A Economia Cearense e seus Desafios Carlos Hamilton Araújo Novembro de 2011 Índice • Contexto Internacional • Economia Brasileira • Economia Nordestina • Economia Cearense • Conclusão Contexto Internacional 3 Contexto Internacional Meta para a Inflação e Inflação em Doze Meses 12 10 centro da meta/ponto médio ocorrido em 12m até set/11 % 8 6 4 2 Rússia Índia China EUA Brasil África do Sul Chile México Colômbia Noruega Polônia Austrália* Reino Unido Suécia Nova Zelândia* 0 *3T 11 Fontes: Thomson Datastream / bancos centrais diversos 4 Fonte: Bloomberg Rússia Índia China EUA Austrália Nova Zelândia Colômbia África do Sul Chile México Polônia Noruega 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Suécia Reino Unido Brasil % Contexto Internacional Expectativa de Inflação em Países Selecionados 2011 2012 5 Contexto Internacional Reino Unido EUA Nova Zelândia Índia Suécia África do Sul China Polônia Noruega Colômbia Austrália Rússia México Chile 5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 Brasil taxa real de juros, % Ação Limitada da Política Monetária em Economias Maduras dados de set 11 Fontes: Thomson Datastream / bancos centrais diversos 6 Contexto Internacional Indicadores Fiscais de Países Selecionados Economias maduras com situação fragilizada Dívida bruta do governo geral (% do PIB) 125 Itália 2010 Itália 2007 105 Belgica 2007 85 45 Islândia 2007 -6 -4 Turquia 2007 25 -2 Hungria 2010 0 2 EUA 2010 R.U. 2010 Portugal 2010 Brasil 2010 Hungria 2007 Brasil 2007 Portugal 2007 EUA 2007 R.U. 2007 65 Espanha 2007 Islândia 2010 Belgica 2010 Espanha 2010 Turquia 2010 4 6 8 10 12 Déficit nominal do governo geral (% do PIB) Fonte: FMI (Fiscal Monitor, abr/11) 7 Contexto Internacional Maior Volatilidade e Aversão ao Risco VIX (esq.) taxa de câmbio (dir.) 1,90 40 1,85 35 1,80 30 1,75 25 1,70 20 1,65 15 1,60 10 1,55 jan 10 fev 10 mar 10 abr 10 mai 10 jun 10 jul 10 ago 10 set 10 out 10 nov 10 dez 10 jan 11 fev 11 mar 11 abr 11 mai 11 jun 11 jul 11 ago 11 set 11 out 11 % 45 1,95 R$/US$ 50 dados até 7/11/11 Fonte: Bloomberg 8 Contexto Internacional Redução da Atividade Global Cresc. do PIB (%) WEO set/11 Diferença em rel. ao WEO jun/11 (p.p.) 2011 2012 2011 2012 4,0 4,0 -0,3 -0,5 1,6 1,9 -0,6 -0,7 1,5 1,6 -0,5 1,1 2,1 1,8 1,1 2,3 1,6 1,9 -1,0 -0,4 0,2 -0,4 -0,8 -0,9 -0,6 -0,6 -0,7 -0,7 6,4 6,1 -0,2 -0,3 Índia 9,5 7,8 9,0 7,5 -0,1 -0,4 -0,5 -0,3 Brasil 3,8 3,6 -0,3 0,0 Global Economias Avançadas EUA Área do Euro Japão Reino Unido Canadá Economias Emergentes e em Desenvolvimento China Fonte: WEO/IMF – set/11 9 Contexto Internacional • Redução no ritmo da atividade econômica global, em casos específicos com possibilidade de que ocorra recessão; • A capacidade de reação das políticas monetária e fiscal é limitada nas economias maduras; • Nas economias emergentes, expectativas de crescimento mais moderado; e • Aumento da volatilidade e da aversão ao risco. 10 Economia Brasileira 11 Economia Brasileira Contribuição da Demanda Doméstica para o PIB 14 12 setor externo demanda doméstica 10 p.p. (t/t-4) 8 6,6 6 5,3 4,2 4 2 0 -2 -1,5 -1,1 -1,1 1T 05 2T 05 3T 05 4T 05 1T 06 2T 06 3T 06 4T 06 1T 07 2T 07 3T 07 4T 07 1T 08 2T 08 3T 08 4T 08 1T 09 2T 09 3T 09 4T 09 1T 10 2T 10 3T 10 4T 10 1T 11 2T 11 -4 Fontes: IBGE / BCB 12 Fonte: IBGE set 11 jul 11 mai 11 mar 11 8,5 jan 11 9,0 nov 10 set 10 jul 10 mai 10 mar 10 jan 10 nov 09 set 09 jul 09 mai 09 mar 09 jan 09 %, dessazonalizado Economia Brasileira Taxa de Desemprego mensal média móvel trimestral 8,0 7,5 7,0 6,5 6,0 5,5 13 Fonte: IBGE set 11 jul 11 mai 11 mar 11 jan 11 nov 10 set 10 jul 10 mai 10 mar 10 jan 10 nov 09 set 09 jul 09 mai 09 mar 09 jan 09 nov 08 set 08 10 jul 08 12 mai 08 mar 08 jan 08 crescimento sobre o mesmo período do ano anterior (%) Economia Brasileira Massa Salarial Real trimestre mês 8 6 4 2 0 14 Fonte: BCB set 11 jul 11 mai 11 mar 11 jan 11 nov 10 set 10 jul 10 mai 10 mar 10 jan 10 nov 09 set 09 jul 09 mai 09 mar 09 jan 09 nov 08 set 08 75 jul 08 80 mai 08 mar 08 jan 08 R$ bilhões de set/11 Economia Brasileira Concessão de Crédito à Pessoa Física dessazonalizado observado 70 65 60 55 50 45 15 Economia Brasileira Índice de Atividade do Banco Central – IBC-Br 2002=100, dessazonalizado Moderação no Crescimento Fonte: BCB 16 Economia Brasileira Inflação % a.m. % em 12 meses expectativas de mercado* Fontes: IBGE / BCB *em 4/11 17 Economia Brasileira A inflação acumulada em doze meses alcançou o pico no último trimestre, e começa a recuar no trimestre corrente deslocando-se, assim, na direção da trajetória de metas. 18 Economia Brasileira O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, ajustes moderados no nível da taxa básica são consistentes com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012. 19 Economia Brasileira • Moderação do ritmo de crescimento; • Mercado de trabalho com moderação na margem; • Demanda interna sustenta crescimento; e • Perspectivas positivas sustentam mercado de trabalho e crédito. 20 Economia Nordestina 21 Economia Nordestina Participação no PIB Nacional e Participação por Setores Participação percentual das grandes regiões no PIB - 2008 CentroOeste 9,2% Participação percentual dos setores no valor adicionado – 2008 Nordeste Norte 5,1% Agropec. 9% Indústria 24% Nordeste 13,1% Serviços 67% Sudeste 56,0% Sul 16,6% Brasil Agropec. 6% Indústria 28% Serviços 66% Fonte: IBGE 22 Economia Nordestina O PIB do Nordeste Cresce acima do PIB Nacional 145 Brasil Nordeste 140 135 2002=100 130 125 120 115 110 105 Fontes: IBGE / Etene/BNB (NE: 2009-10) 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 100 23 Economia Nordestina Economia da Região Nordeste - 2011 Crescimento acima da média nacional: Produção de grãos* (33,6% no NE e 9,2% no BR); Comércio varejista*** (8,5% e 6,9%); Importações*** (37,3% e 26,3%); Operações de crédito** (25,2% e 20,4%); Crescimento abaixo da média nacional: Produção industrial*** (-5,2% no NE e 1,1% no BR); Exportações*** (16,7% e 31,1%); Geração de empregos formais*** (-32,2% e -18%). * estimativa para o ano; ** dados até agosto; *** dados até setembro Fontes: IBGE / BCB / MTE / MDIC 24 Economia Nordestina Desempenho Recente da Economia Nordestina • Moderação do ritmo de crescimento nos últimos meses; • Recuo da atividade industrial, comércio e agricultura com desempenho favorável; • Crédito mantém expansão, com destaque para o segmento de pessoas físicas; e • Mercado de trabalho com moderação do ritmo de contratações. 25 Economia Cearense 26 Economia Cearense Participação das Atividades Econômicas no Valor Adicionado Bruto 12,0 Outros Serviços 13,1 Administração Pública 8,3 8,2 Aluguéis 4,8 Intermediação Financeira 6,8 2,7 Serviços de Informação 3,8 3,5 Transportes 5,0 Comércio 13,6 SIUP 16,1 5,5 3,1 5,2 4,9 Construção Civil 12,3 Transformação 16,6 0,6 Extrativa 3,2 Agropecuária 5,9 0 7,1 5 10 Ceará Fonte: IBGE 22,1 15,8 Brasil % 15 20 25 27 Economia Cearense PIB do Ceará Cresce acima do PIB Nacional e da Região 150 145 140 Brasil Ceará Nordeste 2002=100 135 130 125 120 115 110 105 Fontes: IBGE / Etene/BNB (NE: 2009-10), IBCR/BCB (CE: 2009-10) 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 100 28 Economia Cearense Comércio Varejista Cresce acima da Média Nacional e do Nordeste Taxa de crescimento acumulado do comércio varejista 45 Brasil Ceará Nordeste 40 35 30 % 25 20 15 10 5 0 Fonte: IBGE jul 11 abr 11 jan 11 out 10 jul 10 abr 10 jan 10 out 09 jul 09 abr 09 jan 09 out 08 jul 08 abr 08 jan 08 -5 29 Economia Cearense Crédito e Mercado de Trabalho Explicam o Melhor Desempenho Crédito total para pessoa física 240 220 Evolução do emprego formal 125 Brasil 221,70 212,60 Ceará Nordeste Brasil Ceará 120 Nordeste 200 188,17 2008=100 2008=100 140 119,99 115,94 115 180 160 124,87 110 105 120 100 100 Fonte: BCB e MTE jan 08 abr 08 jul 08 out 08 jan 09 abr 09 jul 09 out 09 jan 10 abr 10 jul 10 out 10 jan 11 abr 11 jul 11 95 jan 08 abr 08 jul 08 out 08 jan 09 abr 09 jul 09 out 09 jan 10 abr 10 jul 10 out 10 jan 11 abr 11 jul 11 80 crédito: até ago/11; emprego: até set/11 30 Economia Cearense Economia do Ceará - 2011 Crescimento do estado comparativamente ao Nordeste: Produção de grãos* (290,1% no CE e 33,6% no NE); IBCR** (8,5% e 5,2%); Comércio varejista*** (9,5% e 8,5%); Produção industrial*** (-13,2% e -5,2%); Exportações*** (12,3% e 16,7%); Importações*** (22,6% e 37,3%); Operações de crédito** (26,4% e 25,2%); Geração de empregos formais*** (-30,5% e -32,2%). * estimativa para o ano; ** dados até agosto; *** dados até setembro Fontes: IBGE / BCB / MTE / MDIC 31 Economia Cearense Comércio Varejista (crescimento % no ano) 2008 2009 2010 2011* Rondônia 13,5 Piauí 13,3 Tocantins 55,6 Tocantins 40,2 São Paulo 12,5 Sergipe 13,2 Rondônia 29,4 Rondônia 17,6 Rio Grande do Norte 11,0 Roraima 11,3 Acre 22,4 Paraíba 16,8 Mato Grosso do Sul 10,9 Rondônia 10,8 Roraima 19,3 Acre 14,9 Mato Grosso 10,6 Ceará 9,5 Paraíba 18,8 Roraima 14,8 Sudeste 10,5 Alagoas 8,2 Mato Grosso 18,0 Maranhão 13,1 Paraíba 10,2 São Paulo 7,2 Maranhão 17,4 Norte 11,9 Maranhão 9,2 Bahia 7,0 Norte 16,9 Minas Gerais 11,0 Brasil 9,1 Santa Catarina 6,8 Ceará 14,0 Ceará 10,7 Centro-Oeste 8,9 Nordeste 6,8 Centro-Oeste 13,4 Goiás 9,8 Goiás 8,8 Amapá 6,3 Mato Grosso do Sul 13,4 Nordeste 9,7 Espírito Santo 8,4 Sudeste 6,1 Goiás 13,0 Rio de Janeiro 9,5 Piauí 8,2 Acre 6,0 Sergipe 12,9 Bahia 9,3 Ceará 8,0 Brasil 5,9 Pará 12,7 Pará 9,3 Roraima 7,9 Rio de Janeiro 5,7 Alagoas 12,5 Pernambuco 8,9 Nordeste 7,9 Pernambuco 5,4 Nordeste 12,3 Rio Grande do Sul 8,4 * 12 meses até agosto Fonte: IBGE 32 Economia Cearense Operações de Crédito (crescimento % no ano) 2008 2009 2010 2011* Rio de Janeiro 47,3 Minas Gerais 75,6 Goiás 38,7 Goiás 30,5 Paraíba 44,7 Rondônia 47,3 Sudeste 38,7 Sudeste 30,5 Ceará 43,7 Espírito Santo 41,9 Amapá 34,4 Pará 29,1 Amapá 43,0 Rio Grande do Sul 32,7 Rondônia 34,3 Ceará 27,6 Goiás 42,5 Nordeste 31,8 Distrito Federal 32,1 Amapá 26,4 Sudeste 42,5 Ceará 31,2 Espírito Santo 31,2 Alagoas 25,6 Rondônia 42,2 Rio de Janeiro 30,8 Pernambuco 30,2 Nordeste 25,2 Amazonas 42,0 Amazonas 29,4 Ceará 30,2 São Paulo 25,0 Roraima 40,0 Goiás 27,5 São Paulo 29,8 Sergipe 24,8 Mato Grosso do Sul 38,8 Sudeste 27,5 Alagoas 29,5 Piauí 24,6 São Paulo 37,8 Santa Catarina 26,6 Sergipe 27,8 Tocantins 22,1 Santa Catarina 37,6 Sergipe 26,3 Acre 27,2 Sul 21,6 Sergipe 37,5 Amapá 26,0 Rio Grande do Sul 26,8 Brasil 20,4 Pernambuco 36,9 Distrito Federal 23,7 Norte 26,7 Minas Gerais 20,0 Nordeste 36,6 Acre 23,2 Nordeste 26,7 Paraíba 19,5 Brasil 33,4 Brasil 17,1 Brasil 21,2 Mato Grosso 19,4 * 12 meses até setembro Fonte: BCB 33 Economia Cearense IBCR e IBC-Br (crescimento % no ano) 2008 2009 2010 2011* São Paulo 7,7 Pernambuco 2,7 Espírito Santo 12,1 Ceará 7,9 Ceará 6,6 Ceará 2,6 Amazonas 11,0 Espírito Santo 6,9 Sudeste 6,6 Bahia 2,2 Paraná 10,8 Pará 6,1 Centro-Oeste 6,4 Rio de Janeiro 1,9 Minas Gerais 10,0 Nordeste 6,0 Espírito Santo 6,3 Centro-Oeste 1,8 Ceará 9,3 Minas Gerais 5,8 Paraná 6,3 Nordeste 1,5 Norte 9,3 Pernambuco 5,6 Nordeste 5,6 Santa Catarina 0,6 Nordeste 9,0 Centro-Oeste 5,2 Bahia 5,2 São Paulo 0,3 São Paulo 8,5 Sudeste 5,2 Brasil 5,0 Paraná 0,0 Sudeste 8,4 São Paulo 5,1 Minas Gerais 4,9 Sul -0,2 Bahia 8,4 Norte 5,0 Pernambuco 4,8 Sudeste -0,2 Centro-Oeste 8,2 Rio de Janeiro 4,7 Sul 4,4 Brasil -0,7 Sul 8,2 Sul 4,4 Rio de Janeiro 4,4 Rio Grande do Sul -0,9 Pará 7,8 Rio Grande do Sul 4,3 Santa Catarina 3,9 Pará -1,1 Brasil 7,8 Bahia 4,0 Amazonas 3,9 Norte -2,7 Pernambuco 7,8 Brasil 4,0 Norte 3,9 Minas Gerais -3,1 Rio Grande do Sul 6,9 Amazonas 3,7 * 12 meses até agosto Fonte: BCB 34 Economia Cearense Principais Investimentos Valor (US$ bi) % PIB (US$ 44,1 bi) Refinaria Premium II 11,1 25,2 Usina Siderúrgica - Companhia Siderúrgica do Pecém 4,0 9,1 Governo Estadual e Setor Privado Energia Eólica 2,7 6,1 Governo Estadual Ampliação Porto do Pecém 2,0 4,5 EDP/MPX Usina Termoelétrica do Pecém 1,6 3,7 Governo Estadual e Federal Reforma Estádio Castelão – Copa do Mundo 2014 0,4 0,8 21,4 49,5 Investidor Atividade Petrobras Dongkuk Steel, Vale S/A e Posco Total Fonte: Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará - Adece 35 Economia Cearense Economia Cearense • Moderação da atividade no segundo semestre; • Recuo da atividade industrial, mas comércio e setor agrícola com desempenho robusto; • Crédito mantém expansão, com destaque para o segmento de pessoas físicas; • Mercado de trabalho com moderação na margem; e • Grandes projetos de investimento sinalizam continuidade do dinamismo recente da economia cearense. 36 Conclusão • Redução no ritmo da atividade econômica global, em casos específicos com possibilidade de que ocorra recessão; • A capacidade de reação das políticas monetária e fiscal é limitada nas economias maduras; • No Brasil, demanda interna sustenta crescimento, que mostra moderação; e • A despeito da moderação da expansão da demanda doméstica e da complexidade que ora envolve o ambiente internacional, são favoráveis as perspectivas para a atividade econômica, no Brasil, no Nordeste e no Ceará. 37 A Economia Cearense e seus Desafios Carlos Hamilton Araújo Novembro de 2011