Preservação e Detecção de Antibiose de Bactérias - DAP

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XVIII Congresso de Iniciação Científica da UFAM
Preservação e Detecção de Antibiose de Bactérias Endofíticas Isoladas de Plantas
Aquáticas e Medicinais da Amazônia.
Alessandra Doren Oliveira Lira*1, Dra. Antônia Queiroz Lima de Souza (PQ)2, Dr. Afonso Duarte Leão
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de Souza (PQ)
As bactérias são microrganismos procariotos, unicelulares e cosmopolitas, inclusive como endófitas,
habitando suas partes aéreas, como as folhas, caules, flores e frutos, alem das partes terrestres: raízes e
rizosfera. A biodiversidade microbiana é responsável pela produção de centenas de substâncias
farmacêuticas, como vacinas, enzimas, antibióticos, além de ser fonte de alimentos, representando
dezenas de bilhões de dólares para o mundo. As Bactérias endofíticas não causam aparentes danos as suas
hospedeiras e desempenham funções importantes no processo de adaptação das plantas. A presente
pesquisa foi realizada com bactérias endofíticas de plantas da Amazônia. Os objetivos propostos foram:
purificar e preservar bactérias endofíticas isoladas de plantas aquáticas e medicinais da Amazônia e
avaliar o potencial de antibiose destas bactérias, pela metodologia de Christensen (cocultivo, culturas
pareadas). As bactérias utilizadas na pesquisa são advindas de cinco espécies de plantas Amazônicas:
Victoria amazonica, Rollinia sp., Duguetia sp., Strychnos sp. e Pothomorpha peltata, após o isolamento
as bactérias foram purificadas pela metodologia de esgotamento com estrias cruzadas em meio de cultura
ISP2 ou Aveia de acordo com o meio utilizado para os seus isolamentos. As conservações das bactérias
endofíticas foram de três formas: em placas de petri com meio de cultura sólido, em dois vidros de
penicilina com meio semi-sólido inclinado e em dois eppendorfs com meio líquido mais glicerol a 10%.
Foram preservadas 166 bactérias endofíticas, em meios de cultura ISP2 e Aveia, das quais 44 foram de
Victoria amazonica, 29 de Rollinia sp., 56 de Duguetia sp, 24 de Strychnos sp. e 12 de Pothomorpha
peltata. Foram realizados testes de antibiose in vitro com trinta destas contra patógenos humanos:
Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Streptococcus mutans, Pseudomonas aeruginosa e
Candida albicans. Foi detectada a antibiose e o microparasistismo de cinco e uma das bactérias avaliadas
contra P. aeruginosa, três e uma contra C. albicans, 10 e uma contra S. aureus, quatro e duas contra E.
faecalis e seis e duas contra S. mutuans respectivamente. Das linhagens selecionadas, a DgcC2 1.3
destaca-se por apresentar microparasitismo contra todas as bactérias patógenas tornando um possível alvo
para utilização no controle biológico, StspcR2-3 3.1d pela produção de antibióticos contra também todas
as bactérias patógenas e as linhagens DgR1 2.1, DgC1 3.3a e PpR2 2.1b por antibiose e DgR1 2.2b pelo
microparasitismo contra C. albicans. Estes resultados sugerem que a biodiversidade de bactérias
endófiticas de plantas da Amazônia pode ser uma rica fonte de antibióticos e de outras substancias de
valor biotecnológico.
Palavras Chave: bactérias endofíticas, diversidade microbiana, antibiose, plantas amazônicas
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Universidade Federal do Amazonas – UFAM
Universidade Estadual do Amazonas – UEA
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Universidade Federal do Amazonas – UFAM
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