PR UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ REPRESENTAÇÃO DE CONHECIMENTOS PARTE 3: LÓGICA DE 1A. ORDEM Prof. Cesar Augusto Tacla UTFPR/Campus Curitiba PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 1 TÓPICOS ▪ Compromissos ontológicos/epistemológicos LPO ▪ Linguagem da LPO ▪ sintaxe ▪ semântica ▪ interpretação/denotação/substituição ▪ modelo lógico ▪ pragmática PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 2 REPRESENTAÇÃO DE CONHECIMENTOS: PARTE 3 COMPROMISSOS LPO PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 3 LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM ▪ Compromisso ontológico é o que cada linguagem pressupõe sobre a natureza da realidade (Russel e Norvig, 2004, pg. 235) ▪ Compromissos ontológicos da LPO ▪ ▪ ▪ ▪ O mundo é composto por objetos, de funções sobre eles e de relações entre eles; PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 4 LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM ▪ Compromissos Epistemológicos ▪ Uma lógica pode ser caracterizada pelos seus compromissos epistemológicos, ▪ quais os estados possíveis para as crenças de um agente? ▪ ▪ ▪ ▪ Exemplo: Lógica proposicional V ou F ou desconhecido LPO V ou F ou desconhecido Teoria da probabilidade [0, 1] PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 5 LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM Representação Compromissos Ontológico Compromissos Epistemológico Lógica proposicional Fatos V, F, ? Lógica de primeira ordem Objetos, relações e funções V, F, ? Teoria da probabilidade Fatos [0, 1] PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 6 Tipos de representação quanto à estrutura LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM atômica Utilizada nas soluções de problemas por meio de buscas estados O mundo é decomposto em uma série de fatos fatorada Utilizada L. proposicional/T. probabilística O mundo é decomposto em uma série de fatos estruturada Utilizada nas LPO/Frames/Redes Semânticas O mundo é decomposto em uma série de objetos e suas relações PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 7 REPRESENTAÇÃO DE CONHECIMENTOS: PARTE 3 LINGUAGEM DA LPO PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 8 LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM ▪ Linguagem possui três elementos principais: ▪ Sintaxe: define um conjunto de fórmulas bem formadas (well-formed formulas- wffs) de acordo com um alfabeto e uma gramática. ▪ Semântica: significado, interpretação ▪ Pragmática: uso (efeito no interlocutor) ▪ Ex. Tem alguém atrás de você! ▪ Pode ser um alerta ou um pedido para deixar o caminho livre para alguém que quer passar PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 9 LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM SINTAXE PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 10 SINTAXE ▪ A sintaxe de uma linguagem é definida por: ▪ Alfabeto São os símbolos lógicos e não lógicos (aqueles dependentes do domínio (da aplicação) escolhidos pelo engenheiro de conhecimentos. ▪ Gramática: regras para geração de fórmulas bem-formadas pontuação Símbolos lógicos alfabeto conectivos ¬∧∨=∃∀ variáveis x, y, z predicados proposição (aridade zero) funções Constantes (aridade zero) Símbolos não-lógicos PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA (),. [ ] 11 SINTAXE: EXEMPLO A C 1 B 3 Mundo composto por peças. Quais são os objetos? D 3 2 exemplo retirado do curso on-line AIMA – Norvig e Thun PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 12 SINTAXE: ALFABETO ▪ Símbolos de função (não-lógicos) ▪ Funções mapeiam objetos para objetos ▪ Constantes são funções de aridade-zero; duas constantes diferentes podem corresponder ao mesmo objeto ▪ Funções de aridade maior do que zero representam um objeto função Constantes a1 A C 1 3 a B b D 3 NumDaPeça a1 a1 1 b3 2 1 PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 13 SINTAXE: ALFABETO ▪ Símbolos de predicados (não lógicos) ▪ Predicados representam relações entre objetos. A C 1 ▪ Predicados binários (diádicos) ▪ acima(X, Y) = {(a, b), (c, d)} B ▪ Predicados unários (monádicos) ▪ vogal(X) = {(a)} ▪ peça(X) = {(a), (b), (c), (d)} 3 D 3 2 ▪ Predicados aridade zero (proposições) ▪ chove() = {( )} cjto com uma tupla com zero elementos – V ▪ ={ } cjto sem tupla – F (não está chovendo) PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 14 SINTAXE: GRAMÁTICA ▪ GRAMÁTICA ▪ expressão := termo | fórmula ▪ termo := variável | função([variável]*) ▪ fórmula := predicado([termo]*) | termo = termo | ¬fórmula | (fórmula ∧ fórmula) | (fórmula ∨ fórmula) | ∀variável.fórmula | ∃variável.fórmula expressão ∃x.(P(y) ∨ Q(f(x)) Árvore de geração da fórmula acima fórmula ∃variável.fórmula (fórmula ∨ fórmula) ∃x. ( predicado([termo]*) P(y) ∨ predicado([termo]*) Q( ) função([variável]*) ) f(x) PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 15 SINTAXE: GRAMÁTICA ▪ GRAMÁTICA ▪ TERMOS ▪ Toda variável é um termo ▪ Se t1, ..., tn são termos e f é um símbolo de função de aridade n, então f(t1, ..., tn) é um termo ▪ ▪ ▪ ▪ Exemplos X é uma variável éPaiDe(X) função de aridade 1 éPaiDe(éMãeDe(X)) ▪ “avô materno de x” PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 16 SINTAXE: GRAMÁTICA ▪ FÓRMULAS 1. Se t1, ..., tn são termos e P é um símbolo de predicado de aridade n, então P(t1, ..., tn) é uma fórmula 2. Se t1 e t2 são termos, então t1 = t2 é uma fórmula 3. Se α e β são fórmulas e x é uma variável então ¬α, (α ∧ β), (α ∨ β), ∀x.α e ∃x.α são fórmulas ▪ Exemplos: ▪ X= éPaiDe(Y) fórmula pela regra 2 ▪ ∃X.Pai(X) ∧ ∃Y.X=éPaiDe(Y) fórmula pelas regras 1, 2 e 3 PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 17 SINTAXE: GRAMÁTICA ▪ Subconjunto proposicional da LPO ▪ É a LPO sem termos, sem quantificadores; apenas com símbolos proposicionais. Ex. P ∧ (Q ∨ R) ▪ ESCOPO DOS QUANTIFICADORES ▪ Variáveis livres: estão fora do escopo dos quantificadores ▪ Variáveis bounded: estão no escopo dos quantificadores ∀y.P(x) ∧ ∃x(P(y) ∨ Q(x)) ▪ SENTENÇA EM LPO ou FÓRMULA FECHADA É qualquer fórmula sem variáveis livres. Possuem valor-verdade. PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 18 LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM SEMÂNTICA PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 19 SEMÂNTICA ▪ Semântica ▪ Define o significado no mundo das fórmulas bem-formadas ▪ O significados de uma fórmula deriva da INTERPRETAÇÃO dos símbolos não-lógicos presentes na mesma (os símbolos lógicos tem significado fixo) Ex. vamos supor que ▪ feliz(joao) é uma fórmula bem formada; ▪ O símbolo joao denota um indivíduo; ▪ O símbolo feliz é um predicado. ▪ Joao tem a propriedade de estar feliz. ▪ O problema é que a interpretação dada aos símbolos não lógicos (joao e Feliz) pode variar de uma pessoa a outra PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 20 SEMÂNTICA ▪ O exemplo anterior provavelmente não suscita diferenças de interpretação ainda que a noção de feliz seja diferente de pessoa para pessoa ▪ Há outros símbolos não-lógicos bem mais problemáticos pela dificuldade de precisar seus significados ou pela simples dificuldade de entender o ponto de vista do modelador ▪ ▪ ▪ ▪ PaísDemocrático MelhorComidaDoMundo éBoaPessoa txN27 PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 21 SEMÂNTICA ▪ Na lógica de 1ª. Ordem não é preciso dar definições precisas (como a de um dicionário) para os símbolos nãológicos, por exemplo, que um país democrático é um pais que possui eleições, liberdade de expressão, etc. ▪ É preciso somente declarar quais objetos são países democráticos e quais não são. ▪ Se há divergências na definição de quais são democráticos, fala-se em diferentes interpretações PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 22 SEMÂNTICA INTERPRETAÇÃO PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 23 INTERPRETAÇÃO ▪ Em lógica de primeira-ordem, a interpretação é definida por: ▪ Há objetos no mundo ▪ Para qqer predicado de aridade 1, alguns objetos satisfazem P outros não ▪ Predicados de aridade superior são tratados similarmente (ex. aridade 3, define triplas de objetos que satisfazem o predicado) ▪ Funções de aridade 3 são interpretadas como mapeamentos de triplas de objetos para objetos. ▪ Nenhum outro aspecto do mundo interessa! Ex. mundo populado por indivíduos onde alguns são felizes e outros não feliz(x) é verdadeiro para os indivíduos pintados. PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 24 INTERPRETAÇÃO ▪ Interpretação ℑ é um par (D, I) ▪ D = Domínio da interpretação: conjunto não vazio de objetos ▪ I = função que mapeia símbolos não lógicos para funções em D ou para relações em D. I[função(…)] ∈ [Dn → D] I[constante] ∈ Dn I[predicado(…)] ⊆ Dn Dn é D1 x … x Dn PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 25 INTERPRETAÇÃO: EXEMPLO ▪ Interpretação ℑ é um par (D, I) ▪ Exemplo: D = {1, 2, 3, …} ▪ Interpretação de constantes ▪ I[1] = 1 ▪ I[2] = 2 ▪ … ▪ Interpretação de predicados ▪ I[Par] = {2, 4, 6, …} ▪ Interpretação de funções ▪ I[Suc] = {(1 2), (2 3), …} ▪ ℑ ⊯ Par(3) ▪ ℑ ⊫ Par(Suc(3)) PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 26 INTERPRETAÇÃO: EXEMPLO ▪ Interpretação ℑ é um par (D, I) Domínio ▪ Exemplo: considere o domínio de pessoas e cachorros ▪ Pessoa(x) é um predicado unário joão I[Pessoa] ⊆ D Totó ▪ Cao(x) é um predicado unário catita I[Cao] ⊆ D Dono MelhorAmigo maria Dono scooby ▪ melhorAmigo(x) é uma função que mapeia uma pessoa para seu melhor amigo I[MelhorAmigo] ∈ [D → D] ▪ Dono(x, y) é um predicado binário que relaciona um objeto x a um objeto y indicando que x é dono de y PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA I[Dono] ⊆ D x D é um conjunto de pares de objetos, onde o primeiro é uma pessoa dona do segundo que é um cão. 27 INTERPRETAÇÃO ▪ As funções em LPO são totais ▪ Então a função MelhorAmigo, que retorna o melhor amigo de uma pessoa, deve fazer algo razoável com objetos que não são pessoas! ▪ I[MelhorAmigo] ∈ [D → D] ▪ Interpretação envolve denotação PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 28 SEMÂNTICA DENOTAÇÃO PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 29 DENOTAÇÃO Denotação: pode ser entendida como atribuição de valores aos termos de uma interpretação, sendo que os valores são objetos do domínio (ou denotação é a correspondência entre símbolos e objetos do mundo). Domínio Ex.: Qual o objeto denotado pelo termo abaixo na interpretação ℑ? melhorAmigo(joão) I[melhorAmigo] ∈ [D → D], melhorAmigo(joão) = maria Notação: ||melhorAmigo(joão)||ℑ = maria Ana Totó catita joão Dono MelhorAmigo maria Dono scooby interpretação ℑ A função MelhorAmigo é total. Neste caso considera-se que na ausência de um melhorArmigo o próprio objeto é melhor amigo dele mesmo (não foi representada na figura) PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 30 DENOTAÇÃO ▪ Na denotação de termos que apresentam variáveis, é preciso atribuir valores do domínio D às variáveis ▪ Se x é uma variável então a atribuição µ[x] é um elemento qualquer do domínio ▪ Formalmente, a denotação de um termo t, na interpretação ℑ com a atribuição de valores µ representada por ||t|| || ||ℑ,µµ é definida por 1. Se x é uma variável então ||x|| || ||ℑ,µµ = µ[x] 2. Se t1, …, tn são termos e f é um símbolo de função de aridade n então ||f(t || 1, …, tn)||||ℑ,µµ = F(d1, …, dn) onde F=I(f) e di = ||t || i||ℑ,µµ ▪ Observar que ▪ I(f) é a interpretação de f definida por [D x … x D D] ▪ As regras são recursivas (um termo pode ser uma função) ▪ ||t||ℑ,µ é sempre UM elemento de D PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 31 SEMÂNTICA SATISFAÇÃO PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 32 SATISFAÇÃO Dada uma interpretação ℑ = (D, I) e uma denotação ||.||ℑ,µ, pode-se determinar quais sentenças são verdadeiras e quais são falsas na interpretação ℑ. Uma sentença verdadeira é dita satisfeita. Diz-se: uma sentença α é satisfazível em ℑ com a atribuição µ. Escreve-se: ℑ, µ ╞ α Escreve-se: ℑ ╞ α quando se trata de sentenças (sem variáveis livres, que é o caso de uma KBS) Uma fórmula (e portanto um sentença) é • Não satisfazível: se α não é satisfazível em nenhum par (ℑ, µ) • Falseável: se existe algum par (ℑ, µ) que não satisfaz α • Válida (i.e., uma tautologia): se toda (ℑ, µ) satisfaz α PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 33 SATISFABILIDADE ∃x.Cão(melhorAmigo(x)) A fórmula acima é satisfazível na interpretação ℑ com a atribuição µ[x] se e somente se ao utilizarmos I para obter os objetos denotados por Cão e por melhorAmigo(x) atribuindo-se um valor à variável x, encontrarmos um objeto x que é um cão. Domínio O par (ℑ,µ) abaixo não satisfaz a fórmula: I[Pessoa]={ana, joão, maria} I[Cão]={Totó, catita, scooby} I[melhorAmigo]={ana → maria, joão → maria, maria → joão, totó → totó catita → catita, scooby → scooby], µ[x]=joão Encontre um par (ℑ,µ) que satisfaça à fórmula. PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA ana totó catita joão Dono MelhorAmigo maria Dono scooby A função MelhorAmigo é total. Neste caso considera-se que na ausência de um melhorArmigo o próprio objeto é melhor amigo dele mesmo (não foi representada na figura) 34 MODELO LÓGICO ▪ Uma interpretação ℑ é um modelo lógico de um conjunto de sentenças S se todas as sentenças de S são verdadeiras na interpretação ℑ com uma atribuição µ ▪ Notação: ℑ ╞ S Domínio Conjunto de sentenças S ∃x.Cão(melhorAmigo(x)) ∀y.Pessoa(y) → Pessoa(melhorAmigo(y)) Há um par (ℑ, µ) que satisfaça o conjunto S? O par (ℑ,µ) abaixo satisfaz a fórmula: I[Pessoa]={ana, joão, maria} I[Cão]={Totó, catita, scooby} I[melhorAmigo]={ana → maria, joão → maria, maria → joão, totó → totó catita → catita, scooby → scooby], µ[x]={totó} µ[y]={maria, joão, ana, totó, catita, scooby} Ver itens 6 e 7 do slide seguinte PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA ana totó catita joão Dono MelhorAmigo maria Dono scooby A função MelhorAmigo é total. Neste caso considera-se que na ausência de um melhorArmigo o próprio objeto é melhor amigo dele mesmo (não foi representada na figura) 35 SATISFAÇÃO Atribui d a v Copyright Brachman e Levesque, pg. 22 PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 36 LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM PRAGMÁTICA PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 37 CONSEQUÊNCIA LÓGICA ▪ Embora as regras semânticas da interpretação dependam da interpretação dos símbolos não-lógicos, há conexões entre sentenças em LPO que não dependem da interpretação dos símbolos não lógicos ▪ Por exemplo, sendo γ (gama) definido por ¬(β ∧ ¬α), ℑ uma interpretação onde α é verdadeiro, pode-se concluir que γ é verdadeira independente de como entendemos os símbolos β e α ▪ Sempre que α for verdadeiro, γ o será!!! γ é uma consequência lógica de α ou a verdade de γ está implícita na verdade de α PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 38 CONSEQUÊNCIA LÓGICA ▪ Formalmente: α é uma implicação lógica de S se e somente se α é verdadeira em todos os modelos de S S╞ α sse para toda interpretação ℑ, se ℑ╞ S então ℑ╞ α De outra forma, não há interpretação ℑ onde ℑ ╞ S ∪ {¬ α} (i.e. S ∪ {¬ α} é insatisfazível) PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 39 ▪ Explicar ▪ Existencial ▪ Universal ▪ Equivalência ▪ Ver http://www.inf.unibz.it/~franconi/dl/course/slides/logic/fol/fol-1.pdf ▪ A partir do slide 30 PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 40 PRAGMÁTICA ▪ Por que consequência lógica é importante? “Reasonning based on logical consequence only allows safe, logically guaranteed conclusions to be drawn. However, by starting with a rich collection of sentences as given premises, including NOT ONLY FACTS ABOUT PARTICULARS of the intended application but also those expressing connections among the nonlogical symbols involved, the set of entailed conclusions becomes a much richer set, closer to the set of sentences true in the intended interpretation. Calculating these entailments thus becomes me like the form of reasoning we would expect of somenone who understood the meaning of the terms involved”. Brachman & Levesques, KR and Reasonning, pg. 25. PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 41 CRENÇA EXPLÍCITA E IMPLÍCITA α = Dados os blocos a, b e c, há um cubo verde sobre um não verde? B é verde B verde cor desconhecida c não é verde b está sobre c, portanto há um cubo verde sobre um não verde A B Dois casos possíveis C B B não é verde a está sobre b, portanto há um cubo verde sobre um não verde Ou seja, qualquer que seja a interpretação, a sentença proposta será satisfeita! Portanto, a sentença α é uma crença implícita. PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 42 EXERCÍCIO ▪ Formalize a KB da transparência anterior utilizando: ▪ ▪ ▪ ▪ os predicados G(x) que significa x é green e O(x, y) que significa cubo x está sobre cubo y. As constantes a, b e c para representar os cubos ▪ Demonstre que a sentença α = Há um cubo verde sobre um não verde é consequência lógica da KB ▪ Para tal, faça; ▪ ▪ ▪ ▪ A KB, denominada S, em sentenças da LPO a sentença α em LPO Encontre e represente todas as interpretações e atribuições que sejam modelos de S Mostre que α é satisfeita em todos os pares (interpretação, atribuição) PROF. CESAR A. TACLA UTFPR/CURITIBA 43