2013 DE COMIDA CARA OS ALIMENTOS QUE MAIS SALGARAM A

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Economia.
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QUINTA-FEIRA, 19 DE DEZEMBRO DE 2013 A GAZETA
Oi é acusada de
vender Velox
sem cobertura
Pág. 35
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ELAINE SILVA
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2013 DE COMIDA CARA
OS ALIMENTOS QUE MAIS
SALGARAM A INFLAÇÃO
Ervilha, laranja e feijão estão entre os vilões. Alta chega a 49%
RITA BRIDI
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Os preços de muitos dos
alimentos que estão todos os dias na mesa dos
capixabas, como feijão,
carne, leite e pão, não
deram trégua. Começaram o ano nas alturas,
mantiveram-se elevados e podem continuar
caros no decorrer de
2014. Outros, como arroz, pó de café e óleo,
iniciaram 2013 com valores salgados, mas registraram queda em alguns meses.
No acumulado de janeiro a outubro, a pesquisa da cesta de alimentos feita pela Fucape
apurou inflação de
6,52%. Em 12 meses (outubro/12 a outubro/13),
a inflação foi de 7,14%.
Embora ainda alta, foi
menor que o índice apurado em 2012, explica o
professor de Economia
da Fucape Matheus Albergaria de Magalhães.
Os preços dos produtos mais consumidos pela classe popular subiram menos que os itens
que com forte consumo
pelas classes com maior
poder aquisitivo, destaca o coordenador do projeto de pesquisa da cesta
básica da Rede Doctum,
professor Paulo Cezar Ribeiro Silva. E as justificativas para a alta dos produtos são diversas. .
O secretário estadual
de Agricultura, Enio Bergoli, lembra que 2013 foi
um ano com acentuada
variação climática no Espírito Santo e no Brasil.
Houve períodos de seca
prolongada e também
períodos com muita chuva, como o atual. E muita
chuva ou estiagem prolongada não são favoráveis ao cultivo de plantas
alimentares.
O COMPORTAMENTO
Os levantamentos dos
preços dos produtos da
cesta básica da classe
média, apurados pela
Empresa Júnior da Rede
Doctum, apontam no
acumulado do ano (ja-
neiro a novembro) alta
de 48,7% no preço da ervilha seca. Laranja-pera,
farinha de trigo, vagem,
feijão preto, leite condensado, banana-prata,
lasanha, pão francês, leite em pó e tomate são os
produtos que registraram maior alta acumulada nos preços.
A alta menor nos produtos populares. segundo
Silva, deve-se também à
isenção da cobrança de tributos concedida pelo governo federal para produtos da cesta básica. A elevação nos cereais como ervilha e feijão é atribuída à
variação climática.
O tomate, um dos vilões
da cesta básica, foi o item
que teve a maior oscilação
nos preços durante o ano,
por conta da variação climática. Os dados da cesta
básica do Dieese apontam
que a cifra mais alta foi em
abril: R$ 5,68. Em julho,
caiu para R$ 2,43 o quilo.
O preço médio ainda ficou
alto: R$ 3,67 o quilo.
O leite foi outro item
que teve alta. Na cesta do
Dieese, o litro custava R$
2,57 em fevereiro e passou
para R$ 3,10 em novembro. O valor médio no ano
foi de R$ 2,86. Por conta
das intempéries em vários
países o preço do leite, que
é uma commoditie global
refletiu no mercado brasileiro, explicou Bergoli. O
produtor foi beneficiado
com a alta que foi a melhor
remuneração dos últimos
13 anos.
O preço do trigo e, por
tabela, do pão francês, pesou muito no bolso do consumidor. Isso por conta da
dificuldade do país em importar o produto. A Argentina dificultou as vendas
para o Brasil, que teve de
adquirir o trigo de países
mais distantes com custo
maior.
As chuvas intensas podem refletir no preço das
hortaliças no começo de
2014. O clima úmido é favorável às pragas, que são
inimigas dos hortigranjeiros. Se a oferta for muito
reduzida, o preço poderá
aumentar.
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