Alta Idade Média A palavra “bárbaro” tinha o sentido de gago, embora ela tenha sido usada para designar todos os estrangeiros que não falasse corretamente a língua grega, as pessoas que não partilhasse a cultura romana e vivesse fora dos muros. Os eslavos e germânicos foram basicamente os povos que cruzaram as fronteiras do império romano, sendo os germanos o principal deles. Os germanos desconheciam os estado e viviam em clãs ou grupos familiares e sua base estava no Sippe, uma comunidade de linhagem que assegurava proteção aos seus protegidos. A agricultura e a pecuária era a base econômica e eram desempenhadas pelos grupos familiares que tinham ajuda dos escravos domésticos e temporários (por divida). Não havia propriedade privada e as terras eram distribuídas entre os grupos familiares. Neste período por causa das guerras a metalurgia já se destacava. Na religião e na cultura eles enalteciam o espirito do guerreiro, sendo que cada tribo cultuavam seus heróis. Tácito é considerado uma referencia nos estudos sobre os bárbaros e ele relata que os mesmos realizavam seus rituais ao ar livre, pois não possuíam templo e eram muito comuns os sacrifícios de humanos e animais. Durante o governo de Augusto em 12 a.c os romanos tentaram dominar toda a Germânia sendo derrotados em algumas batalhas recuaram ate o rio Reno e desistiram da dominação. Os germanos, devido suas habilidades com a guerra foram aos poucos incorporados ao império romano e ocupando cargos expressivos na sociedade em troca de proteção ao império. No século IV os bárbaros se intensificaram na região e o governo tentou barra-los mais as migrações era ameaçadora, toda essa migração foi proporcionada pelo aumento demográfico no império. Os hunos exerceram um domínio sobre a região que foi ate 451 quando foram derrotados por romanos e visigodos. A população fragilizada e um governo sem força ocasionou a ruralização do território. Com a ruralização o poder politico se fragmentou e deu inicio a formação dos reinos bárbaros e a formação das instituições feudais. Idade Média Esse período entre os séculos V e XV foi marcado como uma era de trevas onde aconteceu a inquisição. Os estudos procuram desfoca lizar estes acontecimentos e tentam se prender as descobertas que proporcionalizaram grandes avanços como: Progresso no domínio marítimo; Aumento do emprego da pedra e do ferro na construção; Desenvolvimento cartográfico; Aperfeiçoamento dos moinhos d’agua e muitas outras. Alta idade média – século V ao X. Baixa idade média – século XI ao XV. Europa dos feudos Com o declínio do império romano os nobres protegeram as terras do império como se fossem suas e assim conseguiram a obediência de seus servos que passaram a obedecer apenas ao nobre proprietário da terra. Esse acontecimento de origem a um novo sistema politico que se caracterizou pela descentralização do poder do estado e o trabalho servil. Feudalismo – conjunto de laços pessoais que unem entre si, hierarquicamente, os membros das camadas dominantes da sociedade. A sociedade feudal era composta por três estamentos (mesmo que grupos sociais com status praticamente fixo e não se pode dizer que a mudança de classe social não existia, pois alguns camponeses tornavam-se padres e passavam a integrar o baixo clero, por exemplo, mas essa mudança era rara e um servo dificilmente ascenderia à outra posição): os Nobres (guerreiros, bellatores), o Clero (religiosos, oratores), e os servos (mão de obra, laboratores). O que determinava o status social era o nascimento. Havia também a relação de suserania entre os Nobres, onde um nobre (suserano) doa um feudo para um outro nobre (vassalo). Apresentava pouca ascensão social e quase não existia mobilidade social (a Igreja foi uma forma de promoção de mobilidade)7 . O clero tinha como função oficial rezar. Na prática, exercia grande poder político sobre uma sociedade bastante religiosa, onde o conceito de separação entre a religião e a política era desconhecido. Mantinham a ordem da sociedade evitando, por meio de persuasão e criação de justificativas religiosas, revoltas e contratações camponesas8 . A nobreza (também chamados de senhores feudais) tinha como principal função a de guerrear, além de exercer considerável poder político sobre as demais classes. O Rei lhes cedia terras e estes lhe juravam ajuda militar (relações de suserania e vassalagem). Os servos da gleba constituíam a maior parte da população camponesa: estavam presos à terra, sofriam intensa exploração, eram obrigados a prestarem serviços à nobreza e a pagar-lhes diversos tributos em troca da permissão de uso da terra e de proteção militar. Embora geralmente se considere que a vida dos camponeses fosse miserável, a palavra "escravo" seria imprópria. Para receberem direito à moradia nas terras de seus senhores, juravam-lhe fidelidade e trabalho. Por sua vez, os nobres, para obterem a posse do feudo faziam o mesmo juramento aos reis. Os Vassalos oferecem ao senhor ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem estendiam-se por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso. As principais obrigações dos servos consistiam em: Corveia: trabalho compulsório nas terras do senhor (manso senhorial) em alguns dias da semana; Talha: parte da produção do servo deveria ser entregue ao nobre, geralmente um terço da produção; Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes; Capitação: imposto pago por cada membro da família (por cabeça); Tostão de Pedro ou dízimo: 10% da produção do servo eram pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local; Censo: tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, em dinheiro, para a nobreza; Taxa de Justiça: os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do nobre; Formariage: quando o nobre resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento, regra também válida para quando um parente do nobre iria casar. Todo casamento que ocorresse entre servos deveria ser aceito pelo suserano. No sul da França, especificamente, o Senhor poderia ou não determinar que a noite de núpcias de uma serva seria para o usufruto dele próprio e não do marido oficial. Tal fato era incomum no restante da Europa, pois a igreja o combatia com veemência; Mão Morta: era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da família servil, em caso do falecimento do pai ou da família; Albergagem: obrigação do servo em hospedar o senhor feudal caso fosse necessário. Muitas cidades europeias da Idade Média tornaram-se livres das relações servis e do predomínio dos nobres. Essas cidades chamavam-se burgos. Por motivos políticos, os "burgueses" (habitantes dos burgos) recebiam frequentemente o apoio dos reis que, muitas vezes, estavam em conflito com os nobres. Na língua alemã, o ditado Stadtluft macht frei ("O ar da cidade liberta") ilustra este fenômeno. Em Bruges, por exemplo, conta-se que certa vez um servo escapou da comitiva do conde de Flandres e fugiu por entre a multidão. Ao tentar reagir, ordenando que perseguissem o fugitivo, o conde foi vaiado pelos "burgueses" e obrigado a sair da cidade. Desta maneira, o servo em questão tornou-se livre.