Clique aqui para baixar

Cartilha
do Paciente
1
QUEM SOMOS
UM CENTRO DE EXCELÊNCIA
O Núcleo Hematologia e Oncologia é referência nacional em tratamentos
na área de hematologia geral e oncologia. É também um serviço privado
do Estado de Minas Gerais capacitado para realizar transplantes de
medula óssea.
Aliar conhecimento técnico, tecnologia de ponta, experiência e
resolutividade a um tratamento carinhoso e humano tem sido a nossa
missão desde a fundação, em 1997.
CENTRO DE PESQUISA CLÍNICA
Além de buscar a excelência nos serviços oferecidos, o Núcleo
Hematologia e Oncologia deu um importante passo, em 2008, e investiu
na formação de um Centro de Pesquisa Clínica para avaliação da
segurança e da eficácia de novos medicamentos em estudo. Com essa
iniciativa, o Núcleo contribui para a busca de novos caminhos visando
tratar doenças nas áreas de oncologia e hematologia e proporcionar aos
pacientes uma vida com maior qualidade.
A atividade é regulamentada pela Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa (Conep), do Ministério da Saúde. Em Belo Horizonte, o Centro
submete-se ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Socor. As
pesquisas são realizadas rigorosamente dentro dos padrões científicos e
éticos exigidos pelas comunidades leiga e científica.
TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA
A equipe de especialistas do Núcleo realiza o transplante de medula óssea
no Hospital Socor desde 1997, tendo aprovação anual do Ministério da
Saúde (Sistema Nacional de Saúde).
2
CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE
O Núcleo Hematologia e Oncologia possui a Acreditação ONA
(Organização Nacional de Acreditação), reconhecimento que certifica a
segurança e a qualidade dos serviços de saúde.
Com o certificado de Organização Prestadora de Serviços de Saúde
Acreditada Plena, o Núcleo Hematologia e Oncologia assegura o controle de
todos os processos da empresa e atende à todas as legislações pertinentes
e à Vigilancia Sanitária. Todos os riscos, da distribuição e estrutura física
interna da empresa até a tecnologia utilizada nos serviços oferecidos,
foram identificados e minimizados, representando segurança tanto para os
pacientes e os familiares quanto para os colaboradores.
Com o objetivo de auxiliar a sua compreensão quanto ao tratamento a que
será submetido, elaboramos esta cartilha com algumas orientações e dicas.
Esperamos que ela possa lhe ser muito útil; no entanto, sabemos que a
comunicação pessoal ocorre de forma mais efetiva. Sendo assim, nós do
Núcleo Hematologia e Oncologia estamos à disposição para quaisquer
esclarecimentos que se façam necessários.
O QUE É O CÂNCER ?
Câncer é o nome dado a um conjunto de doenças que têm em comum
o crescimento incontrolado (maligno) das células do nosso corpo, que
invadem os tecidos e os órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para
outras regiões do corpo, multiplicando-se rapidamente. Essas células
tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação
de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas.
Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa
localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham
ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.
FORMAS MAIS COMUNS DE TRATAMENTO
Cirurgia: Intervenção que remove o tumor.
Radioterapia: Procedimento que utiliza uma fonte de energia (radiação)
para destruição de células antineoplásicas.
Quimioterapia: Procedimento que utiliza medicamentos cuja função é
atuar nas células tumorais, com o objetivo de destruí-las, impedindo suas
3
multiplicações, aliviando os sintomas causados pelo desenvolvimento do
tumor, ou seja, tem a finalidade de tratar ou controlar a doença. A indicação
do tipo de tratamento a ser feito depende de vários fatores, como o tipo
de tumor, a localização e o estágio da doença.
Os medicamentos em sua maioria são aplicados na veia, podendo
também ser utilizadas as vias intramuscular (no músculo), subcutânea
(abaixo da pele), intratecal (medula espinhal), intravesical (na bexiga) e via
oral (pela boca). A quimioterapia pode ser indicada antes ou após uma
cirurgia, ou ainda isoladamente, sem que haja indicação cirúrgica. Pode
também ser feita em conjunto com outros tipos de tratamento, como a
radioterapia, por exemplo.
Hoje, os tratamentos quimioterápicos são realizados com maior segurança
e sem afetar tanto a qualidade de vida do paciente. Esses tratamentos
podem ser utilizados de maneira independente ou combinados.
A duração do tratamento é planejada para cada doença. As aplicações
podem ser diárias, semanais ou mensais. É muito importante que você
entenda corretamente as orientações fornecidas por
toda a equipe.
EFEITOS COLATERAIS
OBS.: os efeitos colaterais citados abaixo não se
aplicam a todos os casos.
Os efeitos colaterais descritos a seguir, não são
obrigatoriamente apresentados por todas as pessoas
que fazem quimioterapia, uma vez que dependem
tanto do tipo de medicação utilizada quanto da forma que
o organismo responde ao tratamento, podendo haver
variações de paciente para paciente.
Assim, algumas pessoas podem apresentar efeitos colaterais mais
severos enquanto outros podem apresentar sintomas de forma branda,
ou mesmo não apresentá-los. A ocorrência e seus graus (intensidade)
dependerão do tipo de tratamento (medicação) empregado. Para cada
paciente, é utilizado um tipo de tratamento específico que o médico vai
prescrever após avaliação do paciente e de todos os exames necessários.
A maioria dos efeitos colaterais são temporários, ou seja, cessam com o
término ou a interrupção do tratamento.
4
Náuseas e vômitos
Algumas
medicações podem causar náuseas e vômitos em razão da
irritação que provocam na parede do estômago e por afetarem a parte
do cérebro que controla o vômito. As náuseas e os vômitos podem surgir
após algumas horas da administração do medicamento ou mesmo após
alguns dias.
Dicas
• Procure alimentar-se em intervalos menores (no máximo de 3 em 3 horas)
e ingerir pequenas quantidades de alimentos por refeição.
• Evite alimentos e carnes gordurosos e condimentados, para facilitar a
digestão.
• Prefira alimentos leves no intervalo de 1 hora antes e 1 hora depois da
quimioterapia.
• Evite alimentos muito quentes; alimentos frios costumam ser mais bem
tolerados, como, por exemplo, frutas e gelatina.
• Procure alimentar-se em locais tranquilos, mastigando bem os alimentos.
• Realize higiene oral após episódios de vômitos, para maior conforto e
com objetivo de evitar alterações na cavidade oral.
• Evite atividade física e deitar-se logo após as refeições, caso você tenha
sensação de empachamento (estômago cheio).
• Informe ao seu médico ou ao enfermeiro sobre o aspecto, a frequência e
a quantidade dos vômitos.
• Informe ao seu médico ou ao enfermeiro, caso o remédio para vômito
não esteja sendo eficaz.
• Evite sentir o cheiro dos alimentos durante o preparo.
• Evite permanecer em lugares onde tenham fortes odores.
• Evite usar perfumes fortes.
• Tome os remédios contra náuseas e vômitos conforme orientação médica.
• Procure alimentar-se quando não estiver com náuseas. Se necessário,
faça uso da medicação para náusea e espere seu efeito (geralmente 1530 minutos) para se alimentar.
5
• Respeite a preferência alimentar dentro do conceito de uma dieta
equilibrada.
Diarréia e constipação
Algumas medicações podem contribuir para a ocorrência da constipação.
Outras causas: paciente menos ativo ou dieta deficiente de líquidos e
fibras.
Dicas
• Se a diarréia persistir por mais de 3 evacuações ao dia, acompanhadas ou
não de cólicas abdominais, inicie a medicação prescrita pelo seu médico
ou entre em contato com ele.
• Procure hidratar-se, ingerindo chás, água de coco, água, sucos e
gelatina.
• Evite ingestão de leite e derivados.
• Dê preferência a alimentos constipantes, evitando alimentos gordurosos
e frituras.
• Em razão da frequência aumentada de evacuações, a região anal poderá
apresentar irritação; higienize o local com água morna e sabão, enxugue
com papel bem macio. Se mesmo com os cuidados aparecer feridas,
fissuras ou assaduras nesse local, a equipe de enfermagem e/ou o médico
deverão ser informados.
• Se a constipação persistir por mais de 03 dias, inicie a medicação prescrita
pelo seu médico ou entre em contato com ele.
• Não utilize supositórios e “lavagens” sem o conhecimento e a autorização
do seu médico.
• Informe ao seu médico e/ou enfermeiro a ocorrência de feridas, fissuras,
sangramentos ou assaduras na região anal.
• Aumente a ingestão de líquidos.
Mucosite
A quimioterapia pode causar inflamação ou lesões (aftas) nas mucosas
que revestem o aparelho digestivo (boca, estômago e intestino), ocorrendo
com mais frequência na boca.
6
Dicas
• Inspecione a boca diariamente e mantenha-a limpa.
• Evite alimentos ácidos, muito condimentados, de consistência dura e
muito quentes.
• Utilize enxaguante bucal sem álcool.
• Na ocorrência de lesões, comunique ao médico para que ele indique o
tratamento adequado.
• Na ocorrência de mucosite recomenda-se: utilização de escova de dentes
menores e com cerdas macias.
Inapetência (falta de apetite) e perda de peso
A perda do apetite pode estar relacionada a diversos fatores, como
alterações no paladar, mucosite, náuseas, mal-estar geral, problemas
emocionais, como medo, ansiedade e depressão. É importante que o
paciente esteja bem nutrido, a fim de que tenha sucesso no tratamento.
Dicas
• Consuma alimentos variados e de sua preferência.
• Caso tenha dificuldade em tolerar alimentos sólidos, dê preferência a
vitaminas, sucos e sopas.
• Procure alimentar-se em intervalos menores (no máximo de 3 em 3 horas)
e ingerir pequenas quantidades de alimento por refeição.
• Torne o momento da refeição agradável. Evite locais tumultuados, com
muito barulho.
• Caso a inapetência persista mesmo após a adoção das medidas citadas,
existem medicamentos e suplementos nutricionais que poderão ser
prescritos pelo médico e/ou pela nutricionista.
Sugestões de alimentos para inapetência: biscoito cream cracker, pera,
laranja, chá de maçã com gengibre e canela, sopas com caldo de carne
natural.
Boca seca
Algumas medicações podem causar diminuição da produção de saliva.
7
Dicas
• Faça ingestão de líquidos em pequenas quantidades, várias vezes ao dia.
• Tenha sempre consigo balas para utilização nos períodos de desconforto.
Atenção! Pacientes diabéticos devem utilizar balas diet.
• Dê preferência a alimentos preparados com maior quantidade de líquidos
(sopas, caldos, ensopados e cozidos).
• Se necessário, faça ingestão de pequenas quantidades de líquidos
durante as refeições com o objetivo de facilitar a mastigação e deglutição.
Alterações da pele e das unhas
Dependendo do tipo de medicamento, você pode apresentar alterações na
pele, como vermelhidão, coceira, descamação, escurecimento (próximo
às veias por onde passam o medicamento), ressecamento e manchas.
As unhas também podem apresentar escurecimento, rachaduras e
crescimento mais lento.
Alguns medicamentos podem provocar rubor facial (vermelhidão) durante
ou após sua infusão.
Dicas
• Evite exposição excessiva ao sol.
• Utilize filtro solar.
• Mantenha a pele limpa e hidratada.
• Evite retirar cutículas, caso seja necessário; retire-as superficialmente e
com material de uso próprio.
Alopécia (queda de cabelo)
Algumas medicações afetam o crescimento dos cabelos, podendo
provocar sua queda total ou parcial. O cabelo voltará a crescer ao término
do tratamento e, em alguns casos, durante o tratamento.
Dicas
• A utilização de perucas, lenços, turbantes, chapéus, bonés, bem como adequar
o corte de cabelo, pode auxiliá-lo quanto à autoestima e à aparência física.
• Ao lavar os cabelos, utilize água morna, xampus neutros, penteando-os
com delicadeza, evitando fricção brusca com a toalha ao secá-los.
8
Anemia, leucopenia (baixa de leucócitos) e plaquetopenia
(baixa de plaquetas)
A medicação utilizada para tratamento das neoplasias (células doentes)
também pode afetar células sadias do nosso organismo. As células
sanguíneas pertencem a esse grupo que pode ser acometido. As
alterações mais comuns são redução das seguintes células:
Glóbulos brancos (leucócitos) – células que defendem o nosso organismo
de infecções; sua redução leva a quadros de leucopenia. Neste caso,
há um risco maior de surgimento de infecções, sendo necessário o
monitoramento da temperatura corporal e contato com seu médico em
caso de febre. Se necessário, existe medicação específica para ativar o
crescimento dessas células.
Glóbulos vermelhos (hemácias) – células que transportam oxigênio
para todas as partes do nosso corpo. Com a redução de tais células,
o transporte de oxigênio fica prejudicado. Principais sintomas: cansaço
provocado por pequeno ou médio esforço, falta de ar e palidez. Em
alguns casos, podem-se utilizar medicamentos específicos para prevenir
ou tratar a anemia; segundo indicação médica em outros casos, a
transfusão de hemácias pode ser necessária.
A redução das plaquetas, células que atuam na coagulação do sangue,
pode levar a sangramentos espontâneos. Nos casos de contagem muito
baixa, a transfusão de plaquetas pode ser necessária. Principais sintomas:
manchas roxas ou avermelhadas na pele e sangramentos.
Tais alterações, quando presentes, manifestam-se alguns dias após o
início do tratamento. Seu médico irá orientá-lo quanto à realização de
hemograma, exame utilizado para checagem dos valores das células
descritas acima.
Recomenda-se:
• Proteger a pele de ferimentos ao se depilar, barbear e cortar as unhas.
Não espremer cravos e espinhas.
• Procurar descansar, garantir boas condições de sono e repouso.
• Medir a temperatura sempre que perceber alteração.
• Manter uma dieta saudável, rica em legumes, verduras, frutas e cereais e
pobre em gorduras.
9
Efeitos neurológicos
A quimioterapia também pode causar algumas alterações neurológicas,
em geral, transitórias devido aos efeitos sobre as células nervosas. Em
geral os sintomas são leves, exigindo somente maior atenção na realização
de determinadas tarefas do cotidiano. Principais efeitos: formigamento
ou dormência das extremidades, sensação de queimação, zumbido nos
ouvidos, alterações no tato, perda da força, sensação de “choque”, entre
outros.
Alterações emocionais
Ao receber o diagnóstico, ou mesmo durante o tratamento, podem surgir
algumas alterações emocionais, decorrentes da dificuldade de adaptação
a essa nova situação. O paciente pode ficar mais deprimido, irritado,
preocupado, impaciente, choroso, sentimentos em geral passageiros,
mas que podem persistir por um período mais prolongado, chegando a
dificultar suas atividades cotidianas. Nesses casos, é aconselhável que
o paciente tenha um acompanhamento psicológico, a fim de encontrar
a melhor maneira de lidar com as questões envolvidas no processo,
conseguindo, assim, minimizar seu sofrimento e encontrar a melhor
forma de garantir uma boa qualidade de vida. Caso seja necessário,
converse com seu médico sobre a necessidade de medições que
vão auxiliá-lo neste momento, ou então, encaminhamento para apoio
psicológico.
ORIENTAÇÕES ALIMENTARES NO TRATAMENTO
QUIMIOTERÁPICO/RADIOTERÁPICO
• Evite comer alimentos de difícil digestão antes
do início da medicação.
• Faça refeições leves e de fácil digestão.
• Evite excessos de doces e frituras.
• Evite líquidos durante as refeições; tomeos apenas no intervalo entre elas, uma
hora antes e uma após. Se for necessário,
ingira em pequena quantidade.
10
Alterações
nutricionais
Dificuldade em engolir
Náuseas e vômitos
Recomendações
Prefira alimentos bem macios e em forma de purê
(mingau, sopa liquidificada); mastigue-os bem e coma
vagarosamente.
Não fique em jejum; evite locais com odores que incomodam como cigarro, frituras, perfumes e produtos de
limpeza. Fique longe do local onde são preparadas as
refeições.
Boca seca
Aumente a ingestão de líquidos.
Perda de peso
Aumente as calorias das refeições.
Alteração no paladar e no
apetite
Evite temperos e sal excessivos, alimentos com
temperatura muito alta ou muito baixa.
Alteração intestinal
Diarréia: hidrate-se; não adoçe os alimentos com mel
ou açúcar; evite ingerir gorduras, leite e derivados.
Alimentos indicados: maçã sem casca, banana prata,
cenoura, batata, suco de limão, caju, água de coco e
agua de arroz.
Prisão de ventre – Alimentos indicados: ricos em fibras
e laxativos tipo mamão e ameixa; se possivel, faça uma
pequena caminhada.
Fadiga/cansaço
Uma dieta equilibrada, rica em ferro, vitaminas, proteínas
e carboidratos é fundamental para a manutenção de um
bom nível de energia. Caso seja necessário, vitaminas e
complementos alimentares poderão ser prescritos.
Empachamento (saciedade precoce)
Faça sua refeição em pequenas quantidades, várias
vezes ao dia (a cada 2 ou 3 horas, por exemplo); respeite
sua preferência alimentar.
11
A importância da suplementação oral
Alguns pacientes são incapazes de atingir suas necessidades nutricionais
devido a fatores orgânicos que requerem intenso consumo dos tecidos
musculares e adiposos, com consequente perda de peso.
A intervenção com suplementos nutricionais pode interromper a
desnutrição, melhorando a resposta ao tratamento antineoplásico.
Quando é necessária a suplementação oral:
• IMC < 18kg/m2
• Perda de peso superior a 5% nos últimos 6 meses
• Aceitação alimentar menor do que ¾ da recomendação nutricional
• Dificuldade na digestão
• Falta de apetite
Alguns nutrientes que atuam como agentes antiinflamatórios interferindo
no processo de desnutrição:
• Antioxidantes
• Ácidos Graxos Poli-Insaturados (EPA – ácido eicosapentaenóico)
• Glutamina
• Arginina
• Fibra
• Flavonóides (frutas e vegerais)
Recomendações gerais importantes para o
seu bem-estar durante o tratamento
• Lave bem as mãos, principalmente em ambientes
públicos.
• Tenha uma alimentação saudável, equilibrada, dê
preferência a alimentos frescos e bem cozidos,
com pouca gordura.
• Mantenha-se bem hidratado.
12
• Procure descansar sempre que preciso, respeitando seus próprios limites.
• Evite lugares com multidão, sobretudo se for ambiente fechado.
• Evite contato com pessoas com doenças infectocontagiosas (gripes,
por exemplo).
• Não tome nenhuma vacina durante o tratamento sem o consentimento de
seu médico, inclusive a da gripe.
• Mantenha a boca, gengiva, dentes e próteses dentárias sempre limpos,
escovando-os principalmente após as refeições; verifique se as próteses
não estão machucando a boca.
• Peça autorização ao seu médico caso necessite fazer tratamento
odontológico durante a o tratamento quimioterápico.
• Evite banhos muito quentes, após o banho, hidrate sua pele.
• Alguns medicamentos podem alterar a cor da urina nas 48 horas após a
sua infusão. A enfermeira do serviço irá orientá-lo caso você faça uso de
algum desses medicamentos.
• Após usar o vaso sanitário, dê duas descargas ou uma prolongada,
sempre com a tampa do vaso sanitário abaixada.
• Mantenha a casa e o quarto sempre limpos e arejados.
• No domicílio, evite varrer o chão, prefira uso de pano úmido ou aspirador
de pó seguido da limpeza com pano.
• Evite o contato direto com animais.
ORIENTAÇÕES PRÁTICAS
Bebidas alcoólicas: Tendo em vista que o álcool pode interagir com
alguma medicação utilizada no tratamento, o consumo somente deverá
ocorrer após avaliação e consentimento de seu médico.
Atividades físicas: Durante o período do tratamento, não há
contraindicação à prática de atividades físicas ou modalidades esportivas
de leves a moderadas. Você pode, porém, ficar menos disposto. Fique
atento para não forçar muito sua condição física. Converse com seu médico
e enfermeiro no início do tratamento com o objetivo de sanar possíveis
dúvidas. Se perceber sinais de cansaço durante a atividade física, essa
deverá ser reduzida, e se necessário interrompida, e a equipe comunicada.
13
Trabalho: A maioria dos pacientes pode e deve continuar trabalhando
durante o tratamento. Não há indicação para que as atividades habituais
sejam interrompidas, a menos que sejam pesadas e exijam muito esforço
físico. Na maioria das vezes, o paciente precisa apenas ajustar o horário
do trabalho (fazer acordo) com os dias das sessões de quimioterapia e os
períodos em que os efeitos colaterais sejam mais intensos. Se, apesar de
tudo, você sentir que seu desempenho permanece aquém do esperado,
considere a possibilidade de um afastamento temporário.
Relações sexuais: Para muitos pacientes, o tratamento provoca
tensões físicas e emocionais que podem estar ligadas não só aos efeitos
colaterais, como também às mudanças no ritmo de vida, alimentação
e trabalho, além de ansiedade em relação à saúde e à família. Todos
esses fatores juntos podem contribuir para que haja uma diminuição na
aptidão sexual. No entanto, é importante que o paciente saiba que a
quimioterapia não o impede de manter uma vida sexual ativa. Contudo,
é necessário abordar alguns assuntos com seu médico como: uso de
preservativos, reprodução, sexualidade e gravidez.
Ciclo menstrual: As drogas utilizadas na quimioterapia podem alterar
temporariamente a produção de hormônios, provocando em algumas
mulheres alteração do ciclo menstrual. A quantidade de sangramento
pode ser alterada, e às vezes pode ocorrer interrupção completa da
menstruação; porém, a paciente não deixa de ovular, correndo o risco
de gravidez.
Gravidez: Durante o tratamento, a gravidez deve ser EVITADA, já que a
medicação utilizada pode causar má formação do feto. É muito importante
pedir orientação de seu médico quanto ao melhor método contraceptivo
a ser utilizado durante o tratamento.
Uso de outros medicamentos: Qualquer medicação só deve ser tomada
com o consentimento de seu médico, mesmo que homeopático, natural,
caseiro, “chás” ou outros.
Acima de tudo, lembre-se de que bons hábitos de vida, como alimentação
saudável, prática de atividade física e alto astral, são importantes para a
boa evolução do tratamento.
Entre em contato com seu médico se:
• Você apresentar temperatura acima de 37,8ºC, calafrios ou ardor ao urinar;
14
• Diarréia, constipação, náuseas ou vômitos persistentes;
• Dor intensa que não melhore com medicação prescrita;
• Dificuldade para respirar (falta de ar);
OBS.: Se não encontrar o seu médico, procure um pronto atendimento.
Comunique a equipe de enfermagem se:
• Nos dias subsequentes à aplicação surgir dor, vermelhidão, acompanhadas
ou não de calor no local da aplicação do medicamento.
FIQUE ATENTO
É importante que, durante a administração da medicação, o paciente
mantenha o braço bem posicionado de forma confortável, não fazendo
movimentos bruscos, com o objetivo de evitar a perda do acesso venoso
periférico e extravasamento de medicação (medicação infundida fora
da veia) e a necessidade de nova punção venosa. Mesmo tomando
esses cuidados, é necessário comunicar IMEDIATAMENTE à equipe de
enfermagem a ocorrência de dor, queimação, formigamento, irritação
ou presença de inchaço na região da aplicação do medicamento.
Outros sintomas como náuseas, vômitos, coceiras, desconforto na
garganta, dor, tonteira são alguns exemplos de queixas que podem estar
relacionadas com a medicação e também deverão ser comunicados
imediatamente à equipe de enfermagem.
ORIENTAÇÕES AOS ACOMPANHANTES
O seu papel é fundamental e muito importante para auxiliar no tratamento de
seu parente ou amigo; portanto, fique atento às nossas dicas e orientações.
Avalie suas condições físicas e emocionais para exercer a importante
função de acompanhar com responsabilidade. O acompanhante ansioso
pode deixar o paciente e os demais angustiados e exaltados.
Fique atento às orientações da equipe médica e de enfermagem,
principalmente quanto aos dias de medicação, consultas, exames
solicitados e outros cuidados.
15
Procure esclarecer suas dúvidas com o médico responsável pelo paciente
ou com a equipe de enfermagem.
Trate o paciente normalmente, não o veja como uma criança indefesa ou
limitada.
Durante sua permanência no ambulatório, favor colocar o celular em
“modo silencioso”, ou com volume baixo. Dê preferência para atendê-lo
na recepção.
Para maior conforto e segurança dos pacientes, faz-se necessário manter
um ambiente silencioso e harmonioso.
Respeite o espaço dos demais pacientes e acompanhantes. Ao
lado da poltrona/leito de cada paciente, há uma cadeira destinada ao
acompanhante. Não assente na cama ou na poltrona do paciente.
Para a segurança do paciente, o acompanhante não deve tocar nos
aparelhos ou na medicação.
Caso necessite utilizar o sanitário, favor dirigir-se ao da recepção, deixando
os sanitários do ambulatório para uso exclusivo dos pacientes.
Traga para ao ambulatório somente o necessário. Ao sair, devolva as
revistas na recepção e deposite o lixo nas lixeiras identificadas como “lixo
comum”. Lembre-se de, ao sair, levar consigo todos os seus pertences e
os do paciente. O Núcleo Hematologia e Oncologia não se responsabiliza
por pertences deixados no serviço.
Com o objetivo de evitar cheiro forte dentro do ambulatório, a alimentação
no setor fica restrita aos pacientes.
Funcionamento do Ambulatório
O ambulatório é um ambiente hospitalar onde se faz necessário manter o
silêncio. Durante sua permanência, favor colocar o celular em “modo silencioso”.
É permitido apenas um acompanhante por paciente; se for necessário,
faça revezamento com outra pessoa, desde que essa também seja maior
de 18 anos.
Os quartos são destinados aos pacientes com dificuldade de permanecer
nas poltronas e aos idosos. O paciente acomodado no quarto não poderá
ficar, em momento algum, sozinho, devendo permanecer sempre um
acompanhante durante toda a permanência desse paciente no ambulatório.
16
A parte superior das mesinhas de apoio, localizadas ao lado dos leitos
e das poltronas, é de uso exclusivo pela enfermagem. Gentileza não
utilizá-la.
A equipe de enfermagem necessita de atenção e concentração para
administração de medicamentos. Colabore com a segurança dos
pacientes, mantendo o ambiente calmo e silencioso.
Rede Wireless
O Núcleo Hematologia e Oncologia disponibiliza aos pacientes e aos
acompanhantes uma senha para acesso à internet sem fio (rede wireless).
Solicite a senha na recepção. Utilize-a sem causar transtornos ao bom
funcionamento do ambulatório.
Agendamentos de procedimentos
Para maior agilidade no seu atendimento, solicitamos que você agende
todos os procedimentos ou medicamentos no setor responsável.
Verifique nesse momento a previsão do tempo total de sua medicação,
objetivando organizar o período de sua permanência em nosso serviço.
Caso seja necessário alterar a data do seu agendamento, seja por motivo
pessoal, seja por orientação médica, favor remarcar nova data pelo
número (31) 4009-8237.
Sempre que houver alteração relacionada ao número do cartão do
convênio, gentileza comunicar ao setor de autorização o novo número
do cartão (em relação a todos os convênios).
Qualquer dúvida ou dificuldade no ato da autorização para medicação
e/ou procedimentos junto ao convênio, o setor de autorização está à
disposição para esclarecimentos necessários. (31) 4009-8237
Traga sempre consigo a cartilha de agendamento.
Preparação dos medicamentos
A Farmácia do Núcleo Hematologia e Oncologia realiza um rigoroso
processo para garantir a sua segurança. Todo medicamento é preparado
pela equipe da Farmácia seguindo uma resolução da Anvisa denominada
RDC 220/00, que exige vários processos antes que o medicamento
possa ser liberado à equipe de enfermagem para infusão.
17
Os quimioterápicos devem ser preparados dentro de uma cabine de fluxo
laminar, que é um equipamento onde a sua medicação será protegida de
partículas do ar e outros tipos de contaminação. O profissional que os
prepara deve estar todo paramentado, isto é, usando óculos, capote, luva
e touca. O medicamento e o soro só podem entrar nessa cabine depois
que os frascos passarem por um processo assepsia e desinfecção, tudo
isso imediatamente antes do preparo, conforme instruções da RDC
220/00, citada acima.
Cada medicamento tem um tempo de estabilidade, ou seja, tempo que
decorre entre ficar pronto até a sua completa infusão; o mesmo é definido
na bula e esse é o motivo que nos obriga a esperar que o paciente esteja
dentro do Núcleo para que o processo se inicie.
Os medicamentos depois de preparados devem ser analisados em um
equipamento que avalia a presença ou a ausência de partículas.
Essa mesma legislação RDC 220/00 exige que tenhamos controle de
todos os lotes de medicamentos e materiais utilizados no preparo e na
infusão da sua medicação, garantindo a você maior segurança.
Todo esse proceso possui dupla checagem e é fundamental para garantir
a esterilidade e a integridade do medicamento preparado.
18
DIREITOS DO PACIENTE COM CÂNCER
• Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez
•
Passe livre
• Isenção de imposto de renda na aposentadoria
• Financiamento da casa própria
• Isenção de IPI na compra de veículos
adaptados
• Saque do FGTS
• Isenção de IPVA para veículos adaptados
• Saque do PIS
OBS.: Estes direitos podem variar de Estado para Estado. Para mais informações,
consulte o site www.saude.gov.br
Contatos
Tel.: (31) 4009-8200 – 8º andar
Fax: (31) 4009-8215 – 8º andar
(31) 4009-8229 – 5º andar
(31) 4009-8226 – Enfermagem
www.hematologia.com.br
E-mails
Geral: [email protected]
Qualidade: [email protected]
Enfermagem: [email protected]
19
Av. Brasil, 888. 8º andar.
CEP 30140 001. BH . MG
Contato: 31. 4009-8200
Fax: 31. 4009-8215
20