Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas A ASTRONOMIA EM UM CLICK UNIDADE DIDÁTICA LUIZ DE CARVALHO DOS SANTOS SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE Ficha de Identificação - Produção Didático-pedagógica Professor PDE/2013 Título Sequência didática no ensino de Astronomia Autor Luiz de Carvalho dos Santos Disciplina/Área Ciências Escola de Projeto Implementação do Colégio Estadual Padre Arnaldo Jansen Município da Escola São José dos Pinhais Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Sul Professor Orientador Dr. Antonio Carlos Pinho Instituição de Ensino Superior Universidade Tecnológica Federal do Paraná Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Arte Resumo Palavras-chave Com a presente Unidade Didática pretende-se contribuir para a potencialização do ensino de Astronomia proporcionando aos professores e alunos do ensino fundamental uma complementação sobre o assunto proposto pelas Diretrizes Curriculares do Paraná. A unidade didática propõe abordar o conteúdo sobre Astronomia de forma interativa e instigante, despertando-os para uma visão mais crítica e reflexiva sobre o conteúdo de astronomia apresentados em outros materiais didáticos utilizados. astronomia, fenômenos astronômicos, tecnologia digital, unidade didática Formato do Material Didático Unidade didática Público Alvo Professores e alunos do 7º ano do Ensino Fundamental APRESENTAÇÃO Estamos inseridos nesse mundo global, extremamente dependente da ciência e da tecnologia. Precisamos aprender a aprender com a tecnologia digital; utilizar essa tecnologia a favor do ensino e da aprendizagem; construir nossos conhecimentos na interação com os outros e com o apoio dos recursos tecnológicos, que facilitam tanto o ensino quanto a aprendizagem. A internet é uma tecnologia que desperta a motivação dos alunos na busca de novos saberes, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisas que oferece. Ela permite desenvolver a intuição, a flexibilidade mental e a adaptação de ritmos diferentes. Contribuindo para a realização de uma pesquisa em grupo, tornando o desenvolvimento de uma aprendizagem colaborativa. A formação de um cidadão crítico exige sua inserção numa sociedade em que o conhecimento científico e tecnológico é cada vez mais valorizado. Neste contexto, o papel das Ciências Naturais é o de colaborar para a compreensão do mundo e de suas transformações, situando o ser humano como indivíduo participativo e integrante do Universo. A falta de informação científico-tecnológica pode comprometer a própria cidadania, deixada à mercê do mercado e da publicidade. Mais do que em qualquer época do passado, para o consumo ou para o trabalho, cresce o conhecimento necessário para interpretar e avaliar informações, até mesmo para poder participar e julgar decisões políticas. Nessa perspectiva, objetivando uma contribuição significativa para o ensino de astronomia nas aulas de ciências, venho por meio desse material, compartilhar com os demais colegas professores o uso da internet como ferramenta pedagógica através de uma sequência didática, utilizando-se de um site específico sobre o conteúdo. A SEQUÊNCIA DIDÁTICA As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos, elas envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação. Ela é dada num processo interativo no qual o objetivo é a elaboração de um grupo de decisões para que os processos tenham significados e as estratégias sejam mais efetivas. A sequência didática proposta nessa unidade didática, tem por objetivo, qualificar o processo de ensino-aprendizagem de Astronomia, explicar alguns fenômenos astronômicos que ocorrem no nosso dia a dia tais como os movimentos de rotação e translação realizados pela Terra, as fases da lua, os eclipses solar e lunar, os solstícios e equinócios. Pretendo que a utilização desse material no ensino de astronomia possa contribuir na potencialização desse conteúdo, despertando nos alunos motivações e curiosidades nas observações dos fenômenos astronômicos, levando-os a uma análise crítica sobre a apresentação desse conteúdo especificamente quando apresentados nos livros didáticos usados em sala de aula. UNIDADE I Qual a importância de ensinar Astronomia? A Astronomia é uma ciência milenar que estuda os corpos celestes. Objeto de estudo e apreço durante séculos pelos povos das antigas civilizações até os dias atuais. Foi a ciência que inspirou muitos estudiosos desde os tempos remotos, levando-os às grandes descobertas que resultaram na elaboração de teorias que regem até os dias atuais. A Astronomia, por sua universalidade e por seu caráter inerentemente interdisciplinar, é de fundamental importância para uma formação minimamente aceitável do indivíduo e cidadão do mundo atual. A Astronomia oferece, ao cidadão, a oportunidade de ter uma visão global de como o conhecimento humano é construído ao longo dos séculos, passando por mudanças de paradigmas e de pensamentos. A Lei de Diretrizes e Bases e os Parâmetros Curriculares Nacionais em específicos os do Ensino Fundamental; sugerem e incentivam para uma abordagem mais completa de vários tópicos da Astronomia do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental. Nas Diretrizes Curriculares de Ciências do estado do Paraná, o conteúdo sobre Astronomia apresenta-se como um dos Conteúdos Estruturantes; conhecimentos de grandes amplitudes, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de ensino e estudo (LOPES, 1999). Embora a Astronomia participar em nossas vidas de modo intenso e inexorável, percebe-se ainda um grande desinteresse pelo assunto por parte dos educandos em sala de aula. Questionar a validade e a utilidade da Astronomia hoje é retroceder no tempo, pois se nossos ancestrais não tivessem se dedicado a ela, provavelmente se quer estaríamos aqui agora. Porém, esse é o momento propício para a elaboração de estratégias/metodologias diversas para melhor interpretação e compreensão dos fenômenos astronômicos do dia a dia. 1.1 OS DESAFIOS PARA OS PROFESSORES DE CIÊNCIAS NO ENSINO DE ASTRONOMIA Muitos são os fatores que dificultam os professores de ciências do ensino fundamental na abordagem do conteúdo sobre Astronomia, conteúdos esses, contemplados pelas Diretrizes Curriculares – SEED-PR. A primeira barreira encontrada por nós professores habilitados em ciências biológicas começa na formação acadêmica. Durante a graduação, não cursamos nenhuma disciplina especifica para se trabalhar os conteúdos de astronomia. Há carência de fontes seguras sobre Astronomia, as distorções presentes em livros didáticos e a falta de cursos ou especializações sobre o tema são obstáculos encontrados no contexto de ensino e aprendizagem desse conteúdo. Segundo Langhi (2004), “Uma deficiente preparação dos professores nesse campo e nas demais áreas da ciência normalmente lhe traz dificuldades no momento de sua atuação em sala de aula”. Pesquisas indicam que professores e alunos persistem em fazer o uso de concepções alternativas para explicar fenômenos relativos à astronomia. A formação inadequada de professores leva a inquietações, inseguranças e dificuldades que os conduzem a buscar informações em outras fontes, muitas vezes questionáveis talvez procurando concepções alternativas, ou acabam seguindo orientações e sugestões dos autores dos livros didáticos utilizados em sala de aula, os quais trazem muitos problemas quanto ao conteúdo de Astronomia. (CANALLE et al., 1997). Porém, apesar dessas dificuldades, a necessidade de se compreender os fenômenos astronômicos do universo, principalmente os que ocorrem no nosso sistema solar, justifica a tentativa de qualificar e socializar os estudos sobre astronomia utilizandose de tecnologias digitais disponíveis que possibilitam conhecimentos e avanços das teorias atuais e evoluções no campo da astronomia. O ZÊNITE X ATRONOMIA fonte:http://www.zenite.nu O Zênite1 é um site que usa a Astronomia para divulgar ciência e estimular o senso crítico através do conhecimento científico. Nele encontram-se artigos ilustrados e de leitura agradável, além de outros recursos interativos de aprendizagem. Esse site servirá como material norteador para o desenvolvimento dessa unidade didática. É através dessa ferramenta tecnológica digital que será desenvolvida a sequência didática sobre os fenômenos astronômicos. A sequência será dividida em quatro momentos que propõe situações de aprendizagem interligadas, possibilitando que o professor os adaptem de acordo com as particularidades de seus alunos e às condições apresentadas por cada escola. 1 Zênite também é o nome dado ao ponto mais elevado do firmamento, aquele que miramos ao olhar diretamente para cima. ATIVIDADES PROPOSTAS SUGESTÃO PARA O PROFESSOR • Fazer um prévio levantamento bibliográfico para contextualizar teoricamente os estudos realizados; • Selecionar outros sites confiáveis e materiais relativos à Astronomia disponíveis na rede da internet; • Elaborar e aplicar instrumento de coleta de informações para levantar o conhecimento prévio dos alunos a respeito da temática em estudo. • Realizar práticas de investigação e pesquisa no laboratório de informática da escola. ATIVIDADE 1 CONTEÚDO: Sistema Solar OBJETIVO: Verificar a origem do Sistema Solar e o surgimento dos corpos celestes que o compõe. Desde os primórdios, a imensidão do céu, os infinitos corpos celestes nele existentes e as ocorrências dos fenômenos astronômicos, sempre intrigaram o homem despertando cada vez mais a sua curiosidade e levando-o às seguintes indagações: Como e quando surgiu tudo o que existe ao nosso redor? De onde surgiu a matéria que compõe todos os corpos do universo? E o universo como se formou? E o nosso sistema solar de que forma surgiu e foi organizado como o conhecemos hoje? Foram essas e outras indagações instigadoras que levaram o homem a pesquisar e procurar respostas para o surgimento de tudo e, com o passar dos tempos o homem utilizou-se de diversos recursos e fontes tais como mitos, crenças e religiões para tentar responder aos tais anseios e curiosidades. Com a evolução do conhecimento e dos avanços tecnológicos o homem chegou a teoria científica mais aceita nos dias atuais, a qual explicação o surgimento do universo e consequentemente a formação de toda a matéria existente que deu origem ao nosso sistema solar e tudo que nele existe. Essa é denominada Teoria do Big bang. Uma boa sugestão para iniciar essa atividade é a apresentação do vídeo poeira das estrelas parte 1, nela é abordada a origem do universo e toda a matéria existente. fonte:http://www.youtube.com/watch?=aEwmX8yerWQ Após a apresentação do recorte do vídeo, retornar ao site Astronomia no zênite. Clicando no quarto ícone de navegação SISTEMA SOLAR, SOLAR, no tópico: Do pó aos planetas; os alunos terão acesso a informações valiosas sobre a origem do Sistema Solar, o surgimento do Sol e os demais astros do nosso sistema planetário. Esse tópico da ênfase a formação gradativa do sistema solar após o acontecimento do Big bang a partir da teoria da nebulosa. A sugestão de atividade para esse momento é fazer a comparação cronológica do surgimento do universo, formação das galáxias, as nebulosas, o Sol e o nosso planeta. Enfatizar sobre o posicionamento das órbitas planetárias, aproveitando para relacionar o quadro simulador com a ilustração clássica do nosso sistema solar com órbitas planas e posicionamento errônea principalmente das posições ocupadas pelos planetas. concepção tradicional (plana) x concepção atual Ressaltar ainda, algumas das principais características dos planetas como: inclinações dos seus eixos imaginários, velocidade, massa, distância em relação ao Sol, características essas, que corroboram para a concepção atual das órbitas definidas pelos planetas e suas disposições sobre elas. Contrapondo assim à representação tradicional do nosso sistema solar como apresentado abaixo. fonte:http://www.mundos-fantasticos.com/ci%C3%AAncia/universo/sistema-solar/ Ainda nesse espaço, temos A “família” do Sol: de Mercúrio a Éris. Uma abordagem completa e específica sobre cada astro. Apresentando quais são, como evoluíram e as características específicas de cada um. Um bom momento para o aluno observar a inteiração da Astronomia com outras ciências do conhecimento, como a matemática, a física, a história, a geografia entre outras. Sugestão interdisciplinar para o professor trabalhar sobre esse tópico: A origem dos nomes dos planetas e seus significados, a relação entre a Astronomia e a mitologia grega, a elaboração e construção dos zodíacos, o histórico de descobrimento de cada planeta e astros conhecidos, os valores significativos de grandezas matemáticas encontradas na Astronomia, comparação e classificação dos planetas quanto as suas dimensões, representação do sistema planetário através de material lúdico. Trabalhar conceito de algumas unidades de medidas e conceitos astronômicos apresentados nesse espaço. Fazer comparações entre algumas medidas dos planetas de conhecimentos prévios dos alunos, tomando como exemplo, as encontradas nas fichas técnicas de cada planeta disponíveis nesse espaço. Ainda no espaço A “FAMÍLIA DO SOL”, encontra-se um artigo denominado TERRA- LUA que apresenta a Terra em números assim como dos demais astros. São fichas técnicas de cada planeta, nelas contém grandezas e unidades de medidas que proporcionam uma interdisciplinaridade com matemática, física e arte abordando principalmente sistemas de medidas e temperaturas. Ficha Técnica da Terra A origem do Sistema Solar fonte:http://www.zenite.nu ATIVIDADE 2 CONTEÚDO: Movimento de rotação realizado pela Terra OBJETIVO: Entender o movimento de rotação realizado por um astro especificamente o do nosso planeta, as suas implicações e interferências em nossas vidas. Relacionar o período de tempo de acordo com o calendário cósmico ao nosso calendário atual. Assim como outros astros, a Terra não permanece estática, realizando, portanto, vários movimentos no espaço. O movimento de rotação é um dos mais conhecidos, pois é o responsável pela alternância entre dias e noites. O movimento de rotação é caracterizado pelo deslocamento que a Terra realiza em torno de seu próprio eixo. A sugestão indicada para a introdução desse tópico é a apresentação do vídeo Espaçonave Terra parte 1. fonte: http://www.youtube.com/watch?v=2M5NgPg-szs Esse vídeo apresenta de forma clara e compreensível a ocorrência do movimento de rotação realizado pela Terra, a inclinação do planeta em relação ao seu próprio eixo imaginário e em relação Sol com suas implicações. No sexto ícone de navegação TEMPO & ESPAÇO, ESPAÇO, encontra-se um breve histórico sobre o calendário cósmico, o modelo de interpretação cronológica proposta por Carl Sagan desde o evento do Big Bang até os nossos dias. Nessa indicação logo abaixo do artigo Principais datas do calendário cósmico ao final da página, abrindo, pode se observar de forma ilustrativa as principais datas de evolução dos eventos mais importantes ocorridos no período de um ano no modelo de calendário cósmico proposta por Carl Sagan. Desde o surgimento do Universo, posteriormente da Terra e de tudo que nela há, foram necessários bilhões de anos para que tudo fosse consolidado, isso em períodos geológicos. Para esse momento, as sugestões interdisciplinares sugeridas são: instigar os alunos a perceber os intervalos de tempo decorridos em cada eventos apresentados no calendário elaborado por Carl Sagan, pesquisar sobre os calendários utilizados desde as antigas civilizações e suas relações com a astronomia, descobrir quais foram os grandes monumentos arqueológicos existentes construídos nas antigas civilizações e suas relações com calendários e fenômenos astronômicos. Construção de um relógio do Sol para perceber o movimento da Terra ao redor do Sol. Nessa mesma página, vamos encontrar informações valiosíssimas em NASCER E O ACASO onde estão disponíveis informações que reforçarão a compreensão do movimento de rotação da Terra, e também um simulador onde poderão observar os horários do nascer e por do Sol em datas, locais e horários específicos. Ter acesso através do simulador, as coordenadas de diversas cidades do mundo inclusive as das suas próprias cidades. Simulador disponível Tempo e espaço ATIVIDADE 3 CONTEÚDO: Movimento de translação realizado pela Terra OBJETIVO: Compreender as ocorrências dos fenômenos relacionados ao movimento de translação da Terra: solstícios, equinócios, estações do ano e ano bissexto Apesar de ser muito comum o tema estações do ano, em nosso dia a dia, ainda não é bem compreendido pelos alunos a dinâmica da ocorrência desses períodos anuais os quais estão relacionados diretamente com o movimento de translação realizado pela Terra ao redor do Sol. Para uma melhor contribuição de entendimento sobre esse tema, vale a pena ressaltar alguns aspectos das estações do ano que não são evidenciados e nem mesmo apresentados nos livros didáticos da disciplina de ciências; corroborando para uma para interpretação erronia do fenômeno, tanto informativa quanto ilustrativa. Nessa etapa, o momento é oportuno para que os alunos compreendam os pontos denominados periélios e afélios de localização da Terra em relação ao Sol e superar o conhecimento empírico de que essas distâncias são as razões das ocorrências de alguns fenômenos astronômicos do nosso planeta entre esses as estações do ano, os solstícios e os equinócios. Ilustração clássica encontrada nos livros didáticos com elipses exageradamente excêntrica (achatada). Exemplo de ilustração que causa confusão no aluno que na sua compreensão, relaciona a distância entre o Sol e a Terra como fator responsável pela determinação das estações. Os solstícios de inverno e verão por exemplo, ocorrem de dezembro a fevereiro no Hemisfério Sul. Nesse período em janeiro, se dá o periélio em que a Terra se encontra mais próxima do Sol. O mesmo ocorre com os equinócios onde em julho se dá o afélio e que visualmente a figura não permite tal compreensão. http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/planetarios/banco_de_textos/index.php?p=16621 Ilustração da órbita da Terra ao redor do Sol próximo do real (pequena excentricidade orbital). fonte:http://www.oocities.org/br/hpclaudioweb/astroerros.html Para uma boa complementação sobre o tema movimento de translação, clicando sobre o segundo ícone de navegação DIÁRIO ASTRONÔMICO, em Espaçonave Terra os alunos encontrarão uma replica da cabine na espaçonave e descobrirão em um dos seus monitores no painel, um breve texto científico e ilustrações dos fenômenos relacionados com o movimento de translação realizado pela Terra ao redor do Sol, tais como os solstícios e os equinócios, as estações do ano, os anos bissextos e as inserções das datas festivas pagãs juntas às datas de festas cristãs no nosso calendário atual. O interior da cabine na Espaçonave Terra fonte:http://www.zenite.nu ATIVIDADE 4 CONTEÚDO: As fases da Lua e os eclipses lunar e solar OBJETIVO: Compreender as ocorrências desses fenômenos e desmistificar mitos e crendices sobre os mesmos. A Lua, o satélite natural do nosso planeta é o astro a seguir ao Sol, o mais evidente e atraído pelos humanos. Encontra-se em rotação sincronizada ao redor da Terra, mostrando sempre a mesma face visível Desde a antiguidade, a lua é um astro que sempre intrigou o homem pelas suas formas de aparição no céu; inspiração para muitas crenças e lendas ao seu respeito. Sugestões: Questionar os alunos a respeito de como a Terra e a Lua se formaram. As teorias sobre o surgimento do satélite natural da Terra. Desenvolver o senso crítico, analisando e comparando cada uma das teorias. De onde veio o material que as compõe? Qual Você pode localizar o Google Earth, digitando na barra de endereço do próprio Google. Em seguida fazer o download.Tempo estimado de três minutos para instalação. delas é maior? A superfície da Terra é semelhante à da Lua? É possível viver na Lua tal como na Terra? Diante do computador, mostre imagens do nosso planeta e da Lua, usando o software Google Earth 2, para que eles as observem enquanto tentam responder as questões. O segundo ícone DIÁRIO ASTRONÔMICO, ASTRONÔMICO encontra-se o painel da espaçonave Terra, encontra-se em um dos monitores, o texto As fases da Lua. Aqui vamos encontrar informações científicas a respeito do nosso satélite natural, a representação simplificada das fases da lunar, um quadro completo com informações atualizadas do mês de acesso do site contendo as fases da Lua e seus respectivos horários de mudanças no decorrer do atual mês vigente. Ainda nesse espaço os alunos poderão utilizar-se de um simulador para calcular o calendário lunar anual de anos anteriores ou posteriores ao ano de acesso a esse simulador. E observar através de uma animação, a ocorrência das oscilações das marés sob a interferência do posicionamento da Lua. 2 Google Earth é um programa de computador cuja função é apresentar um modelo tridimensional do globo terrestre, construído a partir de mosaico de imagens de satélites obtidas de fontes diversas, imagens aéreas (fotografadas de aeronaves). Desta forma, o programa pode ser usado simplesmente como um gerador de mapas bidimensionais e imagens de satélite ou como um simulador das diversas paisagens presentes no Planeta Terra. As fases da Lua fonte:http://www.zenite.nu Esse momento é propício para a compreensão sobre as teorias de formação da Lua, o seu posicionamento em relação à Terra, os conceitos de umbra e penumbra, perigeu e apogeu e suas relações na formação dos eclipses. fonte:http://www.brasilescola.com/fisica/fenomeno-super-lua.htm Na página inicial do site Astronomia no Zênite, lado direito superior encontra-se um ícone exclusivo sobre o nosso belo satélite, a Lua. Nele encontra-se muitas Informações sobre o nosso satélite com a atualização correspondente ao dia de acesso. No quarto ícone de navegação, SISTEMA SOLAR, SOLAR encontraremos um importante texto científico intitulado de A Terra sem Lua. Ele apresenta um breve texto científico e ilustrações muito importantes explicando sobre a teoria científica mais aceita sobre a formação da Lua. Observarão a importância da Lua como escudo protetor natural da vida na Terra. Os eclipses Os eclipses são os fenômenos terrestres que mais intrigaram a humanidade desde as antigas civilizações até os dias atuais. Por serem fenômenos de fácil visibilidade e alguns até mesmo impactantes devido a sua intensidade aos nossos olhos, esses fenômenos foram bastante explorados pelos místicos durante séculos, criando entre a humanidade, mitos e crenças. Esse é o momento para que, de forma simples e científica, todas essas crendices e mitos sejam esclarecidos e após esse momento, os alunos possam acompanhar e apreciar esses fenômenos a partir de um conhecimento científico elaborado adquirido e de forma segura poder contemplar esses fenômenos tão belos e comuns que ocorrem em nosso planeta. No ícone de navegação SISTEMA SOLAR, o aluno encontrará informações importantíssimas sobre os eclipses, o que são, suas ocorrências na Lua e no Sol, cuidados necessários para visualização e classificação dos eclipses quanto as suas intensidades. Nesse espaço, os alunos terão acesso às tabelas de calendários com eclipses ocorridos antes do ano vigente e uma tabela relacionados todos os próximos eclipses que ocorrerão durante todo o século XXI. O eclipse solar apesar de um fenômeno deslumbrante e atraente, pode causar danos aos olhos dos observadores desinformados, desprovidos de aparatos próprios para observação. Imagens dos eclipses parciais solar e lunar figura: 01 figura:02 figura:01 http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Solar_annular_eclipse_of_January_15,_2010_in_Jinan,Republic_of_China.JPG figura: 02 http://www.cacodarosa.com/noticia/2985/eclipse-lunar-telescopios-do-observatorio-frei-bruno-estarao-a-disposicao Sugestão de atividades: Complementação com o vídeo Espaçonave Terra parte 10. Esse vídeo retrata os eclipses de forma esclarecedora e fácil compreensão. fonte: http://www.youtube.com/watch?v=HtqCsY3vAsc Após assistir ao vídeo, chamar a atenção sobre os cuidados necessários para visualização de um eclipse solar, refletir sobre os resultados de pesquisas realizadas sobre esses fenômenos por várias civilizações, superar conhecimentos empíricos atribuídos a esses fenômenos e se utilizando de materiais alternativos; confeccionar uma réplica de simulador de eclipses com demonstrações para melhor fixação de conceitos e ocorrências do fenômeno. Ilustração de um eclipse possível de construção em sala de aula para melhor compreensão da ocorrência desse fenômeno. fonte: http://www.explicatorium.com/images/Eclipse_lunar_explicacao.png Essa unidade didática elaborada sob as expectativas da disciplina de ciência no ensino da Astronomia, apresenta conteúdos com possibilidades de diversas interfaces com outras disciplinas. Sugere uma prática que proporcione aos alunos um conhecimento menos fragmentado através da interdisciplinaridade como as disciplinas de geografia, a língua portuguesa, a história, a matemática e arte. Por meio dessa mediação, quanto mais relações conceituais, interdisciplinares e contextuais o estudante puder estabelecer, maior a possibilidade de reconstrução interna de significados (internalização) e de ampliar seu desenvolvimento cognitivo. Nesse sentido, o estudante constrói significados cada vez que estabelece relações “substantivas e não arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores (nível de desenvolvimento real – conhecimentos alternativos) e o que aprende de novo (AUSUBEL, NOVAK e HANESIAN, 1980). Sugestões de atividades propostas para avaliação do projeto A) Aplicação de um pré-teste para os alunos após a exposição do projeto; B) Construção de portfólio pelos alunos; C) Reaplicação do mesmo teste ao final da realização do projeto; D) Realização de um feedback junto aos alunos e professores das áreas afins. A) Pré teste contemplando os temas apresentados nessa unidade temática 1) O “Big Bang” (“grande explosão”) é reconhecido pelos cientistas como o evento que deu origem ao universo. Uma observação astronômica que está de acordo com essa teoria é: (a) o movimento de rotação da Terra. (b) o afastamento entre as galáxias. (c) o movimento de aproximação de estrelas. (d) o movimento de translação da Terra. 2) Os astrônomos utilizam a unidade ano-luz nas suas atividades de pesquisa. Essa unidade é utilizada para medir: (a) Tempo 3) (b) Velocidade (c) Área (d) Distância “Possuem muitas estrelas e podem ter formato espiral, elíptico ou irregular.” A descrição acima corresponde a: (a) Nebulosas (b) Planetas (c) Aglomerados (d) Galáxias 4) A imagem abaixo mostra o momento de lançamento de um ônibus espacial. É preciso utilizar foguetes no lançamento para: (a) superar a força de atração gravitacional da Terra. (b) dar o equilíbrio necessário ao ônibus espacial. (c) produzir luz e calor na parte traseira do ônibus espacial. (d) consumir o oxigênio do ar no local do lançamento. 5) O Sol é a estrela mais próxima do nosso planeta. Com relação ao seu futuro, pode-se afirmar que: (a) o Sol sempre existirá, pois produz a sua própria energia. (b) daqui a bilhões de anos seu brilho diminuirá. (c) pode deixar de brilhar a qualquer momento. (d) como toda estrela, vai acabar como um buraco negro. 6) A alternativa que contém apenas corpos celestes que fazem parte do Sistema Solar é: (a) Buracos negros, aglomerados e planetas (b) Planetas, luas e asteroides (c) Luas, buracos negros e nebulosas (d) Luas, aglomerados e nebulosas 7) A figura abaixo representa a Via Láctea, a galáxia onde se localiza o Sistema Solar. A região que melhor representa a localização do Sistema Solar nessa figura é: A C B D 8) Escreva (C) para CERTO ou (E) para ERRADO na frente de cada frase abaixo. a) ( ) No inverno a Terra está muito mais longe do Sol, por isso faz muito frio. b) ( ) No verão, de qualquer hemisfério, a Terra está muito mais perto do Sol. c) ( ) A Terra gira ao redor do Sol; isso explica os dias e as noites. d) ( ) A Terra gira ao redor do seu eixo de rotação; isso explica os dias e as noites. e) ( ) A Lua brilha porque tem luz própria. f) ( ) Os planetas são classificados em planetas rochosos ou interiores e gasosos ou exteriores. g) ( ) A Lua tem 29 fases, mas só quatro têm nomes especiais. h) ( ) Os astronautas nunca pousaram na face oculta da Lua. i) ( ) Nos equinócios (Sol sobre o Equador Celeste) a noite dura 12 horas. j) ( ) No inverno as noites duram mais de 12 horas. k) ( ) No verão as noites duram menos de 12 horas. l) ( ) O inverno e o verão dependem da Terra estar mais longe ou mais perto do Sol. m) ( ) A quantidade de luz do Sol que chega à Terra é a mesma em todos os pontos da superfície dela. n) ( ) Se o eixo da Terra não fosse inclinado, não haveria estações do ano. B) Construção de portfólio Todas as atividades propostas nessa unidade didática e desenvolvidas pelos alunos, irão compor seus portfólios com o objetivo de realizar uma avaliação mais dinâmica e voltada para uma abordagem formativa, proporcionando maior aproximação entre alunos e professor na construção do conhecimento através dessa prática. PORTFÓLIO O que é um portfólio? É um instrumento … de identificação da qualidade do ensino-aprendizagem mediante a avaliação do desempenho do aluno e do professor; que compreende a compilação dos trabalhos realizados pelos alunos, durante um curso, série ou disciplina. Qual o objetivo de um portfólio? Ajudar os estudantes a desenvolver a habilidade de avaliar seu próprio trabalho e desempenho, além de oportunizar a documentação e registro de forma sistemática e reflexiva. Através dos portfólios, o professor instaura o diálogo com cada aluno de forma individualizada, pois os alunos devem sempre estar com seus portfólios documentando suas aprendizagens. Quais as vantagens do portfólio? Possibilidade do aluno refletir sobre seu próprio aprendizado e avaliá-lo com o professor; Possibilidade dos professores, vivenciarem esta prática para que nas escolas em que atuarem possam compreender e propor práticas avaliativas mais dinâmicas e voltadas para uma abordagem formativa; Explicação, pelo estudante, da natureza do trabalho realizado e que tipo de desenvolvimento esta tarefa possibilitou; Fornecimento de retro-informação (feedback) para os estudantes, pelo professor que avaliou o portfólio; Os professores melhoram sua habilidade de avaliar os alunos; Os alunos melhoram sua habilidade de redigir textos e posicionar-se frente aos temas abordados; Os alunos aprendem a revisar seus trabalhos de maneira organizada; Os alunos melhoram sua habilidade de comunicação através do relato de experiências e realizações; Os alunos aprendem a tomar posse do seu aprendizado, ao envolverem-se ativamente na elaboração de seus portfólios pessoais. Sugestões Os estudantes criam seus portfólios no início de cada ano/ semestre ou período letivo (ou no início de um projeto) É interessante que o portfólio contenha um diário reflexivo para o aluno registrar pensamentos, sentimentos, auto-avaliações de crescimento ao longo de sua experiência naquela disciplina. Qual a estrutura do portfólio na disciplina de Didática? Pasta individual (livre escolha) contemplando um índice sequencial do material (sugere-se uma folha de abertura para cada um dos itens abaixo): nome do aluno(a), do professor, curso, disciplina, série, ano, instituição índice anotações /registros de aulas (o objetivo de cada aula e a reflexão sobre que aprendeu em cada aula) trabalhos / provas / pesquisas / entrevistas realizadas / estudos de caso auto-avaliação (felicitações, críticas, proposições, reflexão pessoal sobre o que tem aprendido, o que gostaria de aprender, o que planeja fazer) indicações de leituras, sites e filmes fotografias, CD e DVD com documentação dos momentos / trabalhos registrados notícias lidas extraídas de jornais, sites, revistas ou reportagens (com comentários do aluno sobre sua opinião) sugestões de termos para redação relatórios/comentários de filmes assistidos produções artísticas diário reflexivo do processo ensino-aprendizagem (mensagens / recados dos colegas / do professor) glossário e outros. Texto redigido pela Professora Maiza Taques Margraf Althaus. 2007. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALTHAUS, Maiza Taques Margraf. Portfólio. UEPG. 2007. http://www.uepg.br/uepg_departamentos/demet/disciplinas/Roteiro%20portf%C3%B 3lio.pdf . CANALLE, J. B. G. TREVISAN, R. H. LATTARI, C. J. Análise do conteúdo de Astronomia de livros didáticos de Geografia de 1º grau. Caderno Catarinense de Ensino de Física, v. 14, n. 3, p. 254-263, 1997. COSTA, J.R.V. Sistema Solar Astronomia no Zênite, http://www.zenite.nu, 2013. LANGHI, R. Astronomia nos anos iniciais do ensino fundamental: repensando a formação de professores. 2009. 370 f. Tese (Doutorado em Educação para a Ciência). Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru, 2009. LANGHI, R. Um estudo exploratório para a inserção da Astronomia na formação de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental. 2004. 240 f. Dissertação (Mestrado em Educação para a Ciência). Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru, 2004. PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba: SEED, 2008