Anais do I Congresso de Saúde DeVry | UNIFAVIP - "Saúde Humanizada: sujeitos, práticas e perspectivas em busca de uma qualidade de vida em sociedade" - ISBN: 978-85-5722-008-9 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA - NUTRIÇÃO CLÍNICA EFEITO ANTIATRÓFICO DA SUPLEMENTAÇÃO DE LEUCINA EM CONDIÇÕES FISIOPATOLÓGICAS WIDEMAR FERRAZ DA SILVA, JESSIKA GRACIELLY DA SILVA, MELIANA SIQUEIRA CORDEIRO, STEFANY KAROLINY DA SILVA, ANA MARIA RABELO DE CARVALHO PARAHYM, FABIANA CRISTINA LIMA DA SILVA PASTICH GONÇALVES *¹ SILVA, WIDEMAR FERRAZ ([email protected]); ¹SILVA, JESSIKA GRACIELLY DA ([email protected]);¹CORDEIRO, MELIANA SIQUEIRA ([email protected]); ¹SILVA, KAROLINY([email protected]); STEFANI ²CARVALHO-PARAHYM, ANA MARIA RABELO([email protected]); ³GONÇALVES, FABIANA CRISTINA LIMA DA SILVA PASTICH ([email protected] ) 1Graduandos do quarto período (2016.2) do curso de Nutrição do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP/DeVry). ²Doutora em Biologia de Fungos professora pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Docente do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP/DeVry). 3Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Docente da Universidade do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP/DeVry). INTRODUÇÃO: A atrofia se caracteriza pela perda proteica de conteúdo muscular, tal processo pode ser desencadeado por diversos fatores, como a redução na atividade física e neuromuscular, diminuição do peso corporal e o aumento da concentração sérica de citocinas inflamatórias. Em doenças crônicas, a perda de massa muscular esquelética representa um achado de considerável importância clínica, porque se associam à debilidade, piora da qualidade de vida e menor sobrevida. A miostatina, proteína produzida por células do músculo esquelético, é um fator notoriamente atrófico, estando superexpressa em diversas situações fisiopatológicas que envolvem a perda de massa muscular, como câncer, sepsis, hipertireoidismo e envelhecimento. Portanto, vários estudos buscam trazer alternativas nutricionais que possam atenuar os níveis desta - 216 - Anais do I Congresso de Saúde DeVry | UNIFAVIP - "Saúde Humanizada: sujeitos, práticas e perspectivas em busca de uma qualidade de vida em sociedade" - ISBN: 978-85-5722-008-9 proteína, visto que a manutenção da massa muscular esquelética é de fundamental importância para a qualidade de vida, saúde e longevidade. Entre as alternativas avaliadas, encontra-se a suplementação de leucina, um aminoácido essencial que apresenta importante papel na sinalização celular. Tal designação deve-se aos potentes efeitos “farmacofisiológicos” que este aminoácido de cadeia ramificada exerce sobre os sistemas de síntese e degradação muscular quando usado de forma isolada. OBJETIVO: O presente trabalho teve como propósito avaliar o efeito antiatrófico da suplementação de leucina na via intracelular sob diferentes situações fisiopatológicas, através de uma revisão bibliográfica de artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais. MÉTODOS: O levantamento de dados foi realizado nas seguintes bases: SciELO, Google Acadêmico, BIREME e Periódicos CAPES, utilizando artigos publicados nos últimos seis anos, usando os seguintes descritores: leucina, atrofia e miostatina. RESULTADOS: Foram selecionados 8 artigos do total de 30 artigos encontrados, todos avaliando de forma convergente em suas conclusões o efeito antiatrófico da leucina sob o tecido muscular. DISCUSSÃO: A leucina apresenta um papel antiatrófico sob o tecido muscular esquelético, uma vez que a suplementação deste aminoácido aumenta a concentração endógena de folistatina, uma glicoproteína que atua como antagonista da miostatina. Esta por sua vez apresenta aumento expressivo em diferentes situações e modelos de atrofia, estando envolvida na redução da musculatura esquelética, por promover aumento da degradação de proteínas musculares. A leucina também é capaz de estimular receptores de membrana presentes na proteína quinase mammalian target of rampamycin (mTOR), sensíveis à estimulação induzida por aminoácidos essenciais. Tal estímulo desencadeia a ativação da via mTOR, maior reguladora de síntese proteica muscular do corpo humano. Então, uma vez induzida pela leucina, a ativação da via mTOR culmina com o aumento agudo da síntese proteica. CONCLUSÃO: A suplementação de leucina é de fato uma estratégia promissora no combate à atrofia muscular em situações onde se observa um acentuado grau de proteólise da massa magra, por atuar tanto na ativação de mecanismos sintéticos quanto na inibição de mecanismos proteolíticos. Contudo, mais estudos devem ser realizados a fim de se estabelecer doses e efeitos em relação a diversidade de condições atróficas, permitindo assim que se chegue a conclusões inequívocas a respeito do assunto. Palavras-chave: atrofia; leucina; miostatina; - 217 -