A Crise Mundial e a Economia Brasileira e - Ipece

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OPINIÃO
A CRISE MUNDIAL E A ECONOMIA BRASILEIRA E CEARENSE
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OPINIÃO
A CRISE E A ECONOMIA E CEARENSE
PONTOS FORTES BRASILEIROS PARA O ENFRENTAMENTO DA CRISE
1
SISTEMA
FINANCEIRO
Regulado e capitalizado – com baixo risco de exposição
à crise.
2
RESERVAS
EXTERNAS
US$ 210 bilhões – representa aproximadamente 18
meses de importações.
3
MERCADO INTERNO
Tem sido um sustentáculo importante da economia
brasileira – mais dinamizado – que deverá continuar
crescendo a um ritmo menor do que o de anos anteriores.
4
COMÉRCIO
EXTERIOR
Apesar da redução da demanda mundial, sobretudo dos
países desenvolvidos, o Brasil diversificou mercados,
cerca de 70 destinos, bem como mercadorias. Mesmo
que haja queda das commodities, com redução de
preços, a demanda deverá continuar aquecida em função
de crescimento de outros mercado, como o da Ásia, que
se estima em 70 milhões/ano.
5
ECONOMIA
Indicadores macroeconômicos mais solidificados: inflação
dentro da meta; taxa de juros em declínio. As economias
brasileira, chinesa, russa, mexicana e indiana devem
crescer tornando-as menos independentes dos países
ricos e menos vulneráveis aos efeitos da crise.
OPINIÃO
A CRISE E A ECONOMIA CEARENSE
1
FINANÇAS PÚBLICAS
O Ceará está com suas finanças equilibradas. Poupança e novos investimentos. Grandes
empreendimentos se instalando.
2
ESTRUTURA
ECONÔMICA
A economia cearense tem uma estrutura econômica mais voltada ao mercado interno e de
produtos de bens de consumo intermediários e consumo final.
3
MERCADO INTERNO
Tem sido um sustentáculo importante da economia cearense – mais dinamizado – que
deverá continuar crescendo a um ritmo menor do que em anos anteriores. O Ceará é um
estado importador interno.
4
SERVIÇOS/COMÉRCIO
Atividade forte com representatividade de 14,4%, tem sustentado, pelos menos nos
últimos quatro anos, a economia cearense. Deverá continuar a crescer, mas a um ritmo
menor. Muito ligado à conjuntura econômica do País.
5
INDÚSTRIA
Outra atividade que tem feito a diferença no crescimento econômico do Ceará. Com o
recuo do mercado externo a produção deverá ser mais direcionada ao mercado
interno/Indústria de Transformação. A Construção Civil está sendo incentivada e
deverá continuar impulsionando a economia, dada sua extensa cadeia de influência.
6
ATIVIDADES
TURÍSTICAS
Em alta. Importante segmento econômico. Influenciado pela conjuntura econômica do país
e internacional. De grande poder de irradiação. Está sendo incentivada.
7
MERCADO EXTERNO
Importante e tem acompanhado o ritmo brasileiro, mas tem peso ainda pequeno na
economia cearense. Mais diversificação de produtos e mercado tem sido ponto de
destaque. Menos dependente dos maiores mercados.
8
CONDIÇÕES
CLIMÁTICAS
Este é um dos elementos mais importantes para a economia cearense. Apesar da
Agropecuária participar com 7,3% para a formação do PIB, seus resultados têm reflexos
nas demais atividades econômicas dada a estrutura econômica do Ceará. Influência
diretamente nos preços dos alimentos e conseqüentemente na inflação e cesta básica dos
cearenses.
9
MERCADO DE
TRABALHO
Acompanha o ritmo da economia.
OPINIÃO
A CRISE E A ECONOMIA CEARENSE
PONTOS FORTES CEARENSES PARA O ENFRENTAMENTO DA CRISE
1
FINANÇAS PÚBLICAS
Poupança e investimentos (previstos).
2
ESTRUTURA ECONÔMICA
3
MERCADO INTERNO
7,3% Agropecuária;
23,5% Indústria;
69,2% Serviços.
Vendas para dentro do país: 38%/PIB CE;
Compras de dentro do país: 54%/PIB CE.
4
MERCADO EXTERNO
Vendas para fora do país: 5% PIB CE;
Compras de fora do país; 9% PIB CE.
5
COMÉRCIO (Comércio
Varejista)
6
INDÚSTRIA
7
ATIVIDADES TURÍSTICAS
Por sua vez, o volume de vendas do varejo, tanto
Brasil como Ceará, mostra uma desaceleração, nos
últimos meses do ano.
Outra atividade que tem feito à diferença no
crescimento econômico do Ceará. Com o recuo do
mercado externo a produção deverá ser mais
direcionada ao mercado interno/Indústria de
Transformação. A Construção Civil está sendo
incentivada e deverá continuar impulsionando a
economia, dada sua extensa cadeia de influência.
Muito incentivada.
8
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
A previsão para a produção de Grãos (feijão, milho e
arroz) é de crescimento de 23% sobre 2008. Estes
três grãos representam quase 90% do total.
9
MERCADO DE TRABALHO
O Brasil fechou o ano com 1.452.204 postos de
trabalho, vinha com recordes. O Ceará fechou 2008
com um saldo de 41mil postos de trabalho (carteira
assinada). Brasil e Ceará registraram perdas de
-92.569 postos de trabalho e
-7.334 postos de trabalho, respectivamente, de
janeiro a fevereiro/2009.
Fonte: IPECE, IBGE, SEFAZ,MDIC/SECEX e MTE.
COMPORTAMENTO SETORIAL – 2001-2009
Volume de Vendas Varejistas: Taxas mensais %)
20
18,29
15,14
15
10
5
0
-5
9,93
3,24
-10
jan/01
0,86
-0,29
-6,68
fev/01
jan/02
fev/02
jan/03
9,52
7,27
3,64
2,79
0,75
9,92
13,08 14,3
4,31
-5,52
fev/03
jan/04
fev/04
jan/05
fev/05
jan/06
fev/06
jan/07
fev/07
jan/08
fev/08
jan/09
Volume de Vendas Varejistas: Taxas aumuladas (%)
20
16,06
15
9,57
10
2,3
0
-1,15
-10
dez/01
Fonte: IBGE.
8,03
8,52
5
-5
10,61
-5,92
dez/02
dez/03
dez/04
dez/05
dez/06
dez/07
dez/08
COMPORTAMENTO SETORIAL – 1994-2009
Produção Industrial Mensal (%)
40,0
30,0
20,0
30,6
10,0
0,0
-4,2 -5,3
-5,1
-10,0
-9,9
-20,0
12,7
10,0
6,5
2,4
-10,0
-5,6
-4,3
12,7
10,1
9,7
8,9
-3,8 -4,7
-7,7 -9,1
-8,3
6,2
-4,2
7,5
1,8
-2,1
-4,9
-10,5
jan/94 fev/94 jan/96 fev/96 jan/98 fev/98 jan/99 fev/99 jan/00 fev/00 jan/01 fev/01 jan/02 fev/02 jan/03 fev/03 jan/04 fev/04 jan/05 fev/05 jan/06 fev/06 jan/07 fev/07 jan/08 fev/08 jan/09 fev/09
Produção Fisica Industrial: Taxas Acumuladas (%)
15
10 10,33
7,92
5
0
-5
-10
dez/94
dez/95
11,85
9,9
2,54
1,89
8,23
3,98
0,88
-0,54
1,18
-1,27
-1,56
-7,33
dez/96
dez/97
dez/98
dez/99
dez/00
dez/01
dez/02
dez/03
dez/04
dez/05
dez/06
1994: Plano Real
1998/1999: Mudança da Política Cambial - Fixo para Flutuante.
2000: Entrada da produção das empresas atraídas, sobretudo a de calçados.
2001/fev./2002: Racionamento de Energia Elétrica.
2002/2003: Instabilidade Econômica e Política.
2004: Recuperação Econômica, Política, e ganho de poder aquisitivo - confiança.
2005: Forte interferência chinesa - competitividade, principalmente nos segmentos de calçados e têxtil (o Ceará perde posição no ranking Brasil de pólo Têxtil e
passa para a quinta posição. As empresas de calçados perderam mercados.
2006: Conjuntura favorável e as empresas buscaram novos mercados e começam a recuparar os mercados perdidos. O Ceará obteve a maior taxa de
crescimento econômico, 8%. Safra recorde, exportações recordes, emprego recordes, comércio em alta.
2007: Safra cai quase 50%; estabilidade da produção industrial, queda da castanha de caju, comércio em alta, crescimento da economia de 4,4%.
2008: Safra recupera-se, mas não é recorde; continua o problema do câmbio; taxa de juros em queda, mas ainda elevada e a crise.
Fonte: IBGE.
2,45
dez/07
dez/08
267
Janeiro
Fevereiro
2008
2009
Saldo
Março
Acum. Ano
-27
-56
-56
2
11
Importações
-50
-16
Exportação
2009
26
129
56
2008
82
87
2008
Fonte: MDIC/SECEX.
151
127
73
2009
83
84
240
309
98
101
110
400
350
300
250
200
150
100
50
0
-50
-100
365
COMPORTAMENTO SETORIAL – 2008-2009
COMPORTAMENTO SETORIAL – 2003-2008
PIB DA CONSTRUÇÃO CIVIL
BRASIL E CEARÁ
Ceará
14,0
Brasil
12,4
12,0
10,1
10,0
7,8
8,0
6,6
6,0
5,0
4,9
4,0
2,0
-4,0
4,7
1,8
0,0
-2,0
2,2
8,0
-3,3
-4,6
-6,0
2003
Fonte: IBGE e IPECE.
2004
2005
2006
2007
2008
COMPORTAMENTO SETORIAL – 2008-2009
MERCADO DE TRABALHO
No nível de emprego formal, segundo os dados do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), o Ceará, de janeiro a fevereiro/2009, registrou um saldo
negativo de 7,33 mil postos de trabalho formal contra 6,45 mil postos de
trabalho formal, em igual período de 2008. Os resultados foram reflexos do
comportamento da Indústria de Transformação, Construção Civil e Comércio.
Muito embora o Estado tenha registrado um saldo anual positivo, em 2008, de
41 mil postos de trabalho formais.
FINANÇAS PÚBLICAS
Um estudo1) do IPEA indica que há impactos da crise não só na economia real,
mas nas finanças públicas, por meio das transferências constitucionais, que
vem em desaceleração desde outubro/2008, sobretudo no repasse do Fundo de
Participação dos Estados (FPE) aos estados brasileiros, e que deverá se
agravar em 2009.
1) Crise Internacional: metamorfoses de empresas transnacionais e impactos
nas regiões brasileiras, IPEA 2009.
OPINIÃO
A CRISE E A ECONOMIA CEARENSE
COMPORTAMENTO DO PIB – 2007-2008
BRASIL E CEARÁ
Taxas (%)
10
9,2
Ceará
9
7,9
8
7
5,8
6
5
5,2
5,6
5,9
6,5
6,3
5
4,7
4,4
4
3
2
1
1
0
2007
Trim. I/08
Trim. II/08
Fonte: IPECE e IBGE.
(*) 2007 a 2009 são preliminares e podem sofrer alterações.
Trim. III/08
Trim. IV/08
2008
Brasil
OPINIÃO
A CRISE E A ECONOMIA CEARENSE
PREVISÃO: TAXAS DE CRESCIMENTO (%) – CEARÁ E BRASIL – 20022009 (*)
9,0
Ceará
Brasil
8,0
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
2002
2003
2004
2005
2006
Fonte: IPECE e IBGE.
(*) 2007 a 2009 são preliminares e podem sofrer alterações.
2007
2008
2009
OPINIÃO
A CRISE E A ECONOMIA CEARENSE
MEDIDAS ADOTADAS
Crédito para exportadores via BNDES
Crédito para setor agrícola via Banco do Brasil
Redução de IPI (Indústria e Material de Construção)
Aumento do seguro-desemprego
Pacote habitacional
IMPACTOS PROVÁVEIS
Curto Prazo: redução de IPI.
Médio Prazo: Construção/habitação.
OPINIÃO
A CRISE E A ECONOMIA CEARENSE
Há uma postura unânime entre os governos Federal e Estadual em cortar gastos
procurando otimizar seus recursos, acompanhando uma tendência dos países que
estão diretamente ligados a crise, como a Alemanha, Espanha, França e outros.
Mais recentemente, outros países, com probabilidade de impactos menos
danosos em suas economias, como Brasil e Venezuela, também estão reduzindo
gastos e, consequentemente, operando cortes em seus orçamentos.
O Brasil também poderá reduzir a taxa de juro SELIC, para beneficiar o consumo
e os investimentos dos setores produtivos e de serviços.
Diante do exposto, espera-se um cenário, no que se refere às contas públicas,
com mais disciplina para 2009.
OPINIÃO
A CRISE E A ECONOMIA CEARENSE
Há uma postura unânime entre os governos Federal e Estadual em cortar gastos
procurando otimizar seus recursos, acompanhando uma tendência dos países que
estão diretamente ligados a crise, como a Alemanha, Espanha, França e outros.
Mais recentemente, outros países, com probabilidade de impactos menos
danosos em suas economias, como Brasil e Venezuela, também estão reduzindo
gastos e, consequentemente, operando cortes em seus orçamentos.
O Brasil também poderá reduzir mais fortemente a taxa de juro SELIC, para
beneficiar o consumo e os investimentos dos setores produtivos e de serviços.
Diante do exposto, espera-se um cenário, no que se refere às contas públicas,
com mais disciplina para 2009.
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