GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 O RIO NILO E O TRABALHO DOS CAMPONESES NO EGITO ANTIGO Páginas 3 - 5 1. a) Dádiva: palavra que significa “presente”; segundo o historiador Heródoto de Halicarnasso, “O Egito é uma dádiva, ou seja, um presente do Nilo”. b) Halicarnasso: cidade em que nasceu o historiador grego Heródoto, localizada no Sudoeste da Anatólia, atual Bodrum, na Turquia. Nesta cidade foi construída uma das Sete Maravilhas do mundo antigo, o Mausoléu de Halicarnasso, cujos fragmentos se encontram no Museu Britânico, em Londres. c) Região desértica: grandes extensões de terra em que ocorre muito pouca precipitação pluviométrica, ou seja, quase não há chuva. d) Subsistência: capacidade de produção de alimentos suficientes para as necessidades de consumo, em geral, do proprietário da terra e de sua família. 2. Incentive os alunos a buscar informações para as palavras desconhecidas que não constam na listagem do texto “O Egito e o Rio Nilo”. Chame a atenção deles para a importância da ampliação do vocabulário para a produção escrita de diversos textos. 3. Neste tipo de exercício, é muito importante mostrar aos alunos o que é a estrutura de um texto, em especial, e neste caso, que a ideia central é traduzida por uma frase que apresenta a mensagem que o/s autor/es pretende/m apresentar a seus leitores. Ao destacar as ideias centrais de um texto, o aluno vai conseguir compreender a relação entre conteúdo e estrutura do texto e também como as ideias secundárias possibilitam ao leitor dominar o tema central. Ideia principal: • Para o historiador grego Heródoto de Halicarnasso, “O Egito é uma dádiva do Nilo”. Ideias secundárias: • A civilização egípcia desenvolveu-se às margens do Rio Nilo; 1 GABARITO • Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 A afirmação de Heródoto “O Egito é uma dádiva do Nilo” propagou a ideia de que a vida na região do Rio Nilo é, para os egípcios, um dom propiciado pelo Rio Nilo; • Há aproximadamente 7 mil anos surgiram as primeiras comunidadesagrícolas no Vale do Rio Nilo; • Nas aldeias agrícolas da Região Sul do Egito eram cultivados diversos vegetais; • Acredita-se que o historiador grego Heródoto foi o primeiro a afirmar que, se não fossem as cheias, não haveria áreas fertilizadas nas regiões desérticas próximas ao Rio Nilo; • Segundo a afirmação de Heródoto, o Rio Nilo, com seus sedimentos, permitiu o plantio para a subsistência e todo o desenvolvimento da • civilização egípcia; A faixa de terra fértil do Egito é estreita e se estende de suas margens por poucos quilômetros. 4. Com base na leitura, na análise do vocabulário e no levantamento das ideias principais e secundárias, incentive o aluno a sintetizar o eixo central do texto. Esse instrumento é muito importante para a prática da leitura e da escrita. Sugestão: O texto “O Egito e o Rio Nilo” tem como ideia central a discussão acerca da frase do historiador Heródoto “O Egito é uma dádiva do Nilo”. Páginas 5 - 6 Professor, ao apresentar a pesquisa sobre os temas relacionados ao Egito Antigo – o Rio Nilo; a escrita egípcia: os hieróglifos; e a religião egípcia –, mostre a importância desse instrumento de aprendizagem/ para a construção do conhecimento histórico. Para facilitar, apresentamos um pequeno roteiro, que poderá ser ampliado com as discussões realizadas em sala de aula. É muito importante incentivar a busca e a leitura desses temas em livros de apoio didático, em livros didáticos, em enciclopédias e sites especializados. Para tanto, oriente os alunos sobre o significado da leitura para a fundamentação histórica dos temas estudados, destacando os títulos e subtítulos, as legendas das imagens e as referências bibliográficas: nome do/s autor/es, editora, local e ano de edição ou o nome completo do site e a data em que foi acessado. 2 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 O Rio Nilo Página 6 O Rio Nilo tem suas nascentes na África Tropical, no Lago Vitória, entre Uganda e a Tanzânia, cujas águas vão em direção ao norte. A partir de Malakal (Sudão), ele recebe o nome de Nilo Branco. Na altura da cidade de Cartum, capital do Sudão, suas águas encontram-se com aquelas provenientes do Lago Tana, na Etiópia, rio conhecido como Nilo Azul. Nessa confluência, formam um único Rio Nilo, que segue até o Mar Mediterrâneo, milhares de quilômetros ao norte. No total, das origens no Nilo Branco até o deságue são 6.650 quilômetros. O Shaduf é um instrumento utilizado para levar água de um lugar mais baixo para outro mais elevado. Ele é usado como uma alavanca, com um balde em um dos lados e uma haste, que serve para puxar para cima o balde com a água. Foi inventado há cerca de 4 000 anos, na Mesopotâmia, e, depois de adotado pelos egípcios, generalizou-se às margens do Rio Nilo. Por meio de canais, então, a água era levada para lugares distantes. O período de cheia do Nilo, antes da construção da Represa de Assuã, na década de 1960, ia de agosto a novembro, com ápice em setembro. Essa época do ano coincide com as chuvas tropicais no continente africano, de cuja área provêm as águas do Nilo. Vale ainda ressaltar que a construção da primeira represa terminou em 1902. Depois ela foi reforçada em mais de uma oportunidade e, finalmente, na década de 60 foi instalada uma hidrelétrica na represa. Fontes de pesquisa: Cardoso, Ciro Flamarion S. O Egito Antigo. São Paulo, Brasiliense, 1982. (Coleção Tudo é História) Gralha, Júlio César. “A religião egípcia”. In: Religiões Que o Mundo Esqueceu. (Org.) Funari, Pedro Paulo. São Paulo, Contexto, 2009. Bakos, Margaret. O Que São os Hieroglifos. São Paulo, Brasiliense, 1996. Funari, Raquel dos Santos. O Egito dos Faraós e Sacerdotes. São Paulo, Atual, 2007. 3 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 A escrita egípcia: os hieróglifos Página 7 A Pedra de Roseta permitiu que se decifrasse a escrita egípcia antiga. Esse fragmento de estela data da época dos ptolomeus, governantes macedônios, de língua grega, que dominaram o Egito a partir de fins do século IV a.C. A estela foi feita em 196 a.C. pelo rei Ptolomeu V, e descrevia atos administrativos diversos, em três línguas e escritas diferentes: hieróglifo, demótico e grego. A Pedra de Roseta está hoje no Museu Britânico, em Londres. Ela foi descoberta em 1799 por soldados franceses de Napoleão na cidade de Roseta, “Rashid”, em árabe, no Egito. O estudioso francês Jean-François Champollion conseguiu decifrar a escrita hieroglífica, comparando as três versões. A escrita hieroglífica é assim chamada porque, em grego, significa “escrita sagrada”, e era usada pelos sacerdotes egípcios. Nessa escrita utilizam-se ideogramas e sinais fonéticos. Os ideogramas representam, pela imagem, um objeto ou uma ação e têm expressão oral, e os sinais fonéticos possibilitavam a grafia de sons. Mais ainda, a mistura de ambos permitia que se escrevesse tudo e a leitura podia ser da esquerda para a direita, no sentido contrário, assim como de cima para baixo. Tal escrita hieroglífica era usada em pedras, com incisões ou pinturas, mas também em papiros, vasos de cerâmica, objetos de madeira. Sistemas mais simples de escrita, o hierático e o demótico expandiram-se e foram usados em todo tipo de suporte. Na origem, por sua complexidade apenas os escribas dominavam a escrita hieroglífica, mas, com as escritas mais simples, muitas pessoas passaram a escrever também. Fontes de pesquisa: Cardoso, Ciro Flamarion S. O Egito Antigo. São Paulo, Brasiliense, 1982. (Coleção Tudo é História) Gralha, Júlio César. “A religião egípcia”. In: Religiões Que o Mundo Esqueceu. (Org.) Funari, Pedro Paulo. São Paulo, Contexto, 2009. Bakos, Margaret. O Que São os Hieroglifos. São Paulo, Brasiliense, 1996. Funari, Raquel dos Santos. O Egito dos Faraós e Sacerdotes. São Paulo, Atual, 2007. 4 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 A religião egípcia Páginas 7 - 8 A religião egípcia fundava-se no culto a algumas tantas divindades, e muitos desses deuses e deusas tinham formas de animais, ou meio humanas e meio animais. Os rituais nos templos eram muito importantes, assim como as procissões e outros ritos, a exemplo da mumificação dos mortos. Dentre os muitos deuses (ou manifestações de Deus) egípcios destacavam-se Rá, o Deus Sol , Aton, o Rei dos Deuses, Osíris, o Rei dos Mortos, Maat, a Deusa da Verdade e do Julgamento Pós-morte, Hórus, Deus do Céu, e Anúbis, o Deus do Embalsamento. Em geral, os deuses tinham culto local mais intenso, ainda que fossem venerados em toda parte. Fontes de pesquisa: Cardoso, Ciro Flamarion S. O Egito Antigo. São Paulo, Brasiliense, 1982. (Coleção Tudo é História) Gralha, Júlio César. “A religião egípcia”. In: Religiões Que o Mundo Esqueceu. (Org.) Funari, Pedro Paulo. São Paulo, Contexto, 2009. Bakos, Margaret. O Que São os Hieroglifos. São Paulo, Brasiliense, 1996. Funari, Raquel dos Santos. O Egito dos Faraós e Sacerdotes. São Paulo, Atual, 2007. Trabalhando com documentos Páginas 8 - 9 1. Heródoto escreveu em seu livro Histórias o seu encantamento pelas cheias do Rio Nilo e por seus efeitos benéficos para a agricultura e chama a atenção para a terra fértil irrigada pelo Nilo, pelo bom clima e pela facilidade das colheitas. Diodoro declara que o Rio Nilo apresenta grandes benefícios para os egípcios, pois suas cheias, que sobem lentamente, levam consigo uma lama fértil e fresca que fertiliza os campos, tornando a tarefa do camponês mais leve e proveitosa e sem grandes esforços, acrescentando que só entre os egípcios a semeadura e a colheita se faziam com poucos meios de trabalho. 5 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 2. O documento de Heródoto apresenta como argumento o fato de o rio durante o período das cheias irrigar os campos e, depois de baixar, permitir a semeadura, e em seguida os camponeses aguardavam a colheita. Diodoro mostra o período do plantio após as cheias, que possibilitam o umedecimento do solo, o que facilita o plantio e a colheita. 3. Heródoto e Diodoro não citam o trabalho dos camponeses nas diversas atividades da semeadura e da colheita. Na verdade, ficaram impressionados com o imenso rio que atravessa o Egito, já que a Grécia era uma terra essencialmente árida e seca, onde a prática da agricultura parecia exigir esforços dignos de Titãs. Os dois documentos apresentam a semeadura e a colheita como atividades muito simples e declaram que o Rio Nilo superava todos os rios do mundo, pelos benefícios que trazia ao Egito. Página 10 Durante o processo das cheias do Nilo, o trabalho do camponês era fundamental na limpeza dos canais, e em seguida ocorria a semeadura e, depois, a colheita de grãos, como mostra a primeira imagem. Além disso, era permanente a construção de diques, a abertura de canais para deixar a água correr de um nível para outro, assim como o uso do Shaduf, aquele equipamento com o qual se fazia a captação de água para a irrigação. Além disso, havia o trabalho de conduzir os bois para pisotear o trigo, como retrata a pintura do túmulo de Menna, Novo Reino, da 18ª dinastia egípcia. E todo esse trabalho era organizado nas próprias aldeias e nomos. Página 11 As primeiras civilizações formaram-se ao longo dos rios, o que permitiu o desenvolvimento da agricultura, especialmente o cultivo de cereais. Assim, podemos destacar no caso dos egípcios o Rio Nilo, cujas enchentes eram fundamentais para a fertilização de suas margens. Como se sabe o Egito situa-se em área desértica, sem chuvas nem rios afluentes, de modo que a única fonte de água e de fertilização provinha 6 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 das cheias do Nilo, originário da África Tropical. Essas vazantes permitiam as colheitas, e facilitavam a instalação de canais e os trabalhos de construção de diques. Por sua vez, nas margens dos rios Tigre e Eufrates surgiram os primeiros reinos, formados por diversos povos, como sumérios, hititas, assírios e caldeus, em uma região fértil, mas de chuvas escassas, o que levou à necessidade de construir diques e celeiros e abrir canais de irrigação. E também o Rio Indo possibilitou facilidades de plantio aos agricultores da atual Índia. Página 12 1. Peça aos alunos que dêem um título que retrate a síntese do conteúdo principal. 2. A expressão África Subsaariana deriva da importância do Deserto do Saara, que separa o continente em duas partes de forma profunda. Ao norte, há uma franja de terras férteis, que são banhadas pelo Mar Mediterrâneo e contam com determinado período de chuvas. O Saara ocupa todo o restante do Norte do continente, com uma área total maior do que a do Brasil (9 milhões de quilômetros quadrados). Ao Sul, na abundante floresta tropical que contrasta com o Saara, desenvolveram-se as culturas negro-africanas, enquanto ao Norte do deserto, na faixa mediterrânea, viveram povos de origem africana misturados com migrantes de outras áreas. O Rio Nilo constituiu, por milênios, a única via de comunicação entre essas duas áreas do continente africano. Página 13 1. Peça aos alunos que grifem as ideiais centrais no momento da leitura do texto, estimulando-os a identificar as idéias em torno das quais o texto se estrutura. A seguir, selecione as idéias centrais que os alunos devem apontar: A Grécia era uma terra essencialmente árida e seca, onde a prática da agricultura parecia exigir esforços dignos de Titãs. 7 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 Os gregos e os egípcios não sabiam que a cheia ocorria em consequência das chuvas na África Oriental e do degelo nas terras altas etíopes. As terras aráveis do Egito eram cobertas por um processo de infiltração. As águas das enchentes não eram represadas por barragens ou diques e dirigiam-se para o Norte, atingindo Mênfis e deixando o solo úmido e coberto por uma lama cheia de detritos e sais minerais. 2. Aproveite a oportunidade para dizer que a ausência de um grupo social no trato diz muito sobre a forma como os historiadores gregos viam o trabalho dos camponeses, ou seja, de forma secundária. Para eles, o Rio Nilo, uma dádiva que propiciava a vida na região se sobrepunha ao trabalho braçal dos camponeses. Páginas 14 - 15 1. A expressão “Crescente Fértil” foi criada pelo arqueólogo americano James Henry Breasted, no início do século XX. Este grande estudioso do Oriente Médio propôs esse nome para designar o arco, em forma de Lua Crescente, entre o Egito, a Palestina, o Líbano, a Jordânia, a Síria, a Mesopotâmia e o Golfo Pérsico. Essa região situa-se entre o continente africano e o asiático , vizinhos à Europa, o que favoreceu uma biodiversidade incomum. A área testemunhou, desde o fim do Pleistoceno (9 500 a.C.), o desenvolvimento da agricultura, da cerâmica, bem como a formação das cidades e das grandes civilizações. O nome “Crescente Fértil” refere-se à fertilidade do solo irrigado pelos rios para a agricultura, mas também à fertilidade cultural que permitiu o surgimento de tantas civilizações. Já a imagem da Lua Crescente teve inspiração naquela que se forma no mapa (entre o Alto Egito e o Golfo Pérsico, em forma de um arco, que passa pelo Líbano e a Palestina), mas, também, na Lua Crescente, símbolo do Islã, religião dominante na região. 2. Os egípcios eram politeístas, ou seja, acreditavam em muitos deuses. Um mesmo deus podia ser representado sob diversas aparências, e uma delas tinha corpo humano e cabeça de animal; outros, apenas sob forma animal, como o touro Ápis, que foi associado aos deuses Rá, Osíris ou Ptá, em diferentes épocas da história do Egito. Os principais deuses eram elementos naturais, como, por exemplo, Nun, que 8 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 representava o caos, Tefnet, a umidade, Chu, o ar, Geb, a terra, e Nut, o firmamento. Havia ainda Amon, ou Amon-Rá, identificado como Deus Sol, e Sélkis, deusa das vísceras dos mortos, Set, deus da guerra, Hátor, deusa do amor, da música, da alegria, da dança e do vinho. Os egípcios não cultuavam os deuses diretamente, mas através dos sacerdotes, considerados intermediários entre os homens e os deuses. 3. Alternativa b. 4. Alternativa e. 5. Alternativa c. 9 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 O CÓDIGO DE HAMURÁBI: OS PRINCÍPIOS DE JUSTIÇA NA MESOPOTÂMIA Página 16 1. Sugestões de palavras-chave do texto: Civilização mesopotâmica, Tigre, Eufrates, Ásia Menor, Golfo Pérsico, Antiguidade, sumérios, hititas, caldeus, babilônios, assírios, Crescente Fértil, Líbano, Síria, Iraque, Jordânia, Oriente Médio, Código de Hamurábi, Império Babilônico. 2. A palavra Mesopotâmia é de origem grega e significa “entre rios” (mésos, entre; potamós, rio), e recebeu este nome, dado pelos gregos, em razão de estar entre dois rios: o Tigre e o Eufrates. Entre os povos que ocuparam a região estão os sumérios, os hititas, os caldeus, os babilônios e os assírios. Páginas 17 - 18 1. a) As possibilidades de título para um texto são múltiplas. Mas vale a pena ressaltar a importância da ligação entre as ideias centrais e as secundárias para a elaboração de um título. Sugestão do título do texto: “O governo de Hamurábi”. b) Sugestões de palavras-chave: Hamurábi, Suméria, Amoritas, Império Babilônico, Mesopotâmia, Babilônia, muralhas, Tigre, Eufrates, estela, acrópole de Susa, Pérsia, Museu do Louvre, cuneiforme, leis escritas, oráculos, jurisprudência, lei de talião. c) O preceito da lei de talião estava baseado no princípio do “olho porolho, dente por dente”. 10 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 d) A expressão “olho por olho, dente por dente” previa que a pena de um crime deveria ser estabelecida na mesma proporção do crime, ou seja, consiste na reciprocidade do crime e da pena. Debatendo Temas Página 18 Discuta com os alunos em que situações as pessoas utilizam as expressões “justiça” e “direitos do cidadão” e, em seguida, mostre para o grupo a importância de sabermos o significado dessas ideias em nosso cotidiano. A palavra “justiça” tem, entre os seus diversos significados, um, em especial, que busca dar a cada um aquilo que é seu de direito, procurando resolver os possíveis conflitos entre as pessoas. a) Justiça – Caráter, qualidade do que está em conformidade com o que é direito, com o que é justo. b) Direitos do Cidadão – são direitos que uma pessoa tem, e entre eles destacam-se os civis e os políticos. Sugestões de referências para pesquisa: Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Editora Objetiva, Rio de Janeiro. http://www.avozdocidadao.com.br/agenda_seus_direitos.asp> Acesso em: 10 de março de 2010. http://www.plenarinho.gov.br/ Acesso em: 10 de março de 2010. Páginas 19 - 20 Baseando-se no texto, podemos apresentar as seguintes características da escrita cuneiforme e o nome dessa escrita deriva de cuneus, que significa “cunha”,a incisão no suporte da escrita é feita com hastes de madeira ou junco, chamados de “cálamos”. Inicialmente, os símbolos da escrita cuneiforme representavam ideias, e não sons. 11 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 Páginas 20 - 21 Os povos da Mesopotâmia estão muito distantes de nós, tanto no tempo quanto no espaço. O tempo que nos separa dessa antiga civilização pode ser contado em milênios, e é necessário, ainda, vencer vários milhares de quilômetros para chegar ao chamado Oriente Próximo. Mesmo distante no tempo e no espaço, foram diversas as contribuições que os povos da Mesopotâmia nos legaram, e entre elas está o Código de Hamurábi, um conjunto de leis escritas que vigoravam em todo o Império Babilônico. É muito importante deixar claro para os alunos que as punições do Código de Hamurábi não eram iguais para todos os grupos sociais na Mesopotâmia – eles mesmos poderão verificar que, quando um grande proprietário prejudicava outro, podia pagar os danos com dinheiro ou bens materiais. No entanto, no caso dos escravos, as punições variavam de castigos corporais à pena de morte, como nos mostram os artigos 116, 198 e 199. O princípio de talião estabelecia que o crime praticado devia ser punido proporcionalmente com a mesma forma como foi cometido; porém, ao longo do documento ficam muito claras as diferenças estabelecidas entre os escravos, os proprietários de terras e os funcionários do castelo. Outro fator importante é o fato de que essa conduta não permitia que o culpado tivesse a possibilidade de dizer as razões de sua ação, de se arrepender, mudar de comportamento e desenvolver respeito ao outro. Páginas 21 - 22 • Primeiro grupo – Proprietários de terras. • Segundo grupo – Funcionários públicos. • Terceiro Grupo – Escravos. 12 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 Páginas 22 - 24 1. a) Grande inundação, neste caso em decorrência de enchentes dos rios Tigre e Eufrates. b) A região da antiga Mesopotâmia era coberta de desertos e, portanto, as possibilidades de um dilúvio seriam muito pequenas. Um dos mais conhecidos trechos da epopeia narra que Gilgamesh encontrou um homem imortal, do qual lhe veio a revelação de que os deuses decidiram submergir a terra, ordenando-lhe que construísse um barco para nele se abrigar com a sua família, os seus amigos e os animais de sua escolha. Depois desse dilúvio, que durou seis dias e seis noites, os deuses concederam a ele a imortalidade. O texto é muito interessante, pois narra um episódio muitíssimo semelhante e relacionado ao relato bíblico da Arca de Noé. 2. Ao longo dos rios Tigre e Eufrates, em meio aos desertos que caracterizam o Oriente Médio, desde o Paleolítico, um grande número de grupos humanos foi se fixando às margens ou na vizinhança desses rios, para obter água, pescar, desenvolver a agricultura e a criação de animais, o transporte de pessoas e cargas. Durante as cheias, esses rios transbordavam e se espalhavam pelas terras próximas da margem. Quando as águas baixavam, essas terras ao lado do leito dos rios ficavam cobertas com uma camada de lodo, o que as deixava férteis e excelentes para o plantio. 3. Alternativa b. 4. Alternativa a. 5. Alternativa e. 13 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 ÁFRICA, O BERÇO DA HUMANIDADE Páginas 25 - 26 1. Os chamados hominídeos pertencem à espécie da qual provêm os seres humanos e viveram na África Equatorial, junto com outros mamíferos que deram origem aos atuais ratos e macacos, por exemplo. 2. Os vestígios arqueológicos encontrados no continente africano são importantes instrumentos que reforçam a proposição dos estudiosos de que a África é o Berço da Humanidade. Páginas 27 - 29 Para estudar os temas relacionados à África como “Berço da Humanidade”, apresentamos pequenos textos relacionados aos conceitos fundamentais sobre os primeiros grupos nômades que habitaram o continente africano durante a Pré-História e a Antiguidade. Sociedades coletoras No continente africano, como no restante do planeta, as sociedades humanas mais antigas eram nômades, coletoras de alimentos que estavam disponíveis no ambiente. Esses grupos viviam da coleta de frutos, da caça e da pesca, assim como da criação de animais domesticados. Alguns povos continuaram até nossos dias como caçadores e coletores, como os bosquímanos na África Meridional. Grupos sedentários A sedentarização foi um processo que ocorreu em todos os continentes, e está relacionada à agricultura e à vida em aldeias e cidades. Na África Subsaariana, a 14 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 sedentarização caracterizou-se pelo domínio dos metais, da cerâmica e a posterior formação de cidades e mesmo de impérios, já no contexto da expansão muçulmana, em fins do primeiro milêniod.C. Vasos cerâmicos e a produção de alimentos na Pré-História da África A produção da cerâmica costuma ser associada à atividade agrícola. Os caçadores e coletores comem diretamente com o uso das mãos os seus alimentos, enquanto os agricultores precisam de vasos recipientes, de cozinha e de mesa. A invenção da cerâmica liga-se ao domínio do fogo na cocção de argila e a sua difusão na África Subsaariana parece ter ocorrido a partir da África Oriental, possivelmente proveniente do Vale do Rio Nilo. Artefatos líticos Os artefatos líticos (de pedra) são os mais antigos produzidos pelo ser humano e a África ocupa, como consequência, um lugar de destaque, pois foi onde os primeiros hominídeos surgiram e ali continuaram por milhões de anos. Já nos milênios mais recentes, a produção lítica africana subsaariana marcou a época dos caçadores e coletores, que se utilizavam apenas de artefatos de pedra para caçar e coletar. Com a introdução dos metais e da cerâmica, as pedras continuaram em uso, mas de maneira complementar, como machados e arados usados na agricultura. 2. Os nomes dos hominídeos referem-se às características físicas ou habilidades e o local onde foram encontrados os seus vestígios. "Sahelanthropus tchadensis" – Hominídeos que viviam no Sahel, região do Chade. “Homo habilis” – Homem habilidoso. “Homo erectus” – Homem de porte ereto. Montagem de um painel: trabalhando com artefatos africanos Página 29 Divida os alunos em grupos, com critérios estabelecidos em parceria com eles, responsabilizando-os pela organização dos respectivos grupos. Depois de agrupados, oriente-os para que se reúnam na classe, na biblioteca ou em outro espaço, a fim de 15 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 decidir as funções que cada um terá na elaboração do trabalho, deixando clara a importância do desempenho individual para a realização desta atividade. A cultura material encontrada no continente africano deixada por diferentes grupos de caçadores e agricultores que lá viveram durante a Pré-História é uma fonte muito rica para explicar a seus alunos a origem do homem neste continente, e entre elas podemos destacar a cerâmica, o machado, as pontas de lança, as lâminas de pedras, a cunha, o enxó e restos de fogueira. Então, peça a seus alunos uma pesquisa sobre as diferentes funções desses artefatos para, em seguida, eles fazerem a montagem de um cartaz, em cartolina ou papel kraft. Oriente-os para escreverem pequenas legendas explicativas sobre a importância dos restos de fogueiras e das raspadeiras, de pequenas lâminas e dos vasos cerâmicos, e de outros vestígios que você julgar importantes, desenhando, com base na observação das imagens, cada um desses vestígios e artefatos. Estimule, se for o caso, mais pesquisa, pois outras imagens poderão ser buscadas no próprio livro didático ou em livros do acervo escolar. Páginas 30 - 31 • (Restos de fogueiras). • (Pontas de lança). • (Machado). • (Cunha). • (Enxó). • (Lâminas de pedras). • (Cerâmicas). 16 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 Páginas 31 - 32 1. a) Viviam em grupos e se deslocavam em busca de melhores condições de sobrevivência. b) Alimentavam-se com o que obtinham com a caça, a coleta de raízes e frutos e a pesca. 2. Sim, os dados apresentados nos mostram pistas, como as palavras “cultivadores”, “neolítico”, “machado de pedra” e “vasos cerâmicos”. Os grupos que praticavam a agricultura utilizavam os vasos cerâmicos, em geral, para armazenar alimentos. 3. As atividades são a caça e a coleta, como também o deslocamento em busca de regiões favoráveis à sobrevivência. 4. Alternativa c. 5 Alternativa b. 17 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 HERANÇAS CULTURAIS DA CHINA E TROCAS CULTURAIS EM DIFERENTES ÉPOCAS Página 33 1. Resposta pessoal. 2. a) Dinastia: série de reis ou soberanos de uma mesma família; foram os gregos, ainda na Antiguidade, que usaram pela primeira vez a palavra “dinastia” para se referir às famílias dos reis. b) Lendário: que diz respeito às lendas, às narrativas de caráter maravilhoso, em geral provenientes do imaginário popular. c) Tecelagem: ato ou efeito de tecer relacionado à produção de tecidos. Páginas 34 - 35 A China constitui a cultura mais antiga da História, perdurando desde 5 mil anos atrás. Ao contrário da chinesa, outras civilizações antigas não chegaram aos nossos dias. A época histórica mais longínqua, sobre a qual os conhecimentos são bastante precisos, refere-se à dinastia Shang, também denominada Yin, da cidade de Anyang, na atual província de Henan, remontando aos séculos XVI a XI a.C. Com essa dinastia, começa a história escrita da China. Contudo, as lendas chinesas tratam de uma época de alguns séculos antes, um período lendário, quando cinco imperadores teriam fundado a China, sendo o primeiro deles o Imperador Amarelo. Foram eles, segundo a tradição, os responsáveis por introduzir os fundamentos da civilização chinesa: a criação do bichoda-seda, a tecelagem, os carros e os barcos. O objetivo desta pesquisa em grupo é organizar um painel ilustrado com as invenções chinesas, com base em busca em diferentes fontes, para mostrar ao aluno como essas descobertas alteraram a maneira de viver de muitos povos, fazendo parte, 18 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 ainda hoje, do nosso cotidiano, como os fogos de artifício, sempre presentes nas festas de fim de ano e em jogos de campeonatos esportivos, além de em outras comemorações. Página 36 As respostas a essa questão podem variar, principalmente se considerarmos a idade dos alunos. No entanto, chame a atenção para a importância da invenção do papel, que permitiu o registro, circulação e permanência de informações e da pólvora, que teve sua utilização inicial modificada e adquiriu com finalidades bélicas. Página 37 1. A Grande Muralha da China constitui a maior edificação desse tipo de todo o mundo, em toda a História da Humanidade. Os romanos também fizeram grandes muros, mas os chineses os ultrapassaram em muito. A extensão total da muralha chegou a atingir mais de 6.700 quilômetros. Sua construção durou muitos séculos, a partir de 221 a.C. contemporânea às muralhas de Atenas e de Roma, e e chegou até o século XVI. A muralha atual, contudo, foi levantada na Dinastia Ming, a partir do século XV, como proteção contra ataques dos mongóis. Construída com tijolos e pedras, ela continua em pé em grande parte do percurso e conta com torres de controle e centenas de milhares de soldados para guardar a fronteira. A Muralha da China é uma das poucas construções humanas que podem ser vistas a olho nu do espaço, segundo alguns estudiosos com base em relatos de cosmonautas. • Em 1987 a Grande Muralha da China foi declarada Patrimônio Cultural Mundial da Unesco; • A Grande Muralha da China é uma das obras construídas na Terra pelo homem que os cosmonautas veem do espaço, a segunda é o Canal de Suez; • A Grande Muralha da China é considerada um dos maiores projetos de construção da história; 19 GABARITO • Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 A Grande Muralha da China, incluindo todas as suas ramificações, tem de 6.700 quilômetros (novos estudos realizados com tecnologias do cerca GPS concluíram que sua medida pode chegar a 8.850 quilômetros), de Po Hai, no leste, até o deserto central da Ásia, e 9 metros de altura na maior parte do seu comprimento, com torres de 12 metros em intervalos; • O primeiro imperador da China Unificada, Shih Huang-ti, iniciou a construção da muralha em 214 a.C., unindo vários muros com o objetivo de formar um único sistema defensivo. 2. O Rio Amarelo foi um importante local para o estabelecimento dos primeiros grupos nômades de chineses, que cultivavam em suas terras férteis o painço, um tipo de grão, hortaliças, trigo, frutas e arroz. Aos poucos, na região, foram formados os primeiros povoados e, como ocorreu no Egito, com o Rio Nilo, e na Mesopotâmia, com os rios Tigre e Eufrates, o Rio Amarelo possibilitou o desenvolvimento da agricultura, favorecendo o processo de sedentarização e a formação das primeiras cidades chinesas. Páginas 38 - 39 1. O comércio era uma atividade muito importante para os antigos chineses, com destaque para a venda de tecidos, tapetes, ervas medicinais, cravo, canela, ginseng, sândalo, noz-moscada, mirra e incenso, entre outros produtos. A Rota da Seda foi uma expressão utilizada no século XIX, pelo estudioso alemão Ferdinand von Richthofen, para designar a rede de estradas que uniam o Extremo Oriente ao Mar Mediterrâneo, entre o século II a.C. e provavelmente até o século XVI. Por esses caminhos passavam milhares de caravanas de camelos que transportavam mercadores do Oriente para a Europa e o mundo árabe. 2. Alternativa b. 3. a) A China situa-se na parte Leste da Ásia e possui a maior população do mundo, que, segundo o censo de 2000, chegava a 1.2 bilhão de habitantes. 20 GABARITO Caderno do Aluno História – 5a série/6º ano – Volume 2 b) Atualmente a China possui uma das economias que mais crescem no mundo, com destaque para a área de brinquedos, telecomunicações, calçados e veículos automotivos. 4. Alternativa a. 21