Empresas têm de contratar um em cada três estagiários

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ID: 56450420
03-11-2014 | Emprego & Universidades
Tiragem: 16669
Pág: 6
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 23,00 x 26,92 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 2
ACABAR COM O ‘SKILLS GAP’
CONFERÊNCIA
Representantes de empresas, organizações
e entidades públicas participaram no debate,
moderado por Madalena Queirós do
Económico e promovido pela BCSD.
● Diagnosticar as necessidades de competências
nas empresas até 2020, através de um
questionário, é uma das acções previstas
na acção. “Adequar perfis de competências
entre as necessidades das empresas
e a formação escolar”, promovida pela BCSD.
● Comunicar às gerações mais novas,
de forma apelativa, as oportunidades
potenciais do mercado de trabalho.
● Envolver os ‘stakeholders’ com influência na
definição das políticas públicas, para promover
novas abordagens entre empresas e escolas.
Paulo Alexandre Coelho
Empresas têm de contratar
um em cada três estagiários
Cerca de 33% dos estagiários financiados pelo IEFP terão de ser contratados pelas empresas. Uma
medida para evitar que estágios sucessivos preenchem necessidades permanentes da empresa.
A
s empresas têm de contratar
um em cada três estagiários que
receberem através do programa “Estágios Emprego”, financiados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional
(IEFP). Essa é uma das regras definidas pelo organismo público para “ impedir que se estejam a
substituir postos de trabalho permanente por estágiossucessivos”,afirmouJoaquimBernardo,do
Conselho Directivo do IEFP durante a conferência “Competências críticas do capital humano até
2020”, organizada pelo Conselho Empresarial
para o Desenvolvimento Sustentável, BCSD Portugal. Actualmente cerca de 50 mil jovens estão
em estágios apoiados por fundos públicos. Os indicadores revelam que, seis meses depois, cerca
de 70% entram no mercado, metade deles na empresa em que estagiaram. Actualmente já existem
cerca de 490 mil desempregados de longa-duração, o que corresponde a uma taxa superior à taxa
de desemprego global do país antes do eclodir da
crise,salientouorepresentantedoIEFP.
Como resolver o problema do desencontro
Vinte mil alunos
frequentam
o ensino
vocacional
como uma taxa
de insucesso
de 7%.
entre a oferta de diplomados e a procura no mercado do emprego?“Promover mais e melhor colaboração entre alunos, escolas e empresas” foi a
resposta avançada por Isabel Barros, ‘Head of
Talent Management & Development’ da Sonae,
uma empresa que promove diversas academias
para formar os profissionais que necessita. Outra das soluções passa por “combater o estigma
de pais e alunos em relação aos cursos técnicos e
profissionais”, sublinhou. “As empresas devem
desenvolver um plano estratégico das competências que vão precisar no futuro” sugere Diana
Guerra, da consultora do Hay Group. “Sensibilizar os estudantes para as competências mais valorizadas pelos empregadores” é outra das saídas, diz Erica Nascimento, CEO na ‘Junior
Achievement’ Portugal.
Todos os anos mais de 30 mil alunos participam em programas desta organização fazendo
dois mil voluntários sair dos locais de trabalho e
irem às salas de aula explicar como serem empreendedores e que competências devem trabalhar para conseguir uma entrada mais fácil no
mercado de emprego. A responsável da organização desafiou mais pessoas a participar no programa, uma vez que mais de dez mil estudantes
que concorreram ficaram de fora.
Detectar e reencaminhar os estudantes para
as suas vocações é outra das questões fulcrais.
“Terá que ser feito um maior esforço na área de
orientação e informação dos alunos”, reconhece o representante do IEFP. O que passará necessariamente por fomentar uma maior articulação entre os serviços do emprego e da educação. Madalena Queirós
COMO RESOLVER O DESENCONTRO ENTRE FORMAÇÃO E AS NECESSIDADE DO MERCADO DE EMPREGO
“Aumentar número de jovens em
cursos vocacionais e profissionais
que têm uma forte presença no
mundo empresarial e nas autarquias
locais, embora o número de
estudantes nestes vias tenha
quintuplicado nos últimos dez anos”.
RAMIRO MARQUES
Membro dos grupos de acompanhamento da
experiência-piloto do ensino vocacional,
nomeado pelo Ministério da Educação e
Ciência
“O mundo muda tão depressa que é difícil às empresas prever quais as competências necessárias em 2020. Dar a
conhecer a oferta formativa existente
e combater a resistência das famílias
em relação aos cursos profissionais,
porque alguns deles funcionam
como carro de vassoura para apanhar
os alunos que ficam para trás”.
“Empresas devem fazer reflexão
e planeamento estratégico
quanto às competências que vão
necessitar dentro de três a cinco
anos é será muito difícil encontrá-las no mercado de trabalho.
Já existe essa reflexão nas áreas
mais comportamentais, mas
menos nas competências técnicas”.
“Sensibilizar os estudantes para
as competências mais valorizadas
no mercado de emprego, para uma
transição mais fácil para o mercado
de emprego. Levar as empresas e
empresários às salas de aula são as
propostas da líder do Júnior Achievement, uma entidade que promove
o empreendedorismo nas escolas”.
JOAQUIM BERNARDO,
DIANA GUERRA,
ERICA NASCIMENTO
Membro do Conselho Directivo do IEFP
Consultora no Hay Group
“Mais e melhor colaboração entre
escolas e empresas, que devem
prever as competências que vão
precisar. Combater o estigma dos
cursos técnicos e profissionais junto
de pais e alunos são as soluções
apresentadas pelo responsável
de recursos humanos da Sonae”.
ISABEL BARROS
CEO na Junior Achievement Portugal
Head of Talent Management &
Development da Sonae
ID: 56450420
03-11-2014 | Emprego & Universidades
Tiragem: 16669
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 4,56 x 3,66 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 2
IEFP exige que
um em cada três
estagiários fique
na empresa
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