Fucus vesiculosus

Propaganda
Fucus
Se trata de uma alga marinha pertencente à família das Fucáceas, caracterizada por
apresentar um talo coriáceo, delgado e ramificado, cor verde ao verde-amarelado
(pertencente ao grupo das algas pardas e feofíceas em que a cor verde da clorofila fica
mascarada por outros pigmentos de cor marrom), de 1-1,5 cm de largura e até 1 m de
comprimento, de qual partem frondes lenhosas, bífidas nas extremidades que se fixam nas
rochas, com nervo central grosso e bordas lisas. Nos ápices destas frondes se encontram os
órgãos reprodutores.
Fucus cresce extensamente, de maneira silvestre, em águas pouco profundas do
nordeste da costa atlântica, principalmente no Canal da Mancha, Mar Báltico, Mar do Norte,
Grã-Bretanha, assim como nas costas da Península Ibérica (desde do País Vasco até Andaluzia)
e também nas costas dos Estados Unidos. Em algumas zonas do Oceano Atlántico cobrem
grandes superfícies, sendo conhecidas essas áreas como mar de los sargazos (Alonso, 1998).
Alga que foi muito utilizada no século XVIII para o tratamento da asma e das doenças
de pele, sendo seu uso abandonado no inicio do século XIX quando Curfois descobre o iodo em
1811 (Teske, 1994).
Nome Científico: Fucus vesiculosus L. (Soares, 2000).
Nome Popular: Fucus, Alface do Mar, Cavalo Marinho, Cavalinho do Mar e Alga Vesiculosa,
no Brasil; Bodelha, Botilhão, Botelho, Botilhão Vesiculoso, em Portugal; Lechuga de Mar, Fuco
Vejigoso, Sargazo Veijigoso e Encina Marina, em língua espanhola; Chêne Marin, Varech,
Laitue Marine, Verech Vesiculeleux, na França; Seeiche e Blasentang, na Alemanha;
Bladderwrack, Seawrack, Kelpware, Black-tang, Bladder Fucus e Cutweed, em inglês (Soares,
2000).
Denominação Homeopática: FUCUS VESICULOSUS
Família Botânica: Fucaceae
Parte Utilizada: Alga
Princípios Ativos: Polissacarídeos mucilaginosos: ácido algínico, fucoidina,
laminarina; Polifenóis; Oligoelementos; Sais minerais: abundante em iodo (sob a
forma de sal e unido a proteínas e lipídeos), potássio, bromo, cloro, magnésio, fósforo, cálcio
e ferro; Manitol; Princípios amargos; Lipídeos (glucosildiacilglicerídeos); Vitaminas
e Provitaminas A e D (PR, 1998).
O Extrato deverá apresentar no mínimo 0,1%; 0,2% de Iodina.
Indicações e Ações Farmacológicas: É indicada no tratamento do hipotireoidismo e
em disfunções da tireóide devido à grande concentração de iodo, conferindo-lhe uma ação
estimulante da tireóide, favorecendo os processos catabólicos, regularizando a produção do
hormônio tireotrofina e acelerando o metabolismo da glicose e ácidos graxos, sendo este o
motivo do uso como coadjuvante em tratamentos de perda de peso (Teske, 1994).
A algina presente na alga atua como protetor das mucosas digestivas. Os sais de
potássio promovem ligeira ação diurética. O alginato de cálcio pode ser usado como um
hemostático local de ação rápida. A laminarina exerce uma ação hipocolesterolemiante (PR
1998).
Toxicidade/Contra-indicações: Quando a administração é feita de forma incontrolada
(frequentemente como automedicação para perder peso) ou em caso de hipersensibilidade
pessoal, pode haver a manifestação de um quadro de intoxicação pelo iodo (iodismo)
presente, devido a uma hiperatividade da tireóide, caracterizada por um quadro de
ansiedade, insônia, taquicardia e palpitações (PR, 1998). Pode ainda provocar fenômenos de
hipersensibilidade representados pela irritação das mucosas, coriza, conjutivites, erupções
acneicas na pele, inflamação das glândulas parótidas e diarréias. Em quadros severos podem
aparecer estados de irritabilidade nervosa e quadros depressivos. Em todos os casos, os
sintomas desaparecem em 1-2 dias ao cessar a medicação (Peris J. et al., 1995 apud Alonso,
1998).
É contra-indicada a prescrição de tinturas e extratos fluidos para crianças menores de
dois anos e para pessoas que estejam sendo submetidas à desabituação alcoólica, devido a
presença de álcool. Não se deve prescrever também para pessoas que estejam fazendo
tratamento com hormônios tireoidianos (PR, 1998).
Também é contra indicado ao Hipertiroidismo e acne. Neste último caso há uma
relação já definida entre os sais halogenados de produtos que contém e as erupções
acneiformes (Alonso, 1998).
Dosagem e Modo de Usar:
•
Uso Interno:
- Decocção: 10-20 g/l. Ferver durante 5 minutos, duas a quatro vezes ao dia (PR,
1998);
-
Extrato Fluido (1:1): 20 a 40 gotas, uma a três vezes ao dia, antes das refeições
(PR, 1998);
-
Tintura (1:5): 50-100 gotas, uma a três vezes ao dia (PR, 1998);
Xarope (10% de Extrato Fluido): uma colher de sopa, uma a cinco vezes ao dia (PR,
1998);
•
Extrato Seco (5:1): 0,3 a 1g/dia (PR, 1998);
Pó: 0,5 a 2 gramas, uma a três vezes ao dia, em cápsulas (PR, 1998).
Uso Externo:
- Decocção, aplicada sob a forma de compressas (PR, 1998);
- Cataplasmas de algas frescas (PR, 1998);
- Banhos (PR, 1998);
- Pomadas (PR, 1998);
- Pó, alginato de cálcio: aplicado sobre feridas como cicatrizante (PR, 1998).
Referências Bibliográficas:
1.
2.
3.
4.
5.
Informações disponibilizadas pelo fornecedor Quimer.
ALO SO, J, R. Tratado de Fitomedicina. Editora Isis. 1998.
PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓ DE PLA TAS MEDICI ALES. CDROM. 3ª edição. 1998.
SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1 a edição. Santos Livraria
Editora. 2000.
6. TESKE, M.;TRE TI I,A.M.
Herbarium
Compêndio
de
Fitoterapia.
Herbarium. 1994.
Download