metais - CEFARMA

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•5/18/2012
METAIS
•1
Metais Tóxicos
Metais pesados são elementos que tem peso
específico maior que 5g/cm3 e quem possuam
número atômico maior que 20 (Malavolta,1994).
Os seres vivos necessitam de pequenas quantidades
de alguns desses metais, incluindo cobalto, cobre,
manganês, molibdênio, vanádio, estrôncio, e zinco,
para a realização de funções vitais no organismo.
Porém níveis excessivos desses elementos podem
ser extremamente tóxicos.
Outros metais pesados como o mercúrio, chumbo e
cádmio não possuem nenhuma função dentro dos
organismos e a sua acumulação pode provocar
graves doenças, sobretudo nos mamíferos.
Metais Tóxicos
Quando lançados como resíduos industriais, na água,
no solo ou no ar, esses elementos podem ser
absorvidos
pelos
vegetais
e
animais
das
proximidades, provocando graves intoxicações ao
longo da cadeia alimentar.
Por exemplo, todos os sistemas enzimáticos são
potencialmente suscetíveis aos metais pesados. Por
outro lado, nos organismos vivos, o acesso dos
metais pesados pode ser limitado pelas estruturas
anatômicas.
Freqüentemente existem consideráveis diferenças de
sensibilidade entre diferentes órgãos e tecidos, assim
como na ação observada entre experimentos in vivo e
in vitro, entre espécies e entre respostas típicas de
envenenamento clínico .
•1
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CHUMBO
Galena
O chumbo (do latim plumbum) é um elemento de
símbolo Pb , À temperatura ambiente, o chumbo
encontra-se no estado sólido.
Ocorre naturalmente na crosta terrestre, raramente na
forma elementar. Geralmente é encontrado na forma dos
minerais galena (PbS), anglesite (PbSO4) e cerusite
(PbCO3).
Encontrado em duas formas:
• Chumbo orgânico – estava presente na gasolina;
atualmente só constitui um risco em determinados
contextos ocupacionais.
• Chumbo inorgânico – está presente em tintas, canos,
munições, cerâmica e jóias, entre outros.
CHUMBO
FONTES DE EXPOSIÇÃO:
• Na
idade média fabricação de utensílios domésticos
• É usado na construção civil
• Pigmentos para tintas
• Baterias de ácido
• Munição
• Proteção contra raios-x
• Artefato de Pesca
•CANDIDO PORTINARI, Criança Morta
(Criatura muerta), 1944 Óleo s/ tela
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CHUMBO
FONTES DE EXPOSIÇÃO:
• Forma
parte de ligas metálicas para a produção de
soldas, fusíveis, revestimentos de cabos elétricos,
etc.
• Magnificação trófica: nos peixes, a acumulação
ocorre principalmente nas brânquias, fígado, rins e
ossos.
• Nos mariscos, as concentrações são maiores na
carapaça que nos tecidos moles.
CHUMBO
Toxicocinética:
• As principais vias de exposição são a oral, inalatória e
cutânea (principalmente para chumbo orgânico).
• Nos adultos, 5 a 15% do chumbo ingerido é absorvido
no trato gastrointestinal, enquanto nas crianças essa
absorção pode ultrapassar os 40%.
• Baixos níveis de cálcio, ferro, cobre, zinco e fósforo ou
altos níveis de gordura na dieta podem aumentar a
absorção do chumbo.
• O chumbo compete com o cálcio para o mesmo
mecanismo de transporte através da mucosa digestiva.
CHUMBO
* Toxicocinética:
Distribui-se inicialmente para rins e figado, após isto
sofre redistribuição conforme exposto:
95% do Chumbo
do organismo sob
a forma de fosfato
de
Chumbo
terciário
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CHUMBO
* Toxicodinâmica:
Muita da sua toxicidade no SNC pode ser atribuída
à alteração de enzimas e proteínas estruturais.
É um cátion divalente que se liga aos grupos
sulfidrilo das proteínas e interfere com a formação da
mielina, a integridade da barreira hematoencefálica, a
síntese de colágeno e a permeabilidade vascular.
CHUMBO
*Toxicodinâmica:
O
chumbo tem a capacidade de mimetizar e
competir com o cálcio alterando essas funções:
- bloqueia a entrada de cálcio para os terminais
nervosos;
- inibe as ATPases do cálcio, sódio e potássio,
afetando o transporte membranar;
- inibe a utilização de cálcio pelas mitocôndrias
diminuindo a produção de energia essencial às
funções cerebrais;
- e interfere com os receptores do cálcio acoplados a
segundos mensageiros.
CHUMBO
* Toxicodinâmica:
O
chumbo
formação do
vários pontos.
impede a
heme em
Surgimento de anemia por
dois fatores: diminuição do
tempo de meia-vida dos
eritrócitos e inibição da
síntese do heme.
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CHUMBO
* Efeitos Tóxicos:
Intoxicação Aguda: (Raro)
•Encefalopatia aguda,convulsões e coma.
•Morte de 1 a 2 dias após o início dos sintomas.
Intoxicação Crônica:
•Efeitos Neurológicos: Encefalopatia (falta de
coordenação, vertigem, ataxia, quedas, cefaléia,
irritabilidade, covulsões e coma), fraqueza
muscular, modificações no comportamento das
crianças, como agressão, impulsividade e
hipersensibilidade.
CHUMBO
*Efeitos Tóxicos:
Intoxicação Crônica (cont.):
• Efeitos Renais: Nefropatias (reversíveis ou
irreversíveis)
• Efeitos Hematólógicos: Anemia Hemolítica
• Efeitos Gastrointestinais: Cólica Saturnínica
(dor
abdominal),
constipação
e
anorexia(crianças).
• Efeito Ósseo: Hipermineralização
CHUMBO
Alterações Laboratoriais e Diagnóstico Clínico:
A determinação dos níveis de chumbo no sangue é o
biomarcador mais comum e preciso. A presença de
chumbo no sangue reflete uma exposição recente.
Os níveis de protoporfirina eritrocitária ou de zinco-
protoporfirina (detectado por hematofluorímetro) refletem
um desequilíbrio na síntese do heme. Estes níveis podem
estar aumentados em crianças com níveis elevados de
chumbo.
As
alterações
nas
atividades
das
enzimas,
particularmente da ALA-D, no sangue periférico, e a
excreção urinária do ALA, servem de índices precoces da
exposição ao chumbo.
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CHUMBO
Alterações Laboratoriais e Diagnóstico Clínico:
Aumento da
coproporfirina na urina
Uma contagem completa das células sanguíneas
pode ser útil em pacientes com extensa exposição
Pontilhado (pontuado) basófilo nos eritrócitos em
intoxicados crônicos
As técnicas de fluorescência de raio-X para
determinação da concentração de chumbo nos ossos
(bom indicador da exposição cumulativa). Na
extremidade dos ossos longos observa-se maior
densidade em determinadas regiões - linhas de
chumbo.
CHUMBO
Tratamento e Antídotos :
O tratamento inclui medidas de sustentação do
paciente, sendo assim as convulsões são tratadas
com diazepam.
EDTA-Na2-Ca - infusão IV
- Não atravessa as barreiras
- O chumbo desloca o cálcio e então é quelado e
eliminado via renal.
Dimercaprol – IM é usado normalmente associado
ao EDTA
D-Penicilamina - VO
CHUMBO
O chumbo é amplamente distribuído na natureza e
responsável por vários casos de intoxicação devido a
contaminação ambiental, da água e alimentos. Indique a
alternativa correta com relação à intoxicação por chumbo.
a) O sistema nervoso e hematopoiético são particularmente
afetados pelo chumbo;
b) o chumbo não atravessa a barreira placentária, portanto não
causa dano ao feto;
c) saturnismo ou plumbismo é a terminologia usada para a
intoxicação aguda por chumbo;
d) o chumbo tende a acumular-se principalmente no cabelo e
tecidos hepáticos;
e) chumbo tetraetila e tetrametila praticamente não são
absorvidos por via cutânea.
Letra A
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CHUMBO
Com relação à intoxicação por chumbo, é INCORRETO
afirmar que:
a) pode ser causa de febre dos fumos metálicos;
b) não foram detectados efeitos teratogênicos em seres
humanos, embora tenha sido demonstrado em animais
de laboratório;
c) a exposição aumenta o risco de hipertensão, anemia,
lesão renal e do sistema nervoso;
d) tende a se depositar no organismo podendo levar anos
para ser eliminado;
e) os testes laboratoriais de exposição devem ser
realizados imediatamente antes e a cada seis meses
após a mesma.
Letra B
MERCÚRIO
Mercúrio
O mercúrio (do latim "hydrargyrum" que
significa prata líquida) é um elemento de
símbolo Hg. À temperatura ambiente, é um
metal líquido .
Pode ser encontrado em três formas:
Elementar
Orgânico
Inorgânico
MERCÚRIO
* Toxicodinâmica
Toxicidade do mercúrio é diretamente relacionada
com a sua ligação covalente aos grupos tiol das
diferentes enzimas celulares nos microssomas e na
mitocôndria, o que leva à interrupção do
metabolismo e da função celular.
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MERCÚRIO
Mercúrio Elementar ou metálico (Hg0)
Estado de oxidação zero (Hg0) existe na forma
líquida à temperatura ambiente, é volátil e liberta um
gás monoatómico perigoso: o vapor de mercúrio.
Fontes:
Amalgama odontológico
Extração e tratamento de ouro e prata
Laboratórios fotográficos
Tintas contendo mercúrio
Instrumentos de medição (termômetros)
MERCÚRIO
Mercúrio Elementar ou metálico (Hg0)
Principal via de absorção
• O mercúrio Inalado é totalmente absorvido pelos
pulmões.
• A ingestão não representa perigo
Distribuição
• Todos os tecidos principalmente, rim e cérebro.
Eliminação
• Urina e fezes
MERCÚRIO
Toxicidade:
• Aguda: tosse, dispnéia, pneumonite intersticial e
edema agudo de pulmão não-cardiogênico.
• Crônicos:
tremores,
personalidade.
ataxia,
disturbios
da
• Tríade clássica: tremores, gengivite e eretismo
• Alterações gatrointestinais e renais.
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MERCÚRIO
Mercúrio Inorgânicos (Hg2+) (Hg++)
O mercúrio inorgânico (compostos mercurosos e
mercúricos), sob a forma de cloretos.
Fontes:
• Agentes anti-sifiliticos
• Produção de explosivos
• Laboratórios fotográficos
• Desinfetantes
• Preparo na conservação de peles animais e
trabalhos sobre feltros
MERCÚRIO
Mercúrio Inorgânicos (Hg2+) (Hg++)
Principal via de absorção
• Via inalatória, digestiva e cutânea
Distribuição
• Principalmente rins
Excreção
• Urina e fezes
MERCÚRIO
Toxicidade
• Aguda: corrosão e necrose da mucosa do TGI.
Dor abdominal, diarréia, hemorrágica e vômitos.
• Crônicos:
- Nefropatias e e no T.G.I, com gengivite com linha
gengival acinzentada (dentre outros).
- Efeitos neurológicos: tremores, nervosismo,
ansiedade, insônia e alterações de personalidade
- Acrodinia: doença rara, idiossincrática, com
alteração na cor das pontas dos dedos e pés.
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MERCÚRIO
“Louco como um chapeleiro maluco”
Danbury, em Connecticut, era o centro da indústria de
chapéus de feltro no século XIX.
O processo de confecção do feltro para chapéus requeria o
uso de nitrato mercuroso para retificar o pêlo animal. Os
trabalhadores comumente absorviam doses tóxicas de
marcúrio inorgânico através da pele.
As pessoas que desenvolviam a psicose resultante
frequentemente eram decritas como “falando sozinhas
como um chapeleiro louco”.
MERCÚRIO
Mercúrio Orgânicos (Alquis-mercúrios)
Fontes
• Agentes anti-sépticos (Merthiolate®)
• Conservação de madeira
• Produtos para conservação de sementes
• Herbicidas
Principal via de absorção
• Via digestiva
Distribuição
• Todos os tecidos, principalmente o SNC
MERCÚRIO
Eliminação
• Bile
Toxicidade
• Aguda e Crônicos; Sintomas neurológicos, incluindo
oftalmológicas,
auditivas,
tremores,
disartria,
deterioração mental e morte.
• Prole com defeitos congênitos quando da exposição
da mãe.
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MERCÚRIO
Magnificação Trófica ou Bioacumulação
Consiste no acúmulo progressivo de substâncias não
bio-degradáveis ao longo dos diversos níveis tróficos de
um ecossistema. Geralmente a concentração da
substância tóxica (nesse caso mercúrio) não é muito
grande no ecossistema, assim como nos produtores.
Quando, porém, os componentes do segundo nível
trófico se alimentam desses produtores contaminados, e
utilizam a sua biomassa para suas próprias necessidades,
não há perda significativa do poluente para o meio. A
biomassa, porém, é transformada em CO2 e água, que são
liberados para o meio. A concentração do poluente, então,
aumenta na matéria orgânica dos seres desse nível trófico.
MERCÚRIO
Bioacumulação do Mercúrio
A distribuição do mercúrio numa dada área depende das
fontes locais, regionais, nacionais e internacionais de
mercúrio emitido.
Os animais marinhos convertem o mercúrio elementar em
mercúrio orgânico, que se acumula nos tecidos.
A quantidade
de metilmercúrio nos peixes e nos
diferentes organismos aquáticos depende de vários
fatores, como da quantidade de mercúrio proveniente da
atmosfera que aí se deposita, da libertação local de
mercúrio, da ocorrência natural deste nos solos, das
propriedades físicas, biológicas e químicas dos diferentes
organismos aquáticos e da idade, tamanho e tipo de
alimentação dos peixes.
MERCÚRIO
Bioacumulação do Mercúrio
Isto explica porque os peixes de lagos, com fontes locais
de metilmercúrio similares, podem
diferenças, na bioconcentração deste.
ter
significativas
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MERCÚRIO
O Mercúrio e Meio Ambiente:
•34
MERCÚRIO
Antidotos
A afinidade do mercúrio pelos tióis constitui a base para o
tratamento.
Para o mercúrio inorgânico e elementar usa-se agentes
quelantes :
• Dimercaprol IM – O complexo formado é eliminado pela bile
• Penicilamina VO - O complexo formado é eliminado pela Urina,
portanto cuidado com nefropatia!!!
Para o mercúrio orgânico:
• O Dimercaprol está contra indicado!
• Penicilamina?Resinas?Hemodiálise?
Diagnóstico Clinico-Laboratorial
Ensaio de Reinsch
MERCÚRIO
Questões:
( ) Os efeitos tóxicos no SNC são mais marcantes depois da exposição
de vapor de mercúrio do que às formulações bivalentes desse metal.
( ) os mercuriais arílicos, como o mercurofeno, são exemplos de
mercúrios orgânicos.
( ) O mercúrio orgânico atravessam a barreira hematoencefálica e
placentária e, por esse motivo, causam mais efeitos neurológico e
teratogênico que os sais inorgânicos.
( ) O Chapeleiro Maluco de As Aventuras de Alice no País das maravilhas
representa um quadro típico da intoxicação ocupacional por mercúrio.
( ) A metilação é fundamental para a bioacumulação no meio aquático.
( ) Os peixes localizados no topo da cadeia alimentar apresentam
elevados níveis de metilmercúrio, destacando-se as espécies predatórias.
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MERCÚRIO
A autópsia de um indivíduo exposto ao metilmercúrio
revelou que a maior parte do mercúrio cerebral
encontrava-se na forma de:
a) metilmercúrio;
b) mercúrio metálico;
c) etilmercúrio;
d) dimetilmercúrio;
e) mercúrio inorgânico.
Letra E
CÁDMIO
Propriedades:
O cádmio é um elemento químico de símbolo Cd, à
temperatura ambiente, o cádmio encontra-se no estado sólido.
O cádmio é um metal pesado que produz efeitos tóxicos nos
organismos vivos, mesmo em concentrações muito pequenas.
Normalmente é empregado principalmente na fabricação de
pilhas.
É cumulativo e a concentração no organismo correlacionasse
com a idade do indivíduo.
A fonte mais importante de descarga do cádmio para o meio
ambiente é através da queima de combustíveis fósseis (como
carvão e petróleo) e pela incineração de lixo doméstico.
CÁDMIO
Fontes
Relativamente à exposição não ocupacional, são
várias as fontes:
• A maioria do Cd da atmosfera é respirável;
• Fumo e automóvel;
• Encanamentos residenciais;
• Poluição industrial;
• Incineração de lixo;
• Por ingestão de comidas (nomeadamente frutos do
mar) ou bebidas (como chá, café ou água tratada);
• Uso de utensílios de comida com revestimentos
•39
contendo Cd;
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CÁDMIO
Toxicocinética
• Absorção no TGI entre 5 e 20 %
• Relativamente à absorção, o Cd resultante da ingestão tem
menor absorção que o resultante da inalação, ou seja, a absorção
gastrointestinal é inferior à respiratória. A absorção está
condicionada pela dieta: deficiências em Cálcio, Ferro
• Cd se deposita principalmente no fígado e rins (órgãos-alvos)
• Meia-vida de 17 a 38 anos
• Rins - 6 a 38 anos; fígado - 4 a 19 anos
• Excreção principalmente pela urina e também pelas fezes.
• Bioacumulação na cadeia alimentar
CÁDMIO
Toxicidade Aguda
Surge após ingestão de concentrações altas de
Cd, assim como após ingestão de alimentos ou
bebidas contaminadas, inalação de fumos ou outros
materiais aquecidos.
- Pneumonia química aguda
- Edemas pulmonares
CÁDMIO
Toxicidade Crônica
É devida a uma exposição
concentrações baixas de Cd.
prolongada
de
- Doença crônica obstrutiva pulmonar
- Enfisemas
- Síndrome renal e freqüentemente glicosúria e
proteinúria.
- Efeitos no sistema cardiovascular
- Efeitos no sistema ósseo - chamada doença "ItaiItai” (expressão de dor)
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CÁDMIO
Antidotos
Quelantes:
EDTA-Na2-Ca - infusão IV ?!
Diagnóstico Clinico-Laboratorial
O sangue total é melhor indicador da quantidade de exposição
do que o soro, porque os resíduos do Cd encontram-se
majoritariamente nos glóbulos vermelhos. Os níveis sanguíneos
de Cd refletem apenas exposições recentes e não são uma
medida precisa do total de Cd no corpo.
Metalotionina pode ser feita por ensaios radioimunológicos.
Proteínas de baixo peso molecular- β2-microglobulina.
Proteínas de alto peso molecular - ALBUMINA e
TRANSFERRINA
CROMO
O cromio/cromo (formas aceitas com predileção a
crômio) é um elemento químico de símbolo Cr.
O cromo é empregado principalmente em
metalurgia para aumentar a resistência à corrosão e
dar um acabamento brilhante.
Geralmente, não se considera que o crômio
metálico e os compostos de crômio(III) sejam,
especialmente, um risco para a saúde. Trata-se de
um elemento para o ser humano, porém em altas
concentrações é tóxico.
•44
CROMO
Os compostos de crômio (VI) são tóxicos quando
ingeridos, sendo a dose letal de alguns gramas. Em
níveis não letais, o crômio (VI) (crômio hexavalente)
é altamente carcinógeno.
A maioria dos compostos de crômio (VI) irritam os
olhos, a pele e as mucosas.
A exposição crônica a compostos de crômio (VI)
pode provocar danos permanentes nos olhos.
•45
•15
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CROMO
* Toxicocinética:
A absorção pode ocorrer por inalação, ingestão e através da
pele
A maioria do cromo consumido diariamente (50 a 200 µg) é
ingerido com comida e é a forma trivalente. Cerca de 0,5 a 3%
de todo o crómio consumido é absorvido.
Na forma hexavalente absorção de 3 a 6%.
Cromo sobre a forma de complexos, como p.e., com o ácido
nicotínico é melhor absorvido.
É praticamente todo excretado na urina
CROMO
* Toxicidade:
A nível renal, pode ocorrer necrose tubular
Os efeitos na pele e nas membranas das mucosas pode
manifestar-se através de uma irritação primária ou através de
uma dermatite alérgica e de contacto
O trioxido de crómio atmosférico é rapidamente absorvido no
tracto brônquio-pulmonar causando reacções corrosivas
Nível do sistema cardíaco observam-se alterações no
electrocardiograma
No TGI pode ocorrer hipercloridria, níveis elevados de
pepsina e pepsinogénio, pólipos, gastrites e erosão da mucosa
ARSÊNIO
Arsênio / Arsênico
O arsênio ou arsénio (do latim arsenium), ou
ainda arsênico ou arsénico, é um elemento químico
de símbolo As.
Encontrado em três formas:
Sais pentavalentes (As5+)
Sais trivalentes( As3+)
Arsina (AsH3)
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•16
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ARSÊNIO
Arsênio
Usos médicos do arsênio datam de Grécia e Roma
antigas
Hipócrates prescreveu uma pasta contendo arsênio
para tratar úlceras
Em 1800, era usado para tratar leucemia, psoríase e
asma – solução de Fowler
Usada no tratamento da sífilis
•49
ARSÊNIO
* Fontes:
O arsênio tri ou pentavalente são amplamente distribuídos na
natureza.
- Compostos inorgânicos :
Estão presentes em águas minerais e rochas
Encontrados nas formas de arsenito, arsenato e arsênio
elementar.
- Compostos orgânicos :
As formas orgânicas encontradas na alimentação humana são
arsenobetaina e arsenocolina. Estas formas são metiladas no
organismo e rapidamente excretadas por via urinária, não
representando perigo de grande toxicidade.
Exceção: Metano Arsenato monossódico usado como herbicida
é tóxico.
ARSÊNIO
* Toxicodinâmica:
As formas pentavalentes competem em
determinadas reações enzimáticas, como substratos,
com os grupos fosfato durante o processo de
fosforilação oxidativa ocorrendo um bloqueio da
síntese de ATP.
As formas trivalentes apresentam uma grande
afinidade para os grupos sulfidrilo de proteínas e
enzimas, causando inibição de uma grande
variedade de processos oxidativos intracelulares
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ARSÊNIO
* Toxicocinética:
Principal via de absorção :
• Oral (cerca de 95 % dos casos).
• Inalação (25 a 40 % dos casos).
• Dérmica
Os sais de arsênito são mais solúveis em água e
são melhores absorvidos que o óxido.
ARSÊNIO
Toxicocinética:
Distribuição:
• Inicialmente, o As localiza-se no sangue, ligado à
globulina.
• Amplamente distribuído por todo organismo depois
acumula-se no fígado, rins, no coração e pulmões
principalmente no cabelo e nas unhas
• Pode ainda substituir o fósforo nos ossos e lá
permanecer durante vários anos
• Apenas uma pequena parte do As consegue penetrar a
barreira hemato-encefálica, embora esteja comprovada a
sua passagem através da placenta.
ARSÊNIO
Excreção:
A maioria do As é metabolizado in vivo por via hepática, através
da sua transformação em 2 compostos metilados:
Ácido monometilarsinico (AMA)
Ácido dimetilarsínico (ADA)
As formas pentavalentes de As são absorvidas pelas células e
rapidamente reduzidas à forma trivalente.
É excretado maioritariamente por via renal, através da urina:
•10-30% As inorgânico;
•10-20% AMA;
•55-75% ADA.
•18
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ARSÊNIO
Toxicidade:
Aguda:
Ardência nos lábios
Crônica:
Fraqueza e dores musculares
Dor gástrica
Odor de alho
Vômitos em jato
Salivação e sudorese excessiva
Diarréia
Linhas de Mees
Convulsões
Coma
Morte
ARSÊNIO
*Antidotos:
Agentes quelantes mais usados: Dimercaprol e a
Penicilamina .
* Diagnóstico Clinico-Laboratorial
Ensaio de Gutzeit
As2O3 + 6H2 2AsH3 + 3H2O
Reação de Bougault
3H3PO2 + 4H3AsO3 4 As0 +3H3PO4 + 6H2O
Ensaio de Reinsch
METAIS - ARSÊNIO
Arsênio
Questões:
( ) A ingestão diária de 12 a 15 µg pode obter-se sem problemas
com a dieta diária de carnes, pescados, vegetais e cereais, sendo
os peixes e crustáceos os alimentos mais ricos em arsênio,
apresentando-o geralmente na forma de arsenobetaína, menos
tóxica que o o arsênio inorgânico.
( ) Um homem consome uma farta refeição de frutos do mar na
noite anterior ao seu exame físico anual, provavelmente o
laboratório irá acusar uma grande quantidade de arsênio em sua
urina.
( ) Ainda sobre a questão anterior é possível afirmar que a maior
parte do Arsênio estará sob a forma orgânica.
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•5/18/2012
FERRO
*Propridades:
A forma mais comum de intoxicação por ferro é através da ingestão
de medicamentos e polivitaminicos contendo ferro.
Valores de toxicidade:
A dose potencialmente fatal para os adultos é de 40mg/Kg de
peso corporal e dose estimada para uma criança é de 20 mg Fe/kg
de peso corporal.
FERRO
* Toxicinética:
A absorção de ferro é normalmente regulada de modo a
evitar a acumulação deste no organismo porque não há
nenhum mecanismo fisiológico que consiga eliminar o
excesso de ferro no corpo.
A toxicidade do ferro deve-se à sua acumulação no
organismo na forma livre ou seja, não ligado a moléculas
protetoras como a transferrina ou a ferritina e está
relacionada em grande parte com o processo de absorção
do mesmo, uma vez que quanto maior for a sua ingestão
maior o risco de surgirem os efeitos tóxicos do metal.
FERRO
* Toxicodinâmica:
O ferro em excesso catalisa a formação de radicais
livres, que lesam moléculas celulares.
As lesões oxidativas no epitélio gastro-intestinal
permitem a entrada de ferro na circulação sistémica
onde este se liga a proteínas circulantes
particularmente a transferrina. Uma vez saturada, o
ferro livre (não ligado a proteínas transportadoras e
protectoras) é distribuído por vários sistemas de
órgãos nos quais provoca lesões.
•20
•5/18/2012
FERRO
Sintomas:
Fase
Tempo(h)
Manifestações Clínicas
1
0-12 h
Vômitos , Hematêmese, dor abdominal, diarréia
2
12-24 h
Instabilidade cardíaca, Acidose metabólica, letargia.
Raramente revela um paciente inteiramente normal
24-48 h
Coma e convulsões
Insuficiencia renal e hepática
Falsa
Melhora
3
4
5
(rara)
2-4 d
Insuficiência hepática fulminante
Varias Obstrução do TGI
semanas
FERRO
* Antidotos:
• Uso do quelante deferoxamina
- um subproduto das
bactérias Streptomyces pilosus.
• Não usar carvão ativo.
* Diagnóstico Clinico-Laboratorial
• Radiografia do Abdômen ?!
• Saturação da transferrina?!
• Ferritina sérica (parâmetro inespecífico pois pode estar
alterado em estados inflamatórios em estados agudos e
crónicos) ?!
• Ferro sérico ?!
• Prova da quelação ?!
•21
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