1.2 representação gráfica de uma conta

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ANDREIA LEAL
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
II
Rio de Janeiro-RJ
2013
1
1. CONCEITO DE CONTAS
Conta é o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (Bens, Direitos,
Obrigações e P atrimônio Líquido) e aos elementos de resultado (Despesa e Receita).
Em geral, as operações relacionadas às variações do patrimônio (compras,
vendas, pagamentos e recebimentos) ocasionam aumentos ou diminuições no Ativo,
Passivo e no Patrimônio Líquido. Esses aumentos e diminuições são registrados em
CONTAS.
Ex.: Capital Social, Caixa, Mercadorias, Bancos c/Movirnento, Duplicatas a
Receber, Salários, Juros Ativos etc.
1.1
ELEMENTOS DE UMA CONTA
Os elementos fundamentais (mínimos) de uma conta são:
DATA
TÍTULO - É o nome da conta onde se identifica o elemento que ela representa.
DÉBITO - São registros efetuados na coluna de débito da conta; representa a situação
de divida da conta.
CRÉDITO - São os registros efetuados na coluna de crédito da conta; representa o que
a conta tem a haver.
HISTÓRICO - Relata o fato acontecido em relação ao patrimônio.
SALDO - É a diferença existente entre o débito e crédito de uma conta.
1.2
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA CONTA
Modelo de Conta Completa (RAZÃO)
NOME DA CONTA:
CÓDIGO DA CONTA:
GRUPO A QUE PERTENCE:
EXERCÍCIO DE:
DATA
HISTÓRICO
1.3
CONTRAPARTID
A
DÉBITO
CRÉDITO
D/C
SALDO
$
FUNÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS CONTAS
Função: registrar as operações que ocorrem com o patrimônio.
Exemplos:
Conta ...............Função
Caixa ...............Registrar as operações de recebimentos e pagamentos em
dinheiro.
Capital .............Registrar os valores que constituem o Capital Social registrado
pela entidade.
2
Veículos ..........Registrar as aquisições e baixas de veículos pertencentes à
empresa.
Salários ...........Registrar o valor dos salários pagos a funcionários da empresa.
Funcionamento: é a forma pela qual a conta é movimentada. Relaciona-se com
os registros a débito ou a crédito das contas. As contas são debitadas ou creditadas
conforme o acontecimento que irá registrar.
1.4
CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS
As contas podem ser classificadas em:
Contas Patrimoniais: são as contas que representam os elementos ativos e
passivos (bens, direitos, obrigações e situação líquida-PL) que compõem o complexo
patrimonial.
Contas de Resultado: são as que registram as variações patrimoniais
quantitativas (receitas e despesas) e demonstram o resultado do exercício.
As contas de resultado aparecem durante o Exercício Social, encerrando-se no
final do mesmo. Não fazem parte do Balanço Patrimonial.
1.5
RAZAO
Antigamente, as contas eram registradas nas páginas de um livro chamado
RAZÃO. Hoje, são registradas em folhas ou fichas soltas ou na memória do micro que,
no entanto, em seu conjunto, mantidas em uma caixa, ou arquivo, ou coletadas
continuam com a mesma denominação RAZÃO. Para cada conta deve existir pelo
menos uma ficha do Razão.
Utilizam-se contas separadas para representar cada tipo de elemento do Ativo, do
Passivo e do Patrimônio Líquido. Cada uma dessas contas será distinguida das demais
pela sua denominação. Por exemplo, o dinheiro em mãos será representado pela conta
CAIXA.
Podemos, também, e é o que ocorre na prática, representar diversos elementos de
características semelhantes em uma mesma conta, a qual receberá o nome que melhor
represente os elementos agrupados.
Exemplificando, podemos dizer que:
a) o conjunto formado por cadeiras, mesas, máquinas de escrever, máquinas
de somar etc. poderia ser registrado em uma única conta, que teria por
nome Móveis e Utensílios.
b) o conjunto de pequenas despesas, sem necessidade de discriminação,
receberia o nome de Despesas Diversas ou Despesas Gerais etc.
3
c) diversos valores a receber, sem necessidade de representação isolada
poderiam ser registrados na conta Valores a Receber ou Contas a
Receber etc.
d) diversos valores a pagar, sem necessidade de representação isolada,
poderiam ser registrados na conta Valores a Pagar ou Contas a Pagar
etc.
Para simplificar as ilustrações, explicações e resoluções de problemas,
utilizaremos uma representação gráfica de conta bastante simples, que será denominada
de Conta em T ou Razonete em T ou, simplesmente, Razonete. A forma gráfica, cujo
funcionamento explicaremos mais tarde, é a seguinte:
MODELO DE CONTA EM “T” (RAZONETE)
NOME DA CONTA
Valores Escriturados a débito Valores escriturados a crédito
SALDO DEVEDOR
SALDO CREDOR
Elementos mínimos do Razonete:




Nome (título) da conta;
Débito (valor);
Crédito (valor);
Saldo (valor).
1.6
DÉBITO, CREDITO E SALDO
O lado esquerdo de uma conta é chamado o lado do débito, o lado direito é
chamado o lado do crédito. Um lançamento no lado esquerdo de uma conta é
denominado lançamento a débito ou débito; um lançamento no lado direito de uma
conta é chamado lançamento a crédito ou, simplesmente, crédito. Utilizam-se também
os verbos creditar e debitar. Quando se faz o lançamento à esquerda da conta, dizemos
que estamos debitando essa conta.
(Título da Conta)
(lado do débito) (lado do crédito)
Os leigos em Contabilidade, geralmente, são levados a pensar que débito significa
algo desfavorável, e crédito algo favorável. Na realidade isto não ocorre, pois tais
denominações são, hoje em dia, simplesmente convenções contábeis, com uma função
específica em cada conta, como veremos adiante.
Débito de uma Conta – situação de dívida de responsabilidade da conta. As
contas que representam bens, direitos, despesas e custos têm saldo devedor.
DEBITAR uma conta é registrar um valor na coluna do débito.
4
Crédito de uma conta – situação de direito de haver da conta. As contas que
representam obrigações (PE), Patrimônio Líquido (PL) e Receitas têm saldo credor.
CREDITAR uma conta é registrar um valor na coluna do crédito.
Ex.:
Caixa
D
Capital Social
C
D
300,00
C
300,00
A diferença entre o total de débitos e o total de créditos feitos em uma conta, em
determinado período, é denominado SALDO. Os saldos das contas podem ocorrer da
seguinte forma:
a) Saldo Devedor – quando o valor do débito for superior ao do crédito (D >
C);
b) Saldo Credor – quando o valor do crédito for superior ao do débito (D < C);
c) Saldo Nulo – quando o valor do débito for igual ao do crédito (D = C).
Exemplos:
Nome da Conta
Nome da Conta
2.000,00 1.200,00
2.500,00 3.200,00
800,00
700,00
Saldo Devedor
1.7
Saldo Credor
JUSTIFICATIVA DOS SALDOS DAS CONTAS
Embora pareça difícil, é simples e fácil justificar as definições dos saldos.
Observe o quadro abaixo:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
PASSIVO
Bens..........................................800,00 EXIGÍVEL
(D)
Fornecedores ........................ 400,00
(C)
Direitos .................................1.200,00
(D)
PL/SL
...
1.600,00
(C)
+ Receitas (C)
(-) Despesas (D)
Total .....................................2.000,00 Total ..........................................2.000,00
(D)
(C)
5
(D) – saldo devedor;
(C) – saldo credor
Observando o patrimônio acima, podemos chegar as seguintes conclusões:
1ª) Os fornecedores (credores da empresa) têm $ 400,00 a receber, portanto, seu
saldo é credor;
2ª) Os sócios ou acionistas (credores da empresa) têm $ 1.600,00 a receber
(valor do PL), portanto, seu saldo é credor;
3ª) Os recursos necessários aos pagamentos dos valores acima estão no Ativo
que, nessa hipótese, deve $ 2.000,00, ou seja, $ 400,00 para as obrigações com terceiros
(PE) e $ 1.600,00 para os sócios ou acionistas (PL).
Portanto:
a) As contas do Ativo têm saldo devedor;
b) As contas do Passivo Exigível têm saldo credor;
c) As contas do Patrimônio Líquido têm saldo credor.
Existem contas retificadoras do Ativo e do Patrimônio Líquido que
apresentam, respectivamente, saldos credores e devedores, ou seja, o inverso das
contas normais. Este assunto será estudado posteriormente.
Quanto às Receitas e Despesas, poderíamos comentar que:
4ª) As receitas provocam aumento no valor do PL que, normalmente, possui
saldo credor, logo as receitas somente podem ter saldo credor;
5ª) As despesas, por sua vez, diminuem o valor do PL que, normalmente,
possui saldo credor, logo as despesas somente podem ter saldo devedor.
1.8
DÉBITO E CREDITO DAS CONTAS
Como já vimos, as operações ocasionam aumentos e diminuições do Ativo, do
Passivo e do Patrimônio Líquido.
As contas possuem dois lados (esquerdo e direito); desta forma, os aumentos
podem ser registrados em um lado e as diminuições no outro. A natureza da conta é
que irá determinar o lado a ser utilizado para os aumentos e o lado para as
diminuições, como veremos a seguir.
1.9
CONTAS DE ATIVO
Os elementos que compõem o Ativo figuram no lado esquerdo do balanço. Em
coerência, as contas de Ativo (Bens e Direitos) sempre devem apresentar saldos
devedores, isto é, no lado esquerdo.
Convém notar que uma empresa possui ou não bens e direitos, não existem bens
negativos e tampouco direitos; portanto, as contas de Ativo possuem saldo devedor ou
nulo. Para que uma conta de Ativo (Bens ou Direitos) tenha saldo devedor, é necessário
que os aumentos e as diminuições nela ocorridos sejam assim registrados:
6
Qualquer Conta de Ativo
Débito
Crédito
$ Aumentos
$ Diminuições
1.10
CONTAS DE PASSIVO E DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO
1.10.1 Contas de Passivo
A contas do Passivo aparecem no lado direito do balanço; deve acontecer com
elas o inverso do que acontece com as do Ativo, isto é, os aumentos e diminuições do
Passivo (obrigações) devem ser registrados da seguinte maneira:
Qualquer Conta de Passivo
Débito
Crédito
$ Diminuições
$ Aumentos
1.10.2 Contas de Patrimônio Líquido
Desde que o Patrimônio Líquido Positivo ocupe o lado direito do balanço, o
funcionamento das suas contas será igual ao funcionamento das do passivo, ou seja:
Qualquer Conta de Patrimônio
Líquido
Débito
Crédito
$ Diminuições
$ Aumentos
Quando o Patrimônio Líquido em seu valor total for negativo, estará no lado
esquerdo do balanço, junto com o Ativo ou subtraído do Passivo (lado direito do
balanço), com o saldo devedor. Aumentá-lo com o sentido de melhorá-lo significa
diminuir esse saldo devedor, o que só pode ser feito mediante um lançamento a crédito.
Uma empresa possui ou não Passivo (obrigações), não existem
dívidas negativas.
O Patrimônio Líquido (Ativo-Passivo), entretanto, pode ser positivo,
nulo ou negativo.
2.
CONTAS)
LANÇAMENTO CONTÁBIL (A DÉBITO E A CRÉDITO DAS
O lançamento contábil refere-se ao registro dos fatos contábeis (provocam
mudanças na composição do patrimônio ou do resultado da empresa) nos livros de
escrituração comercial da empresa – livros Diário e Razão.
O lançamento é feito nas contas que registram o patrimônio da sociedade, que
podem ser pertencentes ao grupo do Ativo, Passivo Exigível ou Patrimônio Líquido.
As contas de Ativo, por terem saldo devedor, são aumentadas de valor por
débito e diminuídas por crédito.
7
As contas de Passivo Exigível e do PL, por apresentarem saldo credor, são
aumentadas de valor por crédito e diminuídas por débito.
As contas de despesas são sempre debitadas, pois representam redução do PL.
As contas de receitas são sempre creditadas, pois correspondem a aumento do
PL.
A conta que receberá o primeiro registro será a conta devedora, que indicará
a aplicação do recurso efetuado pela entidade ou empresa, e o segundo registro será
efetuado na conta credora que indicará a origem do recurso aplicado.
Veja o esquema abaixo:
CONTAS
DÉBITO
SALDO
CRÉDITO
ATIVO
Aumenta
Devedor
Diminui
Credor
Diminui
Credor
Diminui
Credor
Aumenta
Devedor
Diminui
PASSIVO
PATRIMONIO LÍQUIDO
RECEITAS
DESPESAS
2.1
Aumenta
Aumenta
Aumenta
Diminuí
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
A essência do método, universalmente aceito, é que o registro de qualquer
operação implica que a um débito numa ou mais contas deve corresponder um crédito
equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja
sempre igual à soma dos valores creditados. “Não há débito(s) sem crédito(s)
correspondente(s)”.
É esse principio que determina a equação entre o ativo e o passivo do patrimônio.
Os valores ativos representam sempre saldo devedor e, os passivos, saldo credor, sendo
a soma do ativo sempre igual à do passivo.
Por esse método registramos todos os acontecimentos que se verificam no
patrimônio, conhecendo-se, a qualquer momento, o valor de cada componente do
patrimônio, suas variações e os resultados, positivos ou negativos da atividade
econômica.
Como conseqüência do método das partidas dobradas temos, portanto, o seguinte:
a) soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos;
b) a soma dos saldos devedores é sempre igual à soma dos saldos credores;
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c) as aplicações de capital, registradas a débito das contas ativas, são sempre iguais
à soma dos capitais fornecidos ao patrimônio, creditados nas contas passivas,
de onde ser o ATIVO sempre igual ao PASSIVO;
d) a diferença entre a soma dos bens e dos direitos (parte positiva do patrimônio) e
a soma das obrigações (parte negativa) indica a substância líquida
patrimonial, que representa o crédito dos titulares, e se chama patrimônio
líquido;
e) as despesas, sempre debitadas, contribuem para redução do patrimônio líquido;
f) as receitas, sempre creditadas, contribuem para aumento do patrimônio líquido;
g) a demonstração contábil da situação patrimonial (ativo e passivo), chamada
balanço patrimonial, apresenta sempre a forma de equação, em virtude da
contraposição de débitos e créditos, inerente a todos os registros contábeis;
h) a diferença entre as despesas e as receitas (lucro ou prejuízo) complementará a
equação patrimonial, e indica aumento ou diminuição do patrimônio líquido.
2.2
DIARIO
É este um livro no qual são registradas todas as operações contabilizáveis de uma
entidade, em ordem cronológica e com a observância de certas regras. Antigamente, o
livro era preenchido unicamente a mão, isto é, era manuscrito. Hoje em dia, utilizam-se
processos mecânicos para a escrituração em folhas soltas, as quais são, em seguida,
copiadas por decalque no livro de folhas presas. Processos eletrônicos também são
utilizados no trabalho contábil em geral; neste caso, encadernam-se as folhas soltas.
2.3
PARTIDAS DE DIARIO ou LANÇAMENTO CONTÁBIL
É o registro de uma operação no livro DIÁRIO de um fato contábil, sendo
representado pelas partidas dobradas. A partida devedora representa a aplicação do
recurso e a credora, sua origem.
O método universalmente usado em todos os sistemas contábeis para registro dos
fatos é o método das PARTIDAS DOBRADAS.
A expressão partidas dobradas não indica duplicidade ou repetição de um
mesmo registro. Quando ocorrer um fato, dois ou mais elementos do patrimônio serão
alterados equivalentemente, permitindo um equilíbrio constante e, conseqüentemente, a
adoção da fórmula:
ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Consiste o método das partidas dobradas em registrar esse mesmo fato em forma
bipartida, de maneira a representar as duas variações decorrentes nas contas que
reduzem os elementos afetados.
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Os requisitos necessários de uma Partida de Diário são os seguintes:
a)
b)
c)
d)
e)
data de operação;
conta (s) debitada (s);
conta (s) creditada (s);
histórico da operação, com a menção das características principais
dos documentos comprobatórios da operação;
valor da operação em moeda corrente.
EXEMPLO 1: compra de um caminhão à vista, no dia 23 de junho de 2000, da
Cia. Lorentz, conforme nota fiscal nº 15, no valor de $ 40.000,00
data: 23/06/X9
conta debitada:
Veículos
$ 40.000,00
conta creditada:
Caixa
$ 40.000,00
Lançamento:
Rio de Janeiro, 23 de junho de 2000
Veículos
a Caixa
40.000,00
Compra de um veículo, conforme nota fiscal nº 15 da Cia. EAGS
EXEMPLO 2: Em 02-08-00, compraram-se duas mesas por $ 700,00 a prazo,
aceitando-se uma duplicata com vencimento para 15-09-X9, conforme nota fiscal n0
007, da Casa de Máquinas Ltda.
data: 02-08-00
conta debitada:
Móveis e Utensílios
conta creditada: Duplicatas a Pagar
Lançamento:
Rio de Janeiro, 02 de agosto de 2000
Móveis e Utensílios
a Duplicatas a Pagar
700,00
Compra de duas mesas, conforme nota fiscal n0 007, Casa de Máquinas Ltda.
2.3.1
PASSOS PARA EFETUAR UM LANÇAMENTO
Dado um fato contábil, para efetuar um lançamento, deveremos seguir alguns
passos, seqüencialmente.
EXEMPLO Fato - depósito em dinheiro efetuado em conta corrente bancária no
valor total de $ 20.000,00.
Lançamento Contábil:
1O passo - identificar as contas envolvidas no fato:
Caixa (valor em dinheiro);
Bancos (depósito);
2O passo - identificar a natureza das contas, ou seja, a que grupo
pertence: Ativo (A); Passivo (P); Patrimônio Líquido
(PL); Receitas (R); ou Despesas (D); no caso:
Caixa - conta do Ativo (A);
Bancos - conta do Ativo (A);
10
3O passo - identificar o que o fato provoca sobre os saldos das contas, ou
seja, se o saldo aumentará ou diminuirá; no caso:
Caixa (A) o saldo diminuirá (-);
Bancos (A) o saldo aumentará +; e
4O passo - efetuar o lançamento contábil segundo o método das partidas
dobradas, com a utilização do quadro-resumo do mecanismo do
débito e crédito, da seguinte forma:
DÉBITO - Aplicação do Recurso;
CRÉDITO - Origem do Recurso.
A conta que receberá o primeiro registro será a conta devedora, que indicará
a aplicação do recurso efetuado pela entidade ou empresa, e o segundo registro será
efetuado na contra credora que indicará a origem do recurso aplicado.
Isto posto, temos o seguinte registro a realizar:
CAIXA (A) (-) e BANCOS (A) +
Utilizando o mecanismo do débito e crédito, faríamos o seguinte lançamento:
D (débito) BANCOS
C (crédito) CAIXA $ 20.000,00
Note que, no exemplo acima, a conta BANCOS tem saldo DEVEDOR e sempre
surge uma grande dúvida. Quando depositamos dinheiro no Banco, em nosso extrato, o
lançamento aparece a crédito; então, o que fizemos estaria errado?
Para provar nossas assertivas, vamos contabilizar o mesmo fato acima na
instituição bancária que recebeu o depósito, seguindo os mesmos passos, antes
especificados:
1o passo - identificar as contas envolvidas no Banco:
CAIXA e CONTA-CORRENTE DO CLIENTE;
2o. passo - identificar a natureza das contas:
CAIXA (A);
CONTA-CORRENTE DO CLIENTE (PE);
3o passo -identificar o que o fato provoca sobre o saldo das contas (aumento ou
diminuição):
CAIXA (A) - o saldo aumentou (banco recebeu o dinheiro);
C/C CLIENTE (PE) seu saldo também aumentou, ou seja, as
dívidas do Banco para com o cliente aumentaram; e
4O passo -efetuar o lançamento contábil, segundo o método das partidas dobradas:
D - CAIXA
C - C/C CLIENTES (BANCOS)
$ 20.000,00
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Observe que, na instituição bancária, o lançamento aparece a crédito, ou seja,
representa uma dívida ou obrigação do Banco para com o seu cliente, portanto seu saldo
como conta do Passivo é realmente credor; porém, na empresa, o lançamento representa
um direito em relação ao Banco, ou seja, conta do Ativo, cujo saldo é devedor; logo, os
lançamentos acima estão corretos - tanto na empresa depositante quanto no Banco.
Realizado o lançamento acima, imediatamente, deveremos registrá-lo em contas
(razonetes) com a finalidade de determinar seu saldo (necessário à apuração do
resultado do exercício e a elaboração do Balanço Patrimonial).
3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
(Segundo a Lei n.º 6.404./76, alterada pelas Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09).
Para fins de atendimento dos usuários da informação contábil, a entidade deverá
apresentar suas demonstrações contábeis (também usualmente denominada
"demonstrações financeiras") de acordo com as normas regulamentares dos órgãos
normativos.
Segundo o IBRACON (NPC 27), "as demonstrações contábeis são uma
representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada
data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O
objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a
posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que
são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As
demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela
Administração, dos recursos que lhe são confiados."
Tais informações, juntamente com outras constantes das notas explicativas às
demonstrações contábeis, auxiliam os usuários a estimar os resultados futuros e os
fluxos financeiros futuros da entidade.
Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações
ocorridas no exercício:
 Balanço patrimonial (BP);
 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
 Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC);
 Demonstração do Valor Adicionado (DVA); e
 Notas Explicativas (NE), incluindo a descrição das práticas contábeis.
De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstrações de cada
exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das
demonstrações do exercício anterior.
Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos
saldos poderão ser agregados, desde que indicado a sua natureza e não ultrapassem um
12
décimo do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de
designações genéricas, como “diversas contas “ou “contas correntes
As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a
proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia
geral.
As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros
analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação
patrimonial e dos resultados do exercício.
Após ter efetuado todos os lançamentos de encerramento do exercício, no Livro
Diário, devem ser transcritos também o Balanço Patrimonial e a Demonstração do
Resultado do Exercício, além da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados,
com a data e assinatura dos administradores e do responsável pela contabilidade, com
respectivo registro no Conselho regional de Contabilidade (CRC).
Resumidamente, os principais aspectos de cada demonstração financeira:
Balanço Patrimonial (BP)
O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar,
quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, o patrimônio e o patrimônio
líquido da entidade.
O Balanço Patrimonial é uma das demonstrações contábeis preparadas pelas
empresas e demais organizações. Mostra a posição numa determinada data,
normalmente 31 de dezembro, como se fosse uma fotografia. Está dividido em Ativo,
Passivo e Patrimônio Líquido.
Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei nº
6.404-76, e segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas
Brasileiras de Contabilidade.
Conforme Lei nº 6.404/76 (artigos 176 a 182 e artigo 187) e NBC T.3, o Balanço
Patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo Patrimônio Líquido.
O Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos
controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados
de eventos ocorridos.
O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações
para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua
liquidação.
O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, e seu valor
é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo. Quando o valor do
Passivo for maior que o valor do Ativo, o resultado é denominado Passivo a
Descoberto. Portanto, a expressão Patrimônio Líquido deve ser substituída por Passivo a
Descoberto.
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
O artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades
por Ações) instituiu a Demonstração do Resultado do Exercício.
A DRE tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o
resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado
período, normalmente, de doze meses.
13
A demonstração do resultado, observado o princípio de competência,
evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as
receitas, e os correspondentes custos e despesas.
A DRE apresenta de que forma o lucro ou prejuízo foi apurado, ordenando as
receitas diminuídas das despesas. Primeiro, as receitas de vendas ou serviços (deduzidas
dos impostos sobre vendas e das devoluções). Depois, os custos do período (gastos de
fábrica ou produção), as despesas (administrativas, comerciais e financeiras - líquidas
das receitas financeiras) e, por último, a participação de terceiros antes do Lucro
Líquido ("fatia do lucro" entregue ao imposto de renda, participação dos
administradores e gratificações aos empregados).
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados é a demonstração contábil
destinada a evidenciar, num determinado período, as mutações nos resultados
acumulados da entidade.
Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
A DVA evidencia o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição
entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como
empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza
não distribuída.
Notas Explicativas (NE)
As NE esclarecem pontos que a linguagem contábil não consegue retratar, tais
como transações ou fatos que podem alterar, futuramente, a situação patrimonial
demonstrada. Também são utilizadas para informar as práticas contábeis e detalhar
algumas contas do Balanço Patrimonial ou de outra demonstração. O Parecer do
Auditor também pode fazer referência a uma Nota Explicativa.
2.1 Balanço Patrimonial – grupos de contas
Com a edição da Lei nº 11.941/09, a composição dos grupos e subgrupos do
ativo e do passivo sofreu significativas modificações.
A Lei nº 11.941/09, entre outras coisas, alterou a Lei nº 6.404/76 (Lei das
Sociedades por Ações) em seus aspectos contábeis.
Ativo
No ativo, as contas continuam a ser dispostas em ordem decrescente de grau de
liquidez dos elementos nelas registrados.
Grau de liquidez é o maior ou menor prazo no qual bens e direitos podem ser
transformados em dinheiro. Por exemplo, os Estoques de Mercadorias serão
transformados em dinheiro quando forem vendidos à vista; as Duplicatas a Receber
quando forem recebidas, e assim por diante.
A conta Caixa e a conta Bancos-Conta/Movimento são as que possuem maior
grau de liquidez, pois representam disponibilidades imediatas. Por isso, são as primeiras
contas que aparecem no Plano de Contas.
14
Em conformidade com o artigo 179 da lei nº 6.404/76, alterada pela lei nº
11.638/07 e Lei nº 11.941/09, as contas do ativo serão classificadas do seguinte modo:
1 - ativo circulante;
2 - ativo não-circulante, composto por:
 ativo realizável a longo prazo;
 investimentos;
 imobilizado; e
 intangível.
– no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do
exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício
seguinte;
Neste grupo você encontra todas as contas que representam os Bens e os Direitos
que, devido a sua finalidade, e em sua maioria, estão em constante circulação.
Correspondem aos recursos aplicados em elementos que estão em franco movimento,
como, por exemplo, a conta Caixa, que a todo instante está sendo movimentada (entra e
sai dinheiro); o mesmo ocorre com as contas de Estoque, Bancos Conta Movimento etc.
– no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do
exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos
a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes
no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto
da companhia;
– em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
– no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com
essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os
benefícios, riscos e controle desses bens;
– no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércio adquirido.
Passivo
Em conformidade com os artigos 180 e 182 da Lei nº 6.404/76, alterada pela Lei
nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09, as contas do passivo serão classificadas do seguinte
modo:
1 - passivo circulante;
2 - passivo não-circulante; e
3 – patrimônio líquido
A disposição das contas desse grupo é a ordem decrescente do grau de
exigibilidade dos elementos registrados.
– no passivo circulante: as obrigações da companhia, inclusive financiamentos
para aquisição de direitos do ativo permanente;
– no passivo não-circulante: as obrigações que tiverem vencimento posterior ao
término do exercício seguinte (> 1 ano).
– no patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes
de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados.
15
A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a
parcela ainda não realizada.
Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem a
contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço
de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à
formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou
partes beneficiárias.
Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não
computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do
passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos na Lei nº
6.404/76, alterada pela Lei nº 11.638/07, em normas expedidas pela Comissão de
Valores Mobiliários,
Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela
apropriação de lucros da companhia.
As ações em tesouraria são a aquisição de ações de própria emissão da
companhia, não representando investimento, configurando-se melhor como um retorno
do capital investido. As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como
dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na
sua aquisição.
Com a Lei nº 11.941/09, as obrigações da companhia, inclusive financiamentos
para aquisição de direitos do ativo não-circulante, são classificadas no passivo
circulante, quando se vencem no exercício seguinte, e no passivo não-circulante, se têm
vencimento em prazo maior.
Balanço Patrimonial (Lei 6404/76, alterada pelas Leis nº 11.638/07 nº 11.941/09)
Ativo
Passivo
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Ativo Não circulante
Ativo Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Passivo Não Circulante
Passivo Exigível a Longo Prazo
Resultados de Exercícios Futuros
Patrimônio Líquido
Capital Social
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Prejuízos Acumulados
3.2 Exercício social e regimes de escrituração (competência e caixa)
3.2.1 Exercício Social
É o espaço de tempo (12 meses) findo o qual, por força de lei, as pessoas
jurídicas apuram os seus resultados. Ocorre, desta forma, o registro e a acumulação de
receitas, despesas e custos que serão confrontados para a determinação do LUCRO OU
PREJUÍZO.
16
O Exercício Social pode coincidir ou não com o ano calendário, de acordo com o
que dispuser o estatuto ou o contrato social da entidade. A maioria das empresas adota o
Exercício Social com término em 31 de dezembro de cada ano.
3.2.2 Regimes de escrituração
Existem três regimes para a apuração do resultado do exercício:
 Regime de Competência
 Regime de Caixa
 Regime Misto
Regime de Competência: é aquele em que as receitas e as despesas são
consideradas em função do seu “fato gerador” e não em função do recebimento da
receita ou pagamento da despesa em dinheiro.
No regime de competência são consideradas as receitas ganhas no período
contábil, não importando se tenham sido recebidas ou não, e as despesas incorridas não
importando se tenham sido pagas ou não. Exemplos:
1) Os salários do mês de maio de X0, quando pagos em junho de X0, serão
reconhecidos como Despesa de maio. Considera-se, neste caso, a data do
fato gerador da despesa, ou seja, o mês em que o funcionário prestou
serviços para a empresa, independente à data do pagamento.
2) As receitas de vendas ou de prestação de serviços do mês de maio, a vista
ou a prazo, serão reconhecidas no mês de maio, pois o fato gerador, ou seja,
a realização da receita, ocorreu em maio.
Regime de Caixa: é aquele que considera receitas e despesas do exercício
aquelas efetivamente recebidas (entrada de dinheiro em caixa) e pagas (saída de
dinheiro) dentro do período.
A legislação brasileira (IR) não admite o uso do Regime de Caixa pelas
empresas que tenham finalidade lucrativa. Este regime é bastante utilizado por entidades
sem fins lucrativos – Associações de Classes, Clubes, Sindicatos etc. Exemplos:
1) Os salários do mês de maio de X0, quando pagos em Junho de X0, serão
reconhecidos como despesa de junho. Considera-se a data do pagamento.
2) As receitas de vendas ou de prestação de serviços do mês de maio, a vista
ou a prazo, serão reconhecidas no mês em que houver o recebimento.
Regime Misto: é o que utiliza o regime de caixa para as receitas e o regime de
competência para as despesas. É o regime utilizado pela Contabilidade Pública.
3.2.3 Resultado
Caso as receitas obtidas superem as despesas incorridas, o Resultado do
exercício (período contábil) será positivo (lucro), que aumenta o Patrimônio Líquido. Se
as despesas forem maiores que as receitas, ocasiona um prejuízo que diminuirá o
Patrimônio Líquido.
Como já foi visto anteriormente, os registros de aumentos e de diminuições das
contas de Patrimônio Líquido obedecem à seguinte regra: os Aumentos são registrados
por créditos e as Diminuições por débitos.
Em decorrência dessa regra geral, as receitas obtidas, por aumentarem o
Patrimônio Líquido, deverão ser creditadas em contas de receita. As despesas incorridas
por diminuírem o Patrimônio Líquido, deverão ser debitadas em contas de despesa.
17
Uma despesa é, portanto, elemento que diminui o resultado enquanto que uma
receita é elemento que aumenta o resultado.
Para que haja condições de análise e informações detalhadas dentro de uma
empresa, receitas e despesas constituem apenas os grupos principais, sendo desdobradas
em cada classe, em diversas contas componentes, segundo a natureza e o tipo de cada
uma delas, como vimos anteriormente.
3.4.4 Período contábil
A contabilidade se norteia por princípios fundamentais e, para o assunto
abordado, destacamos o Princípio da Continuidade, o qual presume que a Empresa,
normalmente, operará definitivamente.
O Resultado exato de uma empresa, portanto, somente poderá ser apurado no
final de sua vida, após a venda de todo seu Ativo e o pagamento de suas obrigações para
com terceiros. O Resultado do empreendimento será medido pela diferença entre o
Patrimônio Líquido apurado no final da sua vida e o Patrimônio Líquido Inicial.
Entretanto, a administração não pode esperar até que a empresa seja liquidada ou
encerrada; a informação do resultado das várias operações deve ser fornecida a
intervalos regulares de tempo, de um ano, de seis meses e mesmo de um mês. Assim, a
Contabilidade registra e resume todas as mudanças no Patrimônio Líquido que ocorrem
durante o período escolhido e apresenta o resultado obtido.
O período contábil, espaço de tempo escolhido para que a Contabilidade mostre
a situação patrimonial e financeira na evolução dos negócios da empresa, quando de um
ano, é também denominado exercício social.
Para finalidades externas, o período normalmente é de um ano e muitas vezes,
corresponde ao ano-calendário.
Para finalidades internas, as informações dos resultados devem ser mostradas em
intervalos menores, por exemplo, mês a mês, a fim de que a administração acompanhe
mais amiúde o desenvolvimento dos negócios, através dos demonstrativos elaborados.
3.2.5 Encerramento de contas de receita e despesa
Toda empresa necessita fazer a apuração de resultados pelo menos uma vez por
ano. O lucro ou prejuízo de um exercício está na dependência do confronto das contas
de receita e de despesa, e esse resultado líquido é apurado na conta denominada
Resultado.
Para efeito de apurar o resultado da empresa as contas de receita e despesa são
periódicas, isto é, somente deverão conter registros para um ano ou período menor,
conforme a duração do período contábil, o que significa que todas as contas de receita e
de despesa devem possuir saldo zero no início dos períodos.
Para que isto ocorra, no final de cada período deve-se proceder ao encerramento
das contas de resultado, através dos lançamentos de encerramento. O encerramento das
contas de receita é realizado pela transferência de seus saldos credores para crédito da
conta Resultado. As contas de despesa são encerradas pela transferência de seus saldos
devedores para débito da conta Resultado.
Os procedimentos administrativos e contábeis das entidades ao final do exercício
social chamam-se Encerramento do Exercício.
Vejamos um exemplo:
18
Clínica ABC
Balancete de verificação
em 31/12/2009
Contas
Saldos
devedores
$
Bancos
100
Duplicatas a receber
300
Estoque de materiais
350
Móveis e utensílios
40
Saldos
credores
$
Fornecedores
300
Contas a pagar
50
Capital social
400
Reservas
Custo dos serviços prestados
27
270
Despesas de salários
50
Despesas de aluguel
12
Despesas diversas
5
Receitas de prestação de serviços
330
Outras receitas
20
_____
1.127
_____
1.127
3.2.6 Apuração do resultado
O balancete de verificação anterior inclui despesas e receitas de um período
contábil. Agora vamos fazer um "encontro de contas" para saber se tivemos mais
receitas (lucro) ou mais despesas (prejuízo), pois o que vai aparecer no "balanço
patrimonial" será o resultado.
Em resumo: as despesas e receitas aparecem no balanço patrimonial pelo seu
resultado líquido. Dissemos, entretanto, que o balanço patrimonial consistia na
apresentação de todas as contas da contabilidade de uma companhia, dispostas em
forma relativamente padronizada. Assim, se as contas de despesas e receitas
apresentassem saldo, deveriam também aparecer no balanço patrimonial. Para que isso
não aconteça a companhia faz, geralmente no final do exercício, uma transferência
contábil dos saldos respectivos de todas as contas de despesas e receitas, para uma única
conta, chamada "conta de resultado". Essa conta, assim, é debitada pelo valor total das
despesas e creditada pelo total das receitas. A diferença entre os débitos e créditos nessa
conta será o resultado do exercício.
19
Receitas
Prestação de serviços
Outras receitas
330
20
350
(-) Despesas
Custo dos serviços prestados
270
Despesas de Salários
50
Despesas de Aluguel
12
Despesas diversas
(=) Lucro
5
(337)
13
3.2.7 Distribuição do resultado
Após a sua transferência para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, o
Resultado do Exercício poderá ser distribuído para outras contas do Patrimônio Líquido
e do Passivo. Isso será estudado futuramente.
Mesmo com saldo devedor, a conta deverá aparecer no balanço, no grupo
Patrimônio Líquido, da seguinte forma:
3.3 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é a demonstração contábil
destinada a evidenciar a composição do resultado formado num determinado período
(12 meses). É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se
as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo).
A demonstração do resultado, observado o Princípio de Competência,
evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as
receitas e os correspondentes custos e despesas.
O demonstrativo de resultados do exercício tem como parâmetro básico de
contabilização, a contraposição às receitas obtidas no período, das respectivas despesas,
custos, encargos e riscos incorridos à sua obtenção. Um modelo do Demonstrativo de
Lucros e Perdas ou de Resultados do Exercício é apresentado de forma resumida a
seguir:
20
DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO
Receita bruta de vendas de bens ou serviços
(-) Impostos sobre vendas
= Receita líquida
(-) Despesas administrativas
(-) Despesas com vendas
= Lucro operacional
(-) Despesas financeiras líquidas
(-) Despesa de depreciação
= Lucro antes do imposto de renda
(-) Provisão para imposto de renda
= Lucro líquido do exercício
As despesas administrativas, com vendas, e a diferença entre outras despesas e
receitas operacionais, são chamadas de despesas operacionais.
Os itens componentes da demonstração de resultados do exercício são
apresentados a seguir:
Receita Líquida
É a receita efetivamente obtida pela venda de produtos ou serviços da empresa.
Isso significa que do valor recebido são deduzidos todos os impostos incidentes na
venda (valores que não pertencem à empresa, sendo recebidos pela empresa e
posteriormente transferidos para o governo), bem como as devoluções e os
descontos comerciais e abatimentos concedidos incondicionalmente. A receita
líquida é obtida da seguinte forma:
RECEITA BRUTA DE VENDAS
(-) Impostos
PIS
COFINS
ISS
= VENDAS LÍQUIDAS
Despesas Administrativas
Representam as despesas efetivamente pagas ou incorridas relativas às
atividades administrativas da empresa. Englobam dentre outras as seguintes contas
representativas de gastos:
• Salários e ordenados
• Gratificações
• Férias
• 13º salário
• Encargos sociais (INPS e FGTS)
• Indenizações
• Assistência médica e social
• Despesas de manutenção e conservação
• Aluguéis
• Impostos e taxas (IPTU etc.)
21
Despesas com Vendas
Representam os gastos incorridos ou pagos pela empresa para a realização das
vendas. São classificadas como despesas com vendas, dentre outras, as contas
mencionadas acima relativas às despesas administrativas, mas incorridas pela área de
vendas da empresa; Comissões; e Propaganda e publicidade
Lucro Operacional
É o resultado da diferença entre o lucro bruto e as despesas de vendas, gerais e
administrativas consideradas como operacionais (entende-se como despesas
operacionais, os gastos que são diretamente gerados pela atividade que constitui o
objeto social da empresa), dentro do regime de competência. O lucro operacional mede
a capacidade de geração de resultados positivos relacionados ao objetivo social de uma
empresa, sendo um dos indicadores de desempenho mais importantes na análise da
capacidade de geração de recursos.
Despesas Financeiras Líquidas
Representa os valores contabilizados, pagos e recebidos a título de juros e
variações monetárias de empréstimos, juros de mora por pagamentos fora da data de
vencimento e recebidos por aplicações no mercado financeiro. O saldo desta rubrica
(lembre-se do conceito de conta corrente) representa o resultado dos valores líquidos
lançados nesta conta a débito e a crédito.
Provisão para Imposto de Renda
Pela legislação em vigor, o imposto de renda do exercício deve obrigatoriamente
estar deduzido do resultado do próprio exercício e considerado como uma exigibilidade
no passivo circulante (contabilizado como provisão para imposto de renda), até que seja
efetivamente pago.
No cálculo do imposto de renda, é necessário efetuar-se uma série de ajustes
para as empresas enquadradas no regime de Lucro Real, até chegar ao chamado “lucro
real”, base para a incidência do imposto. As empresas enquadradas no Simples, Super
Simples ou Lucro Presumido, são tributadas com base em um percentual sobre o
faturamento.
Lucro Líquido do Exercício
O lucro ou prejuízo líquido representa a diferença entre o lucro após a incidência
do imposto de renda e as participações no lucro devidas a administradores,
funcionários. Não havendo distribuição parcial ou total do lucro, o resultado líquido
apurado (lucro ou prejuízo) é transferido para a conta de lucros ou prejuízos acumulados
(conta componente do patrimônio líquido), respeitados os critérios apresentados quando
da definição do patrimônio líquido.
22
DRE - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCICIO - Resumo
Receita Operacional Bruta
É o total geral das vendas (independentemente da forma e/ou
condições)
(- ) Deduções da Receita
Bruta
Neste grupo incluem-se todos os valores que não representam
sacrifícios financeiros (esforços) para a empresa, mas que são
meros ajustes para se chegar a um valor mais indicativo que é a
Receita Operacional Líquida, como, por exemplo, devoluções de
vendas, descontos incondicionais e Impostos cobrados do
consumidor no momento da venda. (ICMS, PIS, COFINS, ISS)
(=) Receita Operacional
Liquida
Representa a diferença entre a Receita Operacional Bruta e as
Deduções da Receita Bruta
(-) Custos dos Produtos
Vendidos, ou
(-) Custos das Mercadorias
Vendidas, ou
(-) Custos dos Serviços
Prestados
Como regra geral, representam os gastos despendidos para se
conseguir vender um produto, mercadoria ou serviço. Os custos,
obedecendo às suas particularidades, são estudadas com
profundidade no curso de Ciências Contábeis, na disciplina de
Contabilidade de Custos e/ou Análise de Custos.
(=) Resultado Operacional
Bruto
Também denominado de Lucro Bruto. É a diferença produzida
pela comparação entre o preço de venda de um bem e o de seu
custo de fabricação ou aquisição. (Receita Operacional Líquida
– Custos das vendas)
(-) Despesas Operacionais
Comerciais
Administrativas
Financeiras
São os gastos de escritório, gastos para administrar (despesas
administrativas) a empresa como um todo: desde o esforço para
colocar os produtos ao cliente (despesas de vendas: propaganda,
comissão), até a remuneração ao capital de terceiros (despesas
financeiras: juros).
(=) Resultado Operacional
Líquido
Lucro Líquido resultante das operações normais realizadas pela
empresa. Também conhecido como Lucro Operacional.
Geralmente, são gastos e/ou receitas imprevisíveis, anormais,
extraordinários, que não contribuem para a obtenção de receita
(+/-) Outras Receitas e Outras
de vendas.
despesas
Representam lucros e perdas de capital, ou seja, resultados
positivos e negativos apurados na alienação ou baixa de
investimentos não-circulantes, imobilizado e intangível
(=) Lucro Líquido Antes da
Distribuição
Há pessoas que, voluntária ou involuntariamente, terão uma
”fatia do lucro”: Governo (através do IR/CS); administradores,
empregados (gratificação) etc.
(=)Lucro Líquido do
Exercício
É o lucro Líquido retido da empresa e que irá formar os Lucros
Acumulados e/ou Reservas de Lucros.
23
EXERCÍCIOS DIVERSOS
1. Sejam contas e valores em 30/11/X1 (em R$): Clientes 6.000, Caixa 22.000, Bancos
10.000, Mercadorias 20.000, Fornecedores 4.000, Máquinas e Equipamentos 30.000,
Impostos a pagar 2.000, Empréstimos a Pagar 30.000, Capital Social 120.000, Capital a
Integralizar 48.000, Lucros Acumulados 10.000, Imóveis 30.000, Reservas de Lucros
8.000, Empréstimos a Sócios 8.000.
Ocorreram as seguintes transações em dezembro de X1:
1 — Recebimento de 40% do saldo de Clientes
2 — Integralização. em dinheiro, do restante do Capital.
3 — Venda de parte dos equipamentos, a vista, no valor de 12.000
4— Compra de móveis por 5.000, em cheque.
5 — Pagamento, em dinheiro, do empréstimo
Pede-se:
a) registrar as operações na contas em “T” (Razão);
b) levantar um balancete de verificação;
c) levantar o Balanço Patrimonial.
LANÇAMENTOS EM RAZONETES
Caixa
Bancos
Mercadorias
Clientes
Empr. a
Sócios
Imóveis
Maq. e
Equip.
Imp. a Pagar
Empr. a
Pagar
Capital
Social
Lucros
Acumulados
Reservas de
Lucros
Móveis e
Utensílios
Fornecedores
Capital a
Integralizar
24
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
CONTAS
MOVIMENTO
DÉBITO
CRÉDITO
Caixa
Bancos
Clientes
Mercadorias
Empréstimos a Sócios
Móveis e Utensílios
Imóveis
Maquinas e Equipamentos
Fornecedores
Impostos a Pagar
Empréstimos a Pagar
Capital Social
Capital a Integralizar
Reservas de Lucros
Lucros Acumulados
TOTAL
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
TOTAL DO PASSIVO
25
2. A Cia XPTO iniciou suas atividades em 1º-1-X1 e dedica-se à comercialização de
moveis para escritório. Seu capital social de $ 1.000 encontra-se integralizado em
apenas 50%.
Em 31-X-X1, apresentava os saldos das seguintes contas em seu Balacente
de Verificação (em $): Caixa 250; Edifícios 500; Fornecedores 100; Móveis e
Utensílios 50; Títulos a Pagar 300; Capital 1.000; Capital a Integralizar 500; Terrenos
100.
Durante o mês de fevereiro foram realizadas as seguintes operações:
1. aquisição de diversos móveis para comercialização (mercadorias), no
total de $500, sendo 80% a prazo;
2. aquisição de quatro veículos para entrega de mercadorias a $ 200 cada, a
prazo;
3. abertura de conta bancária no Banco ABC, ocasião em que foi efetuado o
depósito de $100;
4. venda de 80% do terreno à Cia. Gama, recebendo em troca $ 10 em
dinheiro e uma obra de arte avaliada em $ 70;
5. obtenção de $ 200 de empréstimo junto ao Banco Sol;
6. pagamento, em cheque, de $ 200 das dívidas contraídas na aquisição de
edifícios (Títulos a Pagar);
7. integralização do Capital Social em dinheiro, no valor de $ 100,
depositado no Banco ABC;
8. venda de metade das mercadorias a vista, por $ 250;
Com base nesses dados, pede-se:
a) efetuar o lançamento dos saldos iniciais e das operações nos
razonetes;
b) elaborar o Balancete de Verificação; e
c) elaborar o Balanço Patrimonial.
d) Informar o valor do ativo___________________
e) Informar o valor do passivo exigível _________________
f) Informar o valor do PL__________________
g) Informar o valor do Ativo não circulante____________
3.
A Cia Alfa iniciou suas atividades em 1º-1-X1 e dedica-se à
comercialização de moveis para escritório. Seu capital social de $ 1.000.000 encontra-se
integralizado em apenas 50%.
Em 31-X-X1, apresentava os saldos das seguintes contas em seu Balacente
de Verificação (em $): Caixa 250.000; Edifícios 500.000; Fornecedores 100.000;
Móveis e Utensílios 50.000; Títulos a Pagar 300.000; Capital 1.000.000; Capital a
Integralizar 500.000; Terrenos 100.000.
Durante o mês de fevereiro foram realizadas as seguintes operações:
9. aquisição de diversos móveis para comercialização (mercadorias), no
total de $500.000, sendo 70% a prazo;
10. aquisição de quatro veículos para entrega de mercadorias a $ 200.000
cada, a prazo;
11. abertura de conta bancária no Banco Beta, ocasião em que foi efetuado o
depósito de $100.000;
26
12. venda de 80% do terreno à Cia. Gama, recebendo em troca $ 10.000 em
dinheiro e uma obra de arte avaliada em $ 70.000;
13. obtenção de $ 200.000 de empréstimo junto ao Banco Beta;
14. pagamento, em cheque, de $ 200.000 das dívidas contraídas na aquisição
de edifícios (Títulos a Pagar);
15. integralização do Capital Social em dinheiro, no valor de $ 100.000,
depositado no Banco Beta;
16. venda de metade das mercadorias a vista, por $ 250.000;
17. liquidação, em cheque, da dívida referente ao empréstimo bancário
obtido;
18. compra de $ 800.000 de mercadorias, sendo 20% a vista.
Com base nesses dados, pede-se:
a) efetuar o lançamento dos saldos iniciais e das operações nos
razonetes;
b) elaborar o Balancete de Verificação; e
c) elaborar o Balanço Patrimonial.
4. A Empresa Genoveva iniciou suas atividades em 1º-8-X2 no ramo de
revenda de peças para veículos automotores. Seu capital social, no valor de $ 1.800.000,
foi constituído da seguinte forma: $ 300.000 em imóveis, $ 400.000 em equipamentos, $
400.000 em dinheiro, $ 200.000 em veículos e o restante a ser integralizado no prazo de
90 dias.
As operações do mês de agosto encontra-se relacionadas a seguir:
1. aquisição de instalações a vista, no valor de $ 100.000;
2. aquisição de peças para revenda, nas seguintes condições: $ 200.000 em
dinheiro, $ 100.000 a vencer em 30 dias e $ 100.000 a vencer em 90 dias.
3. venda do imóvel por $ 400.000 à Cia. Tumba, tendo recebido $ 100.000
a vista;
4. venda de $ 200.000 de peças para a Cia Gama, pelo preço de custo,
sendo 30% a vista;
5. depósito de $ 200.000 no Banco Sem Fundo S.A.;
6. recebimento de um veículo de $ 200.000 com parte de pagamento do
imóvel vendido;
7. pagamento de $ 100.000, em cheque, aos fornecedores de peças;
8. o adquirente do imóvel, na impossibilidade de saldar suas dívidas em
dinheiro, entregou um equipamento de $ 100.000;
9. aumento do capital da empresa com o lucro auferido no mês de agosto.
Com base nesses dados, pede-se:
a) efetuar o lançamento dos saldos iniciais e das operações no
razonetes;
b) elaborar o Balancete de Verificação; e
elaborar o Balanço Patrimonial em 31-8-X2.
27
5. A Cia JRCS iniciou suas atividades em 1º-1-X1 e dedica-se à comercialização de moveis
para escritório. Seu capital social de $ 1.000 encontra-se integralizado em apenas 50%.
Durante o mês de janeiro foram realizadas as seguintes operações:
19. aquisição de diversos móveis para comercialização (mercadorias), no total de
$500, sendo 80% a prazo;
20. aquisição de quatro veículos para entrega de mercadorias a $ 200 cada, a prazo;
21. abertura de conta bancária no Banco ABC, ocasião em que foi efetuado o
depósito de $100;
22. venda de 50% dos móveis à Cia. Gama, recebendo em troca $ 300 em dinheiro
e uma obra de arte avaliada em $ 200;
23. obtenção de $ 200 de empréstimo junto ao Banco Sol;
24. pagamento, em cheque, de $ 200 referente a despesa de aluguel
25. integralização do Capital Social em dinheiro, no valor de $ 100, depositado no
Banco ABC;
26. compra de móveis (mercadorias) para revenda a vista, por $ 250;
27. Pagamento de despesa de energia no valor de $ 100
28. pagamento de juros bancários no valor de $10
29. pagamento a fornecedores, pela aquisição dos móveis, com juros de 10%.
30. compra de móveis (mercadorias) para revenda a prazo, por $ 250;
Com base nesses dados, pede-se:
a)
b)
c)
d)
efetuar o lançamento das operações nos razonetes;
elaborar o Balancete de Verificação; e
elaborar o Balanço Patrimonial.
Elaborar a DRE
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