ANO:01 | NO:02 | MAIO/JUNHO | 2012 FOTO DA CAPA: GUILHERME VB 04 página 02 página CENÁRIO DA ENFERMAGEM HOJE OS DESAFIOS DAS INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS DE SAÚDE NO BRASIL A IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO DE RINS NO BRASIL 07 página Para celebrar os 66 anos de vitórias em meio a grandes desafios, registramos aqui alguns dos momentos que marcam a vida da AEBMG de maneira especial, confirmando as bençãos de Deus sobre essa instituição e sobre todos aqueles que a ela se dedicam. As comemorações com a participação de todos os representantes da comunidade de Belo Horizonte e seu entorno, demonstram nosso desejo de servir ao próximo como nos ensina a Bíblia Sagrada. No dia 29 de março celebramos 66 anos de desafios e vitórias. As metas superadas dia-a-dia nos alegraram, enriquecendo nossa esperança e nossa fé em Jesus Cristo, nosso Senhor. Com satisfação recebemos congratulações pelo aniversário da AEBMG, de vários amigos, parceiros e colaboradores. Em especial destacamos duas: Prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, relembrando a história da AEBMG e a Prefeita de Contagem, Marília Campos, reconhecendo o grande impacto gerado por nossa Clínica de Terapia Renal na região. A cada dia, a Associação Evangélica tem sido referência em várias áreas no serviço de saúde, e é este o nosso intuito: servir; e servir ao próximo, como instituição de saúde sem fins lucrativos, no Brasil, tem sido um desafio para a AEBMG e para tantas outras instituições que partilham da mesma travessia. Terminamos nossa palavra com uma mensagem de esperança, coragem e ânimo para aqueles que trabalham com afinco na área de Enfermagem. A todos, meu abraço especial e minha homenagem por esse trabalho essencial e pela dedicação de cada dia. Que a Graça de Deus seja sempre percebida em suas vidas! Euler Borja, Presidente da AEBMG Os desafios das Instituições Filantrópicas de saúde no Brasil Foto: Brizza Cavalcanti/Agência Câmara Deputado: O setor filantrópico é o maior parceiro do SUS no Brasil, bem à frente do setor privado lucrativo, por representar mais de 40% de atendimentos conveniados pelo Serviço Único de Saúde (SUS). Estima-se que os hospitais filantrópicos representam os únicos serviços de saúde disponíveis em municípios pequenos e possivelmente o fechamento de entidades filantrópicas induzem a uma assistência médica realizada à base de ambulâncias, que transportam pacientes para os hospitais das regiões pólo e Capitais. Deputado Federal Leonardo Quintão As instituições filantrópicas de saúde de todo o país passam por sérias dificuldades. Estima-se que 255 hospitais filantrópicos tenham fechado nos últimos anos no Brasil. Em entrevista para o Jornal do Hospital Evangélico, o Deputado Federal Leonardo Quintão lamenta essa triste realidade e acrescenta que somente haverá mudanças se os órgãos públicos reconhecerem a importância dessas instituições no país. Confira a entrevista: 1- Qual a importância das entidades filantrópicas para a saúde no Brasil? 02 2- O tratamento dado a essas entidades pelos entes governamentais é compatível com sua importância no cenário da saúde? Deputado: Infelizmente, estima-se que 255 hospitais filantrópicos tenham fechado nos últimos anos no Brasil. Para cada 100 reais de custos que os hospitais têm para assistir um paciente do SUS, eles são remunerados, em média, com 55 reais. Em decorrência dessa defasagem, é necessário recorrer a empréstimos bancários e à venda de patrimônio para pagar as dívidas. Essa triste realidade impede o crescimento do atendimento hospitalar filantrópico que deve ser tratado com maior valorização pelos órgãos públicos. 3- O que é possível fazer para fortalecer essas entidades? Deputado: Apresentei, no início deste ano, emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias que autoriza o uso de recursos públicos para a ampliação e construção de hospitais filantrópicos. Atualmente, os recursos públicos somente são autorizados para gastos com custeio ou despesas. Com a ampliação da remuneração, teremos condições de melhorar os hospitais existentes e construir novas unidades em cidades que têm maior demanda hospitalar. 4- Quais as perspectivas de futuro para essas entidades? O SUS continuará pautando sua assistência na atuação dessas entidades? Deputado: Acredito que o SUS, por ter os hospitais filantrópicos como principais parceiros atuantes na saúde pública, poderá ser expandido com o fortalecimento e reconhecimento dessas entidades. As perspectivas, com a votação de leis que valorizem o hospital filantrópico, serão as melhores. Ano: 01 | No: 02 |Maio/Junho | 2012 Cardiologia no HE - Uma realidade Dr. Gilmar Reis Recentemente o Hospital Evangélico de Belo Horizonte (HE) foi credenciado para o atendimento de alta complexidade em cardiologia e cirurgia cardiovascular, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esse credenciamento contribui sobremaneira com a capacidade de tratamento da rede metropolitana a pacientes que demandam procedimentos intervencionistas como angioplastia, cateterismo cardíaco e outros. Segundo a Diretoria da Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais (AEBMG), dos aproximadamente 900 pacientes renais crônicos, acompanhados nas Unidades de Terapia Renal do Hospital Evangélico, 60% apresentam problemas cardíacos. Estes também certamente se beneficiarão com a habilitação para o atendimento em alta complexidade cardiológica. Foto: Guilherme VB Foto: Carla Magalhães mento, dando ao Poder Público subsídios para melhor planejar as ações voltadas a esses pacientes. Sendo assim, a instituição convidou profissionais de reconhecida experiência no meio cardiológico para promover a estruturação organizacional e operacional desse serviço, com foco na assistência e pesquisa formal, os quais já se dedicam ativamente a essa causa: Prof. Dr. Gilmar Reis (Chefe do CTI e do serviço de Cardiologia do HE) e o Prof. Dr. Cláudio Gelape (membro do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do HE), em conjunto com o Dr. Adalberto Freire Sobrinho (Cirurgião Cardiovascular e Diretor Técnico do HE), em contínua parceria, na qual o maior beneficiado será, sem dúvida, o paciente. Dr. Gilmar Reis, professor do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de MG e chefe do CTI e serviço de Cardiologia do HE Devido a essa crescente demanda de atendimento cardiológico, o Poder Público Municipal e Estadual acolheu totalmente a proposta de credenciamento do Hospital Evangélico, na esperança deste vir a somar esforços junto à rede de alta complexidade em Cardiologia. Sendo um novo serviço, o HE tem como objetivo atender com qualidade a população que necessita de tais ações, além de conceder aos Gestores Municipais e Estaduais ferramentas importantes para quantificar os principais indicadores de qualidade desse atendi- Corpo de enfermagem do HE Atualmente o número de instituições de saúde que possuem credenciamento para essas cirurgias, em Belo Horizonte, ainda é muito baixo. Em que pese essas instituições estarem ampliando a sua capacidade de atendimento aos pacientes do SUS, ainda é insuficiente para atender a crescente demanda emanada das UPA’S e unidades básicas de saúde, gerando um grande fluxo de pacientes com quadro cardiovascular agudo para a central de internação do SUS. Assim, a proposta do Hospital Evangélico é oferecer um grande número de atendimentos ambulatoriais (consultas, exames), procedimentos (exames de média e alta complexidade) e cirurgias cardíacas, num planejamento conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde, visando a adequar as propostas da instituição aos interesses do Poder Público no atendimento de pacientes cardiopatas. Fotos: Arquivo AEBMG De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e no mundo, com taxas crescentes. Estes ainda apontam que cerca de 0,5% da população brasileira apresenta um quadro coronariano agudo a cada ano (infarto, edema agudo pulmonar, angina instável), o que representa aproximadamente 20 mil pessoas somente na região metropolitana de Belo Horizonte. Instalações do CTI do HE 03 CENÁRIO DA ENFERMAGEM HOJE A enfermagem no Brasil vive um momento de reflexão sobre a prática da profissão, de acordo com Luciana Soares, Gerente de Enfermagem do Hospital Evangélico. “Há uma preocupação com a perspectiva e a continuidade desta prática em todas as categorias”. Ela observa o surgimento de novas universidades com mensagens publicitárias atraentes, de baixo investimento para a formação e sem garantia da qualidade do ensino prestado, gerando acúmulo de profissionais no mercado de nível superior, muitas vezes sem preparo para exercer a profissão. Na área de Recursos Humanos, tem sido analisados os desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem e o setor hospitalar. “Consideramos diferentes aspectos, como: qualificação, remuneração, absenteísmo, formação acadêmica, mudança no modelo assistencial e qualidade de trabalho”, comenta Luciana Flôr, Gerente de RH da Associaçao Evangélica. A situação da saúde é muito séria, pois a escassez de profissionais técnicos faz com os hospitais, muitas vezes, contratem pessoas sem a qualificação necessária. “Esta tem sido uma grande preocupação da Escola de Enfermagem, que prioriza um ensino técnico de qualidade, através de um corpo docente experiente e altamente capacitado, além de um programa de estágio, em parceria com o Hospital Evangélico e outros hospitais de BH”, ressalta Regina Helena Morais, Diretora Administrativa e Pedagógica da Escola de Enfermagem do Hospital Evangélico. Referência na Formação Ao formar profissionais de excelente qualidade, a EEHE encaminha grande parte destes para trabalhar no próprio hospital, legitimando a afirmação de Flôr: “Hoje o Hospital Evangélico é um dos únicos centros de atenção à saude que tambem se preocupa com formação e aproveitamento de profissionais. Poucas instituições de saude em Minas Gerais possuem este recurso e garantem a qualidade de ensino e formação que a EEHE tem oferecido.” Escola de Enfermagem DO HOSPITAL EVANGÉLICO • 45 anos de experiência na formação profissional • Cursos de Técnico em Enfermagem e Enfermagem do Trabalho • Cursos de Cuidador de Idosos e de Formação de Babá • Turmas: Manhã, Tarde e Noite • Estágio garantido • Encaminhamento para o primeiro emprego MATRÍCULAS ABERTAS Av. Carandaí, 90 – Funcionários Informações: 3227-1400 Foto: Guilherme VB CORPO DE ENFERMAGEM DA AEBMG 04 Ano: 01 | No: 02 |Maio/Junho | 2012 ENFERMAGEM NA COPA DO MUNDO Foto: Acervo Pessoal Maxlene Aventura de uma enfermeira na terra dos cangurus Em preparação para a próxima Copa do Mundo, que acontece em 2014, no Brasil, a enfermeira da Terapia Renal do Hospital Evangélico, Maxlene Jaqueline de Barros, foi para a Austrália estudar e aperfeiçoar o inglês. Preocupada em oferecer o melhor atendimento na área da saúde para os estrangeiros, Maxlene teve interesse em conhecer as modernas unidades de hemodiálise daquele país. Confira trechos da carta enviada à equipe da Terapia Renal “Há cerca de um ano me deparei com uma reportagem em uma revista semanal, que relatava o quão pouco o Brasil estava preparado para receber os milhares de visitantes estrangeiros que ocorreriam ao nosso país nos próximos eventos internacionais, especialmente a Copa do Mundo e as Olimpíadas.“ Diferenças irrefutáveis “Ao contrário do Brasil, onde as salas de hemodiálise lembram blocos cirúrgicos, aqui elas são absolutamente aconchegantes. As máquinas são dotadas do mais alto grau tecnológico. O soro, que administramos diante de episódios A enfermeira Maxlene em momento de lazer hipotensivos, simplesmente não existe. A própria máquina dilui a água nos sais e repõe as necessidades do paciente.” “Aqui a preferência é pela diálise peritoneal como tratamento inicial para os pacientes.” “Quando perguntei aos profissionais daqui, quais planos de saúde arcavam com aqueles custos exorbitantes, eles responderam: Diálise, aqui na Austrália, é muito bem paga. O governo arca com todos os custos.” Enfermagem – Onde Tudo Começou O ato de cuidar vai além do gesto em si e permeia o ser humano em toda sua existência. No Brasil, em decorrência das muitas mudanças culturais trazidas pelos jesuítas europeus, grandes endemias e epidemias acometeram a população no período colonial. A partir desse contexto, surge o cuidado, primariamente através dos índios, em seguida por jesuítas, voluntários, leigos e escravos selecionados para tal tarefa. Em 1543 surgem aqui as primeiras Santas Casas de Misericórdia, onde a enfermagem era exercida com cunho essencialmente prático, sem exigência de qualquer nível de escolaridade, enquanto os religiosos realizavam supervisão e algum tipo de assistência. Ainda no Brasil, no tempo do Império, a enfermeira Ana Neri se destacou por seu cuidado devotado aos soldados feridos na Guerra do Paraguai. No século XIX, na Inglaterra, surge Florence Nightingale como precursora da enfermagem moderna, instituindo princípios básicos de saneamento e higiene, estabelecendo quatro conceitos fundamentais para o desenvolvimento da assistência à saúde: o ser humano, o meio ambiente, a saúde e a enfermagem. No Brasil, em 1923 é fundada a primeira Escola de Enfermagem Anna Nery, da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ. A escola segue o modelo de Florence Nightingale. 05 CULTO DE CELEBRAÇÃO PELO ANIVERSÁRIO DA AEBMG E DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL EVANGÉLICO No dia 15 de abril, às 19h, a Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais (AEBMG) realizou Culto de Ação de Graças pelos seus 66 anos de fundação e pelos 45 anos da Escola de Enfermagem do Hospital Evangélico. Fotos: Guilherme VB A cerimônia aconteceu na Igreja Presbiteriana do bairro Serra e contou com a participação de diversas pessoas da comunidade evangélica, membros da AEBMG e da Escola de Enfermagem, além de convidados ilustres, como o Deputado Federal Leonardo Quintão e o Deputado Estadual João Leite. Dep. Federal Leonardo Quintão , Dir. Comercial da AEBMG Neander T. Mendonça e Dep. Estadual João Leite “Contribuir é um privilégio”. Leonardo Quintão Após o culto, o Deputado Leonardo Quintão usou da palavra, agradecendo pelo privilégio de contribuir com o desafio de ajudar o Hospital a crescer cada vez mais. Ele agradeceu também ao Deputado João Leite pela parceria. “O Hospital Evangélico é um lugar de pessoas auxiliadoras, que cuidam do paciente física e espiritualmente, através do trabalho das equipes de Capelania”, afirmou Quintão. Desafios e Conquistas O Presidente Euler Borja no culto O culto foi conduzido pelo pastor da igreja, Reverendo Waldinei Santos. O Deputado Estadual João Leite, em sua pregação, destacou a atitude de Jesus e daqueles que também têm o coração disposto a trabalhar pelo próximoe pelo bem da sociedade, como os fundadores da Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais e os que atualmente a conduzem. “A AEBMG trabalha pelo próximo e pelo bem da sociedade seguindo os passos de Jesus”. João Leite 800 20 900 funcionários 10.000 procedimentos de diálise ao mês nas unidades de Terapia Renal leitos de CTI pacientes em diálise 06 O Presidente da AEBMG, Euler Borja, encerrou a cerimônia, elogiando a dedicação de todos que ajudam o Hospital a se distinguir pelo amor e dedicação ao próximo. Relembrou os tempos remotos, mencionando que nas suas dependências é que nasceu a Igreja Presbiteriana da Serra, realizando ali suas primeiras reuniões, e que muitos de seus membros compõem hoje o corpo de funcionários do Hospital. Ressaltou ainda os desafios e conquistas do HE, entre elas o recém alcançado credenciamento em Cirurgias Cardíacas de Alta Complexidade. 2.000 25 transplantes renais por ano profissionais capacitados pela AEBMG para o mercado de saúde nos últimos 05 anos. Ano: 01 | No: 02 |Maio/Junho | 2012 A IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO DE RINS NO BRASIL Nas filas de transplante do Brasil, o rim é dos órgãos mais aguardados De acordo com Dra. Lilian Pires de Freitas do Carmo, Nefrologista, Diretora Técnica da Terapia Renal do Hospital Evangélico, o Brasil tem um programa nacional de transplante muito bem estruturado e admirado em todo o mundo. Porém a lista de espera pelo transplante é muito grande. As principais causas de Doença Renal Crônica são: hipertensão arterial, diabetes, obesidade, glomerulonefrite crônica (estágio avançado de um grupo de distúrbios renais, os quais produzem inflamação e destruição das estruturas internas dos rins), além de outras causas. Para fazer um transplante renal, necessita-se de um doador vivo ou paciente que teve morte cerebral. O doador vivo pode ser uma pessoa relacionada (algum membro da família), ou de uma pessoa não relacionada, sem parentesco, como um amigo. Neste último, a investigação realizada é mais minuciosa, necessitando autorização judicial para avaliar os diversos casos, como por exemplo, identificar se o doador não está sendo coagido. Conforme explica Dra. Lilian, o processo de transplante no Hospital Evangélico é muito rigoroso. A equipe multidisciplinar da Unidade de Transplante do HE realiza entrevistas individuais para saber se o doador está apto para fazer o transplante e ser encaminhado para a avaliação médica final. Este processo conta com o apoio das Clínicas de Terapia Renal do HE, que hoje atendem cerca de 900 pacientes renais crônicos ,os quais fazem parte do grupo de possíveis receptores. Atendemos também pacientes de outras clínicas, cidades do interior de Minas e até de outros estados. Segundo pesquisas realizadas por médicos e estudantes da área de Nefrologia, o principal empecilho no momento de decisão sobre a doação, são as dúvidas e medos relacionados à vida após o transplante. No entanto, Nefrologistas garantem que passados três meses da doação, o rim remanescente atinge de 70% a 80% da função, o que já é suficiente para alcançar a faixa de normalidade. A especialista ressalta ainda, que a doação de órgãos é um ato voluntário, nobre e que salva vidas. “Quando um transplante é bem sucedido, uma vida é salva e com ele resgata-se também a saúde física e psicológica de toda a família envolvida com o paciente”, explica a Dra. Lilian. Foto: Guilherme VB A doação de órgãos é um ato louvável, porém muitas pessoas ainda são resistentes por falta de informações. Nas filas de transplante do Brasil o rim é um dos órgãos mais esperados. Segundo pesquisas realizadas pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, nos últimos anos houve um aumento considerável no número de pacientes com doença renal crônica, já que o número de transplantes renais não acompanha esse crescimento. Dra. Lilian (3ª esq. para dir.) e equipe Transplantes de órgãos no Brasil No Brasil a realização de transplante de órgãos começou em 1964 no Rio de Janeiro e é regulamentada pela Lei 9.434 de 4 de fevereiro de 1997 e pela Lei 10.211 de 23 de março de 2001. Atualmente 86% dos transplantes no país são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com verbas do governo, o que coloca o Brasil no segundo lugar do ranking de países com maior número de transplantes por ano. Os EUA lideram com cerca de 11 mil transplantados por ano. Joaz dos Santos Israel, transplantado em 2010 no Hospital Evangélico, fez tratamento em diálise durante 11 anos e somente após 9 anos de tratamento aceitou que sua esposa, Sueli Israel fosse sua doadora. “Tenho um sentimento de gratidão pela minha esposa. Ela é uma benção em minha vida”, conta emocionado. Joaz dos Santos Israel e sua esposa e doadora, Sueli Israel 07 VOCÊ SABE O QUE É CAPELANIA? Nesses locais, os Capelães atuam como agentes do amor de Deus para a promoção da vida, buscando, em sintonia com os recursos médicos, levar esperança aos aflitos e ajudar o paciente e sua família a lidar com a enfermidade e assimilar o tratamento prescrito, rogando as bênçãos de Deus para socorrê-los não só na dimensão física, mas principalmente na espiritual. Restabelecimento e esperança A palavra “Capelania” deriva de “capela”, uma pequena igreja, cuidada por um capelão, que pode ser um pastor ou padre. Então, o Capelão é um ministro religioso autorizado a prestar assistência espiritual e realizar cultos em comunidades religiosas, colégios, conventos, presídios, universidades, hospitais, corporações militares, etc (em instituições de internação coletiva, a Constituição Federal de nosso país). Afirmamos isso por já ser comprovado que hospitais que contam com esse maravilhoso serviço cristão possuem ambiente menos frio e impessoal; pelo contrário, além de se alcançar melhores índices de recuperação, consegue-se fortalecer também as equipes médicas e de enfermagem com a firme esperança do restabelecimento, ou mesmo a conformação pela a esperança do reencontro com Deus na vida eterna, proveniente da promessa de Jesus aos que o aceitam como Senhor e Salvador, segundo o Evangelho de João 3.16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. No caso da Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais (AEBMG), o pastor-capelão é aquele que desenvolve os trabalhos de uma igreja, dentro dos limites da prestação dos serviços de saúde da AEBMG, que compreende o Hospital Evangélico, os dois Centros de Terapia Renal – em Belo Horizonte e Contagem – e a Escola de Enfermagem do Hospital Evangélico. Assim, a Capelania é um “ombro amigo”, por seu toque humanitário e de solidariedade que incentiva a viver, mas também prepara para morrer quando esta realidade deve ser enfrentada. Portanto, nesses momentos de dificuldade, é bom contar com alguém, como um enviado de Deus, podendo valer-se da Graça e da Misericórdia que vem do alto. CONVÊNIOS - Abeb - Admédico - AGF Saúde - Amil - Assefaz - Assufemg - Atende Saúde - BH Trans - Capesesp - Cassi Minas Gerais - Casu / UFMG - Cava - Cemig Saúde - Cnen - Copass Aeco - ECT Correios - Fassincra - Fiat - Fundação Pampulha - Fund. Refrigerantes M.G - Geap - Golden Cross - Good Life - Intermedica Minas - Ipsemg - Matermed - Medial Saúde - Minas Center Med - Policia Militar - Previminas Fundação - Samp - Santa Casa Saúde - São Bento Mineração - Saúde Asttter - Saúde Bradesco - Saúde Caixa - Só Saúde - Unibanco - Unimed BH- Rede Dupla - Unimed Rede Fácil - Usiminas Dr. Alipio Goulart, 25 - Serra - Belo Horizonte - MG - Cep: 30.220-330 - Tel: (31) 2138-8300 - www.hevangelico.com.br Data: 02/06/2012 • 09:00 às 10:30 - Gestão em Hemodiálise Palestrante: Dra. Carmem Tzanno Martins Coordenador: Dália Moraes • 10:30 às 11:00 - Intervalo • 11:00 às 12:30 - Doença Renal Crônica no Idoso Palestrante: Marcus Gomes Bastos Coordenador: Dr. Sérgio Wyton Local: Associação Médica de Minas Gerais Inscrições: [email protected] Informações e programação completa: www.aebmg.org.br/grandestemasemnefrologia 08 EXPEDIENTE A Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais é uma instituição sem fins lucrativos que atua na área da saúde, através das suas unidades de Terapia Renal Belo Horizonte e Contagem, a Escola de Enfermagem e o Hospital Evangélico. CONSELHO EDITORIAL - Neander Teixeira Mendonça - Euler Borja - Mara Christina Pimentel - Regina Helena Serra de Souza Morais - Dália Moraes - Lilian Pires de Freitas do Carmo - Ceci Gibram - Luciana Flôr - Luciana Soares Coordenação: Gerência de Marketing AEBMG | Jornalista responsável: Natália Silva Mansur - 17162/MG | Revisão: Davi Werner | Projeto Gráfico: Fusa Comunicação Impressão gráfica: Rede Editora Gráfica | Tiragem: 3.000 exemplares www.hevangelico.org.br | [email protected]