do-0258.pdf 1 de 2 http://www.medicinacomplementar.com.br/convertido/do-0258.htm Doenças auto imunes e Naltrexone - artrite reumatoide, lupus eritematoso sistêmico, psoriase, doença de Crohn, síndrome de Behcet, granulomatose de Wegener e esclerose lateral amiotrófica. 16/10/2006 José de Felippe Junior Quando se dispõe de um novo medicamento desprovido de efeitos colaterais, os pesquisadores e os médicos verdadeiramente humanos ganham novas esperanças para aliviar o sofrimento de tantos pacientes com doenças dos mais variados nomes e fisiopatogenias. Quando este medicamento já é conhecido de longa data e a sua dosagem é reduzida em 15 vezes, o interesse aumenta. Quando o mecanismo de ação envolve sistemas endógenos de controle do sistema imunológico e o sistema psiconeurofisiológico, ambos envolvidos em grande parte das doenças conhecidas até agora, sabe-se que a chance de interferir em vários tipos de doenças desconhecidas e de difícil tratamento aumenta mais ainda, tornando quase que uma obrigação a tentativa . As doenças autoimunes resultam de uma imunodeficiência que perturba a habilidade do sistema imune distinguir o “self” do não “self” e assim permite a auto agressão do próprio tecido ou órgão. Atualmente dispomos de um medicamento não dispendioso, atóxico, que pode ser administrado por via oral e que normaliza a função do sistema imune de uma maneira drástica e rápida: naltrexone. No presente momento dispomos apenas da descrição de casos de doenças auto imunes que experimentaram muitos benefícios, tais como: lupus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, síndrome de Behcet, granulomatose de Wegener, pênfigo foliáceo, psoriase, doença de Crhon e esclerose múltipla. Outros tipos de doenças também responderam ao naltrexone , como a doença de Parkinson e a esclerose lateral amiotrófica duas doenças neurodegenerativas; como também responderam bem, doenças distintas da neurodegeneração como a fibromialgia e a síndrome da fadiga crônica. Isto revela que o mecanismo intrínsico de vários tipos de doenças possuem um elo em comum: a deficiência do desconhecido sistema imune. Artrite reumatóide Foram tratados com naltrexone 10 pacientes portadores de artrite reumatoide. Todos os pacientes ficaram livres da dor e do inchaço, embora permanecessem com as deformidades articulares. Dois pacientes pararam o imunoestimulante por várias semanas e apresentaram recrudescimento das dores. Um paciente que estava respondendo bem ao naltrexone , experimentou piora das dores após severo estresse matrimonial. Doença de Crohn Oito pacientes com doença de Crohn experimentaram melhora quase total do quadro clínico dentro de 2 a 3 semanas de tratamento com naltrexone em baixa dose. Pênfigo foliáceo Paciente com 82 anos com diagnostico feito por biopsia de pele estava recebendo 40 mg de prednisona para controle das lesões bolhasas em vários locais do corpo. O naltrexone lentamente fez desaparecer as bolhas e em 6 meses todas haviam desaparecido . Neste momento a paciente necessitava de apenas 5mg de prednisona ao dia. Granulomatose de Wegener Paciente com 62 anos e historia de tosse e sintomas respiratórios recorrentes nos últimos 3 anos e recentemente com dificuldade visual. Diminuição de forças e com dificuldade de andar , parando por cansaço ao andar 10 – 15 passos. O seu VHS era de 80 e era positivo o anticorpo citoplasmático anti-neutrofilo (65,0ui) . Tecido nasal com histopatologico de “vasculite necrotizante” . Foi tratado por 9 meses com corticosteroides. Após algumas semanas do início do naltrexone 4,5mg ao deitar diminuíram os sintomas de congestão e melhorou o extremo cansaço . Os anticorpos anti neutrofilos quase negativaram (1,0ui) . Em 1 ano de tratamento continuou sentindo-se com energia, sem cansaço e com uma boa qualidade de vida. Esclerose lateral amiotrofica Dois pacientes com a doença avançada experimentaram significante melhora da respiração, comprovada pelo aumento da capacidade vital forçada. Um dos pacientes melhorou 25% em dois meses e o outro melhorou 11% da capacidade respiratória. A dose que funcionou melhor foi de 4,5 mg ao deitar, e a melhoria da capacidade respiratória continuou estável. Doença de Parkinson Em 7 pacientes com naltrexone , dois apresentaram melhoria dos sinais e sintomas e os outros mantiveram-se estáveis , sem piora do quadro clínico durante anos de evolução. Um dos pacientes com 48 anos de idade, após apresentar a doença por vários anos controlada com análogos da dopamina, começou a apresentar tremores e rigidez nos braços. Em dois meses tomando naltrexone houve reversão do quadro apesar da redução de 2/3 da medicação convencional (análogos da dopamina) o que fez reverter a depressão que tal medicamento geralmente provoca. Os pacientes acima descritos foram relatados pelo médico e pesquisador que descobriu os efeitos imunológicos do naltrexone em baixas doses: Dr. Bernardo Bihari. Referências Bibliográficas 1. 2. 3. 4. Agrawal YP. Low dose naltrexone therapy in multiple sclerosis. Med Hypotheses. 64(4),721-4,2005 Bihari B First Annual low dose naltrexone conference at the New York Academy of Sciences; June 11, 2005 Buckley RH. Primary Immunodeficiency Disease due to defects in lymphocytes. N Engl J Med . 343: 1313-1324,2000. Good P . Low-dose naltrexone for multiple sclerosis and autism: does its benefit reveal a common cause?. Comment on : Med. Hypotheses. 64(4):721-4,2005 30/9/2011 16:27 do-0258.pdf 2 de 2 http://www.medicinacomplementar.com.br/convertido/do-0258.htm 5. Sacerdote P et al. Hypotalamic beta-endorphin concentration are decreased in animals models of autoimmune disease. J Neuroimmunol. 97(1-2):129-33,1999. 30/9/2011 16:27