Câncer de Próstata Dr.Adolfo Oliveira Câncer de Próstata • Aproximadamente 46 mil casos/ano • Cerca 24% de chance de desenvolver Câncer de Próstata durante a vida • Aproximadamente 30% não são avaliadas para Câncer de Próstata • O câncer de próstata é a neoplasia mais comum, e a segunda causa de morte por câncer nos homens • No Brasil o câncer da próstata é a quarta causa de morte por neoplasia. Câncer de Próstata • Tumor mais frequente no homem após 50 anos ( cerca de 40% ) • Fatores de risco : História Familiar ,Negro, dieta rica em Gordura e calorias , Fumo • Fatores de Proteção :Selênio , vita E , A , C,D Anatomia Zonal da PróstataMcneal Importância do PSA • Identificado 1970 IDADE PSA • Rastreamento 40 - 49 0 – 2,5 50 - 59 0 – 3,5 60 - 69 0 – 4,5 70 - 79 0 – 6,5 • Diagnóstico • Acompanhamento Laboratório • Cerca de 50% dos pacientes com valores de PSA > 10 ng/ml têm câncer de próstata. • PSAD que é obtido pelo valor do PSA dividido pelo valor estimado do peso da glândula pela ultra-sonografia transretal: < 0,10 = HBP > 0,15 = sugerem CAP Refinamentos do PSA Velocidade do PSA Aumento de > 0,75 ng/ml por ano é sugestivo de câncer Relação PSA livre /total <0,15 sugere processo maligno. Exame Físico • 85% Câncer Próstata podem ser sentidos ao toque devido a localização periférica • Toque retal apresenta sensibilidade entre 55% e 68%, • Associado à dosagem do PSA pode chegar a 95%. • Cerca de 20-25% dos pacientes com toque retal anormal têm carcinoma de próstata • As lesões carcinomatosas caracteristicamente são endurecidas, nodulares, irregulares. Exame Físico • A presença de linfedema escrotal e membros inferiores denota doença extensa com invasão de linfonodos pélvicos. Ultra-sonografia Transretal • A maioria dos cânceres (70%) é hipoecóico ao ultra-som, • Lesões menores do que 5 mm, tumores bem diferenciados, e aqueles localizados na zona de transição são difíceis de diferenciar até da própria próstata normal. • Associado ao Doppler permite maior detecção de áreas tumorais • Aplicações do ultra-som : - Guiar biópsia transretal , - Avaliar os limites da glândula, bem como estimar o seu peso e volume • Orientar na colocação das sementes na braquiterapia. Localização do CAP Diagnóstico Histológico • Graduação histológica é fundamentado no sistema de Gleason. • A diferenciação determina o comportamento biológico e o prognóstico clínico do tumor. • A graduação de Gleason vai de 1 a 5 , podendo o resultado final variar de 2-10 • Tumores com escore > 7 são considerados agressivos • Cerca 95% são adenocarcinomas. • Os adenocarcinomas são multifocais em mais do 80% dos casos. Diagnóstico Histológico • A disseminação do carcinoma de próstata se dá por via linfática, hematogênica ou ainda invasão local (uretra, colo vesical, vesícula seminal, trígono vesical). • A metástase óssea constitui a forma mais comum de metástase por via hematogênica, • As metástases viscerais pela via do plexo venoso de Batson são incomuns. Estadiamento Clínico • Leva em consideração valores do escore Gleason , PSA , achados da biópsia , Toque retal e Métodos de Imagem • Cintilografia óssea está indicada em todo paciente portador de carcinoma de próstata com PSA > 20 ng/ml e/ou PSA entre 10 – 20 ng/ml com graduação histológica de Gleason > 7, dor ossea , tumor localmente avançado. • Linfadenectomia pélvica para tumores com Gleason > 6 , PSA > 15 e Linfonodo > 1cm na TC Estadiamento Clínico • Cintilografia óssea está indicada em todo paciente portador de carcinoma de próstata com PSA > 20 ng/ml e/ou PSA entre 10 – 20 ng/ml com graduação histológica de Gleason > 7, dor ossea , tumor localmente avançado. Estadiamento - TC • A TC está indicada em todo paciente portador de carcinoma de próstata com PSA > 20 ng/ml e/ou PSA entre 10 – 20 ng/ml com graduação histológica de Gleason > 7, para estadiamento regional , ou seja , avaliação linfonodal • Acurácia de 90% para linfonodos > 1cm em seu menor diâmetro Estadiamento - TC Estagiamento do câncer de próstata (TNM) T1 Não palpável T1a < 5% de tecido ressecado com câncer T1b > 5% de tecido ressecado com câncer T1c Detectado Bx por elevação do PSA T2 Limitado à glândula T2a Tumor envolve um lobo ou menos T2b Envolvendo ambos os lobos Estagiamento do câncer de próstata (TNM) T3 Tumor palpável extra prostático T3a Extensão extracapsular unilateral T3b Extensão extracapsular bilateral T3c Tumor invade vesícula seminal T4 T4a Tumor fixo ou invade estruturas adjacentes Invade colo vesical , esfíncter ou reto T4b Fixo a parede pélvica ou invade MEA Estagiamento do câncer de próstata (TNM) N Metastase linfática regional N1 Soltária < 2 cm N2 Soltária ou múltiplo >2 e < 5 cm N3 > 5 cm M Metástase a distância M1a Linfonodo extra regional M1b Metástases ósseas M1c Outras metástases M0 Ausência de Metástases Mx Nenhuma metástase pode ser avaliada Estadiamento - USTR • Cerca de 20% dos nódulos hipoecóicos da Zona periférica são CAP • Acuidade varia de 41 a 83% para avaliar doença extra prostática • Examinador Dependente Estadiamento - USTR Estadiamento- RMER • Acurácia varia entre 51 a 92% para estadiamento local • Boa especificidade na identificação de CAP extracapsular e invasão de vesículas seminais • Semelhante a TC para avaliação Regional ( L+) Estadiamento - RMER Tratamento • Prostatectomia Radical • Radioterapia ( convencional , conformacional e Intensidade Modulada ) • Braquiterapia • Bloqueio Androgênico Orquiectomia Análogos GnRH , Antiandrogênicos , dietilestilbestrol Prostatectomia Radical UFRJ – 2002 148 – Paciente de 81 anos, cardiopatia grave, sofre retenção aguda da urina e é submetido a cateterismo vesical; o toque retal mostra próstata pouco aumentada de volume e adenomatosa; a ultra-sonografia confirma o achado; amostra de sangue colhida no mesmo dia revela PSA de 2,5 ng/ml. É submetido à ressecção endoscópica da próstata. O exame da peça cirúrgica mostra que 3 dos 21 fragmentos examinados contém carcinoma. A melhor conduta é: a) realizar prostatectomia radical b) radioterapia da cadeia ganglionar periaórtica c) quimioterapia com vimblastina d) observar o paciente periodicamente SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RJ – 1994 151 – Qual dos exames abaixo é mais preditivo de metástase de tumor prostático? a) fosfatase ácida b) fosfatase alcalina c) cálcio sérico d) PSA UNICAMP – 1996 152 – Homem com 60 anos de idade apresenta, ao toque retal, nódulo prostático de 1,5 cm, não endurecido, no lobo direito. A melhor avaliação inicial inclui: a) dosagem de fosfatase ácida total e fração prostática b) US abdominal para avaliação da próstata c) dosagem do PSA e biópsia do nódulo d) uretrocistografia miccional e urografia excretora e) repetir o toque retal após 15 dias de antibioticoterapia SUS – 1996 153 – Em relação aos tumores malignos da próstata, é correto afirmar: a) o tipo histológico mais comum é o carcinoma de células transicionais b) a ressecção transuretral corresponde a melhor abordagem curativa na maioria dos casos devida à rara apresentação multicêntrica dessa doença c) a manifestação clínica habitual é precoce, pois o tumor inicia-se, na maioria das vezes, em zonas centrais da próstata. d) as lesões osteoblásticas densas correspondem ao padrão mais freqüente de metástases e) o tumor é mais comum em indivíduos brancos e solteiros SUS – 1997 154 – Das opções abaixo, a que não deve ser considerada no manejo do tumor de próstata assintomático é: a) observação clínica b) testosterona c) orquiectomia d) terapia estrogênica e) análogo do hormônio liberador do hormônio luteinizante HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO – 1998 157 – Em relação ao tratamento radioterápico e quimioterápico do adenocarcinoma renal e do adenocarcinoma da próstata, podemos afirmar que: a) ambos respondem bem a radioterapia b) ambos respondem bem a quimioterapia c) o carcinoma de próstata responde bem a radioterapia e o carcinoma renal responde bem a quimioterapia d) o carcinoma renal responde precariamente ao tratamento radioterápico e o quimioterápico, e o carcinoma de próstata responde bem ao tratamento radioterápico. e) os dois tumores são quimio e radiorresistentes UFES – 2001 159 – A localização mais comum das metástases do adenocarcinoma da próstata é: a) supra-renal b) intestino c) pulmão d) fígado e) osso UFES – 2001 160 – Um paciente de 50 anos de idade, negro, com antecedentes familiares (tio-avô-pai) com câncer de próstata, procura um urologista para um checkup urológico. O toque retal mostra próstata de 40 gramas, sem alterações tumorais (lisa e sem nódulos). Qual o exame mais indicado? a) dosagem de antígeno carcinoembrionário b) dosagem do PSA livre/total c) dosagem do PSA d) US transretal e) biópsia transretal da próstata FESP – 2001 161 – O câncer mais comum no sexo masculino é o de: a) pulmão b) cólon c) próstata d) linfoma UNICAMP – 2001 162 – Um paciente assintomático, com 62 anos, faz exames de rotina para avaliação prostática. Encontramse: PSA = 4,5 ng/ml, próstata de cerca de 20 g ao toque retal. Trazia PSA = 1,4 ng/ml, realizado há um ano. A conduta para este paciente deve ser: a) US transretal com biópsia b) acompanhamento semestral do PSA c) US transretal, para melhor avaliação do volume global da próstata. d) radioterapia e) prostatectomia radical