Microrganismos indicadores Fornecem informações sobre a ocorrência de contaminação de origem fecal; Fornecem informações sobre a presença de patógenos; Fornecem informações sobre a deterioração potencial; Fornecem informações sobre condições sanitárias inadequadas durante o processo, produção ou armazenamento. Critérios que devem ser levados em conta quando se considera um grupo ou microrganismo como sendo indicador Deve ser de rápida detecção; Deve ser facilmente distinguível de outros microrganismos da microbiota do alimento; Não deve estar presente como contaminante natural do alimento, pois assim sua detecção não indicará, necessariamente, a presença da matéria fecal ou dos patógenos; Deve estar presente quando o patógeno associado estiver; Seu número deve correlacionar-se com o do patógeno; Critérios que devem ser levados em conta quando se considera um grupo ou microrganismo como sendo indicador Deve apresentar necessidades de crescimento e velocidade de crescimento semelhantes às do patógeno; Deve ter velocidade de morte que seja ao menos semelhante à do patógeno e, se possível, sobrevivência levemente superior a do patógeno; Deve estar ausente nos alimentos que estão livres do patógeno, ou estar presente em quantidades mínimas; Indicadores escolhidos para representar os de origem fecal Preencher os requisitos anteriores; Ter como habitat exclusivo o trato intestinal do homem e outros animais; Deveria ocorrer em números muito altos nas fezes; Deveria apresentar alta resistência ao ambiente extra-enteral; Deveria haver técnicas rápidas, simples e precisas para a sua detecção e/ou contagem. Coliformes fecais e E.coli Motivo de indicadores de contaminação fecal As bactérias do grupo coliformes são mal definidas taxonomicamente. Dependendo do meio de cultura de incubação, tipo de amostra e critérios para leitura soa resultados, pode-se-ai estar incluído nesse grupo outros microrganismos; Números falsos seriam obtidos ao se verificar apenas a presença de microrganismos fermentadores de lactose, quando a população fosse constituída, na sua maioria, por microrganismos não fermentadores, incluindo-se as Salmonellas lactose-negativas ou outros fermentadores tardios desse açúcar ; Cepas de Salmonella podem ser mais resistentes do que E.coli e outros coliformes a determinados tratamentos aos quais os alimentos são submetidos. Portanto, a ausência destes pode levar a resultados falso-positivos. Alimentos processados Presença de coliformes ou de Enterobacteriaceae indica : Processamento inadequado e/ou recontaminação pós-processamento, sendo as causas mais freqüentes aquelas provenientes da matéria-prima, equipamento sujo ou manipulação sem cuidados de higiene; Proliferação microbiana que poderia permitir a multiplicação de microrganismos patogênicos e toxigênicos Alimentos processados Ausência de coliformes ou de Enterobacteriaceae indica : Resultados negativos obtidos nesses testes significariam, realmente, ausência de enteropatógenos ? A resposta depende de : Do número e do tamanho das amostras examinadas; Da sensibilidade da metodologia empregada; Do número de coliformes, E.coli, Enterobacteriaceae e patógenos presentes. Contagem em placa de bactérias aeróbias mesófilas Motivo de se fazer a contagem A contagem elevada desse grupo de bactérias nos alimentos não perecíveis é indicativa do uso de matéria-prima contaminada ou processamento insatisfatório, sob o ponto de vista sanitário. Em alimentos perecíveis pode indicar abuso durante o armazenamento em relação ao binômio tempo/temperatura; Todas as bactérias patogênicas de origem alimentar são mesófilas. Portanto, uma alta contagem de mesófilos, que crescem à mesma temperatura da do corpo humano, significa que houve condições para que esses patógenos se multiplicassem. Contagem de Bolores e Leveduras Medidas para reduzir suas contagens Boas pr´ticas de higiene levam à redução da carga de esporos; Esses alimentos devem chegar o mais rapidamente possível ao consumidor; O armazenamento de alimentos congelados deve ser a temperaturas inferiores a -12°C; Eliminar ou reduzir o contato com o ar através de embalagens, por exemplo; Adicionar ácidos ou conservantes químicos, como benzoatos ou sorbatos, para retardar o crescimento fúngico; Aquecer o alimento na etapa final do processamento – em sua embalagem final – para destruição de células vegetativas e esporos.