Baixar este arquivo PDF

Propaganda
ESTUDO DOS FATORES QUE LEVAM A MORTALIDADE DE
PEIXES DE ÁGUA DOCE
Curso de Ciências Biológicas
Belo Horizonte – MG
2010
Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
ESTUDO DOS FATORES QUE LEVAM A MORTALIDADE DE
PEIXES DE ÁGUA DOCE
Carlos Felipe Eiras Gherardi
Orientadora: Maria Esther Macedo
Belo Horizonte – MG
2010
Agradecimentos
À minha orientadora Maria Esther Macedo, pela dedicação, paciência e esclarecimentos, e ao
mestre Fábio Augusto Rodrigues e Silva pela grande ajuda no princípio deste trabalho.
Sumário
Resumo...................................................
4
Introdução..............................................
5
Objetivos.................................................
7
Justificativa.............................................
8
Desenvolvimento.....................................
9
Substâncias tóxicas.................................
9
Barragens................................................
10
Causas naturais......................................
10
Falta de oxigênio.....................................
11
Ação antrópica........................................
12
Bloom de algas tóxicas............................
12
Distúrbios do tempo................................
13
Patógenos.................................................
13
Bactérias...................................................
14
Fungos......................................................
14
Vírus.........................................................
15
Parasitos...................................................
15
Conclusão.................................................
16
Metodologia.............................................
17
Referências bibliográficas......................
18
Resumo
A Mortandade de peixes mostra sérios problemas ambientais em rios ou em lagos.
Problemas esses que podem ameaçar a saúde humana quando a morte é relacionada à
presença de substâncias químicas tóxicas e também a danos graves ao ecossistema e recursos
pesqueiros. Seja qual for à causa da morte dos peixes, sempre terá ramificações ambientais e
econômicas envolvidas. Se a morte é relacionada a atividades humanas e corporativas, haverá
recursos na justiça e custo para realizar o projeto de limpeza e restauração do rio ou lago.
Os corpos aquáticos no Brasil sofrem com a perda de sua diversidade ictiofaunística
devido a mudanças de suas características naturais, principalmente em decorrência do
represamento de rios, do desmatamento ciliar e da crescente contaminação das águas
(Mercante, 2008).
As Agências ambientais, federais e estaduais têm manifestado a necessidade de
estudos de técnicas e métodos para investigação completa de mortes de peixes.
Infelizmente, o alerta para a população e para órgãos públicos de que os níveis de poluição
estão críticos é feito, de modo geral, apenas quando se visualiza peixes mortos na superfície
(Mercante, 2008). Porém, é importante saber que essas situações são sempre evitáveis. Para
isso se torna necessário considerar os rios e lagos como locais onde existe vida manifestada
das mais variadas formas, que nem sempre são observáveis a olho nu. Algas, zooplânctons,
bactérias, fungos, fitoplânctons, além de fauna de insetos aquáticos e os milhares de nutrientes
dispersos na água.
5
Introdução
Quando há mortandade de peixes, mesmo que o motivo seja de causas naturais, já há
uma interpretação de que tais mortes estejam relacionadas com um perigo potencial de algum
sério problema ambiental e com isso, morte de peixes vão sempre chamar atenção de muitas
pessoas, personalidades, empresas e mídia.
Peixe é uma fonte primária de proteína para humanos em muitas regiões,
principalmente em países em desenvolvimento. A indústria pesqueira tem declinado
significativamente, e este declínio é devido a uma série de fatores, os quais incluem a pesca
predatória, destruição dos habitats e poluição ambiental (Siqueira, 2004).
A população e principalmente a mídia acredita que a principal causa de mortes de
peixes são substâncias tóxicas, essa visão está bastante equivocada, pois muitos outros fatores
podem levar a esse evento, fatores como doenças infecciosas, parasitas e outras causas
naturais também podem levar a perdas de grande escala. Cada causa de morte de peixes é
acompanhada de por uma série de características peculiares e é responsabilidade completa do
investigador fazer avaliação no local do fenômeno, identificar e eliminar os prováveis fatores
de serem a causa da mortandade.
Na maioria dos casos, a causa da morte dos peixes é clara e essa evidência é de fácil
identificação na chegada do investigador no local da mortandade, mas em outros casos é
bastante complicado interpretar o motivo das mortes, e a investigação deve ser conduzida
como se fosse forense, o grande problema é descrever, documentar a situação, coletar
evidências, chegar a uma conclusão e se for o caso, fazer uma acusação formal, pois nesses
casos, os peixes mortos são observados depois do fato, seja ele criminoso ou acidental (Meyer
e Barclay, 1991).
Muitas podem ser as causas de morte de peixes, a depleção de oxigênio é de fato a
principal causa de morte de peixes, pois seja por fatores ambientais, ou substâncias tóxicas na
água, causa uma diminuição do oxigênio dissolvido, porém é importante estudar
aprofundadamente o que ocasionou tal mortandade. O aumento da temperatura da água,
blooms de algas tóxicas, infecções bacterianas, viróticas e parasitárias também tem potencial
de provocar grandes moralidades de peixes num ecossistema (Meyer e Barclay, 1991).
6
Existe uma classificação para mortandade de peixes, se estiver menos de 100 peixes
mortos, a mortandade é considerada pequena, se tiver entre 100 e 1000 peixes mortos em uma
extensão de 1,6km de rio ou equivalente área de lago, a mortandade é considerada moderada e
se houver mais de 1000 peixes mortos em uma área de 1,6km de rio ou área equivalente de
lago, a mortandade é considerada grande. É necessário fazer a avaliação da quantidade de
peixes mortos para estabelecer sua magnitude e seu significado está relacionado com fatores
econômicos, local, geográficos, políticos e ambientais.
Muitas vezes uma perda de menos de 100 indivíduos em um rio da águas límpidas tem
mais repercussão pública do que centenas de milhares de peixes mortos em outra situação
(Meyer e Barclay, 1991).
7
Objetivos
Objetivos gerais
Realizar uma revisão bibliográfica sobre as causas de mortes de peixes em água doce.
Demonstrar e discutir as causas de morte de peixes, seu impacto ambiental, como proceder
sobre determinado caso, seja por intoxicação química ou outro fator, como se devem conduzir
as investigações e principalmente refletir sobre essas mortandades de peixes que servem para
demonstrar diversos problemas para o ecossistema, na qual praticamente em todos os casos,
homem tem influência direta nesse desequilíbrio ecológico.
Objetivos específicos
Com base nesses dados o trabalho terá como foco principal a discussão sobre as causas
de mortes de peixes, a importância de o pesquisador saber qual exatamente é a causa da
mortandade, como proceder em cada tipo de causa de morte e com isso avaliar seu impacto
ambiental.
8
Justificativa
O conhecimento das causas de morte de peixes e o seu efeito são fundamentais para
uma gestão ambiental e ecológica sustentável do meio ambiente que sofrem impacto das
atividades humanas, visando à manutenção da vida não só nos rios e lagos, mas em qualquer
outro espaço da natureza.
Peixes são de uma importância muito grande tanto em nossa economia, quanto de
indicador ambiental do rio em que se encontra, estudar e aprofundar nos motivos de sua morte
se torna extremamente importante tanto para preservação quanto para o desenvolvimento do
turismo, mercado pesqueiro e pesca esportiva.
Toda morte de peixe tem um motivo, e sua causa deve ser investigada e uma ação
corretiva e preventiva deve ser tomadas para evitar futuras mortandades. Uma grande
variedade de fatores pode causar morte de peixes, e deve ter bastante cuidado e perícia para
não tirar conclusões precipitadas.
Muitas mortes de peixes podem levar a litígio ou a justiça, portanto, pelas leis
ambientais é fundamental a pesquisa e investigação correta de onde aconteceu o acidente,
causa, motivo e qual medida deverá ser tomada para corrigir o que ocasionou o desequilíbrio
e prevenção para evitar futuros acidentes (Meyer e Barclay, 1991). Acidentes que causas
mortes de peixes, podem ocasionar até mesmo fechamento de indústrias por crime ambiental
grave.
9
Desenvolvimento
Os peixes são animais que usam a estratégia de sobrevivência de postura de muitos
ovos, portanto a sua reprodução geralmente é forte. Por esses motivos, eles geralmente são
capazes de recuperação bem sucedida quando há mortandade.
Distúrbios funcionais que ocorrem no peixe, além de influenciar as suas características
biológicas e aumentar a suscetibilidade para fatores ambientais desfavoráveis, também
prejudicam o próprio mecanismo de defesa do peixe, abrindo caminhos para a ação de fatores
secundários tais como doenças causadas por parasitas ou agentes infecciosos (Mitrovic, 1970;
in apud Langer e Vargas 2007).
Substâncias tóxicas
As mortes causadas por substâncias tóxicas são aquelas que mais agridem o equilíbrio
ambiental. Peixes mortos intoxicados por substâncias químicas enquadram-se em muitas
categorias, cada uma acompanhada de uma evidência ambiental. Substâncias tóxicas agem
rapidamente e causam mortandades extensas. Mortes associadas com substâncias químicas
podem ser abruptas, progressivas ou prolongadas, e podem disparar uma cadeia de mudanças
ambientais (Meyer e Barclay, 1991).
É de fundamental importância saber se a causa está relacionada com substâncias
químicas e qual exatamente ela é, pois dessa forma o pesquisador saberá quis providências
deverão ser tomadas para desintoxicar aquele corpo d’água e qual a fonte de contaminação.
Dependendo do composto químico que contaminou a água, agride apenas o substrato, ou o
fito plâncton, ou o zooplâncton, outras espécies de animais como os anfíbios e diferentes
espécies de peixes e tamanhos, mas de toda forma irá afetar todos os níveis tróficos da cadeia
alimentar.
Em alguns casos, a substância derramada pode nem sequer ser tóxica, mas sua ação
prejudica de outras formas, como causando uma mudança drástica de temperatura ou uma
mudança de pH (Floyd e Riggs, 2003).
10
Barragens
Construções de barragens também é uma causa conhecida de mortes de peixes. A
ocorrência de super saturação de gases na água evertida, a qual, acima de certos níveis e
dependendo de fatores como exposição ou temperatura do sistema pode causar embolia nos
peixes (Carvalho, 2002). Acontece o aumento da predação nas proximidades das barragens,
onde estão concentrados grandes quantidades de peixes praticamente sem condição de fuga e
a passagem acidental dos peixes pelas turbinas também é um fato que causa sua morte. A
diminuição ou mesmo o impedimento da periodicidade das cheias que atingem as planícies,
afetam o recrutamento e a desova dos peixes (Carvalho, 2002).
Causas Naturais
A mortalidade de peixes devida a causas naturais é a maior causa de indivíduos em
uma população (Mercante 2008). Depleção de oxigênio, é a causa de morte mais comum,
blooms (crescimento acelerado) de algas tóxicas, envenenamento por gás sulfídrico,
isotermia, supersaturação de gás na água e outros fatores ambientais de estresse são outros
fatores naturais de mortandade. Quando a morte não é causada por qualquer substância
química, se torna mais difícil para o investigador chegar a um diagnóstico. Portanto, se há
mortandade de peixes dessa forma, o investigador têm que ter a sensibilidade para perceber
qual o desequilíbrio ambiental que está ocasionando a mortandade, o que torna o estudo ainda
mais importante para preservação e gestão ambiental eficaz.
Uma combinação de céu nublado e clima quente pode ser particularmente mortal para
os peixes, com a diminuição da luz solar, torna difícil para as algas, microorganismos e
plantas fotossintetizantes (Floyd e Riggs, 2003).
A redução da taxa de fotossíntese causa uma diminuição do oxigênio que está sendo
liberado na coluna de água. Se o céu nublado persistir por vários dias, os níveis de oxigênio
pode se tornar gravemente baixas para os peixes, causando assim mortandade.
11
Falta de oxigênio
Para uma boa saúde, peixes de água doce geralmente requerem de 5miligramas por
litro ou 5mg/L de oxigênio dissolvido na água (Floyd e Riggs, 2003).
A falta de oxigênio dissolvida na água é a mais comum causa de morte de peixes.
Depleção de oxigênio pode ocorrer por vários motivos. Ocorre quando há uma total demanda
de oxigênio por processos biológicos e químicos, excedendo a entrada de oxigênio por
aeração e fotossíntese, quando a água está incapaz de manter o oxigênio dissolvido para suprir
as necessidades da vida aquática à noite (Meyer e Barclay, 1991). Pelo motivo das plantas só
realizarem fotossíntese durante o dia, a noite toda a fauna aquática também está consumindo
tal oxigênio, que também atravessa a superfície da água e vai para o ar. Por esse último
motivo em algumas estações do ano onde os vegetais diminuem seu metabolismo, durante a
noite acontece a falta de oxigênio dissolvido na água.
Toda morte de peixe tem um motivo, e sua causa deve ser investigada e uma ação
corretiva e preventiva deve ser tomadas para evitar futuras mortandades. Uma grande
variedade de fatores pode causar morte de peixes, e deve ter bastante cuidado e perícia para
não tirar conclusões precipitadas.
Decomposição de plantas aquáticas ou algas podem resultar na perda de oxigênio em
um corpo d’água, pois a atividade de decomposição realizada por microorganismos resulta
numa maior atividade dos mesmos e com isso em um maior consumo de oxigênio, faltando
assim para os peixes.
12
Ação antrópica
A ação antrópica é a principal causa da falta de oxigênio nas águas, o processo
chamado de eutrofização (grande liberação de nutrientes orgânicos na água). Conhecer quais
desses poluentes produzidos pelo homem agride a meio ambiente causando não apenas morte
de peixes, mas também contaminação de diversos níveis tróficos, se torna extremamente
importante para melhor avaliar o impacto de sua ação na natureza, assim como tentar evitar ao
máximo cometer os mesmos erros. O homem lança matéria orgânica na água, com isso haverá
proliferação de bactérias aeróbias, pois não haverá disputa, uma vez que há excesso de
alimento, com essa proliferação descontrolada, as bactérias consomem muito oxigênio
dissolvido na água, faltando assim para os peixes, que morrem.
Bloom de algas tóxicas
Blooms de algas tóxicas também é uma causa comum de mortes de peixes. Em
algumas situações especiais, uma espécie de alga tóxica pode se tornar dominante na flora do
rio, alguns dinoflagelados e algas azuis liberam toxinas que matam ou inibem outras espécies
de algas. Portanto quando a competição por nutrientes se torna intensa, essas algas aumentam
a liberação de toxinas em uma tentativa de ganhar essa competição. Com o nível muito
elevado de toxinas dispersos na água, se torna tóxico também para o zooplâncton, insetos,
peixes, anfíbios e os animais que beberem essa água ou se alimentarem desses animais
(Meyer e Barclay, 1991).
Distúrbios na estratificação térmica sempre liberam grande quantidade de gás
sulfídrico (H2S) (Meyer e Barclay, 1991). O gás sulfídrico reduz drasticamente a habilidade
do sangue em transportar oxigênio, pois atacam as hemoglobinas do sangue do peixe. Essa
condição é conhecida como a morte do “sangue marrom”.
A alga Botryococcus, produz um óleo de aspecto brilhante e essa substância é
observada na superfície da água.
Devido essa coloração alaranjada, as algas mudam temporariamente a cor de um lago
para avermelhado e em alguns casos se parece muito com um derrame de gasolina ou mancha
de óleo (Franco e Druck, 1999).
13
Distúrbios do tempo
Ocasionalmente, distúrbios provocados ao tempo como tempestades, um tempo de
longa seca, ventos de alta velocidade, mudança de curso de um rio, provocam mortes de
peixes. Esse fenômeno é chamado de isotermia, que é a mudança drástica de temperatura da
água. Eventualmente, por causa da estratificação térmica, em áreas onde o manganês é
abundante nos solos de bacia de drenagem, óxido de alumínio pode se acumular no
hipolímnio anóxico e ácido para níveis que são tóxicos parta os peixes (Meyer e Barclay,
1991). Essa isotermia desencadeia liberação desses metais tóxicos na água provocando grande
mortandade de peixes.
Patógenos
Infecções bacterianas, fúngicas, viróticas e parasitárias, esses agentes infecciosos, são
considerados a fatores naturais de morte de peixes. Os surtos de doenças bacterianas
raramente resultam de um único fator, em toda situação potencial de doenças, três fatores
estão envolvidos: Hospedeiro susceptível, organismo patogênico e condições ambientais
propícias (Meyer e Barclay, 1991). Conhecer qual desses patógenos seria a causa da
mortandade dos peixes é fundamental para uma análise eficaz do que causou o desequilíbrio
que culminou na infestação e tratamento conveniente para regularizar a situação. É necessário
que os três estejam presentes para haver uma epizootia.
14
Bactérias
A bactéria Aeromonas hydrophilas causa muita mortandade de peixes. A morte se dá
pelas alterações nos órgãos internos e pela perda da capacidade de osmorregulação devido às
lesões ulceradas (Barcellos, 2007). A bactéria A. hydrophilas produz uma toxina, a
acetilcolinestarase, que em grande quantidade é letal (Sousa, 2009).
As bactérias são normalmente oportunistas e as doenças causadas por elas manifestam
quando os peixes estão submetidos a elevadas temperaturas da água, a alta densidade de
estocagem e o manejo não é adequado.
A maioria das doenças de peixes causadas por bactérias estão relacionadas com
estresse, isso significa que a mortandade de peixes relacionada com patógenos bacterianos
acha-se associada com uma situação de alteração ambiental importante (Meyer e Barclay,
1991). Essa alteração causa uma queda na resistência dos peixes aos patógenos.
Fungos
Os fungos raramente são causadores significativos de mortandade de peixes na
natureza. Quando peixes sofrem algum tipo de ferimento, os fungos rapidamente invadem as
lesões ou a carcaça, os fungos são invasores secundários, oportunistas de algum outro tipo de
infecção ou lesão, bacteriana ou parasitária. Portanto, peixes feridos, morinbundos,
freqüentemente desenvolvem essas doenças secundárias, porém é raro os fungos causarem
grande mortandade de peixes.
A branquiomicose, uma doença nas brânquias causada por fungos do gênero
Branchiomyces, pode causar a morte de grande quantidade de peixes (Meyer e Barclay,
1991). A transmissão de fungos ocorre através dos esporos presentes na água. Essa
transmissão é muitas vezes facilitada pela má qualidade da água, temperatura, práticas de
manejo inadequadas, entre outros (Pavanelli, Eiras & Takemoto, 2002; in apud Greco e
Coelho, 2007).
15
Vírus
Os Agentes viróticos causam grande mortandade de peixes na natureza.
Na maioria das vezes, os vírus infectam peixes nos primeiros estágios de vida, podendo
ocorrer grandes perdas de peixes jovens, sem qualquer evidência visível (Meyer e Barclay,
1991).
Parasitos
Os parasitos, de modo geral, não são causa de grande mortandade de peixes em águas
naturais, seu efeito primário é o de agir como agente estressante, porém, podem tornar os
peixes vulneráveis às infecções secundárias ou diminuir sua tolerância a alterações ambientais
(Meyer e Barclay, 1991).
O Ichthyophthirius multifiliis é um parasito de peixes encontrado praticamente em
todo mundo, é uma espécie cosmopolita, e por ser muito comum está sempre infectando
peixes de água doce, não possui especificidade de hospedeiro e é de difícil tratamento.
O protozoário Aurantiactinomyxon ictaluri é conhecido por causar a temida doença
“Hamburger gill”, em alguns casos ele já matou até 100% do pescado em um lago
contaminado (Floyd e Riggs, 2003). Peixes com esse problema em particular pode apresentar
uma redução nos hábitos alimentares e são vistos nadando letargicaente (Franco e Druck,
1999). Essa doença se caracteriza pelo peixe apresentar as brânquias inchadas e manchadas
com as cores vermelha e branco.
16
Conclusão
O desenvolvimento tecnológico e as novas técnicas de investigação permitem um
diagnóstico seguro sobre a causa da mortalidade, no passado isso era difícil, pois a falta de
cuidado, profissionalismo, informações e outras séries de falhas dificultavam a descoberta do
real motivo. Antes de tentar explicar a causa da morte de peixes é fundamental estudar com
detalhes o quadro do ambiente inteiro.
Quando há mortandade de peixes, o prejuízo é muito grande, seja ambientalmente ou
economicamente. Todo um ecossistema pode entrar em colapso se uma determinada espécie
de peixe desaparecer, isso prejudicaria todos os níveis tróficos e conseqüentemente o homem.
Preservar e proteger se torna fundamental para os seres humanos.
O estudo para identificar a causa da morte de peixes é essencial para que se realizem
trabalhos de remediação do ambiente.
17
Metodologia
Revisão Bibliográfica
•
Leitura de artigos relacionados ao tema
•
Publicações em revistas e pesquisas na Internet – Sites: www.scielo.org e
http://scholar.google.com.br/schhp?hl=pt-BR
•
Pesquisa em livros de ictiologia, limnologia, meio ambiente, poluentes e recursos
hídricos.
•
Revisão bibliográfica levará em conta o período entre 1990 – 2010.
18
Referências bibliográficas
BARCELLOS, Leonardo José Gil; KREUTZ, Luiz Carlos; RODRIGUES, Laura Beatriz;
SANTOS, Luciana Ruschel; MOTTA, Adriana costa; RITTER, Filipe; BEDIN, Alexandra
Calliari; SILVA, Leonardo Bolognesi. Aspectos macro e microscópicos das lesões e perfil de
resistência a antimicrobianos. 15. Jan. 2007. Disponível em: www.ftp.sp.gov. /ftpesca
CARVALHO, Adriana Rosa. Conhecimento ecológico no varjão do alto do rio Paraná.
Laboratório de biodiversidade do cerrado, Universidade Estadual de Goiás. Alterações
antropogênicas
expressas
na
linguagem
dos
pescadores,
2002.
Disponível
em:
www.periodicos.uem.br/ojs
FRANCO, Tânia; DRUCK, Graça. Padrões de industrialização, riscos e meio ambiente.
Centro de Recursos Humanos, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade
Federal da Bahia - CRH/ FFCH/UFBA. Rua Caetano Moura, 1999. Disponível em:
www.Scielosp.org
FLOYD, Ruth Francis; RIGGS, Allen. Understanding fish kills in Florida fresh water
systems. A Beginner’s Guide to Water Management. Universidade da Flórida – US. 2003.
Disponível em: http://lakewatch.ifas.ufl.edu/
GRECO, Magda Barcelos; COELHO; Ricardo Motta Pinto.
Estudo Técnico-Científico
visando à delimitação de parques aquícolas nos lagos das usinas hidroelétricas de Furnas e
Três Marias. Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa da UFMG – FUNDEP. 2007.
Disponível em: www.ecologia.icb.ufmg.br
LANGER, Sérgio Luiz; VARGAS, Vera Maria Ferrão. Amônia e a Possível ação de bactérias
em Mugil platanus (Mugilidade), no rio Tramandaí-RS-Brasil. 2007. Disponível em:
www.scielo.org
19
MERCANTE, Cacilda Thais Janson. Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Recursos
Hídricos - Instituto de Pesca. 2008 Disponível em: www.pesca.tur.br/artigos
MEYER, Fred; BARCLAY, Lee. Manual de Campo para Investigação de Morte de Peixes.
Tradução: ROLLA, Maria Edith; ALVES, Carlos Bernardo Mascarenhas; BARBOSA, Norma
Dulce de Campos. Editora Sigma 2009, 130 p.
SOUSA, Luciana da Silva. Pesquisadora, Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca
Amadora (PNDPA). 2009.
Download