Introdução a análise Histórica

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Introdução a análise
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Histórica
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Feudalismo
Fernando Del pozzo
Transformações no mundo
Com a queda do império romano, e as constantes guerras por
todo o mundo conhecido, a sociedade fora se tornando cada vez
mais rural, os ex-escravos e os homens livres se dirigiam para
as chamadas vilas, onde vendiam seu trabalho ao senhor em
troca de proteção e utilização de suas terras; cada vez mais
diminuía o comercio entre as vilas, principalmente pelo fato de
ser um momento muito hostil, fazendo com que a produção
fosse de subsistência.
Os antigos bárbaros acabaram com o nomadismo, e também se
dirigiram as atividades rurais; sendo os mais poderosos
(normalmente os que ocupavam altas patentes no exercito) os
novos proprietários e constituintes da “nova nobreza”, o que
lhes garantiria tal direito era o “Beneficum”1.
Dentro deste contexto surgia um novo sistema socioeconômico:
o colonato; que atendendo as necessidades das classes fez-se
vigorar com eficácia, pois aos nobres não era mais necessário
possuir escravos, ao estado o recolhimento de impostos seria
mais bem controlado uma vez que a sociedade estava bem
dividida e a plebe encontrou seu trabalho e proteção. Este
sistema viria a ser a forma primitiva do Feudalismo; fazendo
ascender o poder da nobreza em detrimento do estado, e desta
forma descentralizando o poder.
Durante o reinado de Carlos Magno2, o poder do Rei fora
fortalecido devido a grandes conquistas territoriais e ao apoio
da Igreja Católica que neste momento já era uma poderosa
instituição, detentora de grandes propriedades rurais.
Ainda nesta época foram fortalecidas as relações suserania e
vassalagem, onde acarretou em um primeiro momento um
maior poder ao estado, todavia com a fortificação da nobreza e
das relações pessoais acarretou em um efeito reverso. Tendo
como conseqüência o inicio da sociedade Feudal.
1
Instituição através da qual o chefe da tribo dava benefícios aos
subordinados em troca de fidelidade e serviços
2
Império Carolíngeo (768-814)
2
Feudalismo
Economia
Teoricamente as terras eram pertencentes ao Estado, e dividia
através das relações de suserania e vassalagem; todavia na
pratica o poder do Estado era pequeno frente ao da grande
nobreza que havia nascido.
A economia feudal não era complexa, esta se caracteriza
principalmente por ser natural, de subsistência e
desmonetarizada. É classificada como “natural” pois o sistema
de trocas era feito produto por produto, e no entanto não havia
moeda (sistema de escambo), é considerada de subsistência
pois a produção visava exatamente a sobrevivência, não o
comercio, não havia lucro, não havia mais-valia; porem isso
acaba por acarretar um grande problema pois qualquer
catástrofe natural ou causada pelo homem (guerras eram
freqüentes nessa época), já desestabilizava a produção, fazendo
com que o povo passasse por períodos de falta de alimentos.
O Feudo era dividido em Dominio, terra comum e Manso
Servil. O Dominio era uma área onde a produção era
inteiramente destinada ao nobre (todavia, não deixava de ser
trabalhada pelo servo); a “terra comum” era uma área de livre
uso para ambos (nobre e servo), comumente era a área de
florestas, campos e lagos; o Manso Servil era a área destinada
ao servo, todavia ela não era continua, afim de pagar parte da
produção ao nobre.
Alguns dos impostos mais famosos que os Servos eram
obrigados a pagar ao nobre eram:

Corveia: trabalho compulsório nas terras do senhor em
alguns dias da semana;

Talha: Parte da produção do servo que deveria ser
entregue ao nobre

Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou
bens do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro,
as pontes;

Capitação: imposto pago por cada membro da família
(por cabeça);
3

Tostão de Pedro ou dízimo: 10% da produção do servo
era pago à Igreja, utilizado para a manutenção
da capela local;

Censo: tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam
pagar, em dinheiro, para a nobreza;

Taxa de Justiça: os servos e os vilões deviam pagar
para serem julgados no tribunal do nobre;

Formariage: quando o nobre resolvia se casar, todo
servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no
casamento. Era também válida para quando um parente
do nobre iria casar.

Mão Morta: Era o pagamento de uma taxa para
permanecer no feudo da família servil, em caso do
falecimento do pai ou da família.

Albergagem: Obrigação do servo em hospedar o senhor
feudal.
Fonte: Wikipédia; (artigo “Feudalismo”)
Sociedade
Uma das características mais marcantes da sociedade feudal era
o fato desta ser estamental, ou seja, não dava ao cidadão
(qualquer que seja este) a possibilidade de mobilidade social, as
classes existentes não permitiam a seus membros integrantes
que desta saíssem e a outra entrassem; e estas se dividiam em:
Clero, Nobreza, Vilões, Servos.
O clero ocupava o topo da pirâmide social na época, detinha o
poder sobre a “alma” do homem, ligava-o a possibilidade de
vida eterna no paraíso e somente através da igreja isso seria
possível; a igreja (católica) neste momento cresceu e se
fortificou muito, notasse sua “evolução” de crença proibida e
perseguida pelo estado romano até se tornar uma gigantesca
organização com poder sobre homens e almas. A igreja era
também muito rica por ser ela própria uma detentora de terras,
assim como de exércitos, talvez caiba dizer que esta fora uma
grande “Senhora Feudal”.
A nobreza pode ser dividida em realeza e senhores feudais, o
rei – inicialmente detentor da terra – a dividia entre os nobres
através das relações de suserania e vassalagem a uma elite, a
dos “Senhores Feudais”, detentores destas terras se tornavam
4
soberanos em seus limites, e lá ficavam responsáveis pela sua
defesa e por sua produção de riquezas, dando também um
poder em potencial aos senhores sobre a vida dos camponeses
presos a terra (servos). O rei em tal período não exercia de
grande soberania, ou talvez caiba dizer: nenhuma, pois este
dividira sua nação entre sua nobreza descentralizando desta
forma o poder; este era tido como o maior dos suseranos.
Os vilões formavam (juntamente aos servos) o que podemos ter
hoje como uma classe proletariada, eram camponeses,
pequenos comerciantes, artesãos, etc.. Todavia, estes não
estavam presos a terra (como os servos); e não deixavam de ter
a responsabilidade dos impostos.
Os servos eram os camponeses, trabalhadores da terra, que
recebiam do seu senhor feudal a proteção e as garantis
subsistência, todavia de forma bem primitiva; os servos eram
presos a terra, e deveriam sempre trabalhar em função do
pagamento de dividas adquiridas.
***
A sociedade na era medieval (sob o sistema feudal), é
fundamental o entendimento do sistema de suserania e
vassalagem; O sistema de beneficio ocorria sempre dentro de
uma mesma classe (nobreza), onde o Senhor Feudal que fosse o
suserano cedia a um vassalo (podendo ser um senhor feudal
também, todavia era comum que fosse pertencente a classe do
cavaleiros) uma extensão de terras, para que esse as cultivasse e
protegesse, em troca este jurava fidelidade e apoio militar ao
suserano. Normalmente essa relação se criava pelo fato de o
suserano possuir muitas terras e dificuldades para defendê-las,
ou pelo simples fato de precisar de mais apoio militar; no que
diz respeito ao vassalo, este necessitava de terras para a
agricultura e servos (os quais eram presos as terras), o que
resultava também por causar uma ascendência social a este.
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