A Astronomia em um click - SEED

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Versão On-line
ISBN 978-85-8015-075-9
Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
A
ASTRONOMIA
EM UM
CLICK
UNIDADE DIDÁTICA
LUIZ DE CARVALHO DOS SANTOS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Ficha de Identificação - Produção Didático-pedagógica
Professor PDE/2013
Título
Sequência didática no ensino de Astronomia
Autor
Luiz de Carvalho dos Santos
Disciplina/Área
Ciências
Escola de
Projeto
Implementação
do Colégio Estadual Padre Arnaldo Jansen
Município da Escola
São José dos Pinhais
Núcleo Regional de Educação
Área Metropolitana Sul
Professor Orientador
Dr. Antonio Carlos Pinho
Instituição de Ensino Superior
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Relação Interdisciplinar
Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e
Arte
Resumo
Palavras-chave
Com a presente Unidade Didática pretende-se
contribuir para a potencialização do ensino de
Astronomia proporcionando aos professores e alunos
do ensino fundamental uma complementação sobre o
assunto proposto pelas Diretrizes Curriculares do
Paraná. A unidade didática propõe abordar o conteúdo
sobre Astronomia de forma interativa e instigante,
despertando-os para uma visão mais crítica e reflexiva
sobre o conteúdo de astronomia apresentados em
outros materiais didáticos utilizados.
astronomia, fenômenos astronômicos, tecnologia
digital, unidade didática
Formato do Material Didático
Unidade didática
Público Alvo
Professores e alunos do 7º ano do Ensino
Fundamental
APRESENTAÇÃO
Estamos inseridos nesse mundo global, extremamente dependente da ciência e da
tecnologia.
Precisamos aprender a aprender com a tecnologia digital; utilizar essa tecnologia a
favor do ensino e da aprendizagem; construir nossos conhecimentos na interação com os
outros e com o apoio dos recursos tecnológicos, que facilitam tanto o ensino quanto a
aprendizagem.
A internet é uma tecnologia que desperta a motivação dos alunos na busca de
novos saberes, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisas que
oferece. Ela permite desenvolver a intuição, a flexibilidade mental e a adaptação de ritmos
diferentes. Contribuindo para a realização de uma pesquisa em grupo, tornando o
desenvolvimento de uma aprendizagem colaborativa.
A formação de um cidadão crítico exige sua inserção numa sociedade em que o
conhecimento científico e tecnológico é cada vez mais valorizado. Neste contexto, o papel
das Ciências Naturais é o de colaborar para a compreensão do mundo e de suas
transformações, situando o ser humano como indivíduo participativo e integrante do
Universo. A falta de informação científico-tecnológica pode comprometer a própria
cidadania, deixada à mercê do mercado e da publicidade. Mais do que em qualquer
época do passado, para o consumo ou para o trabalho, cresce o conhecimento
necessário para interpretar e avaliar informações, até mesmo para poder participar e
julgar decisões políticas.
Nessa perspectiva, objetivando uma contribuição significativa para o ensino de
astronomia nas aulas de ciências, venho por meio desse material, compartilhar com os
demais colegas professores o uso da internet como ferramenta pedagógica através de
uma sequência didática, utilizando-se de um site específico sobre o conteúdo.
A SEQUÊNCIA DIDÁTICA
As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas
para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os objetivos que
o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos, elas envolvem atividades
de aprendizagem e de avaliação. Ela é dada num processo interativo no qual o objetivo é
a elaboração de um grupo de decisões para que os processos tenham significados e as
estratégias sejam mais efetivas.
A sequência didática proposta nessa unidade didática, tem por objetivo, qualificar o
processo
de
ensino-aprendizagem
de
Astronomia,
explicar
alguns
fenômenos
astronômicos que ocorrem no nosso dia a dia tais como os movimentos de rotação e
translação realizados pela Terra, as fases da lua, os eclipses solar e lunar, os solstícios e
equinócios.
Pretendo que a utilização desse material no ensino de astronomia possa contribuir
na potencialização desse conteúdo, despertando nos alunos motivações e curiosidades
nas observações dos fenômenos astronômicos, levando-os a uma análise crítica sobre a
apresentação desse conteúdo especificamente quando apresentados nos livros didáticos
usados em sala de aula.
UNIDADE I
Qual a importância de ensinar Astronomia?
A Astronomia é uma ciência milenar que estuda os corpos celestes. Objeto de
estudo e apreço durante séculos pelos povos das antigas civilizações até os dias atuais.
Foi a ciência que inspirou muitos estudiosos desde os tempos remotos, levando-os às
grandes descobertas que resultaram na elaboração de teorias que regem até os dias
atuais.
A Astronomia, por sua universalidade e por seu caráter inerentemente
interdisciplinar, é de fundamental importância para uma formação minimamente aceitável
do indivíduo e cidadão do mundo atual. A Astronomia oferece, ao cidadão, a oportunidade
de ter uma visão global de como o conhecimento humano é construído ao longo dos
séculos, passando por mudanças de paradigmas e de pensamentos. A Lei de Diretrizes e
Bases e os Parâmetros Curriculares Nacionais em específicos os do Ensino Fundamental;
sugerem e incentivam para uma abordagem mais completa de vários tópicos da
Astronomia do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental.
Nas Diretrizes Curriculares de Ciências do estado do Paraná, o conteúdo sobre
Astronomia apresenta-se como um dos Conteúdos Estruturantes; conhecimentos de
grandes amplitudes, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de
estudo e ensino.
Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a partir da
historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além
de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de
ensino e estudo (LOPES, 1999).
Embora a Astronomia participar em nossas vidas de modo intenso e inexorável,
percebe-se ainda um grande desinteresse pelo assunto por parte dos educandos em sala
de aula. Questionar a validade e a utilidade da Astronomia hoje é retroceder no tempo,
pois se nossos ancestrais não tivessem se dedicado a ela, provavelmente se quer
estaríamos aqui agora.
Porém, esse é o momento propício para a elaboração de estratégias/metodologias
diversas para melhor interpretação e compreensão dos fenômenos astronômicos do dia a
dia.
1.1 OS DESAFIOS PARA OS PROFESSORES DE CIÊNCIAS NO ENSINO DE
ASTRONOMIA
Muitos são os fatores que dificultam os professores de ciências do ensino
fundamental na abordagem do conteúdo
sobre Astronomia, conteúdos esses,
contemplados pelas Diretrizes Curriculares – SEED-PR.
A primeira barreira encontrada por nós professores habilitados em ciências
biológicas começa na formação acadêmica. Durante a graduação, não cursamos
nenhuma disciplina especifica para se trabalhar os conteúdos de astronomia.
Há carência de fontes seguras sobre Astronomia, as distorções presentes em livros
didáticos e a falta de cursos ou especializações sobre o tema são obstáculos encontrados
no contexto de ensino e aprendizagem desse conteúdo.
Segundo Langhi (2004), “Uma deficiente preparação dos professores nesse campo
e nas demais áreas da ciência normalmente lhe traz dificuldades no momento de sua
atuação em sala de aula”.
Pesquisas indicam que professores e alunos persistem em fazer o uso de
concepções alternativas para explicar fenômenos relativos à astronomia.
A formação inadequada de professores leva a inquietações,
inseguranças e dificuldades que os conduzem a buscar informações
em outras fontes, muitas vezes questionáveis talvez procurando
concepções alternativas, ou acabam seguindo orientações e
sugestões dos autores dos livros didáticos utilizados em sala de
aula, os quais trazem muitos problemas quanto ao conteúdo de
Astronomia. (CANALLE et al., 1997).
Porém, apesar dessas dificuldades, a necessidade de se compreender os
fenômenos astronômicos do universo, principalmente os que ocorrem no nosso sistema
solar, justifica a tentativa de qualificar e socializar os estudos sobre astronomia utilizandose de tecnologias digitais disponíveis que possibilitam conhecimentos e avanços das
teorias atuais e evoluções no campo da astronomia.
O ZÊNITE X ATRONOMIA
fonte:http://www.zenite.nu
O Zênite1 é um site que usa a Astronomia para divulgar ciência e estimular o
senso crítico através do conhecimento científico. Nele encontram-se artigos
ilustrados e de leitura agradável, além de outros recursos interativos de
aprendizagem. Esse site servirá como material norteador para o desenvolvimento
dessa unidade didática.
É através dessa ferramenta tecnológica digital que será desenvolvida a sequência
didática sobre os fenômenos astronômicos. A sequência será dividida em quatro
momentos que propõe situações de aprendizagem interligadas, possibilitando que o
professor os adaptem de acordo com as particularidades de seus alunos e às condições
apresentadas por cada escola.
1
Zênite também é o nome dado ao ponto mais elevado do firmamento, aquele que miramos ao olhar diretamente
para cima.
ATIVIDADES PROPOSTAS
SUGESTÃO PARA O PROFESSOR
•
Fazer um prévio levantamento bibliográfico para contextualizar teoricamente os
estudos realizados;
•
Selecionar outros sites confiáveis e materiais relativos à Astronomia disponíveis na
rede da internet;
•
Elaborar e aplicar instrumento de coleta de informações para levantar o
conhecimento prévio dos alunos a respeito da temática em estudo.
•
Realizar práticas de investigação e pesquisa no laboratório de informática da
escola.
ATIVIDADE 1
CONTEÚDO: Sistema
Solar
OBJETIVO: Verificar a origem do Sistema Solar e o surgimento dos corpos celestes que o
compõe.
Desde os primórdios, a imensidão do céu, os infinitos corpos celestes nele
existentes e as ocorrências dos fenômenos astronômicos, sempre intrigaram o homem
despertando cada vez mais a sua curiosidade e levando-o às seguintes indagações:
Como e quando surgiu tudo o que existe ao nosso redor? De onde surgiu a matéria que
compõe todos os corpos do universo? E o universo como se formou? E o nosso sistema
solar de que forma surgiu e foi organizado como o conhecemos hoje?
Foram essas e outras indagações instigadoras que levaram o homem a pesquisar
e procurar respostas para o surgimento de tudo e, com o passar dos tempos o homem
utilizou-se de diversos recursos e fontes tais como mitos, crenças e religiões para tentar
responder aos tais anseios e curiosidades.
Com a evolução do conhecimento e dos avanços tecnológicos o homem chegou a
teoria científica mais aceita nos dias atuais, a qual explicação o surgimento do universo e
consequentemente a formação de toda a matéria existente que deu origem ao nosso
sistema solar e tudo que nele existe. Essa é denominada Teoria do Big bang. Uma boa
sugestão para iniciar essa atividade é a apresentação do vídeo poeira das estrelas
parte 1, nela é abordada a origem do universo e toda a matéria existente.
fonte:http://www.youtube.com/watch?=aEwmX8yerWQ
Após a apresentação do recorte do vídeo, retornar ao site Astronomia no zênite.
Clicando no quarto ícone de navegação SISTEMA SOLAR,
SOLAR, no tópico: Do pó aos
planetas; os alunos terão acesso a informações valiosas sobre a origem
do Sistema Solar, o surgimento do Sol e os demais astros do nosso
sistema planetário.
Esse tópico da ênfase a formação gradativa do sistema solar após o
acontecimento do Big bang a partir da teoria da nebulosa.
A sugestão de atividade para esse momento é fazer a comparação
cronológica do surgimento do universo, formação das galáxias, as
nebulosas, o Sol e o nosso planeta. Enfatizar sobre o posicionamento
das órbitas planetárias, aproveitando para relacionar o quadro simulador
com a ilustração clássica do nosso sistema solar com órbitas planas e
posicionamento errônea principalmente das posições ocupadas pelos
planetas.
concepção tradicional (plana)
x
concepção atual
Ressaltar ainda, algumas das principais características dos planetas como:
inclinações dos seus eixos imaginários, velocidade, massa, distância em relação ao Sol,
características essas, que corroboram para a concepção atual das órbitas definidas pelos
planetas e suas disposições sobre elas. Contrapondo assim à representação tradicional
do nosso sistema solar como apresentado abaixo.
fonte:http://www.mundos-fantasticos.com/ci%C3%AAncia/universo/sistema-solar/
Ainda nesse espaço, temos A “família” do Sol: de Mercúrio a Éris. Uma
abordagem completa e específica sobre cada astro.
Apresentando quais são, como evoluíram e as características específicas de cada
um. Um bom momento para o aluno observar a inteiração da Astronomia com outras
ciências do conhecimento, como a matemática, a física, a história, a geografia entre
outras.
Sugestão interdisciplinar para o professor trabalhar sobre esse tópico: A origem
dos nomes dos planetas e seus significados, a relação entre a Astronomia e a mitologia
grega, a elaboração e construção dos zodíacos, o histórico de descobrimento de cada
planeta e astros conhecidos, os valores significativos de grandezas matemáticas
encontradas na Astronomia, comparação e classificação dos planetas quanto as suas
dimensões, representação do sistema planetário através de material lúdico.
Trabalhar conceito de algumas unidades de medidas e conceitos astronômicos
apresentados nesse espaço.
Fazer comparações entre algumas medidas dos planetas de conhecimentos
prévios dos alunos, tomando como exemplo, as encontradas nas fichas técnicas de cada
planeta disponíveis nesse espaço.
Ainda no espaço A “FAMÍLIA DO SOL”, encontra-se um artigo denominado
TERRA- LUA que apresenta a Terra em números assim como dos demais astros. São
fichas técnicas de cada planeta, nelas contém grandezas e unidades de medidas que
proporcionam uma interdisciplinaridade com matemática, física e arte abordando
principalmente sistemas de medidas e temperaturas.
Ficha Técnica da Terra
A origem do Sistema Solar
fonte:http://www.zenite.nu
ATIVIDADE 2
CONTEÚDO: Movimento
de rotação realizado pela Terra
OBJETIVO: Entender o movimento de rotação realizado por um astro especificamente o
do nosso planeta, as suas implicações e interferências em nossas vidas.
Relacionar o período de tempo de acordo com o calendário cósmico ao nosso calendário
atual.
Assim como outros astros, a Terra não permanece estática, realizando, portanto,
vários movimentos no espaço. O movimento de rotação é um dos mais conhecidos, pois é
o responsável pela alternância entre dias e noites.
O movimento de rotação é caracterizado pelo deslocamento que a Terra realiza em
torno de seu próprio eixo.
A sugestão indicada para a introdução desse tópico é a apresentação do vídeo
Espaçonave Terra parte 1.
fonte: http://www.youtube.com/watch?v=2M5NgPg-szs
Esse vídeo apresenta de forma clara e compreensível a ocorrência do movimento
de rotação realizado pela Terra, a inclinação do planeta em relação ao seu próprio eixo
imaginário e em relação Sol com suas implicações.
No sexto ícone de navegação TEMPO & ESPAÇO,
ESPAÇO, encontra-se um breve histórico
sobre o calendário cósmico, o modelo de interpretação cronológica proposta por Carl
Sagan desde o evento do Big Bang até os nossos dias.
Nessa indicação logo abaixo do artigo
Principais datas do calendário cósmico
ao final da página, abrindo, pode se observar de forma ilustrativa as principais datas de
evolução dos eventos mais importantes ocorridos no período de um ano no modelo de
calendário cósmico proposta por Carl Sagan. Desde o surgimento do Universo,
posteriormente da Terra e de tudo que nela há, foram necessários bilhões de anos para
que tudo fosse consolidado, isso em períodos geológicos.
Para esse momento, as sugestões interdisciplinares sugeridas são: instigar os
alunos a perceber os intervalos de tempo decorridos em cada eventos apresentados no
calendário elaborado por Carl Sagan, pesquisar sobre os calendários utilizados desde as
antigas civilizações e suas relações com a astronomia, descobrir quais foram os grandes
monumentos arqueológicos existentes construídos nas antigas civilizações e suas
relações com calendários e fenômenos astronômicos. Construção de um relógio do Sol
para perceber o movimento da Terra ao redor do Sol.
Nessa mesma página, vamos encontrar informações valiosíssimas em NASCER
E O ACASO onde estão disponíveis informações que reforçarão a compreensão do
movimento de rotação da Terra, e também um simulador onde poderão observar os
horários do nascer e por do Sol em datas, locais e horários específicos.
Ter acesso através do simulador, as coordenadas de diversas cidades do mundo
inclusive as das suas próprias cidades.
Simulador disponível
Tempo e espaço
ATIVIDADE 3
CONTEÚDO: Movimento
de translação realizado pela Terra
OBJETIVO: Compreender as ocorrências dos fenômenos relacionados ao movimento de
translação da Terra: solstícios, equinócios, estações do ano e ano bissexto
Apesar de ser muito comum o tema estações do ano, em nosso dia a dia, ainda
não é bem compreendido pelos alunos a dinâmica da ocorrência desses períodos anuais
os quais estão relacionados diretamente com o movimento de translação realizado pela
Terra ao redor do Sol.
Para uma melhor contribuição de entendimento sobre esse tema, vale a pena
ressaltar alguns aspectos das estações do ano que não são evidenciados e nem mesmo
apresentados nos livros didáticos da disciplina de ciências; corroborando para uma para
interpretação erronia do fenômeno, tanto informativa quanto ilustrativa.
Nessa etapa, o momento é oportuno para que os alunos compreendam os pontos
denominados periélios e afélios de localização da Terra em relação ao Sol e superar o
conhecimento empírico de que essas distâncias são as razões das ocorrências de alguns
fenômenos astronômicos do nosso planeta entre esses as estações do ano, os solstícios
e os equinócios.
Ilustração clássica encontrada nos livros didáticos com elipses exageradamente
excêntrica (achatada). Exemplo de ilustração que causa confusão no aluno que na sua
compreensão, relaciona a distância entre o Sol e a Terra como fator responsável pela
determinação das estações. Os solstícios de inverno e verão por exemplo, ocorrem de
dezembro a fevereiro no Hemisfério Sul. Nesse período em janeiro, se dá o periélio em
que a Terra se encontra mais próxima do Sol. O mesmo ocorre com os equinócios onde
em julho se dá o afélio e que visualmente a figura não permite tal compreensão.
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/planetarios/banco_de_textos/index.php?p=16621
Ilustração da órbita da Terra ao redor do Sol próximo do real (pequena
excentricidade orbital).
fonte:http://www.oocities.org/br/hpclaudioweb/astroerros.html
Para uma boa complementação sobre o tema movimento de translação, clicando
sobre o segundo ícone de navegação DIÁRIO ASTRONÔMICO, em Espaçonave
Terra os alunos encontrarão uma replica da cabine na espaçonave e descobrirão em um
dos seus monitores no painel, um breve texto científico e ilustrações dos fenômenos
relacionados com o movimento de translação realizado pela Terra ao redor do Sol, tais
como os solstícios e os equinócios, as estações do ano, os anos bissextos e as inserções
das datas festivas pagãs juntas às datas de festas cristãs no nosso calendário atual.
O interior da cabine na Espaçonave Terra
fonte:http://www.zenite.nu
ATIVIDADE 4
CONTEÚDO: As
fases da Lua e os eclipses lunar e solar
OBJETIVO: Compreender as ocorrências desses fenômenos e desmistificar mitos e
crendices sobre os mesmos.
A Lua, o satélite natural do nosso planeta é o astro a seguir ao Sol, o mais evidente
e atraído pelos humanos. Encontra-se em rotação sincronizada ao redor da Terra,
mostrando sempre a mesma face visível Desde a antiguidade, a lua é um astro que
sempre intrigou o homem pelas suas formas de aparição no céu; inspiração para muitas
crenças e lendas ao seu respeito.
Sugestões: Questionar os alunos a respeito de
como a Terra e a Lua se formaram. As teorias sobre o
surgimento do satélite natural da Terra. Desenvolver o
senso crítico, analisando e comparando cada uma das
teorias. De onde veio o material que as compõe? Qual
Você pode localizar o
Google Earth, digitando na
barra de endereço do
próprio Google. Em seguida
fazer o download.Tempo
estimado de três minutos
para instalação.
delas é maior? A superfície da Terra é semelhante à da
Lua?
É possível viver na Lua tal como na Terra? Diante do computador, mostre imagens
do nosso planeta e da Lua, usando o software Google Earth 2, para que eles as observem
enquanto tentam responder as questões.
O segundo ícone DIÁRIO ASTRONÔMICO,
ASTRONÔMICO encontra-se o painel da espaçonave
Terra, encontra-se em um dos monitores, o texto As fases da Lua. Aqui vamos
encontrar informações científicas a respeito do nosso satélite natural, a representação
simplificada das fases da lunar, um quadro completo com informações atualizadas do mês
de acesso do site contendo as fases da Lua e seus respectivos horários de mudanças no
decorrer do atual mês vigente.
Ainda nesse espaço os alunos poderão utilizar-se de um simulador para calcular o
calendário lunar anual de anos anteriores ou posteriores ao ano de acesso a esse
simulador. E observar através de uma animação, a ocorrência das oscilações das marés
sob a interferência do posicionamento da Lua.
2 Google Earth é um programa de computador cuja função é apresentar um modelo tridimensional do globo terrestre,
construído a partir de mosaico de imagens de satélites obtidas de fontes diversas, imagens aéreas (fotografadas de
aeronaves). Desta forma, o programa pode ser usado simplesmente como um gerador de mapas bidimensionais e
imagens de satélite ou como um simulador das diversas paisagens presentes no Planeta Terra.
As fases da Lua
fonte:http://www.zenite.nu
Esse momento é propício para a compreensão sobre as teorias de formação da
Lua, o seu posicionamento em relação à Terra, os conceitos de umbra e penumbra,
perigeu e apogeu e suas relações na formação dos eclipses.
fonte:http://www.brasilescola.com/fisica/fenomeno-super-lua.htm
Na página inicial do site Astronomia no Zênite, lado
direito superior encontra-se um ícone exclusivo sobre o nosso
belo satélite, a Lua. Nele encontra-se muitas Informações sobre
o nosso satélite com a atualização correspondente ao dia de
acesso.
No quarto ícone de navegação, SISTEMA SOLAR,
SOLAR
encontraremos um importante texto científico intitulado de
A Terra sem Lua.
Ele apresenta um breve texto científico e ilustrações muito importantes explicando
sobre a teoria científica mais aceita sobre a formação da Lua. Observarão a importância
da Lua como escudo protetor natural da vida na Terra.
Os eclipses
Os eclipses são os fenômenos terrestres que mais intrigaram a humanidade desde
as antigas civilizações até os dias atuais. Por serem fenômenos de fácil visibilidade e
alguns até mesmo impactantes devido a sua intensidade aos nossos olhos, esses
fenômenos foram bastante explorados pelos místicos durante séculos, criando entre a
humanidade, mitos e crenças.
Esse é o momento para que, de forma simples e científica, todas essas crendices e
mitos sejam esclarecidos e após esse momento, os alunos possam acompanhar e
apreciar esses fenômenos a partir de um conhecimento científico elaborado adquirido e
de forma segura poder contemplar esses fenômenos tão belos e comuns que ocorrem em
nosso planeta.
No ícone de navegação SISTEMA SOLAR, o aluno encontrará informações
importantíssimas sobre os eclipses, o que são, suas ocorrências na Lua e no Sol,
cuidados necessários para visualização e classificação dos eclipses quanto as suas
intensidades. Nesse espaço, os alunos terão acesso às tabelas de calendários com
eclipses ocorridos antes do ano vigente e uma tabela relacionados todos os próximos
eclipses que ocorrerão durante todo o século XXI.
O eclipse solar apesar de um fenômeno deslumbrante e atraente, pode causar
danos aos olhos dos observadores desinformados, desprovidos de aparatos próprios para
observação.
Imagens dos eclipses parciais solar e lunar
figura: 01
figura:02
figura:01
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Solar_annular_eclipse_of_January_15,_2010_in_Jinan,Republic_of_China.JPG
figura: 02
http://www.cacodarosa.com/noticia/2985/eclipse-lunar-telescopios-do-observatorio-frei-bruno-estarao-a-disposicao
Sugestão de atividades: Complementação com o vídeo Espaçonave Terra
parte 10. Esse vídeo retrata os eclipses de forma esclarecedora e fácil compreensão.
fonte: http://www.youtube.com/watch?v=HtqCsY3vAsc
Após assistir ao vídeo, chamar a atenção sobre os cuidados necessários para
visualização de um eclipse solar, refletir sobre os resultados de pesquisas realizadas
sobre esses fenômenos por várias civilizações, superar conhecimentos empíricos
atribuídos a esses fenômenos e se utilizando de materiais alternativos; confeccionar uma
réplica de simulador de eclipses com demonstrações para melhor fixação de conceitos e
ocorrências do fenômeno.
Ilustração de um eclipse possível de construção em sala de aula para melhor
compreensão da ocorrência desse fenômeno.
fonte: http://www.explicatorium.com/images/Eclipse_lunar_explicacao.png
Essa unidade didática elaborada sob as expectativas da disciplina de ciência no
ensino da Astronomia, apresenta conteúdos com possibilidades de diversas interfaces
com outras disciplinas. Sugere uma prática que proporcione aos alunos um conhecimento
menos fragmentado através da interdisciplinaridade como as disciplinas de geografia, a
língua portuguesa, a história, a matemática e arte.
Por meio dessa mediação, quanto mais relações conceituais, interdisciplinares e
contextuais o estudante puder estabelecer, maior a possibilidade de reconstrução
interna de significados (internalização) e de ampliar seu desenvolvimento cognitivo.
Nesse sentido, o estudante constrói significados cada vez que
estabelece relações “substantivas e não arbitrárias” entre o que
conhece de aprendizagens anteriores (nível de desenvolvimento
real – conhecimentos alternativos) e o que aprende de novo
(AUSUBEL, NOVAK e HANESIAN, 1980).
Sugestões de atividades propostas para avaliação do projeto
A) Aplicação de um pré-teste para os alunos após a exposição do projeto;
B) Construção de portfólio pelos alunos;
C) Reaplicação do mesmo teste ao final da realização do projeto;
D) Realização de um feedback junto aos alunos e professores das áreas afins.
A) Pré teste contemplando os temas apresentados nessa unidade
temática
1) O “Big Bang” (“grande explosão”) é reconhecido pelos cientistas como o evento que
deu origem ao universo. Uma observação astronômica que está de acordo com essa
teoria é:
(a) o movimento de rotação da Terra.
(b) o afastamento entre as galáxias.
(c) o movimento de aproximação de estrelas.
(d) o movimento de translação da Terra.
2) Os astrônomos utilizam a unidade ano-luz nas suas atividades de pesquisa. Essa
unidade é utilizada para medir:
(a) Tempo
3)
(b) Velocidade
(c) Área
(d) Distância
“Possuem muitas estrelas e podem ter formato espiral, elíptico ou irregular.” A
descrição acima corresponde a:
(a) Nebulosas
(b) Planetas
(c) Aglomerados
(d) Galáxias
4) A imagem abaixo mostra o momento de lançamento de um ônibus espacial.
É preciso utilizar foguetes no lançamento para:
(a) superar a força de atração gravitacional da
Terra.
(b) dar o equilíbrio necessário ao ônibus espacial.
(c) produzir luz e calor na parte traseira do ônibus
espacial.
(d) consumir o oxigênio do ar no local do
lançamento.
5) O Sol é a estrela mais próxima do nosso planeta. Com relação ao seu futuro, pode-se
afirmar que:
(a) o Sol sempre existirá, pois produz a sua própria energia.
(b) daqui a bilhões de anos seu brilho diminuirá.
(c) pode deixar de brilhar a qualquer momento.
(d) como toda estrela, vai acabar como um buraco negro.
6) A alternativa que contém apenas corpos celestes que fazem parte do Sistema Solar é:
(a) Buracos negros, aglomerados e planetas
(b) Planetas, luas e asteroides
(c) Luas, buracos negros e nebulosas
(d) Luas, aglomerados e nebulosas
7) A figura abaixo representa a Via Láctea, a galáxia onde se localiza o Sistema Solar.
A região que melhor representa a
localização do Sistema Solar nessa
figura é:
A
C
B
D
8) Escreva (C) para CERTO ou (E) para ERRADO na frente de cada frase abaixo.
a) (
) No inverno a Terra está muito mais longe do Sol, por isso faz muito frio.
b) (
) No verão, de qualquer hemisfério, a Terra está muito mais perto do Sol.
c) (
) A Terra gira ao redor do Sol; isso explica os dias e as noites.
d) (
) A Terra gira ao redor do seu eixo de rotação; isso explica os dias e as noites.
e) (
) A Lua brilha porque tem luz própria.
f) (
) Os planetas são classificados em planetas rochosos ou interiores e gasosos ou
exteriores.
g) (
) A Lua tem 29 fases, mas só quatro têm nomes especiais.
h) (
) Os astronautas nunca pousaram na face oculta da Lua.
i) (
) Nos equinócios (Sol sobre o Equador Celeste) a noite dura 12 horas.
j) (
) No inverno as noites duram mais de 12 horas.
k) (
) No verão as noites duram menos de 12 horas.
l) (
) O inverno e o verão dependem da Terra estar mais longe ou mais perto do Sol.
m) (
) A quantidade de luz do Sol que chega à Terra é a mesma em todos os pontos da
superfície dela.
n) (
) Se o eixo da Terra não fosse inclinado, não haveria estações do ano.
B) Construção de portfólio
Todas as atividades propostas nessa unidade didática e desenvolvidas pelos
alunos, irão compor seus portfólios com o objetivo de realizar uma avaliação mais
dinâmica e voltada para uma abordagem formativa, proporcionando maior aproximação
entre alunos e professor na construção do conhecimento através dessa prática.
PORTFÓLIO
O que é um portfólio?
É um instrumento …
 de identificação da qualidade do ensino-aprendizagem mediante a avaliação do
desempenho do aluno e do professor;

que compreende a compilação dos trabalhos realizados pelos alunos, durante um
curso, série ou disciplina.
Qual o objetivo de um portfólio?

Ajudar os estudantes a desenvolver a habilidade de avaliar seu próprio trabalho e
desempenho, além de oportunizar a documentação e registro de forma sistemática
e reflexiva. Através dos portfólios, o professor instaura o diálogo com cada aluno de
forma individualizada, pois os alunos devem sempre estar com seus portfólios
documentando suas aprendizagens.
Quais as vantagens do portfólio?

Possibilidade do aluno refletir sobre seu próprio aprendizado e avaliá-lo com o
professor;

Possibilidade dos professores, vivenciarem esta prática para que nas escolas em
que atuarem possam compreender e propor práticas avaliativas mais dinâmicas e
voltadas para uma abordagem formativa;

Explicação, pelo estudante, da natureza do trabalho realizado e que tipo de
desenvolvimento esta tarefa possibilitou;

Fornecimento de retro-informação (feedback) para os estudantes, pelo professor
que avaliou o portfólio;
 Os professores melhoram sua habilidade de avaliar os alunos;
 Os alunos melhoram sua habilidade de redigir textos e posicionar-se frente aos
temas abordados;

Os alunos aprendem a revisar seus trabalhos de maneira organizada;
 Os alunos melhoram sua habilidade de comunicação através do relato de
experiências e realizações;
 Os alunos aprendem a tomar posse do seu aprendizado, ao envolverem-se
ativamente na elaboração de seus portfólios pessoais.
Sugestões
 Os estudantes criam seus portfólios no início de cada ano/ semestre ou período
letivo (ou no início de um projeto)
 É interessante que o portfólio contenha um diário reflexivo para o aluno registrar
pensamentos, sentimentos, auto-avaliações de crescimento ao longo de sua
experiência naquela disciplina.
Qual a estrutura do portfólio na disciplina de Didática?
Pasta individual (livre escolha) contemplando um índice sequencial do material (sugere-se
uma folha de abertura para cada um dos itens abaixo):

nome do aluno(a), do professor, curso, disciplina, série, ano, instituição
 índice
 anotações /registros de aulas (o objetivo de cada aula e a reflexão sobre que
aprendeu em cada aula)

trabalhos / provas / pesquisas / entrevistas realizadas / estudos de caso
 auto-avaliação (felicitações, críticas, proposições, reflexão pessoal sobre o que tem
aprendido, o que gostaria de aprender, o que planeja fazer)

indicações de leituras, sites e filmes
 fotografias, CD e DVD com documentação dos momentos / trabalhos registrados

notícias lidas extraídas de jornais, sites, revistas ou reportagens (com comentários
do aluno sobre sua opinião)
 sugestões de termos para redação

relatórios/comentários de filmes assistidos

produções artísticas
 diário reflexivo do processo ensino-aprendizagem (mensagens / recados dos
colegas / do professor)
 glossário e outros.
Texto redigido pela Professora Maiza Taques Margraf Althaus. 2007.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALTHAUS, Maiza Taques Margraf. Portfólio. UEPG. 2007.
http://www.uepg.br/uepg_departamentos/demet/disciplinas/Roteiro%20portf%C3%B
3lio.pdf .
CANALLE, J. B. G. TREVISAN, R. H. LATTARI, C. J. Análise do conteúdo de Astronomia
de livros didáticos de Geografia de 1º grau. Caderno Catarinense de Ensino de Física, v.
14, n. 3, p. 254-263, 1997.
COSTA, J.R.V. Sistema Solar Astronomia no Zênite, http://www.zenite.nu, 2013.
LANGHI, R. Astronomia nos anos iniciais do ensino fundamental: repensando a formação
de professores. 2009. 370 f. Tese (Doutorado em Educação para a Ciência). Faculdade
de Ciências, UNESP, Bauru, 2009.
LANGHI, R. Um estudo exploratório para a inserção da Astronomia na formação de
professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental. 2004. 240 f. Dissertação (Mestrado
em Educação para a Ciência). Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru, 2004.
PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, Diretrizes Curriculares de
Ciências. Curitiba: SEED, 2008
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