Garra do Diabo Nativa da África do Sul e leste da África cresce no deserto, uma das poucas plantas africanas incluída nas farmacopéias européias, a Garra do Diabo teve suas propriedades antiinflamatórias confirmadas em 1958 e desde então seu uso se expandiu. (Poulin,1992) Seu nome provém do aspecto do fruto ramoso e lenhoso provido de barbas semelhantes a garras (Teske,1994). Nativa da África do Sul e Leste da África, a Garra do Diabo é uma planta vivaz com tubérculos grandes e globosos de 20 centímetros de comprimento por 6 centímetros de largura. Folhas lobuladas ovaladas cerca de 7 centímetros de comprimento . Suas flores possuem a forma de uma trombeta, de cor violácea ou vermelha, frutos cobertos de farpas rígidas (Poulin, 1992). O odor de seus tubérculos, os quais constituem a droga vegetal é forte e característico e um sabor adstringente e amargo (PR, 1998). Nome Científico: Harpagophytum procumbens D.C. (Teske, 1994) Nome Popular: Garra do Diabo; Harpagofito, Garra del Diabo, Raiz de Windhoeck, Devil´s Claw (Inglês), Griffe du Diable (francês). (Alonso, 1998). Denominação Homeopática: HARPAGOPHYTUM PROCUMBENS Família Botânica: Pedaliaceae Parte Utilizada: Raiz Princípios Ativos: Glicosídeos Iridóides: harpagosídeo (éster do ácido cinâmico), procumbina, harpapágido, ésteres p-cumarinicos (Alonso, 1998); Ácido Cinâmico Livre; Glicosídeos Fenólicos: acteosídeo e isoacteosídeo; Fitosteróis: β-sitosterol; Ácidos Terpênicos; traços de Óleo Essencial; Açúcares: glicose, frutose e rafinose.(PR, 1998). O Extrato deverá apresentar no mínimo 0,8%; 1,6% de Iridóides totais calculados como Harpagosídeos. Indicações e Ação Farmacológica: A Garra do Diabo possui ação antiinflamatória, anti-reumatismal, alivia as dores, sedativa. (Poulin, 1993) Favorece o aumento da atividade do fígado estimulando a desintoxicação, especialmente quanto a eliminação de uréia. Possui também efeito estimulante sobre o sistema linfático (Teske, 1994). Particularmente utilizada para aliviar as dores do reumatismo, artrite, gota, mialgia (dor muscular) e lumbago (dor no fundo das costas) (Poulin, 1993). Pela ação dos heterosídeos iridóides e do β-sitosterol, a Garra do Diabo desempenha sua principal propriedade, a de antiinflamatória, por mecanismos de inibição da síntese de prostaglandinas interferindo na permeabilidade da membrana celular e influenciando a inibição da prostaglandinasintase (Teske, 1994). Estudos ainda em desenvolvimento buscam elucidar sua provável ação sobre a vesícula, pâncreas, estômago, intestino e rins (Teske, 1994). Toxicidade/Contra-indicações: O uso prolongado pode causar distúrbios na digestão, como dispepsia. A urina pode apresentar-se ligeiramente escurecida durante o uso da Garra do Diabo.Em casos de superdosagem, o individuo pode apresentar náuseas, vômitos, pequena ação laxante e lesões hepáticas.Pela presença do β-sitosterol, um composto que pode ter ação hormonal, seu uso não é recomendado durante a gestação, especialmente nos últimos meses podendo retardar o parto (Teske, 1994). Em alguns casos, ao inicio do tratamento, os pacientes notam um ligeiro efeito laxante. Não é recomendado o uso endovenoso, já que se considera potencialmente tóxico por esta via (Alonso, 1998). Altas doses da garra do diabo pode interferir com tratamento de antiarrítmicos e antihipertensivos a nível cardiovascular (Alonso, 1998). Dosagem e Modo de Usar: - Extrato Seco (3:1): 1-2 gramas por dia (Alonso, 1998); Extrato Fluido (1:1): 30 a 50 gotas, três vezes ao dia, entre as refeições (PR, 1998); - Tintura (1:10): 50-100 gotas, duas a quatro vezes ao dia (PR, 1998); - Pó: 1-3 gramas por dia, em três doses (PR, 1998). Referências Bibliográficas: 1. 2. 3. 4. 5. Informações disponibilizadas pelo fornecedor Quimer. ALO SO, J. R,; Tratado de Fitomedicina. Issis Ediciones. 1998. POULI , M; ROBBI S, C. A Farmácia atural. 1992. PR Vademecum de Precripción de Plantas Medicinales. CD-ROM. 3ª edição. 1998. SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. Livraria Editora Santos. 2000. 6. TESKE, M.; TRE TI I, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia. Herbarium. 1994.