Procedimento Operacinal Padrão

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Procedimento Operacinal
Padrão
POP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/13/2016
Fisioterapia Ambulatorial nas
Lesões dos membros inferiores e coluna lombar
UNIDADE DE
REABILITAÇÃO
Procedimento Operacional
Padrão
POP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/13/2016
Fisioterapia na reabilitação de lesões dos membros
inferiores e coluna lombar
Versão 1.0
2016, Ebserh. Todos os direitos reservados
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh
www.Ebserh.gov.br
Material produzido pela Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro / Ebserh
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais.
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ministério da Educação
POP: Fisioterapia em ortopedia, traumatologia e desportiva
(ambulatorial) –Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Uberaba: EBSERH –
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 2016. 30p.
Palavras-chaves: 1 –POP, 2 – Membros inferiores, 3 – coluna lombar
HOSPITAL DE CLÍNICAS (HC) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO
MINEIRO (UFTM)
ADMINISTRADO PELA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
(EBSERH)
Avenida Getúlio Guaritá, nº 130
Bairro Abadia | CEP: 38025-440 | Uberaba-MG
Telefone: (034) 3318-5200 | Sítio: www.ebserh.gov.br/web/hc-uftm
ALOIZIO MERCADANTE OLIVA
Ministro de Estado da Educação
NEWTON LIMA NETO
Presidente da Ebserh
LUIZ ANTÔNIO PERTILI RODRIGUES DE RESENDE
Superintendente do HC-UFTM
AUGUSTO CÉSAR HOYLER
Gerente Administrativo do HC-UFTM
DALMO CORREIA FILHO
Gerente de Ensino e Pesquisa do HC-UFTM
MURILO ANTÔNIO ROCHA
Gerente de Atenção à Saúde do HC-UFTM
ADRIANO JANDER FERREIRA
Responsável pela Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HC-UFTM
RENATA DE MELO BATISTA
Chefe da Unidade de Reabilitação do HC/UFTM/Filial Ebserh
EXPEDIENTE
Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo
Mineiro
Produção
HISTÓRICO DE REVISÕES
Data
23/10/2015
Versão
1.0
Descrição
Gestor do POP
Autor/responsável
por alterações
Trata da padronização da
assistência fisioterapêutica
ambulatorial nas lesões de
membros inferiores e coluna
lombar
Renata de Melo
Batista
Alessandra da Cunha, Ana
Carolina Ribeiro Terra,
Fernanda Fraga Miziara
SUMÁRIO
OBJETIVO ......................................................................................................................................6
GLOSSÁRIO ..................................................................................................................................6
APLICAÇÃO ..................................................................................................................................6
I. INFORMAÇÕES GERAIS ..........................................................................................................6
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................6
OBJETIVOS DA FISIOTERAPIA .................................................................................................7
II.DESCRIÇÃO DAS TAREFAS ...................................................................................................8
ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL ....................................................................................8
REDUÇAO ABERTA E FIXAÇÃO INTERNA DE QUADRIL ...................................................9
FRATURA DE PATELA ..............................................................................................................10
ARTROSPLASTIA TOTAL DE JOELHO ..................................................................................12
REPAROS NO MENISCO ...........................................................................................................13
RECONSTRUÇÃO DE LCA ........................................................................................................15
FRATURA DE TÍBIA E FÍBULA ................................................................................................18
FRATURAS MALEOLARES ......................................................................................................19
REPAROS NO TENDÃO DO CALCÂNEO ...............................................................................20
FRATURAS DE TORNOZELO E PÉ ..........................................................................................22
AFECÇÕES DA COLUNA LOMBAR ........................................................................................24
MICRODISCOTOMIA LOMBAR ...............................................................................................26
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................29
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OBJETIVO
Padronizar entre a equipe de fisioterapeutas a assistência aos pacientes do Centro de
Reabilitação Dr. Fausto Cunha de Oliveira, a fim de buscar excelência na prestação dos serviços
em saúde, uniformizando condutas e assim melhorar o atendimento e minimizar riscos e erros.
GLOSSÁRIO (SIGLAS, SIGNIFICADOS)
ADM-amplitude de movimento
ADMP – amplitude de movimento passiva
ADMA – amplitude de movimento ativa
AVDs – atividades de vida diária
EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
FM - Força muscular
LCA – Ligamento cruzado anterior
MMSS-Membros superiores
MMII- Membros inferiores
POP – Procedimento Operacional Padrão
APLICAÇÃO
Setor de fisioterapia em ortopedia, traumatologia e desportiva do Centro de Reabilitação
Dr. Fausto Cunha de Oliveira.
I.
INFORMAÇÕES GERAIS
INTRODUÇÃO
Várias são as definições que conceituam a fisioterapia, porém destaca-se a definição do
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), a qual descreve a
fisioterapia como uma ciência da saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos
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funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações
genéticas, por traumas e por doenças adquiridas, na atenção básica, média complexidade e alta
complexidade.
A fisioterapia em ortopedia, traumatologia e desportiva atua na investigação, prevenção e
tratamento das doenças ósseas, musculares, articulares e ligamentares tendo por objetivo
restabelecer a função do sistema músculo-esquelético. No tratamento das disfunções deste
sistema são utilizados recursos fisioterapêuticos como: termoterapia, eletroterapia, fototerapia,
massoterapia, cinesioterapia, mecanoterapia, entre outros, com a finalidade de aliviar o quadro
álgico, melhorar o processo inflamatório, restabelecer amplitude de moviemento (ADM), ganhar
força muscular (FM), restabelecer equilíbrio, propriocepção, reeducar posturas e realizar
orientações (APLEY; SOLOMON,1998; DUTTON, 2010; KISNER, 2009; MAXEY,
MAGNUSSON, 2003).
gica e siste
-
(DUTTON, 2010)
No Centro de Reabilitação Dr. Fausto Cunha de Oliveira são atendidos pacientes de alta
complexidade de fisioterapia em ortopedia, traumatologia e desportiva com afecções dos
membros superiores (MMSS) como: fraturas de clavícula, escápula, úmero, rádio, ulna, punho e
mão e lesões de partes moles: como ligamentos, músculos e outros; afecções em membros
inferiores (MMII) como: fraturas de quadril, fêmur, tíbia, tornozelo, pé e lesões de partes moles:
como ligamentos, músculos e outros; e ainda afecções da coluna como hérnia discal, escoliose,
espondilolistese, hipercifose, hiperlordose e outras. Neste Procedimento Operacional Padrão
(POP) a equipe irá tratar das patologias mais comumente atendidas no serviço, bem como os
protocolos e técnicas utilizadas.
OBJETIVOS DA FISIOTERAPIA

Acolher o paciente de forma humanizada;

Avaliar o paciente de forma global através: da anamnese, da observação, do exame físico,
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dos testes especiais, dos reflexos e distribuição cutânea, da palpação, de exames de
diagnósticos por imagem e etc;

Qualificar e quantificar os déficits motores e/ou disfunções neuro-músculo-esqueléticas;

Realizar o diagnóstico cinético-funcional;

Estabelecer objetivos e metas do tratamento a curto, a médio e a longo prazo, revendo e
reavaliando conforme a progressão e evolução do quadro clínico do paciente;

Traçar condutas de acordo com metas e objetivos estabelecidos;

Reabilitar o paciente parcial ou totalmente, permitindo o reestabelecimento de suas
funções e atividades de vida diária e profissionais e/ou diminuir sua dependência;

Realizar orientações: de adaptações de ambiente e de prevenção de acidentes;

Prescrever a alta fisioterapêutica;

Registrar em prontuário: consulta, avaliação, diagnóstico, prognóstico, tratamento,
evolução, inter-consulta, intercorrências e alta fisioterapêutica.
II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS
ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL
Passada a fase hospitalar, o paciente deve ser avaliado quanto à presença de sinais de
infeção ou aumento significativo de dor e estar clinicamente estável. Incapacidades prévias e
limitações funcionais devem ser avaliadas como limitação nas transferências, na marcha e
mobilidades no leito (MAXEY e MAGNUSSON, 2003; DUTTON, 2010).
Intervenção fisioterapêutica na primeira semana de pós-operatório
Progressão da atividade conforme tolerado:
•
ADM - deslizamento dos calcanhares; abdução do quadril; extensão terminal do joelho;
exercícios para extremidade superior
•
Treinamento da mobilidade no leito
•
Treinamento de transferência – iniciar transferência para o carro quando apropriado
•
Treinamento de marcha – iniciar treinamento de escadas quando indicado (subir com o
não afetado e descer com o afetado)
•
Promover persistência das precauções domiciliares
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Intervenção fisioterapêutica de 1 a 6 semanas de pós-operatório
As incapacidades prévias e limitações funcionais devem ser observadas como: tolerância
limitada para transferência, para a marcha e resistência cardiovascular e força limitada na
extremidade inferior envolvida.
Progressão da atividade conforme tolerado:
•
Continuação e progressão das intervenções da fase anterior
•
Avaliação domiciliar para segurança
•
Revisão da educação do paciente para as precauções na realização de transferências no
leito
•
Treino de marcha em superfícies planas, superfícies irregulares ou escadas
•
Exercícios em cadeia fechada (semi-agachamento, subida de degraus, elevação dos
calcanhares)
•
Encaminhamento para a hidroterapia
•
Esteira rolante
•
Flexão do quadril com o joelho estendido
•
Abdução do quadril
REDUÇÃO ABERTA E FIXAÇÃO INTERNA DE QUADRIL
Segundo Maxey e Magnusson (2003), numerosos sistemas de classificação tem sido
utilizados para descrever as fraturas de quadril. No contexto de exposição cirúrgica, lesão de
tecidos moles e reabilitação potencial, as fraturas do quadril podem ser simplificadas em cinco
categorias principais:
1. Fraturas de colo femoral não deslocadas ou minimamente deslocadas
2. Fraturas do colo femoral deslocadas
3. Fraturas intertrocantéricas estáveis
4. Fraturas intertrocantéricas instáveis
5. Fraturas subtrocantéricas
Intervenção fisioterapêutica na primeira semana de pós-operatório
Esta será realizada com o paciente ainda internado
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Intervenção fisioterapêutica de 2 a 4 semanas de pós-operatório
Os critérios para progredir para esta fase são: nenhum sinal de infecção e sem aumento
significativo de dor. As incapacidades prévias e limitações funcionais estão relacionadas a
limitação de ADM, da força da extremidade inferior e limitação com transferências para entrar e
sair do carro e limitação da marcha.
Progressão da atividade conforme tolerado:
•
Continuação dos exercícios realizados no hospital
•
Amplitude de movimento passivo – alongar conforme indicado panturrilha, isquiotibiais
e quadríceps
•
ADM ativo
- em bipedestação (realizar flexão, extensão, abdução e adução do quadril; semi-agachamentos,
ficar na ponta dos pés, deslizamento na parede)
- sentado ( realizar amplo arco de movimento com contração de quadríceps, antirretroversão
pélvica)
•
Exercícios com tubos e faixas elásticas para extremidades superiores
•
Treino de marcha/escada
•
Treino de equilíbrio em bipedestação com assistência conforme necessidade
•
Transferências de carro
Intervenção fisioterapêutica de 5 a 8 semanas de pós-operatório

Progressão dos exercícios anteriores, adicionando resistência onde for apropriado

Modalidades conforme necessário (calor, gelo, estimulação elétrica)

Exercícios de estabilização de tronco

Bicicleta ergométrica

Esteira

Treinamento de marcha para superfícies irregulares e escada
FRATURA DE PATELA
Os objetivos do tratamento dos pacientes que foram submetidos à redução aberta e
fixação interna de fraturas de patela é fornecer uma articulação femoropatelar estruturalmente
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estável e preparar uma recuperação funcional completa da extremidade inferior envolvida
(MAXEY e MAGNUSSON, 2003; DUTTON, 2010).
Intervenção fisioterapêutica de 1 a 4 semanas de pós-operatório
Objetivos: controlar a dor, tratar o edema, alcançar de 0 a 90 o de ADMP de flexão de joelho,
melhorar a contração do quadríceps e dos isquiotibiais.

Crioterapia

Estimulação elétrica do quadríceps

ADMP – alongamentos para restaurar flexão e extensão

Isométricos: co-contração do quadríceps e isquiotibiais; contrações isoladas do
quadríceps em 20 a 30o de flexão

ADMA – exercícios para os isquiotibiais em bipedestação; deslizamento do calcanhar em
supino

Treinamento da marcha usando muletas e suporte de peso, conforme tolerado no
imobilizador

Transferência de peso

Mobilização articular para a patela sem resistência
Intervenção fisioterapêutica de 5 a 8 semanas de pós-operatório
Objetivos: autocontrole da dor, aumentar a força, aumentar a ADM para 90%, iniciar ADMA do
quadríceps (de seis a oito semanas), apresentar desvios mínimos na marcha em superfícies
planas.

Continuação e progressão das intervenções da fase anterior

Treinamento de marcha: eliminar muletas quando indicado

Exercícios para a extremidade inferior

ADMA assistida – bicicleta estacionária (usada como acessório da ADM para flexão)

ADMA – extensão do joelho (quando autorizado, geralmente entre 6-8 semanas)
Intervenção fisioterapêutica de 9 a 12 semanas de pós-operatório
Objetivos: retornar a função completa, desenvolver resistência e coordenação da extremidade
inferior.
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
Exercícios de alongamento

Mobilização da patela

Investidas com peso

Exercícios resistidos progressivos em extensão de joelho/quadril em cadeia fechada

Atividade de função especifica: bicicleta, subir escada, esteira.
ARTROPLASTIA TOTAL DE JOELHO
, aumentar a mo
principais para a artroplastia total de joelho
corrigir a instabilidade do joelho
patelofemoral grave (MAXEY e MAGNUSSON, 2003; DUTTON, 2010).
Intervenção fisioterapêutica de 1 a 3 semanas de pós-operatório
Objetivos: se tornar seguro no ambiente domiciliar com transferências, marcha e na maioria das
AVDs.

,
, mini- investidas (deslocamento de
peso) e miniagachamentos

Treinamento da marcha deve progredir para o uso de muletas ou bengala, depend
Intervenção fisioterapêutica de 3 a 8 semanas de pós-operatório
Objetivos: Normalizar a marcha, reduzir a dependência em dispositivos de assistência, aumentar
a ADM, melhorar a sustentação de peso, equilíbrio, resistência e propriocepção

.


) e ponte
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


: bicicleta
Fortalecimento do rotador lateral do quadril em decúbito lateral

bilaterais dos calcanhares, deslizamentos na parede e agachamentos parciais

usando apenas a perna envolvida

, e
direcionadas ao tecido mole para alongar a musculatura circunjacente
REPAROS NO MENISCO
,
meniscectomia ou reparo meniscal. Existem 4 técnicas para reparo:
1. Reparo aberto do menisco
2. Reparo artroscópico de dentro para fora
3. Reparo artroscópico de for a para dentro
4. Reparo artroscópico interno
longitudinais, de espessura tot
, 10 cm de comprimento (MAXEY e MAGNUSSON,
2003; DUTTON, 2010).
Intervenção fisioterapêutica de 1 a 3 semanas de pós-operatório
Objetivos:
, aumentar a ADM do joelho em 0 a 130o e a força, aumentar as atividades de
suporte de peso.

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

, porque

, dos abdutores, dos adutores e dos extensores do
quadril e dos isquiotibi


Deslizamentos na p
.


.

Atividades em cadeia cinetica fechada (iniciar proximo ao final da fase)

110o


Treinamento da marcha

; massagem leve nas cicatrizes das inc
(3a a 4a semanas), de acordo coma necessidade
Intervenção fisioterapêutica de 5 a 12 semanas de pós-operatório
.


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
corrida


Atividades de equilibrio

-
/femoral nos limites
da amplitude

Treinamento neuromuscular: elevaçao de calcanhar, subida de degrau lateral, subir/descer
degrau anterior, agachamentos na parede (flexão de joelho em 45 a 60o), investidas
parciais
Intervenção fisioterapêutica de 13 a 24 semanas de pós-operatório
Objetivos:
,o
.


ios da fase anterior
A partir do momento que o
os e dribles
RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR
-
1970 para a faixa de 4 a 9 meses nos dias atuais.
ores efi
.
(MAXEY e MAGNUSSON, 2003; DUTTON, 2010).
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Intervenção fisioterapêutica de 1 a 4 semanas de pós-operatório
, promover
uma ADMP entre 0 e 120o
, extensão completa do joelho


ADM passiva: extensão de joelho, deslizamentos na parede

Isométricos: para quadriceps (0 e 90o) e isquitibiais; exercicios de apertar a toalha

ADM ativa: deslizamentos do calcanhar; quadril: flexão de quadril com joelho estendido
(ortese bloqueada a 0o
(puxar tapete) para os isquiotibiais; pontes em su
.

, o gas
, o trato iliotibial
e o iliopsoas

Por volta da segunda semana do programa, o paciente deve progredir para:
miniagachamentos bilaterais (0 a 40o

Na terceira semana, o paciente deve progredir p
Intervenção fisioterapêutica de 5 a 8 semanas de pós-operatório
lad
, executar agachamentos unilaterais com o peso total do corpo,
variando de 0 a 90o, obter ADM patelar normal.

progressivos

, juntamente
com os semiagachamentos bilaterais

Subir escadas, miniagachamen
por volta da sexta semana. Os miniagachamentos devem ser executados com o tronco
flexio
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
miniagachamentos unilaterais (0 a 40°)

cirurgia, os isquiotibiais podem ser exercitados em toda
a ADM

vem prosseguir, de acordo com a necessidade, para manter
a

o
Treinamento neuromuscular: d
-
-
; ficar sobre apenas uma perna com os olhos

Pular corda levemente

Subir degraus, progredindo para saltos altos (de 5 a 15 cm) e

(sem cruzar os passos)
Intervenção fisioterapêutica a partir de 9 semanas de pós-operatório
Objetivos. incentivar o paciente a re
.


escadas, de frente e de costas

Pular corda normalmente (12a semana)

Corrida (12a semana)



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
Saltos com as duas pernas

Saltos com as duas pernas sobre um trampolim


, com os olhos
fechados

Investidas

Saltos para cima e para baixo utilizando uma caixa de 15 a 45 centímetros (cm)

Treino
s, para os lados e na diagonal
FRATURA DA TÍBIA E FÍBULA
Uma força de torção aplicada ao pé pode causar uma fratura em espiral em ambos os
ossos. Uma lesão direta esmaga a pele e fratura ambos os ossos. Da mesma forma, uma força de
angulação também pode quebrar ambos os ossos no mesmo nivel. Os acidentes de motocicleta
são a causa mais comum. A pele pode estar intacta ou obviamente dividida. O pé está
normalmente virado para fora e a deformidade é óbvia.
No caso de fraturas fechadas o tratamento de escolha é a redução fechada e o aparelho
gessado. Se não for possível obter uma redução satisfatória, então a redução cirúrgica seguida de
fixação interna pode ser uma opção razoável. No caso de fraturas expostas, a melhor opção é a
fixação externa.
Intervenção fisioterapêutica
As complicações após a imobilização são rigidez articular, atrofia muscular da parte
distal da perna e possivelmente da musculatura da parte proximal da coxa e quadril, assim como
um padrão anormal da marcha. É importante que o fisioterapeuta realize uma avaliação
abrangente para determinar todos os possíveis problemas que podem surgir na reabilitação,
inclusive
amplitude
de
movimento,
mobilidade
articular,
flexibilidade
muscular,
comprometimento de força, propriocepção, equilíbrio e marcha, o fisioterapeuta precisa também
determinar as necessidades funcionais que serão impostas ao paciente e estabelecer objetivos a
curto e a longo prazo de acordo com essas necessidades.

Recursos de eletroterapia, termoterapia e fototerapia (para anagesia)
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
Recursos cinesioterápicos para mobilização articular (joelho, tornozelo e ossos do pé)

Alongamentos terapêuticos e fortalecimento da musculatura preservada de todo o
membro inferior afetado e contra-lateral se necessário (a fim de evitar atrofias)

Exercícios de ganho de ADM

Alongamentos passivos de tríceps surral, tibial anterior, flexores e extensores dos
artelhos, fibulares e isquiotibiais (3 séries de 30 segundos cada)

Exercícios de fortalecimento isométrico evoluindo para isotônico resistido (todo o
membro inferior)

Após o inicio da descarga de peso deve-se treinar e reeducar a marcha e dar enfase a
fortalecer musculatura da coxa e estabilizadores do quadril

Treino proprioceptivo (inicialmente sentado, evoluindo para em pé bipodal e depois
unipodal)
Na evolução de uma fratura intervêm múltiplos fatores, como a idade do paciente, a lesão
de partes moles, a perda óssea, a existência prévia de enfermidades, infecções, cirurgia realizada
em momento oportuno, a técnica operatória bem escolhida, o conhecimento do cirurgião, a
reabilitação, a colaboração do paciente e outros fatores.
FRATURAS MALEOLARES
Fraturas maleolares são lesões extremamente frequentes, causadas por traumas
rotacionais na região do tornozelo. Apesar do mecanismo de trauma ser comum, caracteriza-se
por enorme variação de lesões, fundamentalmente à custa da intrincada anatomia ósteo-cápsuloligamentar. Embora classicamente fraturas não desviadas possam ser manejadas de forma nãocirúrica, a maioria das fraturas bimaleolares desviadas deve ser abordada cirurgicamente
(DUTTON, 2010).
Intervenção ambulatorial de 6 a 8 semanas de pós-operatório
Objetivos: Minimizar a dor e o edema, normalizar a ADM, normalizar marcha, aumentar a
mobilidade da articulação e do tecido mole.

ADMP tornozelo (livre de dor): dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão

Isométricos tornozelo (submáximo)

ADMA tornozelo (livre de dor)
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
Exercícios de transferência de peso

Bicicleta estacionária

Atividades de prancha de equilíbrio (sentado)

Mobilização do tecido mole

Mobilização da articulação (8a semana)

Treinamento de marcha
Intervenção fisioterapêutica de 9 a 12 semanas de pós-operatório
Objetivos: minimizar dor e edema, normalizar a ADM, normalizar a marcha, diminuir as
restrições do tecido mole, aumentar a força dos músculos intrínsecos e extrínsecos do pé e
tornozelo.

ADMP (alongamentos): gastrocnêmio-sóleo, tibial anterior e posterior

ADMA: elevações de calcanhar sentado (bilateral progredindo para unilateral) e de
sentado a em pé)

Exercícios isotônicos ou com tubos de elástico: inversão, eversão, flexão plantar e
dorsiflexão

Esteira

Bicicleta estacionária

Exercícios em cadeia fechada (elevação de calcanhar, subir e descer degraus,
miniagachamentos)

Exercícios de equilíbrio
Intervenção fisioterapêutica de 13 a 18 semanas de pós-operatório
Objetivos: manter limites normais de ADM, mobilidade da articulação e do tecido mole e força
muscular, melhorar equilíbrio e propriocepção.

Progressão dos exercícios da fase anterior

Esteira usando inclinação e marcha retrógrada

Exercícios de agilidade: marcha lateral, marcha cruzada, pliométrico
REPARO DO TENDÃO DO CALCÂNEO
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, geralmente a alt
.
A
(MARK, 2010).
Intervenção fisioterapêutica de 1 a 3 semanas de pós-operatório
Objetivos: controlar o edema, proteger o local do reparo, minim
.


(isquiotibiais, iliopsoas e reto femoral).

-
-

-
-

-
-
-


uscular proprioceptivo da extremidade inferior
Intervenção fisioterapêutica de 4 a 8 semanas de pós-operatório
),
tornozelo.

35 a 40o.

Fortalecimento progressivo da cadeia fechada da panturrilha e do estabilizador do
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tornozelo



es

carga total por volta da 5a ou 6a
Intervenção fisioterapêutica de 6 a 15 semanas de pós-operatório
Objetivos: Iniciar o programa
esportivas.

facil

calcanhar de apenas uma perna na borda de um degrau
FRATURAS DE TORNOZELO E PÉ
O tratamento inicial visa reduzir o edema pelo trauma cirúrgico, fazer analgesia do local,
minimizar a aderência das cicatrizes que ficam sob os maléolos.
Na fase inicial, quando o paciente ainda apresenta-se imobilizado deve-se sempre encorajar a
movimentação ativa das articulações livres, elevação do membro também auxilia a diminuição
do edema (ANDREWS et al, 2005; FOSS, KETEYIAN e FOX, 2000; HOPPENFELD e
MURTHY, 2000).

Uso de recursos físicos

Mobilização articular da tíbia, fíbula, articulação talocrural, ossos társicos, metatarsos,
artelhos

Alongamentos passivos de tríceps surral, tibial anterior, flexores e extensores dos
artelhos, fibulares e isquiotibiais (3 séries de 30 segundos cada)

Paciente sentado com o tornozelo lesado sobre a prancha de deslizamento. Desliza-se o
pé para anterior, posterior, lateral e medial
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
Sentado com bolinhas de diferentes texturas sob a superfície plantar

Paciente sentado - uso de prancha de propriocepção (apoio ântero-posterior, láterolateral)

Flexão e extensão dos artelhos com auxílio de faixa (30 repetições)

Exercícios ativos com auxílio de cunha, dorsiflexão, flexão plantar, eversão, inversão (20
repetições)

Treino de marcha na barra paralela sem descarga de peso
Quando for retirada a imobilização o tratamento fisioterapêutico compreende a analgesia,
aumento da amplitude de movimento, aumento da força muscular e equilíbrio assim como o
retorno às suas atividades funcionais normais. Nesta fase é comum o edema, fibrose, contratura,
mobilização dolorosa, atrofia muscular e fraqueza comprometendo toda função
As técnicas que são utilizadas para liberar bloqueio articular nas outras articulações,
também são utilizadas aqui, como a artrocinemática, os deslizamentos articulares, os
alongamentos gerais, porém neste caso principalmente a panturrilha, as mobilizações ativas e os
fortalecimentos musculares (ANDREWS et al, 2005; FOSS, KETEYIAN e FOX, 2000;
HOPPENFELD e MURTHY, 2000).

Massagem - movimento de amassamento, deslizamento profundo e fricção

Exercício ativo livre e resistidos conforme evolução do paciente e grau da dor

A prevenção da limitação articular é realizada através de calor superficial, mobilizações,
massagem e cinesioterapia através de exercícios passivos, ativos, ativo resistidos

Exercícios ativo-resistidos,com faixa elástica (resistência média) para dorsiflexores e
flexores plantares, inversores e eversores (30 repetições)

exercícios funcionais com método Kabat (Reeducação Neuromuscular Proprioceptiva)

Treino de marcha de acordo com a descarga de peso corporal permitida progredindo com
exercícios de semi passada anterior e posterior, marcha lateral, marcha sobre a linha no
solo, de frente e costas e marcha sobre as espumas

Bicicleta ergométrica

Esteira

Subir e descer degrau de 7,5 cm com mínimo apoio

Exercício de equilíbrio em prancha

A Reeducação Proprioceptiva com paciente em pé, peso do corpo deve ser distribuído
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simetricamente, o terapeuta deverá deslocar o peso de paciente para anterior, posterior,
lado esquerdo e lado direito

Em apoio bipodal sobre a prancha e terá que realizar flexão plantar, dorsiflexão,
pronação, supinação e movimentos circulares

Utilizam-se cubos de espumas e o paciente deverá permanecer em apoio unipodal sobre
os mesmos. A altura do cubo é proporcional ao grau de dificuldade do exercício.

Paciente em apoio unipodal sobre a prancha realizando os mesmos movimentos

Paciente com apoio unipodal sobre uma bola de borracha, levando o pé para anterior,
posterior, medial e lateral.

Paciente, calçado, realizará saltos no sentido antero-posterior e latero-lateral

Paciente em pé, apoio unipodal (sobre o tornozelo lesado), utilizando apoio manual. O
paciente deverá fletir o joelho e logo em seguida deverá fletir o joelho com flexão de
tronco

Apoio unipodal, sem auxílio de barra para apoio manual.

Alongamento muscular global
AFECÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL
Estágio I: Cognitivo

Treino com estímulos do gradil costal para controle da respiração com a musculatura
diafragmática

Exercícios para consciência de co-contração isolada dos músculos e manutenção do
controle da pelve em posição neutra, ou seja, sem realizar ante ou retroversão durante as
contrações

Exercícios sem carga, estático. Em supino, com os joelhos flexionados em adução,
ativação do músculo transverso do abdômen. Em prono, joelhos estendidos e braços ao
longo do corpo, ativação do músculo multífidio.

Facilitar a Ativação do multífido do segmento lombar em co-contração com o transverso
do abdômen, controle da respiração e manutenção da posição neutra da coluna

Treino independente do movimento da pelve, lombar inferior, coluna torácica e quadril,
para alcançar posição neutra fora, com ativação da musculatura local

Exercícios de fortalecimento isométrico para os músculos abdominais evitando o
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movimento de flexão do tronco

Em supino, joelhos flexionados, movimentos com o membro inferior (deslizamento do
calcanhar). Em supino, movimentos alternados dos membros, elevação unilateral do
membro superior e flexão do membro inferior contralateral

Exercícios isotônicos para fortalecimento dos músculos flexores do quadril e glúteos,
“

”
Posição de gatos com movimentos alternados em diagonal dos membros superiores
(flexão) e inferior (extensão)

Manutenção da posição neutra da lordose para ativação do assoalho pélvico, fibras
medias e inferiores do transverso do abdômen, com uma gentil e controlada respiração
diafragmática, sem ativação de musculatura global. Este exercício é facilitado na posição
sem descarga de peso, ou na posição de quatro apoios, ou em supino

Exercícios de resistência muscular nos grupos musculares não afetados pela lesão
medular, neste caso os membros superiores, para contribuir com a independência
funcional e para aumentar a circulação sanguínea colateral

Exercícios de mobilização ativa das articulações do tornozelo e do joelho,

Alongamento do tríceps sural e quadríceps

Treino desta co-contração em sedestação e ortostatismo com a correção postural
Estagio 2: Aprendizado Motor
Esta fase dura de oito semanas a quatro meses dependendo da performance do indivíduo, do grau
e da natureza da lesão e da intensidade da prática (SANTOS et al, 2011; VOLPATO et al, 2012;
REINHER, CARPES e MOTTA, 2009; LIANZA, 2007).

Exercícios de correção dos desequilíbrios das forças e de treino da resistência muscular.
Aqui o objetivo é encontrar dois ou três pontos defeituosos do movimento que são
provocativos de dor baseado no exame e interromper dentro desta margem movimentos
de alta repetição e, ao mesmo tempo, co-ativar a musculatura local

Ponte unilateral: elevação da pelve associada à elevação de um membro inferior que é
mantido em extensão, mantendo a contração do transverso do abdômen e multífido.

Ponte lateral: em decúbito lateral, realiza elevação lateral da pelve com apoio nos pés e
cotovelo, mantendo a contração do transverso do abdômen e multífido
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
Prancha: em decúbito ventral, realiza elevação da pelve com apoio nos pés e cotovelo,
mantendo a contração do transverso do abdômen e multífido

Sentado, realiza rolamento pélvico (empinar os glúteos sem empinar o tórax) e contração
da musculatura profunda do tronco

Em pé estático, realiza a contração do transverso do abdômen e multífido

Orientações de exercícios aeróbicos como caminhadas e hidroginástica, com
posicionamento correto da coluna
Estagio 3: Fase da automatização
Este estágio requer um baixo grau de atenção com uma correta performance, o objetivo é
realizar os exercícios de maneira subjetiva dentro das atividades de vida diária, o indivíduo deve
ser capaz de manter a estabilização durante toda a demanda diária.
MICRODISCOTOMIA LOMBAR
Cerca de 35% dos pacientes com herniação do disco lombar desenvolvem dor isquiática
verdadeira. Entretanto, nem todas as herniações do disco lombar desenvolvem sintomas. Cerca
de 90% daqueles com seu primeiro episódio de isquiática melhoram com tratamento
conservador. Em pacientes com sintomas radiculares, a cirurgia pode ser considerada se certos
critérios forem contemplados, como dor severa incapacitante, deficit neurológico progressivo,
envolvimento da bexiga e do intestino e ausência de resposta para um regime de tratamento
conservador por pelo menos seis semanas (MAXEY e MAGNUSSON, 2003).
Intervenção fisioterapêutica de 1 a 3 semanas de pós-operatório
Objetivos: proteger o local da cirurgia para promover a cicatrização da ferida, manter a
mobilidade da raiz do nervo, reduzir a dor e a inflamação, educar o paciente para minimizar o
medo e a apreensão e estabelecer a boa mecânica para autocuidado independente e seguro.
A primeira semana pós-operatória consiste tipicamente em repouso protetor,
deambulação progressiva e atividades apropriadamente limitada. O paciente deve ser encorajado
a caminhar a um ritmo confortável, por pequenas distâncias, varias vezes ao dia. Deve-se evitar
toda a carga em flexão lombar nos pacientes nas duas primeiras fases. Deve-se iniciar com a
fisioterapia em nível ambulatorial tão logo o paciente possa confortavelmente ir à clínica. DevePOP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/013/2016
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se educar o paciente em relação a posturas adequadas, exercícios domiciliares, técnicas de
autocuidado e mecânica do corpo para uma realização seguras das AVDs. Deve-se ensinar o
paciente a manter uma lordose lombar normal. Os pacientes devem evitar a flexão lombar em
bipedestação ou sentado. Nenhum exercícios deve aumentar o padrão de dor ou causar dor
prolongada. Alguma dor muscular pode acompanhar o programa, mas isto deve ser bem tolerado
e transiente (MAXEY e MAGNUSSON, 2003).

Crioterapia

Estimulação elétrica

Treinamento da mecânica do corpo

Ensimar posturas para dormir, sentar, dirigir, caminhar

Alongamento dural em supino (mobilização neural da lombar inferior) e em prono
(mobilização neural da lombar superior)

Ensinar ao paciente o conceito de coluna em posição neutra e auxiliá-lo a encontrar essa
posição em várias posturas

Controle do transverso do abdome com biofeedback de pressão e progredir as posturas a
fim de incluir sentar e levantar e aumentar a duração das contrações por 60 segundos

Alongamento passivo de quadril: leve flexão do quadril com joelho estendido, rotação
lateral, glúteos (coluna em posição neutra)

Prensa adominal (co-contração do transverso abdominal e do multífido lombar, com a
coluna na posição neutra) em quadrupedia

“
”
ativa)

Programa de marcha progressiva em esteira ou superfícies planas

Começar um programa progressivo de exercícios (sem carga)

Mobilização pélvica: em supino (amplitude intermediária da ADMA de extensão
lombar), em decúbito lateral (amplitude intermediária de inclinação lombar), em
quadrupedia (amplitude intermediária da ADMA lombar), em prono (amplitude
intermediária da ADMA lombar)

Agachamento parcial a 60o (coluna em posição neutra)
Intervenção fisioterapêutica de 4 a 6 semanas de pós-operatório
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Objetivos: entender o conceito de posição neutra da coluna, melhorar a condição cardiovasvular,
aumentar a força do tronco, aumentar a mobilidade do tecido mole e a força e a flexibilidade da
extremidade inferior, manter a mobilidade da raiz do nervo.

Isométricos com ADMA:
-
Supino: prensa abdominal realizando a flexão do quadril com joelhos estendidos
“
altenando
-
” “
”
Prono: prensa abdominal com extensão do quadril e joelho (começar com um membro e
preogredir para os dois)

Exercícios de estabilização na bola suíça

ADMA com isométricos:

Em quadrupedia: prensa abdominal com elevação de uma perna, progredir para elevação
dos braços e pernas opostos

Em pé: prensa abdominal com agachamento de 60o, progredir para 90o

Sentado sobre a bola suíça: prensa abdominal com flexão de quadril, flexão do braço e
combinações de braços e pernas opostos

Treino de contração dos músculos multífidos lombares

Exercício de ponte, progredindo para ponte com apoio unilateral de membro inferior

ADMP: alongamento (adicionar iliopsoas e quadríceps)

Massagem do tecido mole

Fortalecimento isolado de músculos enfraquecidos devido comprometimento neurológico
Intervenção fisioterapêutica de 7 a 11 semanas de pós-operatório
Objetivos: assegurar ao paciente independência para autocuidados e AVDs com alterações
mínimas, aumentar a tolerância para as atividades, progredir o retorno para níveis prévios de
função.

Continuação das atividades das fase anteiores

Exercicios de resistência progressiva

Exercício cardiovascular: marcha, progredindo para corrida (após 12 semanas) bicicleta
estacionária (após 8 semanas)

Exercícios específicos para o esporte e atividade, quando apropriado
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REFERÊNCIAS
APLEY, G.; SOLOMON, L. Ortopedia e Fraturas em Medicina e Reabilitação. 6 ed. Rio de
Janeiro: Atheneu, 1998.
ANDREWS, J. R. et al. Reabilitação física do atleta. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
DUTTON, M. Fisioterapia Ortopédica, Exame, Avaliação e Intervenção. 2 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2010.
FOSS, M. L.; KETEYIAN, S. J.; FOX, E. L. Bases Fisiológicas do Exercício e do Esporte. 6
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
HOPPENFELD, S.; MURTHY, V. Tratamento e reabilitação das fraturas. São Paulo:
Manole, 2001.
KISNER, C.; COLBY, L. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 5 ed. São Paulo:
Manole, 2009.
LIANZA, S. Medicina de reabilitação. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
MAXEY, L.; MAGNUSSON, J. Reabilitação Pós-Cirúrgica para o Paciente Ortopédico. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
REINHER, F. B.; CARPES, F. B.; MOTA, C. B. Influência do treinamento de estabilização
central sobre a dor e estabilidade lombar. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 21, n. 1, p.
123-129, 2008.
SANTOS R. M. et al. Estabilização Segmentar lombar. Med Reabil 2011; 30(1); 14-7
VOLPATO, C.P. et al. Exercícios de estabilização segmentar lombar na lombalgia: revisão
sistemática da literatura. Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa. São Paulo. 2012;
57(1):35-40.
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HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO
MINEIRO
Avenida Getúlio Guaritá, 130
Bairro Abadia | CEP: 38025-440 | Uberaba-MG |
Telefone: (34) 3318-5200 | Sítio: www.ebserh.gov.br/web/hc-uftm
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