Harpagophytum procumbens D. C.

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FITOTERAPIA
GARRA DO DIABO - Harpagophytum procumbens D. C.
Aspectos botânicos: Planta rasteira perene, da família das Pedaliáceas, caracterizada por apresentar
tubérculos de até 20 cm, múltiplos talos, folhas lobuladas, dentadas e com aprox. 7 cm. Flores com forma de
trombeta, com até 6 cm, roxo-avermelhadas, que aparecem na primavera e de frutos capsulares, deiscentes de
até 10 cm, e que possuem “ganchos” de 2,5 cm, que lhe permitem aderir a pele dos animais, facilitando sua
dispersão.
É uma espécie silvestre, pouco cultivada, nativa das terras arenosas do deserto de Kalahari, nos territórios da
Namíbia, Botswana e Transvaal (África do Sul);
Nomes comuns: Harpagófito, garra do diabo, raiz de Windhoeck, devil`s claw (Ingl), griffe du diable
(França);
Histórico: A garra do diabo foi introduzida na medicina ocidental por um sul-africano chamado G. Mehnert,
que observou que alguns nativos utilizavam as decocções dos tubérculos secos em casos de reumatismos e
obstipação intestinal. Por outro lado, outras tribos a empregavam como tônico-amargo em afecções
digestivas e também como analgésico e antitérmico. A investigação científica iniciou-se a partir do ano de
1.960, por cientistas europeus;
Usos terapêuticos: Analgésico e antiinflamatório (principalmente em processos crônicos, como por exemplo,
osteoartrite e artrose). Orexígeno (melhora o apetite), digestivo, laxante suave e diurético; Uricosúrico e
hipocolesterolemiante (auxiliar na redução do ácido úrico e do colesterol);
Princípios ativos: Iridóides (harpagosídeos, procumbosídeos e seus ésteres cumarínicos), compostos
fenólicos (verbascósideo, acetósideo, isoacetosídeo, biosídeo), açúcares, óleos essenciais, sitosterol, terpenos,
flavonóides, aminoácidos, resinas, etc;
Partes utilizadas: Raízes secundárias, colhidas principalmente no outono (que funcionam como depósitos
líquidos para que a planta tolere os períodos de seca);
Formas de uso e dosagem:
Decocção das raízes a 4% por 03 minutos, deixando em
infusão por 10 a 15 horas - 3 xícaras/dia antes das refeições –uso em dispepsias e como orexígeno;
Extrato seco padronizado (mínimo de 1,2% de harpagosídeos):
2 a 9 g/dia, dividido em três tomadas diárias –correspondendo a 30 a 100 mg de harpagosídeos;
Extrato fluido: 10 a 30 gotas 3X/dia;
Tintura (1:10 em álcool 25%): 03 ml 3X/dia;
Obs.: Recomendo reduzir a dosagem a metade em idosos, apesar da literatura ser conflitante
a esse respeito;
Não recomendado para crianças;
Tempo de uso: Até 03 meses consecutivos, com intervalos de “descanso” de 02 semanas;
Efeitos colaterais: Geralmente é bem tolerado, registrando-se poucos casos de cefaléia, tonturas, anorexia,
diarréia, vômitos e até lesões hepáticas em altas doses, principalmente em indivíduos sensíveis;
Contra-indicações: Gestação, lactação, portadores de úlceras digestivas, colites e litíase biliar; usuários de
anticoagulantes.
Lembramos que as informações aqui contidas terão apenas finalidade informativa, não
devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer doença, e muito menos substituir os
cuidados médicos adequados.
Fontes principais de consulta:
“Tratado de fitomedicina – bases clínicas e farmacológicas”. Dr. Jorge R. Alonso – editora Isis . 1998 –
Buenos Aires – Argentina.
“ESCOP Monographs”. The European Scientific Cooperative on Phytotherapy – editora Thieme . 2003 –
Inglaterra.
Imagens:
www.kapstadt.org
luskiewnik.strefa.pl
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