Jornal do Hospital Evangélico de Belo Horizonte

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ANO:01 | NO:02 | MAIO/JUNHO | 2012
FOTO DA CAPA: GUILHERME VB
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CENÁRIO DA
ENFERMAGEM HOJE
OS DESAFIOS DAS INSTITUIÇÕES
FILANTRÓPICAS DE SAÚDE NO BRASIL
A IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO
DE RINS NO BRASIL
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Para celebrar os 66 anos de vitórias em meio a grandes desafios, registramos aqui alguns dos
momentos que marcam a vida da AEBMG de maneira
especial, confirmando as bençãos de Deus sobre essa
instituição e sobre todos aqueles que a ela se dedicam.
As comemorações com a participação de todos os representantes da comunidade de Belo Horizonte e seu
entorno, demonstram nosso desejo de servir ao próximo como nos ensina a Bíblia Sagrada. No dia 29 de março celebramos 66 anos de desafios e vitórias. As metas
superadas dia-a-dia nos alegraram, enriquecendo nossa esperança e nossa fé em Jesus Cristo, nosso Senhor.
Com satisfação recebemos congratulações pelo aniversário da AEBMG, de vários amigos, parceiros e colaboradores. Em especial destacamos duas: Prefeito de Belo
Horizonte, Márcio Lacerda, relembrando a história da
AEBMG e a Prefeita de Contagem, Marília Campos,
reconhecendo o grande impacto gerado por nossa
Clínica de Terapia Renal na região.
A cada dia, a Associação Evangélica tem sido referência
em várias áreas no serviço de saúde, e é este o nosso
intuito: servir; e servir ao próximo, como instituição de
saúde sem fins lucrativos, no Brasil, tem sido um desafio para a AEBMG e para tantas outras instituições que
partilham da mesma travessia.
Terminamos nossa palavra com uma mensagem de
esperança, coragem e ânimo para aqueles que trabalham com afinco na área de Enfermagem.
A todos, meu abraço especial e minha homenagem
por esse trabalho essencial e pela dedicação de cada
dia. Que a Graça de Deus seja sempre percebida em
suas vidas!
Euler Borja,
Presidente da AEBMG
Os desafios das Instituições Filantrópicas
de saúde no Brasil
Foto: Brizza Cavalcanti/Agência Câmara
Deputado: O setor filantrópico é o maior
parceiro do SUS no Brasil, bem à frente do
setor privado lucrativo, por representar
mais de 40% de atendimentos conveniados pelo Serviço Único de Saúde (SUS).
Estima-se que os hospitais filantrópicos
representam os únicos serviços de saúde
disponíveis em municípios pequenos e
possivelmente o fechamento de entidades
filantrópicas induzem a uma assistência
médica realizada à base de ambulâncias,
que transportam pacientes para os hospitais das regiões pólo e Capitais.
Deputado Federal Leonardo Quintão
As instituições filantrópicas de saúde de
todo o país passam por sérias dificuldades.
Estima-se que 255 hospitais filantrópicos
tenham fechado nos últimos anos no Brasil. Em entrevista para o Jornal do Hospital
Evangélico, o Deputado Federal Leonardo
Quintão lamenta essa triste realidade e
acrescenta que somente haverá mudanças
se os órgãos públicos reconhecerem a
importância dessas instituições no país.
Confira a entrevista:
1- Qual a importância das entidades filantrópicas para a saúde no Brasil?
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2- O tratamento dado a essas entidades
pelos entes governamentais é compatível
com sua importância no cenário da saúde?
Deputado: Infelizmente, estima-se que
255 hospitais filantrópicos tenham fechado nos últimos anos no Brasil. Para cada
100 reais de custos que os hospitais têm
para assistir um paciente do SUS, eles são
remunerados, em média, com 55 reais. Em
decorrência dessa defasagem, é necessário recorrer a empréstimos bancários e à
venda de patrimônio para pagar as dívidas. Essa triste realidade impede o crescimento do atendimento hospitalar filantrópico que deve ser tratado com maior
valorização pelos órgãos públicos.
3- O que é possível fazer para fortalecer
essas entidades?
Deputado: Apresentei, no início deste
ano, emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias que autoriza o uso de recursos
públicos para a ampliação e construção
de hospitais filantrópicos. Atualmente,
os recursos públicos somente são autorizados para gastos com custeio ou despesas. Com a ampliação da remuneração, teremos condições de melhorar os
hospitais existentes e construir novas
unidades em cidades que têm maior
demanda hospitalar.
4- Quais as perspectivas de futuro para
essas entidades? O SUS continuará
pautando sua assistência na atuação
dessas entidades?
Deputado: Acredito que o SUS, por ter os
hospitais filantrópicos como principais
parceiros atuantes na saúde pública, poderá ser expandido com o fortalecimento e reconhecimento dessas entidades.
As perspectivas, com a votação de leis
que valorizem o hospital filantrópico,
serão as melhores.
Ano: 01 | No: 02 |Maio/Junho | 2012
Cardiologia no HE - Uma realidade
Dr. Gilmar Reis
Recentemente o Hospital Evangélico de Belo Horizonte
(HE) foi credenciado para o atendimento de alta complexidade em cardiologia e cirurgia cardiovascular,
pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esse credenciamento contribui sobremaneira com a capacidade de
tratamento da rede metropolitana a pacientes que
demandam procedimentos intervencionistas como
angioplastia, cateterismo cardíaco e outros.
Segundo a Diretoria da Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais (AEBMG), dos aproximadamente 900 pacientes renais crônicos, acompanhados nas Unidades de
Terapia Renal do Hospital Evangélico, 60% apresentam problemas cardíacos. Estes também certamente se beneficiarão
com a habilitação para o atendimento em alta complexidade
cardiológica.
Foto: Guilherme VB
Foto: Carla Magalhães
mento, dando ao Poder Público subsídios para melhor planejar
as ações voltadas a esses pacientes. Sendo assim, a instituição
convidou profissionais de reconhecida experiência no meio
cardiológico para promover a estruturação organizacional e operacional desse serviço, com foco na assistência e pesquisa formal,
os quais já se dedicam ativamente a essa causa: Prof. Dr. Gilmar
Reis (Chefe do CTI e do serviço de Cardiologia do HE) e o Prof. Dr.
Cláudio Gelape (membro do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do
HE), em conjunto com o Dr. Adalberto Freire Sobrinho (Cirurgião
Cardiovascular e Diretor Técnico do HE), em contínua parceria, na
qual o maior beneficiado será, sem dúvida, o paciente.
Dr. Gilmar Reis, professor do curso de Medicina da Pontifícia
Universidade Católica de MG e chefe do CTI e serviço de
Cardiologia do HE
Devido a essa crescente demanda de atendimento cardiológico,
o Poder Público Municipal e Estadual acolheu totalmente a proposta de credenciamento do Hospital Evangélico, na esperança
deste vir a somar esforços junto à rede de alta complexidade em
Cardiologia.
Sendo um novo serviço, o HE tem como objetivo atender com qualidade a população que necessita de tais ações, além de conceder
aos Gestores Municipais e Estaduais ferramentas importantes para
quantificar os principais indicadores de qualidade desse atendi-
Corpo de enfermagem do HE
Atualmente o número de instituições de saúde que possuem credenciamento para essas cirurgias, em Belo Horizonte, ainda é muito
baixo. Em que pese essas instituições estarem ampliando a sua capacidade de atendimento aos pacientes do SUS, ainda é insuficiente para atender a crescente demanda emanada das UPA’S e unidades básicas de saúde, gerando um grande fluxo de pacientes com
quadro cardiovascular agudo para a central de internação do SUS.
Assim, a proposta do Hospital Evangélico é oferecer um grande
número de atendimentos ambulatoriais (consultas, exames), procedimentos (exames de média e alta complexidade) e cirurgias
cardíacas, num planejamento conjunto com a Secretaria Municipal
de Saúde, visando a adequar as propostas da instituição aos interesses do Poder Público no atendimento de pacientes cardiopatas.
Fotos: Arquivo AEBMG
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, as
doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil
e no mundo, com taxas crescentes. Estes ainda apontam que cerca de 0,5% da população brasileira apresenta um quadro coronariano agudo a cada ano (infarto, edema agudo pulmonar, angina
instável), o que representa aproximadamente 20 mil pessoas somente na região metropolitana de Belo Horizonte.
Instalações do CTI do HE
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CENÁRIO DA ENFERMAGEM HOJE
A enfermagem no Brasil vive um momento de reflexão
sobre a prática da profissão, de acordo com Luciana
Soares, Gerente de Enfermagem do Hospital Evangélico. “Há uma preocupação com a perspectiva e a
continuidade desta prática em todas as categorias”.
Ela observa o surgimento de novas universidades com
mensagens publicitárias atraentes, de baixo investimento para a formação e sem garantia da qualidade
do ensino prestado, gerando acúmulo de profissionais
no mercado de nível superior, muitas vezes sem preparo para exercer a profissão.
Na área de Recursos Humanos, tem sido analisados
os desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem e o setor hospitalar. “Consideramos diferentes
aspectos, como: qualificação, remuneração, absenteísmo, formação acadêmica, mudança no modelo assistencial e qualidade de trabalho”, comenta Luciana Flôr,
Gerente de RH da Associaçao Evangélica.
A situação da saúde é muito séria, pois a escassez de
profissionais técnicos faz com os hospitais, muitas
vezes, contratem pessoas sem a qualificação necessária. “Esta tem sido uma grande preocupação da Escola
de Enfermagem, que prioriza um ensino técnico de
qualidade, através de um corpo docente experiente e
altamente capacitado, além de um programa de estágio, em parceria com o Hospital Evangélico e outros
hospitais de BH”, ressalta Regina Helena Morais,
Diretora Administrativa e Pedagógica da Escola de
Enfermagem do Hospital Evangélico.
Referência na Formação
Ao formar profissionais de excelente qualidade, a
EEHE encaminha grande parte destes para trabalhar
no próprio hospital, legitimando a afirmação de Flôr:
“Hoje o Hospital Evangélico é um dos únicos centros
de atenção à saude que tambem se preocupa com
formação e aproveitamento de profissionais. Poucas
instituições de saude em Minas Gerais possuem este
recurso e garantem a qualidade de ensino e formação
que a EEHE tem oferecido.”
Escola de Enfermagem DO HOSPITAL EVANGÉLICO
• 45 anos de experiência na formação profissional
• Cursos de Técnico em Enfermagem e Enfermagem do Trabalho
• Cursos de Cuidador de Idosos e de Formação de Babá
• Turmas: Manhã, Tarde e Noite
• Estágio garantido
• Encaminhamento para o primeiro emprego
MATRÍCULAS ABERTAS
Av. Carandaí, 90 – Funcionários
Informações: 3227-1400
Foto: Guilherme VB
CORPO DE ENFERMAGEM DA AEBMG
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Ano: 01 | No: 02 |Maio/Junho | 2012
ENFERMAGEM NA COPA DO MUNDO
Foto: Acervo Pessoal Maxlene
Aventura de uma enfermeira na terra dos cangurus
Em preparação para a próxima Copa do Mundo, que acontece em 2014, no Brasil, a enfermeira da Terapia Renal do
Hospital Evangélico, Maxlene Jaqueline de Barros, foi para
a Austrália estudar e aperfeiçoar o inglês. Preocupada em
oferecer o melhor atendimento na área da saúde para
os estrangeiros, Maxlene teve interesse em conhecer as
modernas unidades de hemodiálise daquele país.
Confira trechos da carta enviada à equipe da Terapia Renal
“Há cerca de um ano me deparei com uma reportagem em
uma revista semanal, que relatava o quão pouco o Brasil
estava preparado para receber os milhares de visitantes
estrangeiros que ocorreriam ao nosso país nos próximos
eventos internacionais, especialmente a Copa do Mundo e
as Olimpíadas.“
Diferenças irrefutáveis
“Ao contrário do Brasil, onde as salas de hemodiálise lembram blocos cirúrgicos, aqui elas são absolutamente aconchegantes. As máquinas são dotadas do mais alto grau tecnológico. O soro, que administramos diante de episódios
A enfermeira Maxlene em momento de lazer
hipotensivos, simplesmente não existe. A própria máquina
dilui a água nos sais e repõe as necessidades do paciente.”
“Aqui a preferência é pela diálise peritoneal como tratamento inicial para os pacientes.”
“Quando perguntei aos profissionais daqui, quais planos
de saúde arcavam com aqueles custos exorbitantes, eles
responderam: Diálise, aqui na Austrália, é muito bem paga.
O governo arca com todos os custos.”
Enfermagem – Onde Tudo Começou
O ato de cuidar vai além do gesto em si e permeia o ser
humano em toda sua existência.
No Brasil, em decorrência das muitas mudanças culturais trazidas pelos jesuítas europeus, grandes endemias
e epidemias acometeram a população no período colonial. A partir desse contexto, surge o cuidado, primariamente através dos índios, em seguida por jesuítas, voluntários, leigos e escravos selecionados para tal tarefa.
Em 1543 surgem aqui as primeiras Santas Casas de Misericórdia, onde a enfermagem era exercida com cunho
essencialmente prático, sem exigência de qualquer
nível de escolaridade, enquanto os religiosos realizavam supervisão e algum tipo de assistência.
Ainda no Brasil, no tempo do Império, a enfermeira Ana
Neri se destacou por seu cuidado devotado aos soldados feridos na Guerra do Paraguai.
No século XIX, na Inglaterra, surge Florence Nightingale
como precursora da enfermagem moderna, instituindo
princípios básicos de saneamento e higiene, estabelecendo quatro conceitos fundamentais para o desenvolvimento da assistência à saúde: o ser humano, o meio
ambiente, a saúde e a enfermagem.
No Brasil, em 1923 é fundada a primeira Escola de
Enfermagem Anna Nery, da Universidade Federal
do Rio de Janeiro/UFRJ. A escola segue o modelo de
Florence Nightingale.
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CULTO DE CELEBRAÇÃO PELO ANIVERSÁRIO
DA AEBMG E DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL EVANGÉLICO
No dia 15 de abril, às 19h, a Associação Evangélica
Beneficente de Minas Gerais (AEBMG) realizou Culto
de Ação de Graças pelos seus 66 anos de fundação e
pelos 45 anos da Escola de Enfermagem do Hospital
Evangélico.
Fotos: Guilherme VB
A cerimônia aconteceu na Igreja Presbiteriana do
bairro Serra e contou com a participação de diversas pessoas da comunidade evangélica, membros da
AEBMG e da Escola de Enfermagem, além de convidados ilustres, como o Deputado Federal Leonardo
Quintão e o Deputado Estadual João Leite.
Dep. Federal Leonardo Quintão , Dir. Comercial da AEBMG Neander T.
Mendonça e Dep. Estadual João Leite
“Contribuir é um privilégio”. Leonardo Quintão
Após o culto, o Deputado Leonardo Quintão usou
da palavra, agradecendo pelo privilégio de contribuir com o desafio de ajudar o Hospital a crescer
cada vez mais. Ele agradeceu também ao Deputado
João Leite pela parceria. “O Hospital Evangélico é
um lugar de pessoas auxiliadoras, que cuidam do
paciente física e espiritualmente, através do trabalho
das equipes de Capelania”, afirmou Quintão.
Desafios e Conquistas
O Presidente Euler Borja no culto
O culto foi conduzido pelo pastor da igreja, Reverendo
Waldinei Santos. O Deputado Estadual João Leite, em
sua pregação, destacou a atitude de Jesus e daqueles
que também têm o coração disposto a trabalhar pelo
próximoe pelo bem da sociedade, como os fundadores da Associação Evangélica Beneficente de Minas
Gerais e os que atualmente a conduzem.
“A AEBMG trabalha pelo próximo e
pelo bem da sociedade seguindo
os passos de Jesus”. João Leite
800
20
900
funcionários
10.000
procedimentos de diálise ao mês
nas unidades de Terapia Renal
leitos
de CTI
pacientes em diálise
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O Presidente da AEBMG, Euler Borja, encerrou a
cerimônia, elogiando a dedicação de todos que
ajudam o Hospital a se distinguir pelo amor e
dedicação ao próximo. Relembrou os tempos remotos, mencionando que nas suas dependências
é que nasceu a Igreja Presbiteriana da Serra, realizando ali suas primeiras reuniões, e que muitos
de seus membros compõem hoje o corpo de funcionários do Hospital. Ressaltou ainda os desafios
e conquistas do HE, entre elas o recém alcançado
credenciamento em Cirurgias Cardíacas de Alta
Complexidade.
2.000
25
transplantes
renais por ano
profissionais capacitados pela
AEBMG para o mercado de
saúde nos últimos 05 anos.
Ano: 01 | No: 02 |Maio/Junho | 2012
A IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO DE RINS NO BRASIL
Nas filas de transplante do Brasil, o rim é dos órgãos mais aguardados
De acordo com Dra. Lilian Pires de Freitas do Carmo,
Nefrologista, Diretora Técnica da Terapia Renal do Hospital Evangélico, o Brasil tem um programa nacional
de transplante muito bem estruturado e admirado em
todo o mundo. Porém a lista de espera pelo transplante é muito grande.
As principais causas de Doença Renal Crônica são:
hipertensão arterial, diabetes, obesidade, glomerulonefrite crônica (estágio avançado de um grupo de
distúrbios renais, os quais produzem inflamação e
destruição das estruturas internas dos rins), além de
outras causas. Para fazer um transplante renal, necessita-se de um doador vivo ou paciente que teve morte
cerebral.
O doador vivo pode ser uma pessoa relacionada (algum membro da família), ou de uma pessoa não relacionada, sem parentesco, como um amigo. Neste
último, a investigação realizada é mais minuciosa, necessitando autorização judicial para avaliar os diversos
casos, como por exemplo, identificar se o doador não
está sendo coagido.
Conforme explica Dra. Lilian, o processo de transplante no Hospital Evangélico é muito rigoroso. A equipe
multidisciplinar da Unidade de Transplante do HE realiza entrevistas individuais para saber se o doador
está apto para fazer o transplante e ser encaminhado
para a avaliação médica final. Este processo conta com
o apoio das Clínicas de Terapia Renal do HE, que hoje
atendem cerca de 900 pacientes renais crônicos ,os
quais fazem parte do grupo de possíveis receptores.
Atendemos também pacientes de outras clínicas, cidades do interior de Minas e até de outros estados.
Segundo pesquisas realizadas por médicos e estudantes da área de Nefrologia, o principal empecilho no
momento de decisão sobre a doação, são as dúvidas
e medos relacionados à vida após o transplante. No
entanto, Nefrologistas garantem que passados três
meses da doação, o rim remanescente atinge de 70%
a 80% da função, o que já é suficiente para alcançar a
faixa de normalidade.
A especialista ressalta ainda, que a doação de órgãos é um ato voluntário, nobre e que salva vidas.
“Quando um transplante é bem sucedido, uma vida
é salva e com ele resgata-se também a saúde física e
psicológica de toda a família envolvida com o paciente”,
explica a Dra. Lilian.
Foto: Guilherme VB
A doação de órgãos é um ato louvável, porém muitas
pessoas ainda são resistentes por falta de informações.
Nas filas de transplante do Brasil o rim é um dos órgãos
mais esperados. Segundo pesquisas realizadas pela
Sociedade Brasileira de Nefrologia, nos últimos anos
houve um aumento considerável no número de pacientes com doença renal crônica, já que o número de
transplantes renais não acompanha esse crescimento.
Dra. Lilian (3ª esq. para dir.) e equipe
Transplantes de órgãos no Brasil
No Brasil a realização de transplante de órgãos começou em 1964 no Rio de Janeiro e é regulamentada pela Lei 9.434 de 4 de fevereiro de 1997 e pela Lei
10.211 de 23 de março de 2001.
Atualmente 86% dos transplantes no país são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com verbas do
governo, o que coloca o Brasil no segundo lugar do
ranking de países com maior número de transplantes
por ano. Os EUA lideram com cerca de 11 mil transplantados por ano.
Joaz dos Santos Israel, transplantado em 2010 no
Hospital Evangélico, fez tratamento em diálise durante 11 anos e somente após 9 anos de tratamento aceitou que
sua esposa, Sueli Israel fosse sua doadora.
“Tenho um sentimento
de gratidão pela minha
esposa. Ela é uma benção em minha vida”,
conta emocionado.
Joaz dos Santos Israel e sua esposa
e doadora, Sueli Israel
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VOCÊ SABE O QUE É CAPELANIA?
Nesses locais, os Capelães atuam como agentes do amor de Deus
para a promoção da vida, buscando, em sintonia com os recursos médicos, levar esperança aos aflitos e ajudar o paciente e
sua família a lidar com a enfermidade e assimilar o tratamento
prescrito, rogando as bênçãos de Deus para socorrê-los não só
na dimensão física, mas principalmente na espiritual.
Restabelecimento e esperança
A palavra “Capelania” deriva de “capela”, uma pequena igreja,
cuidada por um capelão, que pode ser um pastor ou padre.
Então, o Capelão é um ministro religioso autorizado a prestar
assistência espiritual e realizar cultos em comunidades religiosas, colégios, conventos, presídios, universidades, hospitais,
corporações militares, etc (em instituições de internação coletiva, a Constituição Federal de nosso país).
Afirmamos isso por já ser comprovado que hospitais que contam
com esse maravilhoso serviço cristão possuem ambiente menos
frio e impessoal; pelo contrário, além de se alcançar melhores
índices de recuperação, consegue-se fortalecer também as equipes médicas e de enfermagem com a firme esperança do restabelecimento, ou mesmo a conformação pela a esperança do
reencontro com Deus na vida eterna, proveniente da promessa
de Jesus aos que o aceitam como Senhor e Salvador, segundo
o Evangelho de João 3.16: “Porque Deus amou ao mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
No caso da Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais
(AEBMG), o pastor-capelão é aquele que desenvolve os trabalhos de uma igreja, dentro dos limites da prestação dos serviços
de saúde da AEBMG, que compreende o Hospital Evangélico, os
dois Centros de Terapia Renal – em Belo Horizonte e Contagem –
e a Escola de Enfermagem do Hospital Evangélico.
Assim, a Capelania é um “ombro amigo”, por seu toque humanitário e de solidariedade que incentiva a viver, mas também
prepara para morrer quando esta realidade deve ser enfrentada.
Portanto, nesses momentos de dificuldade, é bom contar com alguém, como um enviado de Deus, podendo valer-se da Graça e
da Misericórdia que vem do alto.
CONVÊNIOS
- Abeb
- Admédico
- AGF Saúde
- Amil
- Assefaz
- Assufemg
- Atende Saúde
- BH Trans
- Capesesp
- Cassi Minas Gerais
- Casu / UFMG
- Cava
- Cemig Saúde
- Cnen
- Copass Aeco
- ECT Correios
- Fassincra
- Fiat
- Fundação Pampulha
- Fund. Refrigerantes M.G
- Geap
- Golden Cross
- Good Life
- Intermedica Minas
- Ipsemg
- Matermed
- Medial Saúde
- Minas Center Med
- Policia Militar
- Previminas Fundação
- Samp
- Santa Casa Saúde
- São Bento Mineração
- Saúde Asttter
- Saúde Bradesco
- Saúde Caixa
- Só Saúde
- Unibanco
- Unimed BH- Rede Dupla
- Unimed Rede Fácil
- Usiminas
Dr. Alipio Goulart, 25 - Serra - Belo Horizonte - MG - Cep: 30.220-330 - Tel: (31) 2138-8300 - www.hevangelico.com.br
Data: 02/06/2012
• 09:00 às 10:30
- Gestão em Hemodiálise
Palestrante: Dra. Carmem Tzanno Martins
Coordenador: Dália Moraes
• 10:30 às 11:00 - Intervalo
• 11:00 às 12:30 - Doença Renal Crônica
no Idoso
Palestrante: Marcus Gomes Bastos
Coordenador: Dr. Sérgio Wyton
Local: Associação Médica de Minas Gerais
Inscrições:
[email protected]
Informações e programação completa:
www.aebmg.org.br/grandestemasemnefrologia
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EXPEDIENTE
A Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais é uma instituição sem fins
lucrativos que atua na área da saúde, através das suas unidades de Terapia Renal
Belo Horizonte e Contagem, a Escola de Enfermagem e o Hospital Evangélico.
CONSELHO EDITORIAL
- Neander Teixeira Mendonça
- Euler Borja
- Mara Christina Pimentel
- Regina Helena Serra de Souza Morais
- Dália Moraes
- Lilian Pires de Freitas do Carmo
- Ceci Gibram
- Luciana Flôr
- Luciana Soares
Coordenação: Gerência de Marketing AEBMG | Jornalista responsável: Natália Silva
Mansur - 17162/MG | Revisão: Davi Werner | Projeto Gráfico: Fusa Comunicação
Impressão gráfica: Rede Editora Gráfica | Tiragem: 3.000 exemplares
www.hevangelico.org.br | [email protected]
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