre com muito cuidado
porque ele é um imunossupressor.É preciso diferenciar a micose do processo
alérgico, pra não usar só o corticóide e deixar que ela dissemine. E é por isso que
eu gosto do shampoo, porque você tanto trata o couro cabeludo como a pele toda.
4) O que será isso. Alguém responde- dermatófito
Prof.: Impinge. Um caráter marcante é a proliferação das lesões, e isso é
exatamente pelo caráter de contágio dos dermatófitos. Sempre quem tem
dermatoftose nunca tem uma única lesão, porque coça e você vai levando os
esporos de um ponto a outro.
Aí você pode usar solução de iodo para infecções cutâneas, mas para isso vc tem
de saber das contra-indicações, como se o paciente tiver problema de tireóide, etc.
5) Frieira, popularmente chamado de pé de atleta. Também é uma
dermatoftose.Observem a lesão característica: seca e de descamação intensa.
Pode-se observar que todos os espaços interdigitais do paciente estão
comprometidos.
Os dermatófitos são normalmente fungos que dão em solos,em pêlos...
(Recomenda a não utilização de meias sintéticas porque elas retêm a umidade e
quem tem predisposição a pé de atleta tem de fazer o enxugamento dos espaços
interdigitais ,após o banho, e colocar o talco).
6) Intertrigo inguinal que é muito comum em pessoas que fazem academias. E
nesse caso deve-se colocar corticóide e a droga antifúngica. Observa-se, além do
caráter inflamatório, a simetria bilateral e lesões bem delimitadas.
7)Lesão por cândida. Normalmente as lesões por cândida doem mais. No caso de
lesão de unha por dermatófito não dói e quando começa a doer é cândida.
Onicomicose
Toda micose localizada nas unhas. Essas onicomicoses podem ser de 2 tipos:
 quando o comprometimento é só da placa ungueal, ou seja somente da
unha ou
 quando ela é da placa ungueal + da região peri-ungueal (região onde ficam
as cutículas).
Então é o que agente chama de oníquia e paraoníquia respectivamente.
A cândida dá em oníquia e também em paraoníquia.
Quando o crescimento do fungo se inicia distal, pelos bordos da unha, é
dermatófito. Já quando se inicia na parte proximal,normalmente, é cândida
Outra característica da oníqua por dermatófito é que ele leva a um
escurecimento e um desgaste da unha.
Já na cândida (que tem caráter inflamatório marcante) a área tem hiperemia e
dói, edema na região periungueal.
Para tratar a unha: a primeira coisa é o corte, porque a unha começa a ficar
fofa. Então vai cortando, tira a massa que fica por baixo (que é o crescimento
do fungo), lixa e aplica a solução. Esmalte estético nem pensar, porque ele
dificulta a absorção do medicamento.
Não é raro comprometimento de unha devido a dermatófitos a nível de membro
inferior em diabéticos.
7)
1.Bordo livre: se eu estou diante de um bordo livre, eu tô diante de uma
oníquia, porque aí eu não tenho comprometimento periungueal. Nesse caso eu
tenho a presença da cândida ou dos dermatófitos.Já foi falado que os
dermatófitos são fungos filamentosos e a cândida,uma levedura. Para o fungo
filamentoso, eu encontro hifas claras ramificadas, septadas ou artrosporadas.
Já nas leveduras, eu observo pseudomicetos, clavidosporos (não sei se tá
certo), células brotantes(tbm não sei).
Na transparência:
 desprendido(onicólise)-candidíase:células leveduriformes com
pesudohifas.
2. Bordo periungueal
Nesse caso só vai haver o comprometimento por cândida. Se a cândida é uma
levedura, conseqüentemente eu vou ter estruturas de leveduras.
Pergunta: Se for dermatofito ou cândida, pode-se usar cetoconazol
Resposta: Pode. Mas melhor droga no caso de unha é o ______ ou a solução de
iodo( no dermatófito) e na cândida, cetoconazol.
...quando há uma reação inflamatória e o paciente se queixa de dor é a cândida, e
quando o paciente não se queixa de dor e vc observar que a prega ungueal foi
destruída, unha esfarelada, destruída, é dermatófito. E há também uma espécie de
dermatófito que dá uma coloração escura.
FIM!!!
AULA GRAVADA Data: 20.04.06
Matéria: Micro Aula: 16
Prof: Cleide
Transcritora: Thaís
Asusnto: micoses
...você pode observar que na cândida não ocorre destruição da unha. A unha
vai ficando fofa e cai, mas sem ter nenhum tipo de destruição da unha, aí a gente
sabe que é cândida. A característica de dor é fundamental para confirmar Candida
albicans.
Vamos ver agora a Ptiríase versicolor. Qual é o principal agente etiológico
da ptiríase? Malassezia. A gente já falou da Malassezia furfur. No caso, nós
tínhamos acúmulo de células de leveduras em cachos, e filamentos curtos. Eles são
pequenos e são meio grossos. É muito característico de malassezia. Então o que é
que a gente faz pra diagnosticar o pano branco? É um exame super simples. Por
quê? Eu falei pra vocês que o fungo é lipofílico. Então o meio que a gente usa pra
isolar o fungo é um meio que não é rico em ác. Graxos. Eu tenho que adicionar a
esse meio ac. Graxos, e o fungo demora muito a crescer, então o melhor exame
pra determinar o pano branco é a raspagem das escamas epidérmicas onde está a
lesão. Vocês pegam uma fita adesiva, colam e põem na lâmina uma gotinha de azul
de metileno. Leva ao microscópio. Aí vocês vão ver, se for o microsporum, só célula
de levedura, ou se for a malassezia furfur, vai ver as leveduras e as hifas.
Tinha nigra. Ela está no grupo miscelânea. Possui hifas escuras, septadas
com formações gemulantes. Por quê gemulantes? Porque essa divisão, gemulação,
é característica das leveduras.
Dermatofitoses. Hifas claras, ramificadas, septadas ou artrosporadas. Pq
eu num botei nada aí de levedura? Pq dermatófito é um fungo basicamente o quê?
Filamentoso. NÃO existe a presença de células de leveduras.
Candidíase. Células leveduriformes. Quais são essas células? Os
blastosporos ou células brotantes ou gemulasntes, e as pseudohifas.
Heritrasma. Bacilos corinerformas. Eu pus aqui só pra chamar a atenção de
vcs de que outros agentes como bactéria podem causar lesão a nível de unha.
Obs) agora ela explica algo sobre alopécia, queda de cabelo e um tal de
Kerion celsion. Num dá pra entender nada, pq RANIERI fica falando BEM ALTO no
meio da gravação, aí já viu, né?! Se alguém souber o sentido disso, por favor,
compartilhe! Ainda dar pra ouvir que é uma dermatomicose causada por
dermatófito. A alopecia é temporária.
Fim!!!!
Aula Micro 17
Assunto: Micoses Subcutâneas
Data: 27/04/06
Profa: Cleide Miranda
Zito copyrights 2006 ® all rights shared with 117
Falamos das micoses oportunistas que podem ser aquelas micoses
estritamente superficial, micoses cutâneas, ou mais profundas, micoses
subcutâneas, isso vai depender da fragilidade do hospedeiro. Nas micoses
subcutâneas, uma das principais características é que a via principal de transmissão
é a inoculação, ocorre, então, um traumatismo no local para que haja uma
eficiente ação da espécie que determina a lesão. Entre as micoses subcutâneas nós
temos as zigomicoses causadas pelos zigomicetos, a principal característica desses
fungos é que são fungos cenocíticos, ou seja, que possuem as hifas contínuas,
consequentemente eles são fungos filamentosos por produzirem hifas.
Existe uma exceção, um fungo levedura que apresenta em determinados
momentos forma filamentosa septada quando ele está exercendo uma ação
parasitaria: a cândida (candida albicans). É muito comum por exemplo, quando se
faz uma citologia vaginal encontrar resultados positivos para cândida, ela formando
pseudomicélios e até micélios verdadeiros. O objetivo de uma citologia é observar
alterações a nível celular, observando possíveis neoplasias benignas ou malignas e
observar o tipo de flora vaginal. A cândida faz parte da flora original na vagina, mas
a paciente pode se encontrar num estado de desequilíbrio ( uso de corticóides,
utilização de esteróides ou hormônios por reposição hormonal, no primeiro
trimestre de gravidez, antibioticoterapia, ____________ ), e apresentar um
achado esbranquiçado na coleta devido à proliferação excessiva do fungo.
Dentro das zigomicoses, grupo cenocítico, o principal grupo determinante
das micoses humanas de forma mais agressiva são: os Mucorales. Dentro dos
mucorales há gêneros importantíssimos o Rhizopus, o Mucor e o Absidia que
determinam lesões graves no paciente. As micoses subcutâneas, elas acometem os
tecidos mais profundos da epiderme, mas podem adquirir um caráter sistêmico
dependendo do paciente e se expandirem para outros lugares do corpo. Isso ocorre
através de duas vias: a via linfática e a via sangüínea. No caso de zigomicetos a
principal via de disseminação é a via sangüínea.
Os mucorales ( Rhysopus, Mucor, Absidia ) eles tem um grande tropismo
pelo sistema nervoso central. Os entomorforales também causam lesões no
homem, mas o que agente vê mais na prática são as zigomicoses principalmente
quando o paciente é diabético. Quando se tem um paciente com diabetes, temos
que dar maior atenção a ele principalmente quando ele é oriundo da zona rural, que
trabalha no sol. Geralmente devido às condições do sistema público de saúde, nas
emergências não se faz uma boa anamnese, não se observa bem o corpo da
pessoa, pede-se muito exame, sobrecarrega-se o laboratório podendo apresentar
um diagnostico preciso sem prescrever muitos exames.
As lesões causadas pelos mucorales aparecem superficialmente, nas partes
descobertas, podendo evoluir pra uma doença sistêmica através do linfa ou do
sangue. No caso específico do diabético, as zigomicoses elas evoluem para o
sistema nervoso central e dá um quadro altamente grave de zigomicose rinocerebral. Essa doença geralmente é diagnosticada geralmente pós-morte, pois é um
quadro fulminante, não dá tempo de se identificar e tratar o paciente revertendo o
quadro. Uma das grandes complicações dos diabéticos é o problema da
vascularização, o risco de necrose é muito grande devido a circulação deficiente
geralmente nos membros inferiores, fazendo com que um foco inflamatório não
seja bem combatido, as células mediadoras da inflamação não alcançam o local do
foco inflamatório podendo assim ocorrer complicações que fulminam numa necrose
de membros inferiores.
* a profa. fala que agente deve estudar bem o quadro de zigomicoses pois ela disse
que iria cobrar devido a sua importância.
A esporotricose ela é caracterizada por disseminação por via linfática. Essa
doença também é chamada de doença linfocutânea. Existe uma característica muito
peculiar do agente etiológico da esporotricose Sporothrix schenckii , quando ele
atinge um vaso linfático ele começa a formar úlceras em cadeia, que é a formação
de ulceras durante e ao longo de todo trajeto do microorganismo nos vasos
linfáticos. Quando se dissemina pela circulação linfática, nota-se, então, o trajeto
do vaso infectado. Outra característica é a hipertrofia do baço.
A criptosporidiose é outra infecção por fungos, sua localização é mais a nível
nasal e ocular. A principal característica dessa infecção é levar a formação de lesões
pediculares, ou seja, é como se fossem pólipos, eles são enraizados no tecido,
principalmente no tecido nasal, eles vão crescendo e muitas vezes obstruem toda
fossa nasal dificultando a respiração. Na maioria dos casos dessas lesões
subcutâneas deve-se fazer a retirada da mesma cirurgicamente, além do
tratamento sistêmico. A lesão é como se fosse um pólipo que vai crescendo
pedunculada, pois não é uma lesão solta, os fungos eles se enraízam de tal forma
que permitem que vasos e células do sistema nervoso central penetrem na lesão,
por isso elas são altamente doloridas.
A doença de Jorge Lobo é a forma menos agressiva das micoses
subcutâneas, só existe um caso na literatura onde ocorreu uma disseminação
sistêmica, foi na Europa. Aqui no Brasil agente encontra mais casos no norte ,
principalmente no Amazonas e Acre. Lacazia loboi é o agente etiológico da doença
(ela falou outro nome para o agente etiológico, mas todos os trabalhos apresentam
esse nome Lacazia loboi para o agente etiológico)
* Jorge Lobo foi professor dermatologista da UFPE e morreu em 1976.
A característica da doença de Jorge Lobo são placas queloideformes e/ou
ulcerativas, forma-se aquele tecido cicatricial fibrosado. Clinicamente é fácil de
diagnosticar essa doença, porém, nunca se conseguiu isolar o agente etiológico,
não temos como diagnosticar imunologicamente a doença devido também a sua
baixa virulência, um antígeno incompleto. Somente podemos diagnosticar essa
doença através da clínica e do histopatológico.
A feohifomicose e a cromomicose são doenças produzidas por fungos
chamados de demáceos ou dematiáceos. A característica principal desse fungo é
que eles possuem na sua parede celular melanina, e isso facilita muito o
diagnostico, porque esses fungos apresentam uma coloração escura (fungos
negros).
Os micetomas podem ser causados por bactérias ou fungos, a destruição
tecidual é muito grande nesses micetomas, levando a amputação de membros.
Existem os micetomas eumicóticos, que são realmente os causados por fungos, e
os micetomas actínicos, causados pelos actinomicetos, que são bactérias
filamentosas. Eumicetomas são causados por diversas espécies de fungos, seja ele
hialino ou _________ . A profa fala que no caso de uma elefantíase pode ocorrer
uma infecção secundária que seria a cromomicose ( as lesões tem aspecto de
couve-flor, granulomas escuros na superfície ).
Cabou-se...
Aula de Microbiologia N°18
Data:27/04/06
Prof: Cleide Miranda
Assunto:Micose Subcutânea e Sistêmica
Transcrita por Adriana Zenaide
Quando a gente fala de micose subcutânea, a gente fala de tecido
subcutâneo.Entâo a gente vê uma lesão a nível cutâneo,só que mais profundo.
Projeção de slides....
(Algo relacionado à região amazônica)Essas lesões têm uma evolução
crônica,elas têm uma evoluçâo muito lenta.Esse caso que foi citado na
literatura,que foi um caso que houve disseminação sistêmica levou 47 anos.O
paciente apresentou por 47 anos esse tipo de lesão. A lesão normalmente se inicia
pequena e tem um recuperação lenta e muito vezes indolor e mascarada pelo uso
de medicação inadequada e vai evoluir pra esse quadro crônico.
(outro slide)Aqui a gente vê mais de perto.A gente vê a delimitação da pele.
Mas isso nem sempre ocorre.Na maioria das micoses subcutâneas a gente não
observa isso. A única micose que a gente observa a característica dessa delimitação
é a doença de Jorge Lobo. No restante, a massa do fungo vai crescendo de tal
forma que leva ao aspecto peduncular(?) como no caso da rinosporidiose,ou a
destruição do tecido.
(outro)Um quadro de esporomicose ou doença lipocutânea.Atinge tecidos
mais profundos e disseminar através da via principalmente linfática.A gente vê
úlceras em cadeia.Mas nem sempre isso acontece.Isso é um fato característico,mas
podem existir fatos diferentes.É muito importante a perspicácia de vocês,o exame
clínico mais trabalhado,as informações de procedência do paciente pode já levar a
caminhar em função de um diagnóstico.
(outro)Aqui eu foco mais a característica clínica de Hipertrofia do vaso.
Nas doenças subcutâneas, os tratamentos sempre são sistêmicos. Não
adianta medicação local. Em virtude da infecção secundária, muitas vezes dificulta
o resultado do exame micológico e o tratamento da doença de base.Por exemplo:
no caso de zigomicose,se trata a zigomicose mas tem que equilibrar a diabete e os
níveis glicêmicos do paciente.Se não tratar a doença de base, não vai evoluir
muito.Existe uma relação muito grande entre as doenças de base e alguns tipos de
infecção.
Uma zigomicose pode ser encontrada(?) em pacientes imunologicamente
competentes e fisiologicamente estáveis.Mas num pacientes em que há quebra da
homeostasia,ela pode se desenvolver e ganhar o sistema nervoso central e ser
fatal,levando a morte do paciente.
Pergunta.....
R:é uma lesão do tipo peduncular, como se fosse um poro.Não é um poro
mas como ele tá aderido ao tecido e enraizou.
Acho que falando de uma figura que mostrava o nariz de um paciente......e
respondendo a perguntas...
R:A cirurgia nesse grau de lesão é necessária porque ele obstrui todo o
conduto nasal do paciente.Então se faz a extração da lesão e concomitantemente
se faz a droga anti-fúngica sistêmica.A lesão tem vaso sanguíneo e tem célula
nervosa, o que indica que ela é altamente dolorida e sangra. Isso é um sinal clínico
muito importante.
Por exemplo: Na lesão vegetativa da cromomicose, há queixa de dor, em
virtude da presença de célula nervosa e também há presença do sangramento.
Normalmente esses crescimentos são lentos,exceto a zigomicose
rinocrerebral.Quando ela atinge o SNC, resta pouco tempo para evitar o óbito do
paciente.Por isso que é importante tratar precocimente.
Se se sabe que o paciente é diabético, se faz-se o diagnóstico de uma
zigomicose cutânea, já começa o tratamento e encaminha para um médico
endócrino.Para que a doença de base, que é a diabete, fique estável.Daí a
importância de conhecer a doença de base do paciente, e assim ele vai evoluir em
normal prognóstico.
barulhooooooo........
Ela orienta para a prova, dizendo que se pedir etiologia,quer o agente
etiológico, e não a infecção!!!Não Esqueçam!!!!!!!!!
MICOSES SISTÊMICAS
A gente já viu a intercorrência da temperatura em fungos zigófilos.A
temperatura é um fator altamente importante nas micoses sistêmicas porque 4 dos
agentes etiológicos,exceto o Cryptococcus neoformans,são fungos zigófilos.O
Cryptococcus neoformans é do tipo levedura.
A principal característica de transmissão é a inalação.Então, em termos de
inalação,a gente vai inalar o que está em suspensão na temperatura ambiente. E o
que está em suspensão na temperatura ambiente é a forma filamentosa. Já em
termos de patogenicidade, a forma que vai atuar é a leveduriforme. Tanto que na
paracoccidioidomicose ocorre um fator extremamente interessante:os pólipos
impedem que a forma filamentosa passe para leveduriforme.Quando o homem se
infecta com a forma filamentosa,e essa forma chega no tecido,ela vai ter
característica de levedura.E aí, essa levedura é quem vai advir no
tecido,inicialmente, pulmonar. Nas mulheres, a presença do estrógeno vai fazer
com que a incidência de mulheres na fase reprodutiva infectadas seja
baixíssima.Enquanto que os homens são mais suscetíveis. Então na
paracoccidioidomicose, existe essa relevância que é altamente importante.Mulheres
na fase reprodutiva praticamente na apresentam paracoccidioidomicose. O
estrógeno vai impedir que a forma filamentosa forme as estruturas
leveduriformes,que desencadeariam a patogenicidade.
Outro fator importante das micoses sistêmicas são os focos primários, que
normalmente são os pulmões. Se o mecanismo de transmissão é a
inalação,automaticamente o tecido choque será o dos pulmões.Normalmente as
lesões se assemelham a quadros de pneumonia difusa.O paciente chama atenção
para avaliações mais detalhadas. A gente vê hoje que o número de tuberculose
cresceu muito, e há uma utilização da segunda dose da BCG e ainda assim
disseminação.Quando esses casos não são elucidados, deve-se investigar a parte
fúngica,principalmente em pacientes imunosuprimido ou imunodeprimido.
Qual a diferença?
Imunosupressão - normalmente temporária.Por exemplo, quando se está
fazendo o uso de corticóide, ele é um imunosupressor, e durante o uso vai haver
diminuição da resposta imunológica.Mas a partir do momento que se retira a droga,
o paciente volta a responder imunologicamente normal.
Imunodeficiência - não é reversível. O HIV provoca as imunodeficiências
primárias, de base, imunodeficiências seletivas.
Então esses fatores são importantes quando se vai avaliar a incidência,
proliferação e a gravidade da infecção fúngica.
Há também uma relação muito grande com alguns tipos de animais:Ex:aves
*para a histoplasmose- morcegos.
*para a criptococose - pombos.
A criação de pássaros em apartamentos não é aconselhável, porque nas
fezes pode haver esporos do cryptococcus ou do histoplasma e haver disseminação.
No caso da criptococose, a lesão mais comum é a nível pulmonar.Depois
dela, a mais comum é a nível do SNC,determinando quadros de meningites.
Os fungos, que são agentes etiológicos de micoses profundas, podem
determinar as meningites fúngicas. Uma das espécies é o cryptoccus.E a outra é o
coccidioides immites,que é o agente etiológico da coccidioidomicose. Para nossa
região, é mais importante o cryptococcus neoformans.O coccidioides immites tem
dificuldade se se proliferar na nossa região.Existe uma incidência alta na América
do Norte, e a coccidioidomicose sendo agente de doenças oportunistas gravíssimas
em pacientes aidéticos americanos.Já aqui a relação é tão grande da criptococose
com a AIDS que geralmente o paciente que chega apresentando a infecção fúngica,
manda-se fazer o HIV. Há uma relação de oportunismo do cryptococcus, o que leva
a sugerir a instalção de uma doença de base.
As principais infecções oportunistas aidéticas são a Candida,a aspergilose e a
criptococose.
Essas infecções são de fácil diagnóstico, através do exame
micológico:exame direto e cultura. No caso da criptococose e também da ptiríase,
pode-se dar o diagnóstico somente pelo exame direto. Se coleta do paciente o
LCR,centrifuga, usa um corante (tinta da China), faz um esfregaço e se observa
estruturas capsuladas que não absorvem o corante. Esse teste é muito solicitado.
A criptococose pode ser localizada ou pode tomar caráter disseminada,
acometendo uma série de tecidos.
*Mostra uma foto com disseminação maciça de cryptococcus.
Aula Gravada – Micro 19
Assunto: Micose subcutânea e sistêmica
Prof.: Cleide
Data: 27/04/06
Transcrita por: Ana Maria
Tipos de Criptococose:
Pulmonar
Disseminada
 No SNC (apresenta-se como a forma meníngea, sendo esta a forma mais
comum de se apresentar)
 Na pele
 Nos ossos
 No trato genito-urinário
 No fígado
 No baço
 Nas adrenais
 Nos nodos linfáticos
A gente pode observar q há uma agressão muito grande do fungo em ralação a
órgãos vitais, e o comprometimento, quando não é tratado a tempo, leva ao óbito
do paciente. Quando a gente ta trabalhando com fungos, 2 fatores são muito
importantes: o tempo q vc iniciou a administração do antifúngico e a resposta do
hospedeiro, além de vc saber administrar o antifúngico ideal p cada agente
etiológico.
Daqueles fungos q são agentes de micoses profundas, o q tem uma virulência mais
alta é Coccidiodes immites (é encontrado normalmente na América do Norte) e ele
também é um dos agentes q causam a meningite, só q aqui quem vai causar a
meningite é o Cryptococcus neoformans.
Ela mostra fotos:
Aí é um caso de dactalites, onde vc vê a destruição não só de cartilagens, mas
também óssea do paciente causada pelo agente etiológico Coccidiodes immites.
Essa dactalite seria um sinal de Coccidiodes immites , vc pode ver a deformação q
causou. E agora é p vcs terem uma idéia do fungo: o fungo cresce de uma esférula,
e dentro dessa esférula vc encontra vários fungos sendo estes chamados de
endósporos. Essa esférula é bem característica do diagnóstico do Coccidiodes
immites.
Os fungos também determinam lesões a nível ocular. Vcs já viram no caso da
zigomicose rinocerebral e agora estão vendo no caso da histoplasmose a nível
palpebral (a histoplasmose é aquela q a gente chama também de doença das
cavernas). Uma das principais características do Histoplasma capsulatum , q é o
agente etiológico, é q ele tem um poder de virulência tão grande q mesmo depois
de ser fagocitado pelos macrófagos ele consegue se multiplicar no interior da célula
fagocítica, muitas vezes o macrófago tem uma quantidade tão grande de
histoplasma q acaba rompendo e jogando-os na circulação e, assim, eles vão
acabar infectando outros macrófagos. Então o mecanismo de fagocitose não
funciona bem no caso da histoplasmose, e por isso ela também é chamada de
doença reticulo endotelial. As principais características da histoplasmose são:
 Distribuição vasta (endêmica principalmente nas Américas)
 Ambientes úmidos
 Presença em excrementos de pombos e morcegos,principalmente.
Vcs acabaram de ver uma lesão palpebral, e agora tem uma lesão (???) então veja
com a micose profunda mascara. A gente relaciona a micose profunda com
inalação, e inalação com o pulmão, ai vc poderia pensar inicialmente numa micose
subcutânea quando na verdade ela já ta atuando a nível sistêmico.
Fim !!!
Aula Gravada – Micro 20
Aula Prática
Prof.: Cleide
Data: 28/04/06
Transcrita por: Ana Maria
Nessa prática vamos mostrar a vcs os aspectos macro e microscópicos dos fungos.
No aspecto macro a gente vai observar e diferenciar os cultivos de levedura e o de
fungo filamentoso. Na 1ª aula teórica a gente falou de morfologia e de como se
apresentava uma cultura de levedura e como se apresentava uma cultura de fungo
filamentoso. O aspecto q uma cultura de levedura apresenta em uma cultura é o
cremoso, já quando a gente fala de bolor é filamentoso (às vezes lembrando um
algodão). O tipo de micélio q o filamentoso apresenta é o aéreo, enquanto a
levedura não possui micélio e, sim, possui pseudomicélio. Por exemplo, no
Aspergilus vc vê toda a parte superficial da placa tomada pelo fungo, isso
caracteriza muito o crescimento de micélio aéreo. Enquanto q o micélio vegetativo
q é aquele onde as estruturas de nutrição e sustentação do fungo se localizam está
aderido ao substrato, seja este substrato um tecido humano, animal, vegetal ou no
caso um meio de cultivo.
Vcs vão solicitar dos pacientes a coleta de material, e para isso alguns pontos são
importantes, como:

A higiene corporal (pq muitas vezes associado à infecção fúngica a gente
observa a presença de infecção bacteriana e isso pode inibir o crescimento
do fungo tornando mais difícil o diagnostico laboratorial)
 Suspensão dos medicamentos (uma medicação q o paciente passe no local
da infecção pode mascarar ou inibir, levando a um resultado de cultura
negativo onde na realidade existe parasitismo fúngico)
Então vc deve orientar seu paciente a fazer a higiene corporal e suspender o uso de
remédios quando for fazer a coleta do material p diagnostico laboratorial.
O 1º passo é a obtenção da amostra, esse passo é essencial p o diagnostico. Devese colher a amostra em quantidade suficiente do local mais representativo (sito
ativo da lesão) q no caso das micoses superficiais e cutâneas seriam os bordos da
lesão por causa do tipo de crescimento fúngico q é centrifugo. Colhe-se essa
amostra p q nós possamos fazer 2 tipos de exames no diagnostico micológico: o
exame direto e o cultivo. Em algumas micoses a gente só faz o exame direto, os
exs. q eu dei p vcs foram a pitiríase (pela dificuldade de isolar o fungo) e a
criptococose (pela gravidade da doença), sendo assim nesses casos não há a
necessidade de vc fazer a cultura e esperar esse cultivo p fazer o tratamento.
A metodologia p o diagnostico no caso de amostras de pele, pêlo e unha (os tipos
de micose envolvida nesse caso serão as estritamente superficiais e as cutâneas)
deve-se proceder ao exame microscópico direto e também ao cultivo. Isso é
aplicado também p os outros tipos de infecções, sempre no diagnostico micológico
a gente faz os dois exames. Nas subcutâneas normalmente o diagnostico requer
uma biópsia local pelo comprometimento do tecido.
Os fungos q causam micoses cutâneas também podem ter um caráter inflamatório.
Lembrando q as principais características das lesões são: seca e descamativa
(mais comum),depois as características podem ser inflamatórias ou bolhosas. No
caso de características inflamatórias pode-se utilizar também o swab p se fazer a
coleta da secreção, por ex. na cândida periungueal.
O meio usual p o isolamento de fungos é o meio de Sabouraud, principalmente p os
fungos chamados de agentes etiológicos das micoses estritamente superficiais e
cutâneas. Esse meio é à base de peptona, dextrose e ágar, e é um meio semisólido (estando mais p sólido do q p gelatinoso). A esse meio, normalmente, a
gente adiciona antibiótico (clorofenicol) isso visa evitar o crescimento de bactérias,
pq se a bactéria cresce muito ela pode inibir o crescimento fúngico.
Relembrando o q já foi visto nas aulas...
-Micoses estritamente superficiais atuam:
1º - pele
 Lesões hipo ou hipercrômicas  Pitiriase versicolor, o agente etiologico é
Malassezia sp (fungos lipofílicos q têm tropismo por tecidos engordurados)
 Mancha escura palmoplantar  Tinha negra, o agente etiológico é
Phaeoannellomyces werneckii
2º - pêlo (concreções endurecidas)
 Concreções claras  Piedra branca, o agente etiológico é Trichosparon
brigelli
 Concreções escuras  Piedra preta, o agente etiológico é Piedraia hortae
(aqui o fungo não tem tropismo por região)
-Diagnostico laboratorial de micoses superficiais e cutâneas:
Material clínico (pele, pêlo e unha)
 Exame microscópico direto onde se usa KOH + tinta
 Cultura 25°C ágar Sabouraud  bolor técnica de esgarçamento e/ou cultivo
 levedura (cor creme) tubo germinativo
A cândida forma um esporo de resistência (Clamidocomídeo q é um esporo comum
aos fungos filamentosos e as leveduras). Quando há a necessidade de fazer a
diferenciação de espécies de leveduras nós fazemos os testes bioquímicos
chamados:
 Auxanograma  teste de assimilação
 Zimograma  teste de fermentação de açúcares
Na maioria das vezes não é necessário solicitar esses exames, exceto em casos
especiais como o grupo de cândidas q são resistentes ao fuconazoli. Cada espécie
vai ser classificada de acordo com a assimilação e a fermentação dos açucares.
-Principais características macromorfológicas:
 Textura: cremosa, serosa, mucóide,algodonosa
 Aspecto: brilhante, opaco, seco, úmido
 Topografia: plana, convexa, pregueada
 Superfície: plana, fissurada, rugosa
 Bordos: regulares, irregulares, radiadas
 Cor (verso e reverso): branca, preta, verde, vermelha, laranja
 Tempo de crescimento
 Pigmento: presença ou ausência, cor do pigmento, difuso ou restrito a
colônia.
FIM!!!!!!!!!
Ta aí povo, espero que seja útil!!! Bons estudos!!!!!!
Bjinhos, Aninha
Aula Gravada de Microbiologia 21
Assunto: Micoses Oportunistas
Data: 28/04/06
Transcritor: André Aquino
M3/117
As micoses oportunistas, como o próprio nome diz, pode ser qualquer tipo
de micose numa unha, na pele, num tecido visceral, no fígado, num rim, seja pior
que for, com uma característica principal de desequilíbrio do hospedeiro. Quando o
paciente está em desequilíbrio, o paciente tem distúrbio metabólico, distúrbio
hormonal, distúrbio fisiológico, como no caso da puberdade, da gravidez.
Então as micoses oportunistas que eu quero que vocês leiam são as
candidíases e a aspergilose. Essas outras aqui já estão dentro dos assuntos que
nós já vimos anteriormente, que são as dermatofitoses, zigomitoses,
esporotricoses, histoplasmoses, criptococoses.
... (a fita recomeçou e a fala da professora está cortada; acho que ela está
falando da aspergilose e da candidíase) a etiologia se pode apontar uma DST.
Agora, se eu perguntar sobre uma meningite (não tenho certeza se foi meningite)
fúngica e pedir uma etiologia, aí eu quero (???)... porque outras espécies de (???)
não são patógenas.
Ontem eu comecei a falar que havia fatores extrínsecos, fatores
externamente ou diretamente relacionados ao hospedeiro; que interferiam na
predisposição das micoses. Dentro desses fatores o mais importante é a umidade.
Por exemplo, quando eu falei do pé de atleta, da frieira... o ambiente de sapato
fechado, meia sintética que favorece a disseminação do fungo e a instalação da
infecção devido à sudorese. Então (??? Acho que se refere à predisposição, às
causas)... principalmente por deficiência de vitaminas A e B e os esportes. Os
esportes estão relacionados com a sudorese e também com a água, como a
natação. (ela começa a falar da necessidade de se fazer exame médico para se
entrar em piscinas de clubes).
Os fatores intrínsecos, diretamente relacionados ao hospedeiro (foi
exatamente que ela falou)... nós temos todos aqueles fatores que a gente viu
durante as aulas.
(a partir de agora, por um bom tempo, ela fala do que predispõe a
infecções)
A pele constitui uma resposta imunológica inata, uma barreira natural. Na
pele existem os pelos, o pH, uma flora comensal, a produção de ácidos, enfim, uma
série de fatores que impedem a infecção naquele local. Quando ocorre a quebra da
integridade, ocorre a exposição, conseqüentemente o paciente que está mais
suscetível a adquirir infecções. Então no caso, por exemplo, das espergiloses
cutâneas, vocês vão observar, principalmente em hospitais de áreas rurais, em
pessoas que não têm um acompanhamento adequado, em pacientes queimados de
grande proparção, muitas vezes, o crescimento de Aspergillus niger, a colônia de
Aspergillus niger bem pretinha. Então na lesão de queimado ocorre a colonização
pelo Aspergillus. Então isso aí tem um caráter altamente oportunista, porque o
Aspergillus não tem caráter patogênico. Exceto quando ele encontra algum tecido
viável, algum tecido danificado, algum mecanismo de imuno supressão, que deixe
que ele (o Aspergillus) se propague.
Além disso, a gente falou dos antibióticos. Qual é a relação dos antibióticos e
a instalação de infecção? Desequilíbrio da flora. O antibiótico vai extinguir a
bactéria alvo, mas ele também vai destruir as bactérias que são sensíveis àquela
droga e a flora comensal.
A utilização de imunossupressores, no caso os corticóides, utilizados
amplamente como drogas anti-inflamatórias... eu falei também de (???), que é
chamado FK-500 (???), que é uma droga imunossupressora altamente potente,
utilizada principalmente em transplantes de órgãos, como fígado e rim. Então essa
dose maciça de imunossupressor faz com que o paciente seja muito mais suscetível
às infecções fúngicas.
A utilização de anticoncepcional... estrógeno. Quando ocorre a presença do
estrógeno, a mulher fica muito mais vulnerável às infecções pela cândida. Então a
gente vai ver candidíase vaginal na menarca, na adolescente, na pós-menopausa.
(respondendo a uma pergunta) Quando esses fatores são retirados, eles vão
impedir que ocorra a infecção. Então é muito importante que quando você iniciar
um tratamento com a droga antifúngica, você também faça a correção do fator
tóxico.
(a professora quebra o raciocínio e volta falando de doenças crônicas) As
enfermidades crônicas alteram a integridade do tecido. Então o tecido pulmonar
comprometido está sofrendo um dano tecidual; conseqüentemente está mais
exposto a algumas infecções fúngicas, Aspergillus, principalmente.
As mal-funções fisiológicas, que a gente já falou, puberdade, gravidez; as
patológicas, AIDS... a gente falou do SAPINHO em recém-nascido (o que parece
que a professora estava querendo dizer com esses exemplos era que, nesses casos,
havia uma flora, uma constituição tecidual inadequada).
Olha, minha gente, eu quero que prestem atenção nisso! Muitas vezes, o
pessoal sai das atividades com a idéia de que toda candidíase é causada pela
albicans. Uma grande maioria é; deve está em torno de 65% atualmente; é
importante a albicans. Mas a gente tem outras espécies de cândida que também
são patogênicas: tropicalis, glabrata e krusei. Elas também podem levar a
infecções.
Aqui estamos vendo um quadro de uma micose causada por cândida com
um caráter oportunista importante, o que se chama de candidíase muco cutânea
(não tenho certeza se é MUCO). E a grande diferença para as outras candidíases é
a formação de granulomas. (está uma confusão danada, porque Thaís está muito
satisfeita por entender qual era a região a que a professora estava se referindo e
está conversando com alguém perto do gravador, enquanto a professora está
falando lááááá no além). Aí, gente, começamos a ver que todos os casos aí são de
pacientes aidéticos.
Como é que a gente classifica as candidíases bucais?
 Pseudomembranosas, o popular sapinho;




Queilite Angular, a popular boqueira;
Hiperplásica Crônica
Atrófica Aguda
Língua Negra Pilosa, principalmente no dorso da língua
Então a gente vê, principalmente, na hiperplásica, em que há uma
semelhança com alguns carcinomas ou até um melanoma. O que vai diferenciar é a
coloração: no melanoma, você observa uma cor mais escura; na cândida, a
coloração é mais avermelhada, a característica inflamatória da cândida.
Aqui é outra coisa que eu quero mostrar para vocês; o aspecto da
colonização da cândida. Naquele paciente anterior, a gente viu a colonização
isolada; aqui você já tem um aspecto mais floral. Vê-se uma candidíase
orofaringeana: há um comprometimento da mucosa oral e também da mucosa
faringeana.
Agora eu quero chamar a atenção de vocês para os fatores que são prédisponentes, principalmente nesse caso de neutropenia, que ela vai favorecer a
disseminação via sangüínea e também favorecer os casos de candidíase
granulomatosa crônica, que é uma candidíase muco cutânea crônica. Esse tipo de
candidíase é comum em pacientes que têm deficiência congênita. É importante
observar se essa neutropenia é congênita ou é temporária; ela pode está sendo
induzida por uma medicação, por exemplo.
(continua com esses fatores pré-disponentes das candidíases orais) Lembra
quando eu falei de cândida, que era importante quando as pessoas estavam
fazendo uso de doses maiores de antibióticos, fazendo bochechos com bicarbonatos
de sódio? Porque a cândida vive melhor em meio ácido.
Os edemas, a nível da mucosa bucal, as peças dentárias e os corticóides
também pré-disponibilizam a candidíase oral.
Vamos ver agora os tipos de candidíase. Como eu posso achar e onde eu
posso achar uma cândida?
A candidíase muco cutânea, que inclui a oral, a esofagial e a vaginal; as
infecções a nível de unha, que nós chamamos de onicomicose – oníquia e
paroníquia... Qual seria uma candidíase de localização grave? Uma candidíase
pulmonar, uma candidíase renal - esses casos são normalmente de pacientes em
UTI.
(a professora diferencia: PARONÍNQUIA = inflamação na pele que circunda a unha,
que começa a crescer na região distal; ONÍQUIA = proximal, dolorosa).
(ela chama a atenção para o cateter que é pré-disponente na candidíase)
Agora, fatores para candidíase sistêmica. Então a gente tem trato gastro
intestinal, principalmente alterações a nível de mucosa, perfurações e ulcerações a
nível gástrico. Temos também o cateter para aplicação ou de veia central; também
leva a um risco de contaminação para a instalação sistêmica e também o cateter
renal.
Agora aqui, a gente passa para casos de Aspergillus. Como eu já falei para
vocês, o caso mais comum é aquele de paciente queimado. Outro caso de
aspergilose muito comum é a BOLAFÚNGICA (ou algo parecido, segundo
anotações), que a gente vê no raio X aquela mancha clara, como se fosse
realmente uma bola.
O Aspergillus é um fungo filamentoso; ele forma uma quantidade muito
grande de micélio, que vai empurrando o tecido pulmonar. Muito comum em
pacientes com tuberculose. Então se um paciente com tuberculose não está
respondendo ao tratamento, é bom investigar se não há uma infecção por
Aspergillus.
Então a classificação: Aspergillus funigatos; Aspergillus flavus e Aspergillus
niger, aquele bem pretinho.
O Aspergillus flavus pode levar a dois tipos de patologia: infecção, a
aspergilose e pode levar a micotoxilose (foi o mais próximo, segundo anotações).
Qual é a toxina produzida pelo Aspergillus flavus? Aflatoxinas. Agora veja. O
Aspergillus flavus é a principal espécie produtora de aflatoxina, mas não é a única!
(a fita é interrompida e retorna coma professora no meio de uma frase)...
transplantes de órgãos, doenças malignas dermatológicas, como linfomas,
leucemias, transplante de medula óssea, terapia com corticóides, doenças
granulomatosas crônicas e tumores sólidos, na utilização de medicação que altere
os neutrófilos e também na AIDS, que está sujeita a todas as infecções fúngicas
Agora infecções por Aspergillus. Então temos aspergilose por alergia...
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