Instrumentos e Técnicas de Observação Associação de Astrónomos Amadores da Madeira Marco Joaquim Quais os instrumentos a utilizar. Quais as suas principais características. Dados importantes para a sua aquisição. Algumas técnicas de observação. Magnitude – Escala de medida do brilho dos astros. – Tanto maior quanto menos brilhante for o astro. – Escala logarítmica. Objectiva – Primeira superfície óptica. – Pode ser uma lente ou um espelho. – A sua função é captar luz. Abertura – Diâmetro da objectiva. Zénite – Ponto do céu “mesmo por cima de nós”. Visão (o olho humano) Binóculos Telescópios Vantagens – É económico. – A única forma de observar/conhecer as constelações. – Única forma de observação de certos fenómenos. “Estrelas cadentes” Inconvenientes – Apenas astros de pequena magnitude - até 5.5 a 6, após adaptação e com “boas noites”. – Necessidade de adaptação ao escuro. – A capacidade visual diminui com a idade. Fáceis de usar e transportar De custo acessível C ampo de visão largo em relação aos telescópios Imagem direita Características mínimas – 7x40 (<30 anos) – 10x50 (>30 anos) UUxVV – UU - amplificação – VV - diâmetro da objectiva Têm como função principal captar a luz. A amplificação é um factor secundário. Imagens invertidas. Adaptados ao tipo de observação a efectuar. – Planetas, Lua e Sol. – Objectos de céu profundo. Refractores – Acromáticos – Apocromáticos Reflectores – Newton Em montagem de tripé/coluna Em montagem de Dobson Catadióptricos – Schmidt Cassegrain – Maksutov Cassegrain – Schmidt Newton Objectiva é formada apenas por lentes. A imagem é invertida. Vantagens – Custo reduzido para pequenas aberturas (até 600 mm). – Fáceis de utilizar. – Construção robusta sem necessidade de ajustes. – Ausência de obstrução. – O tubo é fechado. – Bons para observação dos planetas, da lua e do sol (com as devidas precauções). Inconvenientes – Posição de observação no zénite é incómoda. Resolve-se o problema usando um espelho diagonal ou prisma erector. – Aberração cromática. – Custo elevado para a abertura. – As versões mais económicas têm montagens pouco estáveis. Vantagens – Imagens excelentes com grande nitidez e contraste. – Construção robusta sem necessidade de ajustes. – Ausência de obstrução. – O tubo é fechado. – Aberração cromática praticamente inexistente. – Fáceis de transportar. Inconvenientes – Custo muito elevado. – Abertura limitada (pelo custo). A objectiva é formada por um espelho. A imagem é invertida. Vantagens – Melhor relação custo/abertura. – Posição de observação sempre cómoda. – Relativamente portáteis até aberturas médias (200 mm) e até 300 mm se a montagem for de Dobson. – Prestam-se a todo o tipo de observações Planetas, Lua e Sol Céu profundo Inconvenientes – Os espelhos requerem ajustes frequentes. – O tubo é aberto. As superfícies ópticas ficam expostas e podem se sujar. Há turbulência do ar dentro do tubo. Mais tempo para “arrefecer”. – Obstrução do espelho secundário. Afecta o contraste das imagens. – Para grandes aberturas as dimensões são apreciáveis. Possuem lentes e espelhos A imagem é invertida Vantagens – São compactos em relação à abertura. Facilita o transporte. – O tubo é fechado. Superfícies ópticas sujam-se pouco. Não há turbulência interna. – Aptos para qualquer tipo de observação. Desvantagens – Obstrução do secundário. Imagens menos nítidas que os apocromáticos. – Condensação de humidade no exterior da lente em noites frias. – Preço mais elevado que os reflectores. Mas menos elevado que um apocromático. Função – Fixação e orientação do telescópio. – Devem ser robustas e estáveis. Qualquer brisa pode provocar vibrações numa montagem pouco estável dificultando a observação. Tipos – Altazimutal – Equatorial – Dobson Económica. De orientação fácil. Não permite acompanhar a rotação da Terra. Permite acompanhar o movimento de rotação da terra. Exige colocação em estação. Não são económicas. Colocação em estação – Alinhar pela estrela polar. Para observação visual é o suficiente. – Alinhar pelo norte verdadeiro Para fotografia de longa exposição Muito económica. Fácil de construir. Aplica-se a telescópios reflectores de Newton. Não permite acompanhar rotação da Terra. Orientação dificil no zénite. Aquele que der para usar mais vezes. – Deve-se atender aos seguintes pontos: Local de observação. Observatório fixo/móvel. Poluição luminosa do local. Capacidade financeira. O barato sai caro. Escolher um bom local. – Com pouca poluição luminosa. – De preferência elevado. Adaptação da visão ao escuro. – 30 minutos Aproveita-se para montar o telescópio e deixá-lo “arrefecer”. Colocar o telescópio em estação se a montagem for equatorial. Observar primeiro os objectos a Oeste. Interferência da Lua. OBSERVAR O CÉU PROFUNDO – Pedro Ré; Guilherme de Almeida – Plátano Editora INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA E ÀS OBSERVAÇÕES ASTRONÓMICAS – Máximo Ferreira; Guilherme de Almeida – Plátano Editora